A Visita do Habitante da Floresta Estava uma bela manhã naquele dia na Quinta do Tio João e do primo Manuel. O Outono já chegou, os dias começam a ficar mais pequenos, mas o tempo tem estado ameno. Os nossos amiguinhos andavam ocupados com os afazeres diários: a galinha Carapuça a verificar se as suas companheiras galinhas tinham posto bastantes ovos, a Vaquinha Coração a ser ordenhada para o leite de todos os dias. Na horta o Sol começava a secar o orvalho da noite e os cães Fininho e Xoné nas correrias do costume. Estavam, portanto, todos muito entretidos, quando o Xoné ouviu uma voz que vinha do alto da árvore grande que ficava para os lados do lago dos peixinhos: Bom dia meus amigos. Muito admirado olhou para onde vinha a voz e viu muito bem posto num ramo, um pássaro grande que o olhava fixamente. Olá, o que é isto? Que raio de freguês é este?, pensou ele e foi a correr chamar o resto do pessoal que andava por ali. E juntaram-se logo o Bolinha, o Xoné e o Fininho, a ovelha Tété, o coelhinho Pompom, o gato Bigodes e o papagaio Fagundes. E todos olhavam muito admirados para aquele fulano, que não conheciam e os olhava fixamente com os olhos muito abertos. A Patareca andava longe e o Bolinha chamou-a: Ó Patareca vem ver, está aqui um estranho que nos olha de uma maneira muito esquisita! Claro que a Patareca cheia de curiosidade veio logo a correr. Edições JORNALINHO DO CAMPO Ano III Número 18 Outubro 2007 Assinatura anual: 10 Distribuição Gratuita (Escolas, Jardins- -de-infância e Entidades ligadas à Saúde, Protecção e Educação da Criança, carenciadas) Carlos Caseiro (Coordenador Geral e Autor dos Te x t o s ) Susana Pereira / Andreia Gil (Ilustrações) Maria José S. de Albergaria ( P s i c ó l o g a ) M. Filipe ( P r é - i m p r e s s ã o ) Impriluz Gráfica ( I m p r essão) CAP Confederação dos Agricultores de Portugal Av. do Colégio Militar, Lote 1786, 1549-012 LISBOA Tel. 217 100 000 Fax 217 166 123 e-mail: jornalinho@cap.pt ccaseiro@cap.pt
Mal chegou ao pé da árvore exclamou muito divertida, perante a admiração dos outros: olha é o meu amigo mocho que nos vem visitar, não o via há muito tempo, mas desça da árvore e junte-se a nós que quero apresentá-lo a todo o pessoal da quinta. O Mocho Sabichão, pois era este o seu nome, saltou dos ramos e disse para a Patareca Minha amiga ainda bem que apareceu, eu ainda desejei bom dia, mas os seus companheiros ficaram a olhar para mim de uma maneira que eu até estava com medo. - Ah! Não se preocupe, eles estavam assim porque não o conheciam e voltando-se para os outros apresentou-o o mocho Sabichão, é um amigo meu que vive na floresta, que eu conheço há muito tempo, pois encontramo-nos muitas vezes junto das primeiras árvores onde eu lhe conto as histórias que me trazem as andorinhas e ele me ensina muitas coisas da floresta. Depois das apresentações, todos começaram a pedir ao mocho Sabichão que também lhes contasse coisas da floresta. Sim! Sim! pediam todos vamos para o celeiro que é onde fica a nossa escola. Entretanto o mestre mocho, já mais à vontade dizia-lhes: Bem, meus amigos, a floresta tem muitas coisas para contar, posso falar-vos um bocadinho dela, como, por exemplo, ensinar-vos os nomes de árvores e animais que por lá vivem, depois tenho que recolher-me, pois costumo descansar durante o dia e é só quando o sol começa a pôr-se que eu saio para me alimentar e voar pelas copas altas das árvores, mas vamos lá então para o celeiro. E lá foram todos a correr muito entusiasmados com a inesperada visita.
No celeiro, que, como os meninos se lembram, foi onde os nossos amiguinhos instalaram a escola para aprender a ler, sentaram-se todos muito bem comportados para escutar o Senhor Sabichão. Pois meus amigos, eu não habito só nas florestas, também viajo muito por zonas rurais de campo aberto e muitas das vezes até faço o meu ninho não só nas árvores mas também em buracos nos muros de pedra que rodeiam as áreas cultivadas pelos agricultores. Mas agora vou falar-vos da floresta como me pediram. As florestas não são só um conjunto de árvores, umas grandes e vistosas, outras mais pequeninas. Debaixo da sua copa há os arbustos, as plantas rasteiras e os musgos, e uma grande diversidade de animais, aves, mamíferos, insectos e vermes. Entre as árvores que mais se encontram nas florestas e matas portuguesas estão os carvalhos; o castanheiro; o sobreiro; o eucalipto; a azinheira; o pinheiro-manso; os salgueiros, os choupos, o amieiro, o ulmeiro, o plátano, o freixo e o pinheiro-bravo. Também existe uma grande variedade de arbustos como o Azevinho também chamado de Pica folhas ou Pica ratos ena pá, que nomes giros exclamou o Bolinha, acompanhado por uma gargalhada geral mas ainda há mais continuou o mocho Sabichão o Carrasco ou carrasqueira; o Medronheiro; o Loureiro, o Zimbreiro. Estava o nosso amigo mocho muito compenetrado a falar da sua floresta, quando o papagaio Fagundes mal-educado como é, tinha que se sair com um dos seus disparates: Ó senhor doutor Sabichão, com esse seu olhar esquisito não acha que está a olhar demais para a minha querida franga Zaruca, que é uma beleza mas é minha namorada. Como os meninos calculam todos se zan-
garam muito com o Fagundes e o Galo Malaquias deu-lhe uma valente bicada. Quem ficou surpreendido foi o coitado do mocho que não tinha culpa nenhuma das patetices do papagaio que acabou por ser expulso do celeiro pelo restante pessoal da quinta. Pediram desculpa ao amigo Sabichão e insistiram com ele para continuar com a lição sobre a floresta. Bem continuou ele para terminar falo-vos de alguns animais que vivem na floresta. Por sinal, nas florestas portuguesas, não vivem papagaios como o maluco do vosso amigo Fagundes todos se riram com a piada e ele continuou: são muitos os animais que povoam as florestas e os matagais. Voam, por lá, a Pega-Azul, muito colorida e barulhenta, a sua prima Pega Rabuda, as Gralhas e os Gaios. Junto ao solo, correm os pequenos coelhos e as lebres, a saltitarem de um lado para o outro que parecem desenhos animados. Mas também por lá passeiam animais maiores como os veados, e os javalis, que são primos afastados do porco Bolinha, mas são muito selvagens e perigosos. E pronto, meus amigos, por agora termino esta nossa conversa muito agradável. Espero que tenham gostado. Mas ainda há muito mais para contar, noutra altura conto-vos das coisas que o homem vai buscar à floresta. Como vêem são lugares cheios de vida que fazem muita falta para o bom equilíbrio do ambiente, por isso, devem estar sempre muito bem limpas para que os incêndios não destruam as árvores e os animais que lá habitam. Muitas palmas, carinhos e agradecimentos, rodearam o mocho Sabichão que lá partiu para as primeiras árvores da floresta onde tantas vezes se encontrava com a patinha Patareca.
Vasco (4 anos) - Meimoa Beatriz (4 anos) - Meimoa João Carlos (7 anos) Boliqueime Ruben - Orjais Joana (9 anos) - Aboboreira Rafaela - Boliqueime Márcia - Castelo de Penalva Vitálio (6 anos) Boliqueime Alexandra (9 anos) Aboboreira Jonas (9 anos) Boliqueime Liliana (9 anos) Aboboreira Diana (4 anos) - Meimoa Miguel (9 anos) - Aboboreira Valquiria (9 anos) Aboboreira Diogo - Boliqueime Catarina (8 anos) -Castelo de Penalva Não esqueças! O JORNALINHO DO CAMPO PRECISA DE TI. Uma assinatura são somente 10 uma vez no ano!
provérbios, adivinhas, curiosidades da Pimpim Cá está esta vossa amiga ervilha Pimpim com mais jogos de palavras para vocês se divertirem. Desejo que o ano lectivo tenha começado bem, gostem muito dos vossos professores e da vossa escolinha. BEIJINHOS GRANDES PARA TODOS! Quais os meses das estações do ano. Façam bem as contas e por esta ordem! I - VERÃO I I - PRIMAVERA I I I - INVERNO I V - OUTONO As Adivinhas A) São iguais e bons vizinhos; todos com os mesmos modos. Ai, ai, que quando um erra; logo a seguir erram todos. B) É uma senhorita, muito assenhorada, nunca sai à rua, está sempre molhada. C) Adivinhem lá meus meninos. Esta história de pasmar. Fica um pato com ciúmes. Ao ver um cavalo andar! SOPINHA DE LETRAS T M I L A H O S U E R P S C I L U D S H V R G M I A Q U E R T A C G O M U T R I A N O A S A Q U E M P O U C V P I N H O L O U R E D O D E R T E I A Q P I N V N Ç O O I L A A R D U T U D I S E M V E R C A I D O B E I T A P A L M O S L M N E T U D O A L E R M T Z E G I R G E R T A S F U I L D A R T S C A V U N Ã O L E E R M J Ã A O L H I T I M A M C S A E T O S E E F R A N F I L Y V A I S F R H A N I D E Z A V T N U M NESTA SOPINHA DE LETRAS ESTÃO AS PALAVRAS QUE FORMAM DOIS PROVÉRBIOS: UM ENSINA-NOS QUE QUEM DESEJA TUDO, PODE FICAR SEM NADA; O OUTRO, DIZ-NOS QUE O VALOR DAS PESSOAS NADA TEM A VER COM O SEU TAMANHO. (Para que todos possam encontrar as palavras tirem fotocópias desta página. Mas tapem as soluções! :-)) Charada 1) N B L ( tem bola) 2) A O A (de bacalhau) 3) O A (para comprar) 4) AB N E (cresce na horta) 5) A C O ( do rei) 6) V N R (tempera) 7) E U A E (da escola) 8) I H (tem peixe) 9) R A (Verão) Soluções
Ainda se lembram do menino que gostava de escrever cartinhas com histórias? Pois aqui está ele para que vocês pintem tudo muito bem e nas cores que desejarem. Cupão de Assinatura Anual do Jornalinho do Campo (10 ) Nome Morada Cód. Postal - Localidade Concelho Tel. NIF Nome e morada do destinatário da assinatura Os pagamentos devem ser endereçados à CAP Jornalinho do Campo Av. do Colégio Militar, Lote 1786 1549-012 Lisboa (NIF-501155350) Vale Postal Cheque Dinheiro NIB 003 300 000 148 014 198 007 (obrigatório o talão de dep. ou transf. junto do cupão) Data / / Assinatura Obrigado, em nome de todos os nossos amiguinhos espalhados pelo País!