O valor das custas processuais poderá ser alterado em função do resultado do julgamento do recurso ordinário.

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O presente artigo tem como objetivo oferecer algumas impressões acerca de ambas as questões supracitadas.

Transcrição:

RECURSO DE REVISTA Resumo Prof. Marcelo Objeto: impugnar acórdão regional que contenha determinados vícios. Não exige o simples fato da sucumbência. Objetiva corrigir a decisão que violar a literalidade da lei ou da Constituição Federal e a uniformizar a jurisprudência nacional concernente à aplicação dos princípios e regras de direito objetivo Para o seu conhecimento/admissibilidade - pressupostos genéricos: a) objetivos ou extrínsecos: cabimento, adequação, tempestividade, regularidade representação e preparo; b) subjetivos ou intrínsecos: legitimidade, capacidade e interesse. 1. Preparo O valor das custas processuais poderá ser alterado em função do resultado do julgamento do recurso ordinário. Se houver alteração da sucumbência, a parte então vencida fica obrigada a pagar custas processuais, independentemente de nova intimação (TST, Súmula 25). Se o acórdão for omisso sobre isso: Embargos de Declaração e o prazo para o pagamento das custas é contado da intimação do cálculo (TST, Súmula 53). OJ 186 TST: No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, ressarcir a quantia. OJ 104 TST: Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo, pois, as custas ser pagas ao final. Art. 790-A: pessoas jurídicas de direito público, bem como o Ministério Público do Trabalho, são isentas do pagamento de custas. Também são isentos do pagamento das custas (e do depósito recursal) os beneficiários da justiça gratuita (CLT, art. 790-A), os que litigam sob a assistência judiciária sindical (Lei n. 5.584/70, art. 14), a massa falida (TST, Súmula 86) e a ECT-Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (OJ 247). Depósito recursal: é o dobro do fixado para o recurso ordinário. Súmula 128 do TST: é ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. Representatividade: não permite o jus postulandi (CLT, art. 791). Súmula 425 do TST: exige expressamente a subscrição dos recursos para o TST (e das respectivas contrarrazões, por óbvio) por advogado. Inobservado, não conhecido do recurso. Implica a inexistência (e não mera irregularidade) de sua representação. 2 Pressupostos específicos: a) Decisão proferida em grau de recurso ordinário em dissídios individuais. Art. 896, caput, da CLT: cabível apenas das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho. Mas não se presta apenas a atacar acórdão proferido no processo (ou fase) de conhecimento, em grau de recurso ordinário, porquanto o 2º do mesmo artigo prevê que:

Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá recurso de revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal à Constituição Federal. 10 do art. 896 da CLT: cabível recurso de revista por violação à lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT). Não é admissível a revista das decisões finais proferidas em dissídio coletivo, mandado de segurança e ação rescisória, pois o recurso cabível dessas decisões é o ordinário (CLT, art. 895, II) b) Prequestionamento Súmula 356 do STF: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos (TST, Súmula 184). O item I da Súmula 297 do TST: Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. Há necessidade de que haja, no acórdão, de maneira clara, elementos que levem à conclusão de que o Regional adotou uma tese contrária à lei ou à súmula (TST/SBDI-1, OJ n. 256). Por isso, é que: incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão (TST, Súmula 297, item II). OJ n. 118: Prequestionamento. Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como prequestionado este. Inteligência da Súmula 297. Não obstante os embargos declaratórios, continuar omisso sobre a matéria de direito invocada nos embargos declaratórios, o TST tem-na como prequestionada para fins de admissibilidade do recurso de revista (item III). Não se pode exigir prequestionamento quando a violação à disposição literal de lei surge no próprio acórdão impugnado pelo recurso de revista. Isso pode ocorrer quando o tribunal fundamenta a decisão com base em dispositivo de lei não arguido no recurso ordinário. OJ n. 119: É inexigível o prequestionamento quando violação indicada houver nascido na própria decisão recorrida. Inaplicável a Súmula n. 297 do TST. Súmula 98 do STJ: Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não têm caráter protelatório. c) Reexame de fatos e provas O recurso de revista atenta-se na supremacia do direito objetivo e na uniformização acerca da interpretação dada à lei e à Constituição pelos tribunais regionais do trabalho. Não se presta a reexame de fatos e provas. É o que se infere das Súmulas 297 do STF e 7 do STJ, bem como da Súmula 126 do TST. RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAORDINÁRIAS. MOTORISTA DE CAMINHÃO. RASTREAMENTO DO VEÍCULO VIA SATÉLITE. CONTROLE DA JORNADA TRABALHO. ÔNUS DA PROVA. I É firme o entendimento deste Tribunal de uniformização no sentido de que o rastreamento via satélite, diferentemente do tacógrafo, viabiliza o controle da jornada de trabalho do empregado motorista, porquanto se realiza por meio de aparelho que capta sinais de GPS e permite a transmissão de dados como a localização exata do veículo, tempo no qual ficou parado, bem como a velocidade em que trafega. II Nesse contexto, a recorrente não pretende obter nova qualificação jurídica dos fatos da causa, mas, sim, reabrir o debate em torno da convicção judicial de que o sistema de rastreamento via satélite não servia apenas para segurança

do trabalhador, do caminhão e da carga, mas permitia ao empregador controlar a jornada do reclamante. III Ocorre que, em recurso de revista, os fatos controvertidos não podem ser objeto de reexame em grau recursal de natureza extraordinária, a teor da Súmula n. 126 deste Tribunal Superior. IV Divergência jurisprudencial não configurada (CLT, art. 896, a, Súmulas n. 296, I, e 333 do TST). Recurso de revista de que não se conhece (TST-RR 121500-11.2010.5.23.0004, Rel. Min. Walmir Oliveira da Costa, 1ª T., DEJT 22-11-2013). d) Transcendência: Art. 896-A: O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. Art. 1º do PL n. 3.697/2000, que, dando nova redação ao art. 896-A da CLT: Art. 896-A. O Tribunal Superior do Trabalho não conhecerá de recurso oposto contra decisão em que a matéria de fundo não ofereça transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza jurídica, política, social ou econômica. 1º Considera-se transcendência: I jurídica, o desrespeito patente aos direitos humanos fundamentais ou aos interesses coletivos indisponíveis, com comprometimento da segurança e estabilidade das relações jurídicas; II política, o desrespeito notório ao princípio federativo ou à harmonia dos Poderes constituídos; III social, a existência de situação extraordinária de discriminação, de comprometimento do mercado de trabalho ou de perturbação notável à harmonia entre capital e trabalho; IV econômica, a ressonância de vulto da causa em relação a entidade de direito público ou economia mista, ou a grave repercussão da questão na política econômica nacional, no segmento produtivo ou no desenvolvimento regular da atividade empresarial. Outros específicos: 1º-A do art. 896 da CLT, pelo qual o recurso de revista também não será conhecido se o recorrente não se desincumbir do ônus de: I indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. 3 Cabimento Art. 896: Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando (redação dada pela Lei n. 9.756/1998): a) Derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; (redação dada pela Lei n. 13.015/2014) b) Derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (redação dada pela Lei n. 9.756/1998). c) Proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

OBS: incabível recurso de revista contra acórdão regional prolatado em agravo de instrumento (TST, Súmula 218). Art. 896 da CLT: cabível o recurso de revista dos acórdãos que derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa (conflitante) da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. Não se admitirá que a divergência seja originária: do mesmo tribunal, seja do pleno ou de turma; de outros órgãos da própria Justiça do Trabalho não indicados no dispositivo legal; de outros órgãos de quaisquer ramos do Poder Judiciário, nem mesmo do STF (salvo súmula vinculante do STF). 3º do art. 896 da CLT determina que os tribunais devem uniformizar obrigatoriamente a sua jurisprudência (vi de Capítulo XXI), impedindo, desse modo, acórdãos conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional. A prova do dissenso: 1º-A do art. 896 da CLT, ou seja - sob pena de não conhecimento, é ônus da parte : I indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. A Súmula 337 do TST comprovação de divergência jurisprudencial nos recursos de revista e de embargos é necessário que o recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. 7º do art. 896 da CLT: A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 8º ao art. 896 da CLT, tornou possível, a utilização de decisões disponíveis em mídia eletrônica, inclusive na internet, como meio de prova de divergência jurisprudencial no recurso de revista. TST não conhece do recurso de revista se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos (Súmula 23). A divergência de lei estadual que extrapole a jurisdição de um TRT só ocorre no Estado de São Paulo, na medida em que uma lei de abrangência estadual pode ser interpretada de modo divergente pelo TRT da 2ª Região/SP e pelo TRT da 15ª Região/Campinas; Não será cabível a revista quanto à divergência de interpretação de cláusula de contrato individual de trabalho, seja porque não há tal previsão na alínea b do art. 896 da CLT, seja porque tal interpretação exigiria reexame de fatos e de provas, o que é vedado na instância extraordinária (TST, Súmula 126).

Alínea c do art. 896 da CLT, com redação dada pela Lei n. 9.756/98, que a revista também será cabível quando a decisão recorrida for proferida: com violação de literal disposição de lei federal; ou afronta direta e literal à Constituição Federal. Item II da Súmula 221 foi cancelado expressamente pela Resolução 185/2012, com isso, interpretação razoável de texto normativo deixou de ser pressuposto para admissibilidade ou não do recurso de revista. A expressão lei federal comporta: aquela editada pelo Congresso Nacional (lei complementar, lei ordinária, decreto legislativo e resoluções do Congresso Nacional), como também os atos normativos com força de lei, como o antigo Decreto-Lei, a medida provisória e o Decreto. 3.4. Efeitos do recurso de revista 1º do art. 896 da CLT, não é mais permitida a concessão de efeito suspensivo ao recurso de revista. Pelo contrário, o recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. Não há lugar para o efeito translativo, na medida em que o TST somente apreciará as questões ou matérias prequestionadas, ainda que tais questões sejam de ordem pública. É o que diz a OJ n. 62 da SBDI-1: É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta. OBS: Interposto no prazo de oito dias, em petição devidamente fundamentada e subscrita por advogado (TST, Súmula 425). Desde logo submetido a exame de admissibilidade ao Presidente do TRT correspondente. A petição do recurso é dirigida ao Presidente do TRT e as razões recursais, à Turma do TST.