Sobre a mesa, projetos que passo a ler. São lidos os seguintes: PROJETO DE LEI DO SENADO N 606, DE 2007

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Transcrição:

36934 Quarta-feira 24 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Outubro de 2007 O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB AP) A lista de presença acusa o comparecimento de 72 Srs. Senadores. Havendo número regimental, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Sobre a mesa, projetos que passo a ler. São lidos os seguintes: PROJETO DE LEI DO SENADO N 606, DE 2007 Acresce inciso VIII ao caput do art. 5 da Lei n 7.797, de 11 de julho de 1989, que cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente, e dá outras providências. Art. 1 Fica acrescido o seguinte inciso VIII ao caput do art. 5 da Lei n 7.797, de 11 de julho de 1989, que cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente, e dá outras providências: Art. 5...... VIII recuperação de áreas degradadas. (NR) Art. 2 Esta lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação. Problemas como o assoreamento dos rios, inundações e deslizamentos causados pela degradação florestal não são recentes. Tem-se conhecimento que já em 1200 a.c., na ilha mediterrânea de Chipre, o uso excessivo de carvão vegetal para fundição de metais causou problemas dessa espécie. Antes da Idade Moderna, diversas atividades econômicas insustentáveis também culminaram na degradação ambiental. Mas foi apenas a partir do início do século passado que esse processo tornou-se mais intenso, atingindo quase todo o planeta. O processo de ocupação do Brasil caracterizou-se desde o seu descobrimento, em 1500, pelo modelo predatório que levou a uma rápida destruição de grande parte dos recursos naturais, em especial as nossas florestas. No início a grande atração foi o pau-brasil, depois vieram os ciclos econômicos do açúcar e do café que acabaram por dizimar a mata atlântica. Esgotados os recursos na faixa litorânea, o processo de degradação se transferiu para o cerrado onde a expansão das fronteiras agrícolas já destruiu quase 60% da sua cobertura vegetal original e para a Amazônia, que contabiliza 17% de redução das suas florestas. Questões como a expansão das fronteiras agrícolas e a instalação não planejada de infra-estrutura de energia e transporte nos estados da região Norte figuram no centro das preocupações de especialistas. Além da soja, a pecuária é outra atividade que pressiona o desmatamento na região amazônica. Os efeitos da degradação do solo, da poluição das águas e de muitos outros tipos de danos ambientais, bem como o aumento da consciência da população de sua dependência do meio ambiente, em relação aos recursos naturais e a qualidade de vida, levaram nas últimas décadas à revisão, criação e ampliação de uma legislação disciplinadora do uso do ambiente. O Código Florestal é uma dessas leis e define uma série de áreas de preservação permanente. No entanto, precisamos ir além da preservação, é necessário pensarmos na recuperação de biomas e áreas que sofreram destruição ao longo dos séculos de ocupação predatória. Com esse objetivo, propomos que recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente passem a ser usados também para o financiamento de projetos de recuperação de áreas degradadas. Pelas razões expostas consideramos de elevada importância a participação dos nobres parlamentares no esforço para a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, 23 de outubro de 2007. Senador Valter Pereira (Às Comissões de Assuntos Econômicos; de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, cabendo à última decisão terminativa.) PROJETO DE LEI DO SENADO N 607, DE 2007 Dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de analista de sistemas e suas correlatas, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Informática, e dá outras providências. TÍTULO I Do exercício da profissão de analista de sistemas e atividades relacionadas com a informática Art. 1 É livre, em todo o território nacional, o exercício das atividades de análise de sistemas e demais atividades relacionadas com a Informática, observadas as disposições desta Lei. Art. 2 Poderão exercer a profissão de Analista de Sistemas no País: I os possuidores de diploma de nível superior em Análise de Sistemas, Ciência da Computação ou Processamento de Dados, expedido por escolas oficiais ou reconhecidas;

Outubro de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 24 36935 II os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu País e que revalidarem seus diplomas de acordo com a legislação em vigor; III os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo cinco anos, a função de analista de sistemas e que requeiram o respectivo registro aos Conselhos Regionais de Informática. Art. 3 Poderão exercer a profissão de Técnico I os portadores de diploma de ensino médio ou equivalente, de Curso Técnico de Informática ou de Programação de Computadores, expedido por escolas oficiais ou reconhecidas; II os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo quatro anos, a função de Técnico de Informática e que requeiram o respectivo registro aos Conselhos Regionais de Informática. Art. 4 As atividades e atribuições dos profissionais de que trata esta Lei consistem em: I planejamento, coordenação e execução de projetos de sistemas de informação, como tais entendidos os que envolvam o processamento de dados ou utilização de recursos de informática e automação; II elaboração de orçamentos e definições operacionais e funcionais de projetos e sistemas para processamento de dados, informática e automação; III definição, estruturação, teste e simulação de programas e sistemas de informação; IV elaboração e codificação de programas; V estudos de viabilidade técnica e financeira para implantação de projetos e sistemas de informação, assim como máquinas e aparelhos de informática e automação; VI fiscalização, controle e operação de sistemas de processamento de dados que demandem acompanhamento especializado; VII suporte técnico e consultoria especializada em informática e automação; VIII estudos, análises, avaliações, vistorias, pareceres, perícias e auditorias de projetos e sistemas de informação; IX ensino, pesquisa, experimentação e divulgação tecnológica; X qualquer outra atividade que, por sua natureza, esteja incluída no âmbito de suas profissões. Parágrafo único. É privativa do analista de sistemas a responsabilidade técnica por projetos e sistemas para processamento de dados, informática e automação, assim como a emissão de laudos, relatórios ou pareceres técnicos. Art. 5 Ao responsável por plano, projeto, sistema ou programa é assegurado o direito de acompanhar a sua execução e implantação, para garantir a sua realização conforme as condições, especificações e detalhes técnicos estabelecidos. Art. 6 A jornada de trabalho dos profissionais de que trata esta lei não excederá quarenta horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Parágrafo único. A jornada de trabalho dos profissionais submetidos a atividades que demandem esforço repetitivo será de vinte horas semanais, não excedendo a cinco horas diárias, já computado um período de quinze minutos para descanso. TÍTULO II Da fiscalização e exercício da profissão CAPÍTULO I Dos órgãos fiscalizadores Art. 7 A fiscalização do exercício das profissões regulamentadas nesta lei será exercida pelo Conselho Federal de Informática (CONFEI) e pelos Conselhos Regionais de Informática (CREI), dotados de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, aos quais compete zelar pela observância dos princípios da ética e disciplina profissionais. CAPÍTULO II Do Conselho Federal de Informática Art. 8 O Conselho Federal de Informática é a instância superior de fiscalização do exercício profissional dos analistas de sistemas e profissões correlatas, com sede no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. Parágrafo único. Compete ao Conselho Federal de Informática identificar as especializações dos profissionais de Informática e estabelecer sua denominação e suas atribuições. Art. 9 Constituem atribuições do Conselho Federal de Informática, além de outras previstas em seu regimento interno. I elaborar seu regimento interno e aprovar os regimentos organizados pelos Conselhos Regionais de Informática; II orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício das profissões de analista de sistemas e suas correlatas; III examinar e decidir, em última instância, os assuntos relativos ao exercício das profissões de analista de sistemas e suas correlatas; IV julgar, em última instância, os recursos sobre registros, decisões e penalidades impostas pelos Conselhos Regionais de Informática;

36936 Quarta-feira 24 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Outubro de 2007 V expedir resoluções e instruções necessárias ao bom funcionamento dos Conselhos Regionais de Informática; VI fixar a composição dos Conselhos Regionais de Informática, organizando-os e promovendo a instalação de tantos Conselhos Regionais quantos forem necessários, determinando suas sedes e zonas de jurisdição. VII promover a intervenção nos Conselhos Regionais de Informática, na hipótese de sua insolvência. VIII elaborar as prestações de contas e encaminhá-la ao Tribunal de Contas da União; IX examinar e aprovar a proporção das representações dos grupos profissionais dos Conselhos Regionais de Informática; X autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis. Art. 10. O Conselho Federal de Informática será constituído, inicialmente, de nove membros efetivos e nove suplentes, eleitos em escrutínio secreto, em Assembléia dos delegados. 1 A composição a que se refere este artigo fica sujeita a um acréscimo de membros, até o limite máximo de tantos quantos forem os estados da Federação que contenham Conselhos Regionais de Informática. 2 Cada Conselho Regional de Informática se fará representar por, no mínimo, um membro no Conselho Federal de Informática. 3 O mandato dos membros do Conselho Federal de Informática será de dois anos, sem recondução. Art. 11. Em cada ano, na primeira reunião, os conselheiros elegerão o Presidente, o Vice-Presidente, o Primeiro Secretário, o Segundo Secretário, o Primeiro Tesoureiro e o Segundo Tesoureiro. Parágrafo único. As atribuições dos cargos a que se refere este artigo serão determinadas no Regimento Interno do Conselho Federal de Informática. Art. 12. O Conselho Federal de Informática reunir-se-á, ordinariamente, uma vez ao mês e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente ou pela maioria absoluta de seus membros. 1 As deliberações do Conselho Federal de Informática serão válidas desde que aprovadas com a presença da metade mais um de seus membros. 2 A substituição de qualquer membro do Conselho Federal de Informática, em suas faltas e impedimentos, far-se-á pelo respectivo suplente. Art. 13. Constituem renda do Conselho Federal I vinte por cento do produto da arrecadação prevista nos incisos I, III e IV do art. 20 desta lei. II doações, legados, juros e receitas patrimoniais; III subvenções; IV outros rendimentos eventuais. CAPÍTULO III Dos Conselhos Regionais de Informática Art. 14. Os Conselhos Regionais de Informática são órgãos de fiscalização do exercício das profissões de Analista de Sistemas e correlatas, em suas regiões. Parágrafo único. Cada unidade da Federação só poderá ficar na jurisdição de um Conselho Regional de Informática. Art. 15. Constituem atribuições dos Conselhos Regionais de Informática, além de outras previstas em regimento interno. I organizar e alterar seu regimento interno, submetendo-o à apreciação e aprovação do Conselho Federal de Informática; II orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão em sua área de competência; III sugerir ao Conselho Federal de Informática as medidas necessárias à orientação e fiscalização do exercício profissional; IV remeter, anualmente, relatório ao Conselho Federal de Informática com relações atualizadas dos profissionais inscritos, cancelados ou suspensos; V encaminhar a prestação de contas ao Conselho Federal de Informática; VI examinar os requerimentos e processos de registros em geral, expedindo as carteiras profissionais ou documentos de registros; VII autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis. Art. 16. Os Conselhos Regionais de Informática serão compostos por membros efetivos e suplentes, em número determinado pelo Conselho Federal de Informática, de conformidade com o inciso VI do art. 9 desta Lei, sendo brasileiros, eleitos em escrutínio secreto, pelos profissionais inscritos na respectiva área de ação. Parágrafo único. O mandato dos membros dos Conselhos Regionais de Informática será de dois anos, não sendo permitida a reeleição. Art. 17. Os membros de cada Conselho Regional de Informática reunir-se-ão uma vez por mês, em caráter ordinário e, extraordinariamente, sempre que convocados pelo seu presidente ou por metade mais um de seus membros. Art. 18. A substituição de cada membro dos Conselhos Regionais de Informática, em seus impedimentos e faltas, far-se-á pelo respectivo suplente. Art. 19. A Diretoria de cada Conselho Regional de Informática será eleita, em escrutínio secreto, pelos profissionais nele inscritos. Parágrafo único. As atribuições dos cargos a que se refere este artigo serão determinadas no regimento interno de cada Conselho Regional de Informática.

Outubro de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quarta-feira 24 36937 Art. 20. Constituem renda dos Conselhos Regionais I anuidades cobradas dos profissionais inscritos; II taxas de expedição de documentos; III emolumentos sobre registros e outros documentos; IV doações, legados, juros e subvenções; V outros rendimentos eventuais. Art. 21. Aos Conselhos Regionais de Informática compete dirimir dúvidas ou omissões relativas à presente Lei, com recurso ex-officio, de efeito suspensivo, para o Conselho Federal de Informática, ao qual compete decidir em última instância. CAPÍTULO IV Do Registro e da Fiscalização Profissional Art. 22. Todo profissional de Informática, habilitado na forma da presente Lei, para o exercício da profissão, deverá inscrever-se no Conselho Regional de Informática de sua área de atuação. Parágrafo único. Para a inscrição de que trata este artigo, é necessário que o interessado: I satisfaça as exigências de habilitação profissional previstas nesta Lei; II não esteja impedido, por outros fatores, de exercer a profissão. Art. 23. Em caso de indeferimento do pedido pelo Conselho Regional de Informática, o candidato poderá recorrer ao Conselho Federal de Informática, dentro do prazo fixado no regimento interno. Art. 24. Qualquer pessoa ou entidade poderá representar ao Conselho Regional de Informática contra o registro de candidatos. Art. 25. Aos estudantes dos cursos e escolas de nível superior de Análise de Sistemas, Ciência da Computação, Processamento de Dados, ou de Técnico de Informática de nível médio, será concedido registro temporário para a realização de estágio de formação profissional. Parágrafo único. Os estágios somente serão permitidos no período de formação profissional, não podendo ultrapassar o prazo de dois anos. Art. 26. Se o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho Regional de Informática, exercer atividade em outra região, ficará obrigado a visar o seu registro na região de exercício da atividade. Art. 27. Exerce ilegalmente a profissão de analista de sistemas: I a pessoa física ou jurídica que exercer atividades privativas do analista de sistemas e que não possuir registro nos Conselhos Regionais de Informática; II o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas executoras de projetos ou serviços de informática, sem sua real participação nos trabalhos delas. CAPÍTULO V Das Anuidades, Emolumentos e Taxas Art. 28. Os profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Informática, de conformidade com esta Lei, estão obrigados ao pagamento de uma anuidade aos Conselhos a cuja jurisdição pertençam. 1º A anuidade a que se refere este artigo é devida a partir de 10 de janeiro de cada ano. 2º Após 31 de março, o valor da anuidade será acrescida de vinte por cento, a título de mora. 3 Após o exercício respectivo, o valor da anuidade terá seu valor atualizado para o vigente à época do pagamento, acrescido de vinte por cento a título de mora. Art. 29. O profissional que deixar de efetuar o pagamento da anuidade durante dois anos consecutivos, terá cancelado seu registro profissional sem, no entanto, desobrigar-se dessa dívida. Parágrafo único. O profissional que incorrer no disposto deste artigo poderá reabilitar-se mediante novo registro, saldadas as anuidades em débito, as multas que lhe forem impostas e taxas regulamentares. Art. 30. O Conselho Federal de Informática baixará resoluções estabelecendo Regimento de Custas e promoverá sua revisão sempre que necessário. CAPÍTULO VI Das Infrações e Penalidades Art. 31. Constituem infrações disciplinares, além de outras: I transgredir preceito de ética profissional; II exercer a profissão quando impedido de fazêlo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos ou impedidos; III praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção; IV descumprir determinações dos Conselhos Regionais ou Federal, de Informática, em matéria de competência destes, depois de regularmente notificado; V deixar de pagar, na data prevista, as contribuições devidas ao Conselho Regional de Informática de sua jurisdição. Art. 32. As infrações disciplinares estão sujeitas à aplicação das seguintes penas: I advertência; II multa; III censura;

36938 Quarta-feira 24 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Outubro de 2007 IV suspensão do exercício profissional até trinta dias; V cassação do exercício profissional ad referendum do Conselho Federal. Art. 33. Compete aos Conselhos Regionais de Informática a aplicação das penalidades, cabendo recurso, com efeito suspensivo, para o Conselho Federal de Informática, no prazo de trinta dias da ciência da punição. Art. 34. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. A regulamentação da profissão de analista de sistemas e suas correlatas tornou-se uma exigência da realidade. Essa atividade, relativamente nova no mercado de trabalho, assumiu uma importância que não pode mais ser desconsiderada. Nesse sentido, o ilustre Deputado Eduardo Paes apresentou o Projeto de Lei n 1.947, de 2003, para atender a essa demanda do mundo jurídico trabalhista e dos profissionais atuantes na informática. Infelizmente, a referida proposição foi arquivada ao término da legislatura passada, sem uma análise mais apurada. Em nosso entendimento, o tema merece ser novamente examinado. Por essa razão, estamos apresentando proposta nos mesmos moldes, com pequenas adequações e correções que, nosso entendimento, aprimoram a proposição. A criação de Conselho Federal de Informática (CONFEI) e dos Conselhos Regionais de Informática (CREI), constante da iniciativa, tem por objetivo sanar uma importante lacuna na legislação brasileira, dada a relevância da informática no setor produtivo e sua influência no dia-a-dia do cidadão brasileiro. Com as normas aqui propostas, pretendemos tornar livres as atividades de informática, compatibilizando a legislação com a realidade tecnológica em que vivemos. Realidade esta que colocou nas mãos do usuário do computador a possibilidade de desenvolver seus próprios programas e de se conectar com o mundo, com todas as implicações daí decorrentes. Estamos privilegiando o profissional da área, reconhecendo seu direito e obrigação de assumir a responsabilidade técnica pelos projetos desenvolvidos em bases profissionais. É desse profissional que se espera o cumprimento de normas éticas e a colaboração efetiva para que haja segurança nas comunicações e o respeito às normas legais, civis e criminais aplicáveis à atividade. Nesse sentido, os Conselhos são um instrumento poderoso de fiscalização, impondo limites e estabelecendo parâmetros justos e equilibrados para o bom andamento da atividade. Eles servem também para a partilha e divulgação de conhecimentos, interferindo nas políticas públicas para a informática. Esperamos que possam colaborar efetivamente para a inclusão digital, tema diretamente relacionado com a cidadania e a democracia. Pelas razões expostas, demandamos o apoio dos ilustres pares para a aprovação deste projeto de lei. Estamos certos de que ele fará justiça para com os profissionais da informática, servindo para a valorização dos profissionais e para a excelência na atividade. Sala das Sessões, 23 de outubro de 2007. Senador Expedito Júnior. (Às Comissões de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Assuntos Sociais, cabendo à última decisão terminativa.) PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 608, DE 2007 Altera a Lei nº 9.311, de 1996, que institui a Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira CPMF, e dá outras providências, estabelecendo redução progressiva das alíquotas. Art. 1º O art. 7º da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 7º A alíquota da contribuição social de que trata esta Lei será de: I 0,38% (trinta e oito centésimos por cento), no exercício financeiro de 2008; II 0,31% (trinta e um centésimos por cento), no exercício financeiro de 2009; III 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), no exercício financeiro de 2010; IV 0,20% (vinte centésimos por cento), no exercício financeiro de 2011. A CPMF nasceu como uma atribuição específica: destinar integralmente recursos ao Fundo Nacional de Saúde, para financiamento das ações e serviços de saúde. Originalmente a alíquota da CPMF foi de 0,20% e tal tributo tinha caráter emergencial; daí ser chamada de contribuição provisória, pois buscava responder de modo pontual a situação crítica no setor Saúde. Não obstante, tratava-se de uma excepcionalidade em vista do agravamento da crise, pois sei e defendo que o setor Saúde, tal como é previsto na Constituição Federal, deve ser financiado no contexto da seguridade