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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 24/2014 Minas Gerais // Federal IPI Mostruário.... 01 // Estadual ICMS Consulta tributária... 04 // IOB Setorial Estadual Farmacêutico - Isenção do ICMS aos produtos do Programa Farmácia Popular do Brasil..... 06 // IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação.... 07 // IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Obrigatoriedade... 09 Repenec - Habilitação - Requerimento............................ 10 Substituição tributária - Regime especial.... 10 ICMS/MG Crédito presumido - Industrial fabricante de equipamentos industriais - Opção.... 10 MDF-e - Dados da NF-e - Preenchimento.... 10 Taxas Municipais/Belo Horizonte Taxa de Expediente - Fato gerador.... 10 Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de seguro a ICMS - Infrações e penalidades a ICMS - Substituição tributária - Regra geral

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : mostruário : IOB comente : IPI... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2174-6 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-04831 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Mostruário IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Isenção 4. Retorno 5. Considerações quanto ao ICMS 6. Exemplo 1. Introdução A figura do mostruário é conceituada pela legislação fiscal como a remessa a título de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 8/2008. Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para a saída de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado a título de mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira) 2. Incidência A legislação não prevê benefício fiscal do IPI na saída de produto a título de mostruário, devendo a operação ser normalmente tributada, de acordo com a sua classificação fiscal e alíquotas previstas na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), exceto na hipótese de existência de benefício fiscal específico previsto na legislação para o produto (veja item 3). (RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 189; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) 2.1 Base de cálculo A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente. A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente Quanto ao alcance da expressão mercado atacadista da praça do remetente, os itens 6 e 7 do Parecer Normativo CST nº 44/1981, transcritos a seguir, trazem os seguintes esclarecimentos: Parecer Normativo CST nº 44/1981 Quando a determinação do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for efetuada através dos preços praticados no mercado atacadista da praça do remetente, será considerado o universo das vendas realizadas naquela localidade. [...] 6. Registram os Dicionários de Língua Portuguesa que mercado, convencionalmente, significa a referência feita em relação à compra e venda de determinados produtos. 6.1 Isto significando, por certo, que numa mesma cidade, ou praça comercial, o mercado atacadista de determinado produto, como um todo, deve ser considerado relativamente ao universo das vendas que se realizam 3. Isenção naquela mesma localidade, e não somente em relação àquelas vendas efetuadas por um só estabelecimento, de forma isolada. 7. Por isso, os preços praticados por outros estabelecimentos da mesma praça que a do contribuinte interessado em encontrar o valor tributável do IPI através do preço corrente no mercado atacadista devem ser considerados para o cálculo.... (RIPI/2010, art. 192; Parecer Normativo CST nº 44/1981, itens 6 e 7) Conforme mencionado no item 2, inexiste qualquer benefício previsto na legislação para as saídas de produtos a título de mostruário. Contudo, determinados produtos são beneficiados com a isenção do imposto (isenção objetiva), benefício este aplicável nas saídas a qualquer título, inclusive a título de mostruário, como por exemplo: a) os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento industrial, desde que tenham gravadas, no solado, a expressão Amostra para viajante ; e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 MG24-01

b) os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimentos com projetos aprovados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), exceto nas modalidades de acondicionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer outro ponto do território nacional (consideradas as exceções previstas na legislação). (RIPI/2010, art. 54, V, e art. 81, II) 4. Retorno Considerando que normalmente os produtos enviados a título de mostruário são destinados a pessoas que não são contribuintes do ICMS e do IPI, portanto não obrigados à emissão de documentos fiscais, o seu retorno será acompanhado por carta ou memorando emitido pelo remetente, competindo ao vendedor a emissão da nota fiscal relativa à entrada do mostruário. A nota fiscal deverá ser emitida com todos os requisitos regulamentares e deverá conter, ainda, a indicação do número, da data da emissão da nota fiscal originária (de remessa do mostruário) e do valor do IPI destacado na nota fiscal de remessa. 6.1 Remessa Caso o destinatário assuma o encargo de retirar ou de transportar o produto, a referida nota fiscal relativa à entrada servirá para acompanhá-lo no seu trânsito. (RIPI/2010, art. 232) 5. Considerações quanto ao ICMS Os contribuintes do ICMS deverão observar a legislação vigente na Unidade da Federação onde se realizar a operação de remessa do produto. Saliente-se que o Ajuste Sinief nº 8/2008 dispõe sobre as remessas de mercadorias destinadas a mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008) 6. Exemplo A seguir, exemplificamos a forma de emissão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), na remessa e no retorno de mostruário de produto normalmente tributado pelo IPI, remetido para pessoa física (vendedor). 24-02 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

6.2 Retorno N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 MG24-03

a Estadual Consulta tributária ICMS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Consulentes 3. Formulação da consulta 4. Prazo para resposta 5. Efeitos da consulta 6. Resposta à consulta 7. Ineficácia da consulta 8. Publicação de legislação conflitante 9. Recurso 1. Introdução A consulta tributária é um dos procedimentos especiais previstos no Regulamento do Processo e dos Procedimentos Tributários Administrativos (RPTA) do Estado de Minas Gerais, aprovado pelo Decreto nº 44.747/2008. 2. Consulentes É facultado ao contribuinte (sujeito passivo) e à entidade representativa de classe de contribuintes formularem, por escrito, consulta à Superintendência de Tributação (Sutri) sobre a aplicação da legislação tributária, em relação a fato de seu interesse, que deverá ser completa e exatamente descrita na petição. O sujeito passivo deve informar a situação das obrigações acessórias relacionadas ao fato questionado na petição de consulta, ou seja, se já ocorreu e se algum de seus estabelecimentos encontra-se sob ação fiscal ou se é parte em ação judicial em relação ao objeto da consulta. (RPTA-MG/2008, art. 37; Decreto nº 46.323/2013) 3. Formulação da consulta A consulta deverá ser protocolizada por meio do Sistema Integrado de Administração da Receita Estadual (Siare), no site da Secretaria de Estado de Fazenda na Internet, sendo denominada Processo Tributário Administrativo Eletrônico/Consulta de Contribuintes (e-pta-consulta). A petição contendo a descrição completa e exata dos fatos objeto da consulta será anexada no Siare, em formato PDF. A Taxa de Expediente está prevista no Decreto nº 38.886/1997 - Regulamento de Taxas Estaduais, Tabela A, item 2.2, no valor de 226 Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (UFEMG). Esta taxa, quando devida, será recolhida por meio de Documento de Arrecadação Estadual (DAE) gerado pelo próprio Siare. O contribuinte que tenha efetuado o pagamento da Taxa de Expediente previamente à protocolização da consulta deverá informar o número do DAE avulso no campo apropriado por ocasião do envio de sua solicitação pelo Siare. A apresentação do recolhimento da Taxa de Expediente é condição essencial para que o processo de consulta seja analisado. Serão realizados pelo Siare o envio de petições e a prática de atos processuais relativos ao e-pta- -Consulta. Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos processos eletrônicos no Siare, com garantia de origem e de seu signatário, são considerados originais para todos os efeitos legais. No caso de documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável, estes deverão ser apresentados à Repartição Fazendária da circunscrição do interessado, no prazo de 10 dias, contado do envio da petição eletrônica comunicando o fato. Todas as comunicações e intimações serão realizadas pelo Siare no dia em que o intimado acessar eletronicamente o seu teor. Nas situações em que o acesso eletrônico for realizado em dia não útil, a intimação será considerada realizada no 1º dia útil subsequente. O referido acesso eletrônico deve ser realizado em até 10 dias corridos, contados do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação realizada na data do término deste prazo. Por fim, nas situações em que for inviável o uso do Siare para a realização de comunicações e intimações, 24-04 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

esses atos processuais serão praticados segundo as regras ordinárias. (RPTA-MG/2008, arts. 39, 39-A e 39-B; Decreto nº 46.323/2013) 3.1 Manifestação fiscal O Processo Tributário Administrativo (PTA) será instruído com manifestação fiscal que deverá versar sobre a situação fática inerente à realidade operacional da empresa, salientando os aspectos relevantes que possam influir na resposta à consulta, ficando a análise de mérito exclusivamente a cargo da Sutri. (RPTA-MG/2008, art. 40) 3.2 Consulta inepta A consulta não produz os efeitos previstos na legislação quando for declarada inepta; hipótese em que será determinado o seu arquivamento, nas seguintes situações: a) pelo titular da delegacia fiscal da circunscrição do interessado nos casos descritos nas letras a, b e c do tópico 7; b) pelo diretor da Sutri nos casos relacionados nas letras a e e do tópico 7 e, supletivamente, nas demais situações (letras a, b e c do tópico 7). (RPTA-MG/2008, art. 43, parágrafo único) 3.3 Informações verbais Nas situações em que o contribuinte mineiro necessitar de informações ou esclarecimentos do Fisco sobre dispositivos da legislação tributária que não se revista das características e dos requisitos da consulta tributária (consulta formal), estes serão prestados verbalmente ao interessado pela Administração Fazendária (AF) de sua circunscrição. (RPTA-MG/2008, art. 48) 4. Prazo para resposta A consulta será respondida no prazo de 30 dias, contados a partir da entrada do PTA na Sutri. Tratando-se de matéria complexa, o prazo poderá ser prorrogado por igual período pelo diretor da Superintendência. (RPTA-MG/2008, art. 38, 1º) 4.1 Suspensão do prazo Os prazos citados para resposta à consulta interrompem-se a partir da data em que for determinada qualquer diligência, reiniciando-se no dia do novo recebimento do PTA na Superintendência. (RPTA-MG/2008, art. 38, 2º) 5. Efeitos da consulta Nenhum procedimento fiscal deve ser promovido contra o sujeito passivo, em relação à espécie consultada, no período entre a protocolização do requerimento de consulta e a ciência da resposta, desde que: a) a consulta seja protocolada dentro do prazo legal para o cumprimento da obrigação a que se refira; b) a Taxa de Expediente respectiva tenha sido devidamente recolhida. A observância, pelo consulente, da resposta dada à consulta, enquanto prevalecer o entendimento nela consubstanciado, exime o contribuinte de qualquer penalidade e o exonera do pagamento do tributo considerado não devido no período. Cabe ressaltar que, nos casos em que a consulta seja reformada, a orientação adotada prevalecerá em relação ao consulente depois da sua cientificação. (RPTA-MG/2008, arts. 41 e 45) 6. Resposta à consulta Sobre o tributo, considerado devido pela solução dada à consulta, não incidirá qualquer penalidade se recolhido dentro de 15 dias contados da data em que o consulente tiver ciência da resposta. A não incidência de penalidade só se aplica ao caso em que a consulta tenha sido protocolada antes de vencido o prazo para pagamento do tributo a que se refira. (RPTA-MG/2008, art. 42) 7. Ineficácia da consulta Os efeitos da não consulta não se aplicam nas seguintes situações: a) que seja meramente protelatória, assim entendida a que versar sobre disposição claramente expressa na legislação tributária ou sobre questão de direito já resolvida por decisão ad- Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 MG24-05

ministrativa ou judicial relativamente ao consulente; b) que não descrever exata e completamente o fato que lhe deu origem; c) que deixe de observar qualquer exigência formal e não seja suprida no prazo estabelecido pela autoridade fazendária; d) depois do início de ação fiscal relacionada com o seu objeto; e) que versar sobre arguição de inconstitucionalidade ou sobre negativa de aplicação de lei, decreto ou ato normativo. (RPTA-MG/2008, art. 43) 8. Publicação de legislação conflitante Nos casos em que houver publicação de legislação tributária superveniente que conflite com a legislação anterior sobre a qual foi formulada e respondida consulta de contribuinte mineiro, esta ficará revogada independentemente de comunicação ao consulente. (RPTA-MG/2008, art. 47) 9. Recurso O consulente pode recorrer, com efeito suspensivo, ao Secretário de Estado da Fazenda, no prazo de 15 dias contados da data em que for cientificado da resposta. (RPTA-MG/2008, art. 44) 9.1 Apresentação e tramitação do recurso O recurso será protocolizado na AF a que estiver circunscrito o recorrente. No prazo de 20 dias, contado do recebimento do processo, o diretor da Sutri: a) concordando que assiste razão ao recorrente, providenciará a reformulação da resposta; b) entendendo que a resposta deva ser mantida, emitirá parecer sobre o mérito da questão e encaminhará o processo ao Secretário de Estado da Fazenda, para decisão. (RPTA-MG/2008, art. 44, 1º e 2º) N a IOB Setorial Estadual Farmacêutico - Isenção do ICMS aos produtos do Programa Farmácia Popular do Brasil O Governo federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil, em 2004, para ampliar o acesso aos medicamentos essenciais. Por meio das unidades próprias, esses produtos são dispensados a preço de custo ao cidadão. O Estado de Minas Gerais, buscando incentivar o Programa do Governo federal, concede isenção do ICMS às operações com produtos farmacêuticos e fraldas geriátricas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destinados às farmácias que façam parte do Programa Farmácia Popular do Brasil, instituído pela Lei federal nº 10.858/2004, regulamentada pelo Decreto federal nº 5.090/2004. Este benefício aplica-se também às saídas, em operações internas, realizadas pela farmácia que faça parte do Programa, de produto farmacêutico ou de fralda geriátrica recebidos da Fiocruz com destino à pessoa física consumidora final, e possui vigência indeterminada. A isenção prevista no parágrafo anterior fica condicionada: a) à entrega do produto ao consumidor pelo valor de ressarcimento à Fiocruz, correspondente ao custo de produção ou aquisição, distribuição e dispensação; b) a que a parcela relativa à receita bruta decorrente das operações previstas no parágrafo mencionado anteriormente esteja desonerada das contribuições do PIS-Pasep e da Cofins, nos termos do Decreto federal nº 3.803/2001; c) às farmácias integrantes do Programa Farmácia Popular do Brasil, alcançadas por esse benefício, ficam dispensadas do cumprimen- 24-06 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

to das obrigações acessórias previstas no RI- CMS-MG/2002, exceto quanto às seguintes: c.1) ser inscrita no cadastro de contribuintes do ICMS; c.2) ser usuária do equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF); c.3) apresentar, anualmente, a Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA-ICMS); c.4) arquivar, em ordem cronológica, durante 5 anos, os documentos fiscais de compras, por estabelecimento fornecedor, e de vendas; c.5) escriturar o livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO); d) na devolução de bens ou mercadorias pela farmácia integrante do Programa Farmácia Popular do Brasil à Fiocruz, a nota fiscal da operação poderá ser emitida pelo destinatário, devendo, o respectivo Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), acompanhar o trânsito dos bens ou das mercadorias. Também é concedida isenção do ICMS na entrada, decorrente de importação do exterior, ou saída, em operação interna e interestadual, de fosfato de oseltamivir, classificado no código 3003.90.79 ou 3004.90.69 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), vinculadas ao Programa Farmácia Popular do Brasil - Aqui Tem Farmácia Popular e destinadas ao tratamento dos portadores da Gripe A (H1N1), com vigência até 31.05.2015. Neste caso, a isenção somente se aplica: a) à operação que esteja contemplada com isenção ou tributada à alíquota zero do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); b) caso a parcela relativa à receita bruta decorrente das operações previstas no parágrafo anterior estiver desonerada das contribuições do PIS-Pasep e da Cofins. Sendo assim, há dispensa do estorno do crédito nas saídas das mercadorias beneficiadas com esta isenção. (RICMS-MG/2002, Anexo I, Parte 1, itens 148 e 183) N a IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação Caracteriza-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo. Os diversos processos de industrialização são os mencionados nos incisos I a V do caput do art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, quais sejam: transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento. Entretanto, não são consideradas industrialização, perante a legislação do IPI, as operações com as seguintes características: a) o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: a.1) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou a.2) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; c) a confecção ou preparo de produto de artesanato; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 MG24-07

d) a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; e) o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; f) a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; g) a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória; h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou h.3) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; i) a montagem de óculos, mediante receita médica; j) o acondicionamento de produtos classificados nos capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e semelhantes, conforme segue: j.1) Capítulo 16: preparações de carne, de peixes e de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; j.2) Capítulo 17: açúcares e produtos de confeitaria; j.3) Capítulo 18: cacau e suas preparações; j.4) Capítulo 19: preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria; j.5) Capítulo 20: preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras plantas; j.6) Capítulo 21: preparações alimentícias diversas; e j.7) Capítulo 22: bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; k) o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; l) o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; n) a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas; e o) a operação de que resultem os produtos relacionados na subposição 2401.20 da TIPI (tabaco total ou parcialmente destalado), quando exercida por produtor rural pessoa física. Note-se que os produtos, partes ou peças empregados nas operações de que trata a letra h não estão excluídos da incidência do IPI, de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 5º do RIPI/2010. Para efeito de aplicação da legislação, produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural (física), nas seguintes condições: a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e b) quando o produto for vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido. Por outro lado, oficina é o estabelecimento que emprega, no máximo, 5 operários e, quando utiliza força motriz, não dispõe de potência superior a 5 kw; e trabalho preponderante é o que contribui, no mínimo, com 60%, no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra. Nos termos do 2º do art. 10 do Decreto-lei nº 1.950/1982, consideram-se: 24-08 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB

a) controladora ou controlada - qualquer pessoa que se enquadre nas definições contidas nos arts. 116 e 243, 2º, da Lei nº 6.404/1976; e b) interligadas - as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Portanto, as empresas são consideradas: a) interdependentes: a.1) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; a.2) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; a.3) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; a.4) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; a.5) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado; b) controladora: a definida pelo art. 116 da Lei nº 6.404/1976, o qual dispõe que se entende por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: b.1) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b.2) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia; c) controlada: c.1) a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; c.2) a sociedade cujo controle, referido na letra antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas; e d) interligadas: as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Observar, ainda, que não é caracterizada a interdependência mencionada nas letras a.3 e a.4 para venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. (Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, 2º; Lei nº 6.404/1976, arts. 116, caput, e 243, 2º; Código Civil - Lei nº 10.406/2002, art. 1.098; RIPI/2010, arts. 4º, caput, 5º, 7º e 612) N a IOB Perguntas e Respostas IPI DCTF - Obrigatoriedade 1) Quem está obrigado à entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)? Deverão apresentar a DCTF Mensal, desde que tenham débitos a declarar: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 MG24-09

a) as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz; b) as unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; c) os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício. Considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a executar parcela do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, art. 2º, caput, 3º) Repenec - Habilitação - Requerimento 2) Que tipo de pessoa jurídica poderá requerer habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec)? A habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Repenec somente poderá ser requerida por pessoa jurídica de direito privado, titular de projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia a partir do gás natural. (Instrução Normativa RFB nº 1.074/2010, art. 5º) Substituição tributária - Regime especial 3) Qual é o conceito de substituto e substituído perante a legislação do IPI? Para fins de solicitação de regime especial do IPI, considera-se: a) contribuinte substituto - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituído com suspensão do IPI; e b) contribuinte substituído - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o contribuinte substituto. (Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º) ICMS/MG Crédito presumido - Industrial fabricante de equipamentos industriais - Opção 4) Como o contribuinte industrial fabricante de pá carregadeira, escavadeira hidráulica, retroescavadeira e motoniveladora exerce a opção pelo crédito presumido? A opção pelo crédito presumido é feita mediante o livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), modelo 6, e comunicação à administração fazendária a que estiver circunscrito. Caso o contribuinte opte pelo crédito presumido, este será mantido no sistema adotado pelo prazo mínimo de 12 meses, vedada a alteração antes do término do exercício financeiro. (Decreto nº 46.458/2014, art. 4º) MDF-e - Dados da NF-e - Preenchimento 5) Há previsão legal de dispensa do preenchimento dos campos relativos ao transporte na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)? Sim. O Fisco dispensa o preenchimento dos campos relativos a transporte da NF-e quando a mesma estiver relacionada em um Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) devidamente autorizado. (RICMS-MG/2002, Anexo V, Parte 1, art. 87-B, 2º) Taxas municipais/belo Horizonte Taxa de Expediente - Fato gerador 6) Qual é o fato gerador da Taxa de Expediente exigida no Município de Belo Horizonte? A Taxa de Expediente é fundada no poder de polícia do Município de Belo Horizonte e na utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. O fato gerador desta taxa é atividade descrita no item VII da Tabela I anexa à Lei nº 5.641/1989. (Lei nº 5.641/1989, art. 29-A, caput) 24-10 MG Manual de Procedimentos - Jun/2014 - Fascículo 24 - Boletim IOB