Planejamento Sistemático da Conservação e Restauração da Biodiversidade e dos Serviços Ambientais dos Biomas de Minas Gerais

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Transcrição:

Planejamento Sistemático da Conservação e Restauração da Biodiversidade e dos Serviços Ambientais dos Biomas de Minas Gerais Gerência de Proteção à Fauna e Flora-GPFAF Diretoria de Pesquisa e Proteção à Biodiversidade-DPBIO Instituto Estadual de Florestas-IEF Belo Horizonte, 23/07/15

BIODIVERSIDADE EM MINAS GERAIS UM ATLAS PARA SUA CONSERVAÇÃO 2005

AVANÇOS FATORES ABIÓTICOS PRESSÃO ANTRÓPICA UC ABIÓTICOS AVIFAUNA FLORA HERPETOFAUNA MASTOFAUNA INVERTEBRADOS ICTIOFAUNA BIÓTICOS

AVANÇOS ÁREAS SÍNTESE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Resolução inadequada às diversas demandas de gestão ambiental no estado ÁREAS SÍNTESE LIMITAÇÕES HERPETOFAUNA

LIMITAÇÕES Áreas prioritárias para conservação de comunidades aquáticas não delineiam as bacias de contribuição

LIMITAÇÕES Mapas disponibilizados em meio digital não permitem filtragem e análise efetivas

LIMITAÇÕES Recomendações vagas e áreas amplas Dados originais indisponíveis Discriminação insuficiente Objetos de conservação Métodos de desenho das áreas Critérios de decisão Revisão, atualização e replicação independente pelo SISEMA impossibilitados

Avanços nos últimos 10 anos AVANÇOS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS Novos dados ecológicos e socioeconômicos Evolução das ferramentas de PSC Software de auxílio a tomada de decisões Geoprocessamento Sensoriamento remoto Técnicas de modelagem Aplicativos para visualização e análise

OBJETIVOS Conservação e restauração: Biodiversidade Processos ecológicos e serviços ambientais - recursos hídricos e polinização Norteamento da gestão ambiental e tomada de decisões: Ordenamento do uso do solo e das atividades econômicas Regularização ambiental (critério locacional) e fiscalização Fomento e incentivo econômico às boas práticas e conservação Áreas protegidas e corredores de habitat Restauração de áreas degradadas Manejo e conservação da vida silvestre Pesquisa e desenvolvimento Educação ambiental

Exigências Legais Lei Estadual nº 20.922, de 16 de outubro de 2013, artigo 123 DN COPAM nº55, de 13 de junho de 2002

DIRETRIZES Aplicabilidade à Gestão Pública do Meio Ambiente Resolução, detalhamento e formato adequados às múltiplas finalidades de gestão, conservação e restauração de áreas Desenvolvimento das recomendações de gestão em um Plano de Ação para a Conservação e Restauração dos Biomas de Minas Gerais Transparência Objetivos, metas, critérios, decisões e métodos explícitos Aberto à revisão crítica e aperfeiçoamento Simultaneamente flexível e defensável diante de demandas por uso alternativo do solo

DIRETRIZES Transferência tecnológica e internalização do processo pelo IEF Replicação Revisão Atualização Aperfeiçoamento Difusão do conhecimento em outros contextos ou áreas Disponibilização dos produtos em formato WebGIS para consulta e análise online Atualização modular e contínua

ANDAMENTO Divisão dos trabalhos em lotes Mata Atlântica e Caatinga Cerrado Fonte de recursos orçamentários ProMata (KFW) - R$1.200.000,00 Emenda Parlamentar - R$785.000,00 Coordenação executiva pelo IEF Padronização metodológica Integração dos produtos Aplicabilidade à gestão pública

ANDAMENTO Metodologia consolidada Termo de Referência para contratação pronto Modalidade: Licitação Prazo de execução: 18 meses

ETAPA 1 (2015) Base de dados geográficos: biodiversidade, serviços ambientais e pressões antrópicas em Minas Gerais Processos ecológicos e serviços ambientais - recursos hídricos Tipos de habitats e ecossistemas singulares Diversidade biológica - grupos ameaçados, singulares ou relevantes Rede de áreas protegidas e corredores estabelecida Pressões antrópicas e vetores de propagação Populações tradicionais Espécies nativas de potencial para uso econômico sustentável Áreas de vocação econômica para o turismo e outros usos indiretos Terras de domínio público

ETAPA 2 (2016) PSC UP adequadas às diversas finalidades Alvos de conservação Processos ecológicos e serviços ambientais - recursos hídricos Diversidade de habitats, ecossistemas e formações geomorfológicas Diversidade filogenética - singulares, vulneráveis ou relevantes Metas de conservação (o quanto conservar para garantir a recuperação e persistência do alvo)

ETAPA 2 (2016) PSC Determinar a vulnerabilidade dos alvos Mapear a distribuição e intensidade de pressões antrópicas Modelar a probabilidade de destruição do alvo num cenário business as usual Determinar a insubstituibilidade das áreas probabilidade de que uma área tenha de ser protegida ou restaurada para o cumprimento das metas Fonte: MMA 2005

ETAPA 2 (2016) PSC Elaborar superfície de custos e oportunidades Minimizar conflitos com uso alternativo do solo Explorar oportunidades Analisar relação custo/benefício para maximizar a eficiência (conservação máxima com o menor conflito possível) Fonte: MMA 2005

ETAPA 2 (2016) PSC Planejar as formas de gestão mais adequadas às áreas segundos suas realidades (restauração, criação de UC, fiscalização, fomento, etc.), com análise de custo/efetividade Identificar as áreas de lacuna de conhecimento Priorizar áreas para o direcionamento de estudos futuros

ATIVIDADES FUTURAS Monetização dos bens e serviços ambientais fornecidos pela biodiversidade no estado Contribuição ao PIB Custos sociais e econômicos das perdas de capital natural Custo de substituição por meios artificiais

CONSIDERAÇÕES FINAIS Publicação dos produtos finais através de instrumentos legais que assegurem o cumprimento de suas recomendações e determinem sua incorporação aos trabalhos de análise e gestão do SISEMA

Obrigado! Ana Maria Silva Lima (ana.lima@meioambiente.mg.gov.br) Leandro Carmo Guimarães (leandro.guimaraes@meioambiente.mg.gov.br) (31) 3915-1331