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Transcrição:

Uso de ethephon e fécula de mandioca na conservação pós-colheita de limão siciliano 1 Celina Maria Henrique 2* ; Marney Pascoli Cereda 3 RESUMO A uniformização do amadurecimento e o tempo de armazenamento são fatores que podem interferir na comercialização. Assim, diferentes doses de ethephon e recobrimentos, foram testados, em limão siciliano. Doses de ethephon 0, 1000, 2000 e 3000 mg.l -1, e recobrimento de película de fécula de mandioca à 0, 1 e 3%, foram avaliados a cada 3 dias, durante 24 dias de armazenamento, quanto a perda de massa, cor da casca, rendimento de suco, sólidos solúveis, textura, ph, acidez total e análise visual. Os tratamentos não ocasionaram alterações significativas no teor de sólidos solúveis, ph e acidez total. O rendimento de suco tendeu a redução com a dose de ethephon aplicada e com película 3%. Houve influência negativa da película, na textura. A perda de massa foi semelhante para todos os tratamentos, porém menor perda com tratamento de 1000 mg.l -1 de ethephon e película 1%. Quanto a coloração, a película atuou como barreira, retardando o desverdecimento dos frutos, sendo mais efetiva com aumento da concentração da película. Palavras-chaves: biofilmes, vida de prateleira, citrus ABSTRACT Ripen uniformity and storing period are two factors which can limit or enhance trading period, in this way one aimed to test different dosages of ethephon and three biofilms in post harvest of Siciliano lemon tested in room conditions. Ethephon dosagens 0, 1000, 2000 and 3000 mg.l -1, cassava starch biofilm at 0, 1 and 3% were evaluated each 3 days during 24 days of storing and assessed according to mass loss, peel color, juice yield, total soluble solids, texture, ph, titer total acidity and visual analysis, treatments used did not have significant alterations on total soluble solid content, ph and titer total acidity. On juice yield there was a reduction bias with ethephon dosage applied and with 3 % biofilm. Biofilm showed negative influence on texture, but weight loss was similar in all treatments. Mass loss was similar for all treatments, therefore less loss with 1000 mg.l -1 ethephon treatment and 1%. As for coloration the biofilm acted like a barrier, hindering or delaying of fruits. This barriers was more effective as biofilm concentration increased. Key words: biofilms, shelf life, citrus 1 INTRODUÇÃO As plantas cítricas pertencem ao gênero Citrus, família Rutaceae, subfamília Aurantioideae, onde o limão Siciliano, também denominado limão verdadeiro, é classificado em nível de espécie como Citrus limon (Linn) Burn, (Giacometti,1981). Do ponto de vista do comércio mundial, a Itália, Espanha e EUA se destacam como países produtores de limões verdadeiros, enquanto que o México, Peru, Brasil (São Paulo), se destacam como produtores de limas ácidas tais como: Taiti (C. latifolia, Tanaka) e Galego (C. aurantifolia, Swingle), (Rodriguez,1984). Normalmente o destino dos limões verdadeiros é o consumo in natura nos mercados internos e externos, indústria de suco concentrado e obtenção de óleo essencial. A coloração externa das frutas cítricas tornou-se atributo de qualidade de grande importância, pois muitos consumidores associam a cor da casca com estádio de maturação, embora alguns frutos apresentem 99

boa qualidade interna enquanto ainda conservam a cor verde externamente.o mercado interno prefere frutos de limão Siciliano com casca verde, enquanto que no mercado externo, há exigência da mudança completa da coloração, de verde para amarela. As mudanças físicas e químicas que ocorrem durante a maturação dos frutos estão associadas às mudanças na textura, aparência, sabor e aroma resultando em alta qualidade degustativa (EPAGRI, 2002). De acordo com BLANKE (1991) tais transformações ocorrem em nível celular, envolvendo processos de degradação e síntese de compostos orgânicos, além de alterações na atividade enzimática. O conhecimento destas mudanças metabólicas associadas com a maturação é essencial para prolongar a conservação da qualidade dos frutos e prevenir os distúrbios fisiológicos. Diferentemente dos demais frutos cítricos, o limão não apresenta aumento no teor de sólidos solúveis quando amadurece, registrase aumento da acidez no suco e redução do ph. Nos limões maduros, os ácidos orgânicos são os maiores componentes solúveis no suco (RAMANA et al., 1981). Se a acidez total do suco da maioria das frutas cítricas é principalmente devido ao ácido cítrico, em limões chega a 70-80% dos sólidos solúveis. (TING & ATTAWAY, 1971) A utilização de filmes e revestimentos comestíveis para prolongar a vida útil dos alimentos não é um procedimento recente. O revestimento de laranjas e limões com ceras para retardar a perda de água destes frutos foi praticada na China entre os séculos XII e XIII (DONHOWE & FENNEMA, 1994). A boa aparência do fruto é fator decisivo, para atender o mercado externo, sendo comum a utilização de ceras para cobertura superficial, reduzindo perda de massa, retardando o enrugamento, funcionando como abrilhantador. As ceras comerciais são formulações contendo misturas derivadas de petróleo ou de vegetais (CHITARRA & CHITARRA, 1990). Assim sendo, objetivou-se, no presente trabalho, verificar a influência da aplicação de diferentes concentrações de ethephon e da película de fécula de mandioca à 1 e 3%, sobre a coloração da casca do limão siciliano, para proporcionar um completo desverdecimento do fruto associado com qualidade visual e físicoquímica. 2 MATERIAL E MÉTODOS Utilizou-se limão Siciliano (Citrus limon (Linn) Burn) do pomar comercial com idade aproximada de oito anos. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Lageado, campus de Botucatu SP. Os limões foram colhidos no grau de maturidade fisiológica, quando apresentaram o completo desenvolvimento do fruto, embora com a casca totalmente verde. Foram analisados 785 frutos, dos quais 65 formaram o grupo controle, que permaneceram intactos durante o armazenamento, sendo realizado avaliação visual de escala de cores e perda de massa. Os 720 frutos restantes fizeram parte do grupo destrutivo, para as análises químicas de rendimento de suco, sólido solúveis (SS), textura, ph, acidez total (AT) e análise sensorial. As análises nos dois grupos ocorreram a cada 3 dias durante 24 dias de armazenamento sob temperatura média de 22,4 ºC e umidade relativa média de 65,6ºC. A avaliação visual de escala de cores foi determinada em um ensaio preliminar, conforme a Tabela 1 e as notas foram atribuídas por um único avaliador, o qual foi treinado nos ensaios preliminares. Tabela 1: Escala de notas de coloração de casca de limão Siciliano tratados com Ethephon 0 - verde intenso 1- verde claro 2- verde amarelado (maior porcentagem da cor verde) 3- amarelo esverdeado (maior porcentagem da cor amarela) 4- amarelo claro 5- amarelo intenso6 Fonte: HENRIQUE & CEREDA, 1996. 100

Como tratamento fitossanitário preventivo foi utilizado solução aquosa de hipoclorito de sódio na concentração de 0,2 g.l -1, submergindo-se os frutos durante 3 minutos e como fonte de etileno, foi utilizado o produto comercial ethrel, que possui como ingrediente ativo o Ethephon (ácido 2-cloroetil fosfônico)a 240 g/l do i.a O tratamento com a película de fécula comercial de mandioca foi efetuado com suspensão da fécula em água com concentrações 1 e 3 %. As formulações de fécula foram obtidas através do aquecimento sob agitação da suspensão da fécula em água, com volume de 2 litros completados em balões volumétricos. Para se obter a concentração proposta, suspendeu-se em 2 litros de água destilada as seguintes quantidades: 1% de fécula - 20 g, 3% - 60g (material seco). Aquecidas à temperatura máxima de 70º C, com agitação constante, até a geleificação da fécula, o que ocorreu entre 15 e 20 min. Os frutos foram submersos nessas suspensões e colocados para secar sobre tela de nylon, para drenar líquido e, após, sobre bandejas plásticas em condição ambiente (OLIVEIRA, 1996). O fluxograma 1 indica a utilização das doses de ethephon e da película de fécula comercial de mandioca: Fitorregulador Etherel (Ethephon) 0 mg.l -1 1000 mg.l -1 2000 mg.l -1 3000 mg.l -1 Película de fécula comercial de mandioca 0% 1% 3% Fluxograma 1: Tratamentos aplicados O tratamento considerado como testemunha recebeu a aplicação de hipoclorito de sódio à 2%, sem adição de fitorregulador e/ou recobrimento. Foram realizadas avaliações de sabor e aroma do limão (análise sensorial), visando identificar a ocorrência de sabor e aroma estranhos, conforme citado por DAVIS & HOFMANN, (1973). O suco do limão foi diluído com água destilada na proporção de 1:4 (10 ml de suco: 40 ml de água), sendo posteriormente avaliado por 6 provadores treinados e escolhidos ao acaso, mas constantes em todas as avaliações. A qualidade durante o armazenamento foi avaliada até os 24 dias, esse tempo foi determinado seguindo experimento preliminar (HENRIQUE & CEREDA, 1996), porém durante a avaliação tempo de armazenamento, os frutos que apresentavam características indesejáveis para o consumo tais como, quando ultrapassaram a coloração ideal ou apresentaram aspecto ou sabor de frutos passados, foram descartados. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 3, com 3 fatores e 3 repetições. Para a análise de perda de massa foi realizadas análise de regressão com análise de variância em um delineamento inteiramente casualizado com os tratamentos no esquema fatorial 4 x 3 com 2 fatores e 5 repetições, sendo que cada repetição consistiu no valor da perda de massa diária, dadas pelas equações de regressões. Os resultados obtidos das avaliações forma submetidos à análise de variância pelo Teste F, comparação de médias pelo Teste de Tukey (5%) e regressão (perda de massa), utilizando-se o sistema estatístico SAS (Statistical Analysis System, 1989). As análises de cores não foram submetidas a análise estatística. 101

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados dos ensaios foram avaliados utilizando como referência os limites de coloração, adotados para a comercialização dos frutos no mercado externo. Os frutos foram descartados quando começaram a mostrar sinais nítidos de murchamento ou após identificação de sabor ou aroma de "passado" na análise sensorial. Estes limites foram estabelecidos baseados em dados da literatura e em informações de mercado externo obtidas na Companhia Agrícola Botucatu. O tratamento com hipoclorito mostrouse efetivo, uma vez que, não se observou contaminação nos frutos durante todo o experimento. As Figuras 1 e 2 mostram a tendência média de cada variável química durante o armazenamento de 24 dias, independentemente dos tratamentos. Verifica-se a tendência inversa dos valores de SS e AT no intervalo de 12 à 20 dias, e pouca variação no ph (Figura 1). Na Figura 2, nota-se que no rendimento não houve variação durante o armazenamento, porém a textura diminuiu consideravelmente. Valores médios 10 8 6 4 2 ph AT SS 0 3 6 9 12 16 18 21 24 Dias de armazenamento Figura 1. Comparação média do ph, acidez (% de ácido cítrico), sólido solúveis (ºBrix), durante o armazenamento. Valores médios 500 400 300 200 100 0 rendimento textura 3 6 9 12 16 18 21 24 Dias de armazenamento Figura 2. Comparação média da textura (g) e rendimento (%), durante o armazenamento. Não foi observado aumento significativo do rendimento do suco, durante o armazenamento, contradizendo os resultados de SINGH & ALI (1996) que estudaram o amadurecimento de frutas pelo uso de ethephon e verificaram que em limão tratados com 50 mg.l -1 o teor do suco aumentou de 27 para 32%. Observando as dosagens de ethephon durante o armazenamento notou-se que o teor de sólidos solúveis da testemunha não variou no período; e os tratamentos com ethephon apresentaram variações do teor de sólidos 102

solúveis diferentes entre si durante o armazenamento, porém de forma geral, foram variações inconstantes que tenderam à estabilização no final do armazenamento. Verificou-se que a testemunha não diferiu significativamente do revestimento com 1% de película de fécula de mandioca. Mas, o revestimento com 3% de película tendeu a menor teor de sólidos solúveis, diferindo somente da testemunha. Porém, OLIVEIRA (1996) não observou diferença significativa nos valores de sólidos solúveis, entre os tratamentos com cera comercial, película de fécula de mandioca e testemunha. Quanto à textura, verificou-se que o tratamento testemunha não diferiu significativamente de 1% de película de fécula de mandioca, mas o revestimento com 3% de película de fécula de mandioca diferiu significativamente da testemunha. Contrariando OLIVEIRA (1996), que estudando a utilização de película de fécula de mandioca (3 e 5%), verificou influência sobre a textura, não ocorrendo o amolecimento normal da maturação em frutos com película. Observou-se de maneira geral, que houve propensão de redução do ph até os 16 dias de armazenamento, elevando-se, novamente, até o final do armazenamento. Confirmando RAMANA et al (1981) os quais afirmaram que, quando o limão amadurece a acidez do suco aumenta e o ph diminui. Houve tendência de queda do teor da acidez total durante o armazenamento, a qual desaparece até aos 24 dias, independente da concentração de ethephon aplicada. Resultados estes opostos aos encontrados por RAMANA et al (1981), os quais observaram aumento da acidez do suco quando o limão amadurece. Não houve interação significativa entre os tratamentos com ethephon e as concentrações do revestimento de película de fécula de mandioca para o teor de acidez total. A queda de peso durante a maturação foi explicada por AVIÃO (1996), sendo devido ao aumento do metabolismo da fruta, maior respiração e transpiração. Na Tabela 2, analisando cada concentração do revestimento da película, dentro das concentrações de ethephon, notou-se, no tratamento sem revestimento, diferença significativa entre a perda de massa da testemunha com as concentrações de ethephon 1000 e 3000 mg.l -1, porém a testemunha não diferiu de 2000 mg.l -1. Nas concentrações de revestimento de 1 e 3% não houve diferenças significativas de perda de massa em função das concentrações de ethephon. Na Tabela 3 observam-se as equações de regressão para a perda de massa dos frutos em função das doses de Ethephon com distribuição quadrática para as películas 1 e 3, demonstrando que um máximo foi obtido sob níveis intermadiários de Ethephon. Tabela 2 Perda de massa média (%) de limão siciliano, submetidos a aplicação de ethephon e revestimento com película de fécula de mandioca. FCA/UNESP- Botucatu. Ethephon Película 0 1000 2000 3000 Média 0 2,0068 A 1,5480 B 1,9868 A 1,7940 A 1,7518 1 1,5130 B 1,7102 B 1,8312 A 1,7278 A 1,6956 3 2,1400 A 2,1192 A 2,2282 A 1,4654 A 2,0704 Média 1,8866 1,7925 2,0154 1,6624 1,839 Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si significativamente ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey; desvio padrão = 0,2654 - cv = 14,4307. Tabela 3. Equações de regressão para perda de massa em cada película (%) Película Equação 0 Y = -3E-10x 3 + 1E-06x 2-0.0014x + 2 R 2 = 1 ** 1 Y = -8E-08x 2 + 0.0003x + 1.5025 R 2 = 0.98 ** 3 Y = -2E-07x 2 + 0.0004x + 2.09 R 2 = 0.8639 ** ** Significativo a 1% de probabilidade. 103

A partir desses resultados, observou-se uma tendência do tratamento sem revestimento com a integração tratamento sem ethephon e 2000 mg.l -1 de ethephon possuírem maior perda de massa. Confirmando CEREDA et al (1992) que utilizaram película de fécula de mandioca à 2%,em frutos de mamoeiro e OLIVEIRA (1996) em frutos de goiabeira, verificaram redução significativa na perda de massa. Onde CEREDA et al. (1992) trabalharam na obtenção de películas de amido de milho e fécula de mandioca, com características semelhantes a das ceras comerciais para aplicação em frutos de mamoeiro e os resultados demonstraram que a utilização do amido e da fécula (2%) além de não apresentar efeito nocivo, reduz a perda de massa dos frutos, quando comparado ao tratamento com cera comercial. OLIVEIRA (1996) utilizando película de fécula de mandioca a 3 e 5 %, cera comercial Sta fresh (1:9) e tratamento testemunha, em frutos de goiabeira, como tratamento póscolheita durante 12 dias de armazenamento, verificou que os frutos da testemunha e com a cera comercial tiveram coloração normal, porém os frutos com a película de fécula de mandioca não atingiram a coloração desejada, ocorrendo retenção da coloração, devido ao uso deste revestimento. As películas tiveram influência negativa na mudança de textura dos frutos, não permitindo que os mesmos se tornassem tenros, como observado com a testemunha e com a cera comercial. Os valores de sólido solúveis totais, acidez total não variaram significativamente ao longo do período de armazenamento entre os tratamentos. Os valores de ph variaram ao longo do tempo de armazenamento nos frutos de todos os tratamentos, com aumento de ph em relação ao inicial. As perdas de massa nos frutos tratadas com a película de fécula de mandioca foram menores em relação à testemunha, porém maiores que os tratamentos com a cera comercial Sta fresh. Perante os resultados apresentados de perda de massa, provavelmente a concentrações de ethephon 1000 e 2000 mg.l -1 proporcionaram menor perda de massa até 1% de película. Resultados que divergem de CASTRO et al. (1991) que não verificaram diferenças significativas das perdas médias de peso no processo de desverdecimento com a aplicação de ethephon na aplicação pós-colheita do ethephon (100, 250, 500, 1000 mg.l -1 ) e do gás etileno (1,5 e 10 mg.l -1 ) no processo de desverdecimento em frutos de Tangor Murcote armazenados à 20ºC e posteriormente em refrigeração por 8 semanas. Quanto à coloração da casca, a película de fécula de mandioca funcionou como barreira dificultando o desverdecimento. Todos os frutos obtiveram nota 4, os tratamentos com aplicação de ethephon, em todas as concentrações (sem película de fécula), até o 4 o dia de armazenamento, enquanto no 8º dia, estavam com coloração ideal (nota 5), para comércio externo. Resultados semelhantes encontrados por OLIVEIRA (1996) o qual verificou a retenção da coloração em goiaba, utilizando revestimento de película de fécula de mandioca nas concentrações de 1 e 2 %. Perante os resultados encontrados, podese supor que a película de fécula de mandioca impede a troca de gases (CO 2 e O 2 ) com o meio, provocando um retardamento no efeito do etileno aplicado. Confirmando, COLL et al (1992) mostrou que o CO 2 impede e retarda a resposta do etileno, quando este se encontra concentrado nas células, atuando como competidor no lugar da união do etileno com seu receptor, atrasando a maturação de frutas armazenadas. Pelos resultados das análises sensoriais, constatou-se que a aplicação de ethephon e película de fécula de mandioca não influenciaram o sabor e aroma dos frutos provados. Não foi observado nenhum tipo de fermentação anaeróbia, o que poderia afetar o sabor e aroma característico do fruto. Divergindo de CASTRO (1987), que utilizando ceras comerciais, pode detectar a ocorrência de sabor estranho no suco, o quê não foi verificado com o uso de película de mandioca, estando dentro da afirmação de DAVIS e HOFMANN (1973), a quantidade ótima de recobrimento deve ser tal que ao ser empregada dê brilho suficiente à fruta, minimize a perda de peso, sem conduzir entretanto, à ocorrência de sabor estranho. 104

4 CONCLUSÃO Dentre as várias concentrações testadas neste ensaio, o melhor resultado foi 2000 mg.l -1 de ethephon e 3% de película de fécula de mandioca. Salienta-se ainda, que essa combinação proporcionou brilho intenso nos frutos. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AVIÃO,E.S. O desverdecimento de cítricos: Um processo necessário. Jornal da Associtrus - Informativo. São Paulo, março, p.8, 1996. BLANKE, M.M. Respiration of apple and avocado fruits. Postharvest News and Information, v. 2, n.6, p.429-436, 1991. CASTRO, J. V. de Efeitos de tratamentos póscolheita e das condições de armazenamento na qualidade do limão taiti (Citrus latifolia Tanaka). Campinas: ITAL, 1987, 227p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas. CASTRO, J.V.; FERREIRA, V.L.P.;YOTSUYANAGI, K. Aplicação póscolheita de etileno e de etherel no desverdecimento de tangor murcote. Revista Brasileira Fruticultura. Cruz das Almas, v.13, n.1, p.237-242, 1991. CEREDA,M.P.; BERTOLINI,A.C.; EVANGELISTA,R.M. Uso de amido em substituição às ceras na elaboração de películas na conservação pós-colheita de frutas e hortaliças. Estabelecimento de curvas de secagem. In: Congresso Brasileiro de Mandioca, 7. Recife, 1992, Anais. Recife, 1992, p.107. CHITARRA,M.I.F.; CHITARRA,A.B. Armazenamento: Uso de ceras e coberturas de superfície. In:. Pós-colheita de frutas e hortaliças: Fisiologia e Manuseio. Lavras(MG): ESAL-FAEPE, 1990, 293p. COLL, J. B.; RODRIGO, G. N.; GARCIA, B. S.; TAMÊS, R. S. Fisiologia Vegetal. Ed. Perámide, S.A. - Madrid, 1992, 662p. DAVIS,P,L,;HOFMANN,R.C. Effects of coatings on weight loss an ethanol buildup in juice of oranges. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.21, n.3, p.455-7, 1973. DONHOWE, I.G., FENNEMA, O. Edible films and coatings: characteristics formation, definitions and testing methods.in: KROCHTA, J.M.; BALDWIN, E.A.; NISPEROS- CARRIEDO, M.O. (Ed). Edible coatings and films to improve food quality. Lancaster: Technomic Publishing, 1994. p.1-24. EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO RURAL DE SANTA CARATARINA (EPAGRI). A cultura da macieira. Florianópolis, 2002, 743p. GIACOMETTI, D. C. Taxonomia e nomenclatura dos citros. In: RODRIGUEZ,O., VIEGÁS,F. (Ed.). Citricultura Brasileira. Campinas: Fundação Cargill, 1981, v.1, cap.7, p.184-94. HENRIQUE, C. M., CEREDA, M. P. Película de fécula de mandioca na conservação póscolheita de limão Siciliano (Citrus limon (Burn)) desverdecido. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE RAÍZES TROPICAIS, 1 e CONGRESSO BRASILEIRO DE MANDIOCA, 9,1996, São Pedro-SP. Anais...Botucatu: Centro de Raízes Tropicais, Universidade Estadual Paulista, 1996. n.131 OLIVEIRA, M. A. Utilização de película de fécula de mandioca como alternativa à cera nas conservação pós-colheita de frutos de Goiaba (Psidium guajava). Piracicaba, 1996, 73p. (Mestrado - ESALQ - USP). RAMANA, K. V. R.; GOVINDARAJAN,V. S.; RANGANHA,S. Citrus Fruits - Varieties, Chemistry, Technology and Quality Evaluation, Part I: Varieties, Production, Handling and Storage. In:. CRC Critical Revieus in Food Science and Nutrition, 1981, v.15, n.4, p.353-431. 105

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