A Ocupação do Litoral e a Expansão Territorial. Introdução:



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Transcrição:

COLÉGIO MILITAR DE JUIZ DE FORA 2007 HISTÓRIA - 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL Nº: NOME: TURMA: A Ocupação do Litoral e a Expansão Territorial. Introdução: Durante o século XVI, as povoações geralmente concentravam-se no litoral, pois as pessoas tinham medo da floresta e dos índios. Isso começou a mudar quando os primeiros jesuítas passaram a fundar missões no interior do território. A partir daí, a marcha em direção ao interior foi efetuada pelos bandeirantes e pelos criadores de gado. Todas essas ações aumentaram consideravelmente a extensão do território brasileiro, mas não realizaram a integração do povo que vivia aqui, necessária para o real desenvolvimento da nação. O Brasil tornou-se uma pátria grande, mas ainda resta a tarefa de construir-se uma grande pátria. Expansões do território: Expedições militares oficiais: garantir o domínio do território, em especial Norte e Nordeste. Criadores de gado: rebanhos no interior, Nordeste e campos do sul. Missionários: dedicados a catequese indígena. Região Norte. Bandeirantes paulistas: expedição caça ao indígena e à procura de riquezas mineiras. Região Sul e Centro-Oeste. Defesa do Litoral: instalações de fortes feitas por várias expedições oficiais. A Conquista do Norte e Nordeste: Até o início do século XVII, a região mais rica da colônia era a faixa litorânea das capitanias de Pernambuco e Bahia, devido à bem sucedida produção açucareira. Paralelamente, desenvolvia-se a criação de gado bovino para atender às necessidades de alimentação e transporte dos engenhos. Pouco a pouco, o gado que vivia solto foi sendo levado para o interior, à procura de novas pastagens. Nesse movimento os criadores de gado alcançaram o rio São Francisco, apelidado de "rio dos currais", e chegaram até o interior dos atuais estados nordestinos. Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba foram ocupados pelas fazendas de gado. A contínua presença estrangeira, especialmente francesa, levou o governo a organizar expedições militares para expulsar os invasores. Para isso, foram cri dos diversos fortes como: * Forte de Filipéia de Nossa Senhora das Neves (l584)- na Paraíba, atual João Pessoa. * Forte dos Reis Magos (1597) - Rio Grande do Norte, atual Natal.

* Forte de São Luís do Maranhão (l612) - Maranhão, atual São Luís. * Forte de Nossa Senhora da Assunção (l613)- Ceará, atual Fortaleza. * Forte do Presépio (1616)- Pará, atual Belém. Na região do rio Amazonas, os portugueses também organizaram diversas expedições militares para a expulsão dos franceses, ingleses e holandeses. Entretanto, a ocupação da Amazônia teve por principal base econômica a coleta de especiarias, chamadas de drogas do sertão, como cacau, a baunilha, o guaraná, a pimenta, o cravo, a castanha, ervas medicinais e aromáticas. Fundando dezenas de missões ( aldeias de catequese), foram os jesuítas que mais se destacaram na exploração das drogas do sertão. Assim, a pecuária, as expedições militares, a coleta de drogas do sertão e, principalmente os jesuítas foram os responsáveis pela colonização da região. A conquista do Sul: A ocupação do sul do Brasil ganhou intensidades com o início do movimento bandeirante, principalmente com a expulsão dos jesuítas espanhóis das missões da religião. Desejando garantir o rio da Prata como limite do domínio luso, o governo português fundou em 1680, a Colônia do Sacramento(hoje Uruguai), em frente à cidade de Buenos Aires, fundada pelos espanhóis. Os portugueses, para assegurar a dominação, desenvolveram as chamadas estâncias, grandes fazendas de gado para criação de bois, burros e cavalos. Com a pecuária gaúcha, desenvolveu-se também a produção de charque, carne seca e salgada mais fácil de transportar, conservar e utilizar. A pecuária tornou-se, assim, a base da economia da região sulista. Entradas e Bandeiras Introdução: Entradas e Bandeiras eram expedições que, partindo de núcleos de povoamento litorâneos ou próximo da costa, penetravam pelo interior desconhecido a pé ou em canoas, usando caminhos utilizados e indicados pelos indígenas, objetivando encontrar riquezas, metais ou pedras raras. Entradas: eram expedições organizadas pelo governo, formadas por um pequeno número de homens armados, que saíam pelo interior em busca de riquezas minerais. As Entradas incorporaram ao território brasileiro vastas extensões de terras, a oeste da linha de Tordesilhas, alargando o Norte do território brasileiro. A primeira Entrada foi chefiada por Américo Vespúcio, em 1504. Seu objetivo era explorar o interior da região de Cabo Frio, mas não teve sucesso. Martim Afonso de Sousa também organizou uma Entrada em 1531, mas os componentes desta expedição nunca voltaram. Bandeiras: eram expedições particulares, em geral organizadas por comerciantes e fazendeiros. Constituíram-se em verdadeiras expedições de caráter militar, compostas por soldados, escravos, Índios, religiosos, trabalhadores e comerciantes. As Entradas tiveram caráter oficial.

As Bandeiras, em sua maioria, realizadas por particulares. Tipos de Bandeiras: Bandeira de Caça ao Índio: visavam obter mão-de-obra para a pequena lavoura paulista ou para vendê-ia a regiões próximas. Entretanto, quando os holandeses ocuparam Pernambuco e a região de Angola na África, os senhores de engenho da Bahia passaram a enfrentar dificuldades para obter escravos. Recorreram então, aos índios capturados pelos colonos paulistas, dando grande impulso ao movimento bandeirante. Muitas bandeiras atacaram as missões jesuíticas, de Mato Grosso ao Rio Grande do Sul, capturando mais de cem mil índios. As principais bandeiras desse período foram a de Manoel Preto e de Antônio Raposo Tavares (1619-1651). No final do século XVII, com a expulsão dos holandeses do Brasil, a crise da economia açucareira e a descoberta de ouro, termina o período das bandeiras de caça ao Índio. Bandeirismo de Contrato ou Sertanismo de Contrato: para combater índios em guerra ou negros fugidos organizados nos quilombos, fazendeiros ou o próprio governo contratavam a formação de bandeiras. Sob pagamento em dinheiro, terras, escravos ou gado, bandeirantes colocavam-se a serviço da metrópole ou da aristocracia rural brasileira. Os homens que compunham essas bandeiras eram os sertanistas (aqueles que conheciam bem os perigos do sertão e as táticas de luta, usadas pelos Índios) que desempenhavam o papel de "soldados num exército particular dos grandes proprietários de terras" e tinham de certa forma, uma função militar dentro da Colônia. A mais importante de todas as bandeiras de contrato foi a de Domingos Jorge Velho, que bateu os índios cariris em 1692 e destruiu o quilombo de Palmares, em Alagoas, em 1694. Bandeiras de Ouro e Diamantes: foram as organizadas para descobrir metais e pedras preciosas e atingiram a região das Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. No início do século XVII, o Rei de Portugal estimulou os bandeirantes a buscar metais preciosos, já que ouro havia sido encontrado no leito de alguns rios. A coroa ofereceu prêmios e honrarias aos bandeirantes que descobrissem metais preciosos. Principais Bandeiras: Fernão Dias Paes, que acompanhado por Borba Gato, partiu para Taubaté, em São Paulo e interior de Minas Gerais. O caçador de esmeraldas morreu antes de retomar a São Paulo, pensando ter descoberto esmeraldas, quando na realidade eram turmalinas. Antônio Rodrigues Arzão, - Cataguases, MG em 1693. Antônio Dias de Oliveira e Padre João de Faria Filho, - Vila Rica, atual Ouro Preto, em 1698. Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera ( diabo velho), que encontrou ouro em Goiás, por volta de 1725. Monções: As Monções foram Bandeiras que se deslocavam exclusivamente por via fluvial, a partir da cidade de Porto Feliz. Elas diferiam das outras Bandeiras por serem periódicas, regulares, aproveitando as épocas de cheias dos rios. O objetivo das Monções era o de explorar a atividade comercial e atender às necessidades das minas de ouro das regiões de Cuiabá e Vila Bela. Entre as mais notáveis monções, está a realizada em 1726, composta por três mil pessoas embarcadas em 308 canoas que se deslocaram de Porto Feliz a Cuiabá, durante aproximadamente cinco meses.

Conseqüências das Entradas e Bandeiras Expansão do território brasileiro; Conquista da região Centro-Oeste; Descoberta de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso; Fundação de povoados no interior; Estabelecimento de tratados de limites entre Portugal e Espanha, para resolver o problema qa posse das terras conquistadas pelos bandeirantes, onde portugueses e espanhóis disputavam a região; Escravização e matança de índios: esta foi a conseqüência mais negativa e condenável da ação dos bandeirantes. Tratados de Fronteiras Após a Restauração, não eram boas as relações diplomáticas entre os reinos ibérios, o que acarretou, entre os séculos XVII e XIX, a assinatura de vários tratados que possibilitaram a consolidação das fronteiras, ampliadas pela ação de bandeirantes e entradistas. Tratado de Lisboa - 1681: A criação da Colônia do Sacramento gerou grave descontentamento entre Espanha e Portugal. Forças espanholas conquistaram a colônia recém criada. Só em 1683, Portugal conseguiu reincorporar a Colônia do Sacramento a seus domínios. Tratado de Utrecht - 1713-1715: ficou acertado neste contrato o seguinte: no norte do país, a França aceitava o rio Oiapoque como limite entre a Guiana Francesa e o Brasil. No sul do país, a Espanha concordava em devolver a Colônia do Sacramento para Portugal. Tratado de Madri - 1750: mesmo depois de assinado o tratado de Utrecht, espanhóis e portugueses continuaram disputando as terras da colônia do Sacramento. Este tratado estabeleceu: Definição da fronteira sul: Portugal entregou a Colônia do Sacramento à Espanha, em troca recebeu a de Sete Povos das Missões. Aplicação do princípio do uti possidetis ( " a terra pertence a quem a ocupa"). Utilização preferencial de cursos d' água e acidentes naturais para melhor definir os limites. O Tratado de Madri nos garantiu, aproximadamente, 8000000km2, o que corresponde a 94% de nossa superfície atual. Tratado de Santo Ildefonso - 1777: A Espanha se comprometia a devolver para Portugal a ilha de Santa Catarina e boa parte do território do atual Rio Grande do Sul. Ficava porém com a Colônia do Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões. Tratado de El Pardo - 1761: Anulou todas as demarcações do Tratado de Madri. Tratado de Badajós - 1801: No início do século XIX, Portugal e Espanha romperam relações diplomáticas. Como as duas famílias reinantes em Portugal e Espanha fossem unidas por laços familiares, não ocorreram conflitos dignos de registros, já que D. João, que veio em 1808 para o Brasil, era casado com a Princesa Carlota Joaquina, filha do rei da Espanha. Este contrato retomou à situação já existente antes do tratado de Madri: os Sete Povos das Missões ficaram com Portugal e a Colônia do Sacramento, mais uma vez, retomou à Espanha.