COOPERATIVAS DE CRÉDITO RURAL COM INTERAÇÃO SOLIDÁRIA SISTEMA CRESOL SICOPER

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Código: MINV-P-003 Versão: 03 Vigência: 03/2011 Última Atualização: 02/2016

Transcrição:

COOPERATIVAS DE CRÉDITO RURAL COM INTERAÇÃO SOLIDÁRIA SISTEMA CRESOL SICOPER ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS SISTEMA CENTRAL CRESOL SICOPER Passo Fundo RS 2016 Versão 1.0 Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 1

Sumário 1. INTRODUÇÃO...3 2. RISCO OPERACIONAL...5 3. RISCO DE MERCADO...7 4. RISCO DE CRÉDITO...9 5. RISCO DE CAPITAL...13 6. RISCO DE LIQUIDEZ...14 7. RISCO SOCIOAMBIENTAL...16 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...17 Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 2

1. INTRODUÇÃO A conjuntura atual, calcada em elevados níveis de competitividade, automatização de processos, preços regulados pelo mercado, assunção da inadimplência, necessidade de alta performance humana e economia instável, obriga as instituições financeiras a dispensar cada vez mais recursos humanos e financeiros para gerenciar seus riscos. Este manual tem as intenções de estabelecer, formalizar e publicar a estrutura de gerenciamento de riscos do Sistema Central Cresol Sicoper, formado pela Central Sicoper e suas cooperativas singulares filiadas, doravante tratado apenas como "Sistema", já definida e devidamente aprovada pelos seus conselhos de administração e composta basicamente por recursos humanos e tecnologias. A nominada estrutura tem como objetivos preponderantes identificar, analisar, avaliar, tratar e monitorar os riscos associados ao Sistema Central Cresol Sicoper, por meio de boas práticas de gestão e governança e aderência às normas vigentes, sobretudo do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil, destacadas no quadro a seguir: NORMAS CMN GERENCIAMENTO DE RISCOS Categoria de Riscos Resulução CMN Risco Operacional Res. 3.380/2006 Risco de Mercado Res. 3.464/2007 Risco de Crédito Res. 3.721/2009 Risco de Capital Res. 3.988/2011 Risco de Liquidez Res. 4.090/2012 Risco Socioambiental Res. 4.327/2014 A estrutura de gerenciamento de riscos do Sistema está implementada e é compatível com a natureza das suas operações e a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, bem como proporcional à dimensão da sua exposição aos riscos. Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 3

O organograma a seguir demonstra graficamente a estrutura organizacional de gestão de riscos do Sistema. Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 4

De acordo com a complexidade e a abrangência, as decisões são tomadas pelo conselhos Ampliado ou de Administração ou Diretoria Executiva. Na Central, cada risco tem um diretor responsável, e bem assim em cada singular. A Área de Gestão de Riscos da Central é composta atualmente por 05 membros, que coordenam o processo de gerenciamento de riscos do Sistema, auxiliada por um gestor de riscos em cada singular. 2. RISCO OPERACIONAL A estrutura implementada pelo Sistema para gerenciamento do risco operacional é compatível com sua natureza e a complexidade dos seus produtos, serviços, atividades, processos e sistemas. Risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta definição inclui o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo Sistema, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades por elas desenvolvidas. Entre os eventos de risco operacional, incluem-se: I - fraudes internas; II - fraudes externas; III - demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho; IV - práticas inadequadas relativas a associados, produtos e serviços; V danos a ativos físicos próprios ou em uso pelos membros do Sistema; VI - aqueles que acarretem a interrupção das atividades do Sistema; VII - falhas em sistemas de tecnologia da informação; VIII falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades do Sistema. A estrutura de gerenciamento do risco operacional do Sistema Central Cresol Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 5

Sicoper prevê: I identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco operacional; II - documentação e armazenamento de informações referentes às perdas associadas ao risco operacional; III elaboração, com periodicidade mínima anual, de relatórios que permitam a identificação e correção tempestiva das deficiências de controle e de gerenciamento do risco operacional; IV - realização, com periodicidade mínima anual, de testes de avaliação dos sistemas de controle de riscos operacionais implementados; V - elaboração e disseminação da política de gerenciamento de risco operacional ao pessoal do Sistema, em seus diversos níveis, estabelecendo papéis e responsabilidades, bem como as dos prestadores de serviços terceirizados; VI - implementação, manutenção e divulgação de processo estruturado de comunicação e informação. A política de gerenciamento do risco operacional é aprovada e revisada, no mínimo anualmente, pelos conselhos de administração do Sistema. Os relatórios mencionados no item III são submetidos aos conselhos de administração do Sistema, que manifestam-se expressamente acerca das ações a serem implementadas para correção tempestiva das deficiências apontadas. Eventuais deficiências compõem os relatórios de avaliação da qualidade e adequação do sistema de controles internos, inclusive sistemas de processamento eletrônico de dados e de gerenciamento de riscos e de descumprimento de dispositivos legais e regulamentares, que tenham, ou possam vir a ter impactos relevantes nas demonstrações contábeis ou nas operações das cooperativas auditadas, elaborados pela auditoria independente, conforme disposto na regulamentação vigente. Esta descrição da estrutura de gerenciamento do risco operacional é Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 6

evidenciada em relatório de acesso público, com periodicidade mínima anual. Em conjunto com as demonstrações contábeis semestrais, é publicado resumo da descrição de sua estrutura de gerenciamento do risco operacional e indicada a localização deste relatório. O Conselho de Administração da Central Cresol Sicoper faz constar no relatório mencionado sua responsabilidade pelas informações divulgadas. A estrutura de gerenciamento do risco operacional identifica, avalia, monitora, controla e mitiga os riscos associados a cada cooperativa individualmente e ao Sistema, bem como identifica e acompanha os riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema. A estrutura está capacitada a identificar e monitorar o risco operacional decorrente de serviços terceirizados relevantes para o funcionamento regular do Sistema, prevendo os respectivos planos de contingências. A atividade de gerenciamento do risco operacional é executada por uma única unidade responsável pelo gerenciamento do risco operacional do Sistema, bem como pela identificação e acompanhamento dos riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema, localizada na Central Cresol Sicoper, entidade supervisionada pelo Banco Central do Brasil e integrante do respectivo Sistema. A referida unidade é segregada da unidade executora da atividade de auditoria interna. A Central Cresol Sicoper indicou diretor responsável pelo gerenciamento do risco operacional, por ser integrante de Sistema que optou pela constituição de estrutura única de gerenciamento de risco. O diretor indicado desempenha outras funções na instituição, exceto as relativas à administração de recursos de terceiros. 3. RISCO DE MERCADO A estrutura implementada pelo Sistema para gerenciamento do risco de mercado é compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 7

seus produtos e a dimensão da exposição a risco de mercado do Sistema. Risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira. Essa definição inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities). A estrutura de gerenciamento do risco de mercado do Sistema preve: I - políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de mercado claramente documentadas, que estabelecem limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis pelo Sistema; II - sistemas para medir, monitorar e controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições, os quais devem abranger todas as fontes relevantes de risco de mercado e gerar relatórios tempestivos para os conselhos de administração do Sistema; III - realização, com periodicidade mínima anual, de testes de avaliação dos sistemas de que trata o inciso II; IV - identificação prévia dos riscos inerentes a novas atividades e produtos e análise prévia de sua adequação aos procedimentos e controles adotados pelo Sistema; e V - realização de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse, embora facultativo), inclusive da quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever as políticas e limites para a adequação de capital. As políticas e as estratégias para o gerenciamento do risco de mercado são aprovadas e revisadas, no mínimo anualmente, pelos conselhos de administração do Sistema. A descrição da estrutura de gerenciamento do risco de mercado está evidenciada em relatório de acesso público, com periodicidade mínima anual. Em Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 8

conjunto com as demonstrações contábeis semestrais, é publicado resumo da descrição da estrutura de gerenciamento do risco de mercado, indicando a localização do relatório citado. O Conselho de Administração da Central Cresol Sicoper faz constar no relatório mencionado sua responsabilidade pelas informações divulgadas. A estrutura de gerenciamento do risco de mercado identifica, avalia, monitora e controla os riscos associados a cada cooperativa individualmente e ao Sistema, bem como identifica e acompanha os riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema. A atividade de gerenciamento do risco de mercado é executada por uma única unidade responsável pelo gerenciamento do risco de mercado do Sistema, bem como pela identificação e acompanhamento dos riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema, localizada na Central Cresol Sicoper, entidade supervisionada pelo Banco Central do Brasil e integrante do respectivo Sistema. A referida unidade é segregada das unidades de negociação e da unidade executora da atividade de auditoria interna. A Central Cresol Sicoper indicou diretor responsável pelo gerenciamento do risco de mercado, por ser integrante de Sistema que optou pela constituição de estrutura única de gerenciamento de risco. O diretor indicado desempenha outras funções na instituição, exceto as relativas à administração de recursos de terceiros. 4. RISCO DE CRÉDITO A estrutura de gerenciamento do risco de crédito implementada pelo Sistema é compatível com a natureza das suas operações e a complexidade dos produtos e serviços oferecidos e proporcional à dimensão da exposição ao risco de crédito do Sistema. Essa estrutura possibilita o gerenciamento contínuo e integrado do risco de crédito e das operações classificadas na carteira de crédito. Risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 9

cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. Tal definição de risco de crédito compreende, entre outros: I - o risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros. II - a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante; III - a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito. A estrutura de gerenciamento do risco de crédito identifica, avalia, mensura, controla e mitiga riscos associados a cada cooperativa individualmente e ao Sistema, bem como identifica e acompanha os riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema. A estrutura de gerenciamento do risco de crédito do Sistema Central Cresol Sicoper prevê: I - políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de crédito documentadas, que estabelecem limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis considerados aceitáveis pela administração do Sistema; II - adequada validação dos sistemas, modelos e procedimentos internos utilizados para gestão do risco de crédito; III - procedimentos para a recuperação de créditos; IV - sistemas, rotinas e procedimentos para identificar, mensurar, controlar e Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 10

mitigar a exposição ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado de operações com características semelhantes, os quais abrangem, no mínimo, as fontes relevantes de risco de crédito, a identificação do tomador ou contraparte, a concentração do risco e a forma de agregação das operações; V - adequação dos níveis de Patrimônio de Referência (PR), de que trata a Resolução nº 4.192, de 1º de março de 2013, e de provisionamento compatíveis com o risco de crédito assumido pela cooperativa; VI - estabelecimento de limites para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado de grupo com interesse econômico comum e de tomadores ou contrapartes com características semelhantes; VII - estabelecimento de critérios e procedimentos definidos e documentados, acessíveis aos envolvidos no processo de concessão e gestão de crédito, para: a) análise prévia, realização e repactuação de operações sujeitas ao risco de crédito; b) coleta e documentação das informações necessárias para a completa compreensão do risco de crédito envolvido nas operações; c) avaliação periódica do grau de suficiência das garantias; d) detecção de indícios e prevenção da deterioração da qualidade de operações, com base no risco de crédito; e) tratamento das exceções aos limites estabelecidos para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito; VIII - classificação das operações sujeitas ao risco de crédito em categorias, com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, segundo os seguintes aspectos: a) situação econômico-financeira, bem como outras informações cadastrais atualizadas do tomador ou contraparte; Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 11

b) utilização de instrumentos que proporcionem efetiva mitigação do risco de crédito associado à operação; c) período de atraso no cumprimento das obrigações financeiras nos termos pactuados; IX - avaliação prévia de novas modalidades de operação com respeito ao risco de crédito e verificação da adequação dos procedimentos e controles adotados pela instituição; X - práticas para garantir que exceções à política, aos procedimentos e aos limites estabelecidos sejam relatadas apropriadamente; XI - documentação e armazenamento de informações referentes às perdas associadas ao risco de crédito, inclusive aquelas relacionadas à recuperação de crédito. As políticas e as estratégias para o gerenciamento do risco de crédito são aprovadas e revisadas, no mínimo anualmente, pelos conselhos de administração do Sistema, a fim de determinar sua compatibilidade com os objetivos do Sistema e com as condições de mercado. A documentação relativa à implementação da estrutura de gerenciamento de risco de crédito e às políticas e estratégias adotadas é mantida à disposição do Banco Central do Brasil. Os sistemas, rotinas e procedimentos de que trata o item IV são reavaliados, no mínimo, anualmente. O Sistema mantém quantidade suficiente de profissionais tecnicamente qualificados em suas áreas de concessão de crédito. Os conselhos de administração do Sistema asseguram que a estrutura remuneratória adotada não incentive comportamentos incompatíveis com um nível de risco considerado prudente nas políticas e estratégias de longo prazo adotadas pelo Sistema. A descrição da estrutura de gerenciamento do risco de crédito é evidenciada em relatório de acesso público, com periodicidade mínima anual. Os conselhos de Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 12

administração fazem constar do relatório mencionado sua responsabilidade pelas informações divulgadas. Em conjunto com as demonstrações contábeis, é publicado resumo da descrição de sua estrutura de gerenciamento do risco de crédito, indicando a localização do relatório citado. A atividade de gerenciamento do risco de crédito é executada por uma única unidade responsável pelo gerenciamento do risco de crédito do Sistema, bem como pela identificação e acompanhamento dos riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema, localizada na Central Cresol Sicoper, entidade supervisionada pelo Banco Central do Brasil e integrante do respectivo Sistema. A referida unidade é segregada das unidades de negociação e da unidade executora da atividade de auditoria interna. Os sistemas e modelos utilizados na gestão do risco de crédito são adequadamente compreendidos pelos integrantes da unidade. A Central Cresol Sicoper indicou diretor responsável pelo gerenciamento do risco de crédito, por ser integrante de Sistema que optou pela constituição de estrutura única de gerenciamento de risco. O diretor indicado desempenha outras funções na instituição, exceto as relativas à administração de recursos de terceiros e realização de operações sujeitas ao risco de crédito. 5. RISCO DE CAPITAL Conforme Resolução 3.988, de 30 de junho de 2011, Art. 1º "as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil obrigadas a calcular os requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal, na forma estabelecida pela Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013, devem implementar estrutura de gerenciamento de capital compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, e a dimensão de sua exposição a riscos". Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 13

Neste contexto, embora o Sistema adote medidas para identificar, analisar, avaliar, tratar e monitorar o risco de capital, está dispensado de implementar estrutura de gerenciamento de capital, na forma da Resolução 3.988/2011, pois tanto a Central quanto suas cooperativas singulares filiadas optaram pela apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco na forma simplificada (RWARPS), conforme disposto na Resolução nº 4.194, de 1º de março de 2013. Define-se o gerenciamento de capital como o processo contínuo de: I -monitoramento e controle do capital mantido pela instituição; II -avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita; e III -planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição. 6. RISCO DE LIQUIDEZ A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez mantida pelo Sistema é compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos e a dimensão da sua exposição a esse risco. Define-se risco de liquidez como: I - a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e II - a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez do Sistema identifica, avalia, monitora e controla os riscos associados a cada instituição individualmente e Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 14

ao Sistema, bem como considera os possíveis impactos na liquidez do referido Sistema, oriundos dos riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema. Os conselhos de administração asseguram que o Sistema mantém níveis adequados e suficientes de liquidez. A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez do Sistema prevê, no mínimo: I - políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de liquidez claramente documentadas, que estabelecem limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de liquidez nos níveis estabelecidos pelos conselhos de administração; II - processos para identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição ao risco de liquidez em diferentes horizontes de tempo; III - avaliação, com periodicidade mínima anual, dos processos de que trata o inciso II; IV - políticas e estratégias de captação que proporcionem diversificação adequada das fontes de recursos e dos prazos de vencimento; V avaliação do risco de liquidez como parte do processo de aprovação de novos produtos, assim como da compatibilidade destes com os procedimentos e controles existentes. As políticas e as estratégias para o gerenciamento do risco de liquidez de que trata o item I, bem como o plano de contingência de que trata o item V, são aprovados e revisados, no mínimo anualmente, pela conselhos de administração do Sistema. O gerenciamento do risco de liquidez considera todas as operações praticadas pelo Sistema nos mercados financeiro e de capitais, assim como possíveis exposições contingentes ou inesperadas, tais como as advindas de serviços de liquidação, prestação de avais e garantias, e linhas de crédito contratadas e não utilizadas. Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 15

A descrição da estrutura de gerenciamento do risco de liquidez é evidenciada em relatório de acesso público, com periodicidade mínima anual. Os conselhos de administração fazem constar do relatório mencionado sua responsabilidade pelas informações divulgadas. Em conjunto com as demonstrações contábeis publicadas, é publicado um resumo da descrição da estrutura de gerenciamento do risco de liquidez, indicando o endereço de acesso público ao relatório citado. A atividade de gerenciamento do risco de liquidez é executada por unidade segregada daquelas de negócio e de auditoria interna. A atividade de gerenciamento do risco de liquidez é executada por uma única unidade responsável pelo gerenciamento do risco de liquidez do Sistema, bem como pela avaliação dos possíveis impactos na sua liquidez, oriundos dos riscos associados às demais empresas controladas pelo Sistema, localizada na Central Cresol Sicoper, entidade supervisionada pelo Banco Central do Brasil e integrante do respectivo Sistema. A Central Cresol Sicoper indicou diretor responsável pelo gerenciamento do risco de crédito, por ser integrante de Sistema que optou pela constituição de estrutura única de gerenciamento de risco. O diretor indicado desempenha outras funções na instituição, exceto as relativas à administração de recursos de terceiros e realização de operações sujeitas ao risco de crédito. 7. RISCO SOCIOAMBIENTAL Risco socioambiental é a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes de danos socioambientais. Avaliação de potenciais impactos em novas modalidades de produtos e serviços, adequação do gerenciamento de risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado. O Sistema já indicou diretor responsável pelo gerenciamento do risco socioambiental, entretanto, ainda está desenvolvendo sua Política de Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 16

Responsabilidade Socioambiental - PRSA e o respectivo plano de ação, na forma prevista no art. 10, da Resolução 4.327/2014, para depois iniciar a execução das ações correspondentes ao plano de ação. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente estrutura de gerenciamento de riscos faz parte do compromisso de conselheiros, diretores e empregados do Sistema Central Cresol Sicoper de gerenciar os riscos aqui destacados de acordo com o apetite a riscos definido nas políticas do Sistema, as já citadas resoluções do Conselho Monetário Nacional e outras leis pertinentes. Cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária Central Cresol Sicoper 17