Jonathan Wesley Ferreira Ribeiro 1 ; Adriana Paula D Agostini Contreiras Rodrigues 2 ; Ademir Kleber Morbeck de Oliveira 3 ;

Documentos relacionados
USO DO BIOSSÓLIDO COMO SUBSTRATO NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE AROEIRA (Schinus terenbinthifolius Raddi)

TESTANDO A EFICIÊNCIA DO HÚMUS DE MINHOCA COMO ADUBO

Patologia, Tamanho de Grão, Poder Germinativo e Teor de Micotoxina em Genótipos de Cevada Produzidos em Ambiente Favorável a Doenças de Espigas

Este é um manual de procedimentos básicos padronizados para os Formulários on-line da Coleta Seletiva.

Efeitos da adubação nitrogenada de liberação lenta sobre a qualidade de mudas de café

CURSO DE TECN OLOGI A DO VÁCUO

Critério de Desenvolvimento da Embalagem de Transporte. Magda Cercan Junho/2013 São Paulo

EFEITO DO PRODUTO DIFLY S3 NO CONTROLE DO CARRAPATO BOOPHILUS MICROPLUS EM BOVINOS DA RAÇA GIR, MESTIÇA E HOLANDESA

OS EFEITOS ALELOPÁTICOS DO EXTRATO DE PATA DE VACA (Bauhinia forticata BENTH) EM SEMENTES DE SOJA (Glycine max MERR)

Estudo sobre a dependência espacial da dengue em Salvador no ano de 2002: Uma aplicação do Índice de Moran

Adubação com composto de farelos anaeróbico na produção de tomate orgânico cultivado sobre coberturas vivas de amendoim forrageiro e grama batatais.

USO DE DIFERENTES SUBSTRATOS E FREQUÊNCIA DE IRRIGAÇÃO NO CULTIVO DE TOMATE CEREJA EM SISTEMA HIDROPÔNICO

Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente

CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F

Bitrens x vanderléias : a difícil escolha

NOVO MAPA NO BRASIL?

Proposta de ajuste de modelos não lineares na descrição de germinação de sementes de café

PLANTIOS DE PAU-ROSA (Aniba rosaeodora Ducke) E A PRODUÇÃO DE ÓLEO A PARTIR DE MUDAS PLANTADAS

ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS Prof. Dr. Constantino de Gaspari Gonçalves Exemplo de Aplicação do ABC

Helem Fernandes Naves Peixoto 1,3 Severino de Paiva Sobrinho 2,3 Mariane de Carvalho Vidal 2,4. Voluntário Iniciação Científica PVIC/UEG

Arquitecturas de Software Enunciado de Projecto

ANEXO 6 Análise de Antropismo nas Unidades de Manejo Florestal

Aula 4-Movimentos,Grandezas e Processos

METODOLOGIA DE PROJETO

A dissertação é dividida em 6 capítulos, incluindo este capítulo 1 introdutório.

IV Seminário de Iniciação Científica

Nilson do Rosário Costa 1, Ana Paula Coelho 2, Maria Thereza Fortes 3 e Vanina Matos 4

1ª) Lista de Exercícios de Laboratório de Física Experimental A Prof. Paulo César de Souza

Veracel Celulose S/A Programa de Monitoramento Hidrológico em Microbacias Período: 2006 a 2009 RESUMO EXECUTIVO

UNIPAC- CAMPUS TEÓFILO OTONI CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: FÍSICA I PERÍODO: 2 VALOR: 5 PONTOS. PROFESSOR: ARNON RIHS.

IMPACTO DA ATIVIDADE FISCALIZATÓRIA SOBRE A MELHORIA DA QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE DRENAGEM URBANA NO DISTRITO FEDERAL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFG/EA, Campus Samambaia - Goiânia, GO. - MATRIZ CURRICULAR - PRÉ- REQUISITO(S) UNID. RESP.

A 'BC' e, com uma régua, obteve estas medidas:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PRÉ ESCOLAR. Ano Letivo 2014/ º Período

Substratos para Produção de Mudas de Tomateiro

ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS METEOROLÓGICOS NAS ESTAÇÕES AUTOMÁTICAS E CONVENCIONAIS DO INMET EM BRASÍLIA DF.

14 de maio de 2013 Belo Horizonte (MG)

2 03/11 Relatório Final R.A. O.S. O.A. PU. 1 30/09 Alterado Endereço do Terreno R.A. O.S. O.A. PU

Apuração de impostos; Registro e controle dos documentos fiscais; Registro e controle de prejuízos acumulados.

Estudo da produção de leite de caprinos da raça Saanen do IFMG Campus Bambuí

Implantação de um serviço de limpeza terminal a vapor em salas operatórias

GERMINAÇÃO E COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE SORGO SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE SEMENTES COM BIOESTIMULANTE

A DISCIPLINA DIDÁTICA NOS CURSOS DE LETRAS DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DE MATO GROSSO DO SUL

USO DE HORMÔNIOS INDUTORES DE OVULAÇÃO (GnRH e hcg) SOBRE A TAXA DE RECUPERAÇÃO EMBRIONÁRIA EM ÉGUAS MANGALARGA MARCHADOR

Plano de Manejo Parque Natural Municipal Doutor Tancredo de Almeida Neves. Encarte 6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO. IVB-2012 Página 1

F.17 Cobertura de redes de abastecimento de água

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

ATIVIDADE DE FÍSICA PARA AS FÉRIAS 8. o A/B PROF. A GRAZIELA

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE BALNEABILIDADE EM PRAIAS ESTUARINAS

Minuta de Instrução Normativa

O Papel do Gerente/Administrador Financeiro das Empresas

Figuras 3 e 4-Chuva Média e observada para o mês de fevereiro, respectivamente

EFEITOS DO REUSO DE ÁGUA RESIDUÁRIA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO

Doença de base 2. CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES

Obtenção Experimental de Modelos Matemáticos Através da Reposta ao Degrau

VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE DIMENSIONAMENTO DE WETLANDS DE MACRÓFITAS AÉREAS PARA SEPARAÇÃO ÁGUA-ÓLEO

EDITAL DA III COMPETIÇÃO PONTE DE MACARRÃO

TIJOLOS DE ADOBE ESCOLA DE MINAS / 2015 / PROF. RICARDO FIOROTTO / MARTHA HOPPE / PAULA MATIAS

Dormência em sementes de pata-de-vaca (Bauhinia angulata vell).

AVALIAÇÃO DE UM TANQUE DE DECANTAÇÃO DE SÓLIDOS UTILIZANDO FLUIDODINÂMICA COMPUTACIONAL

Teoria dos erros em medições

Influência Da Matéria Orgânica Na Produção De Mudas De Duas Espécies Arbóreas Da Caatinga

Modelo Entidade Relacionamento (MER) Professor : Esp. Hiarly Alves

Tecnologia da Construção Civil - I Locação de Obra e Serviços em Terra. Roberto Monteiro

TREFOR INDUSTRIAL. Colaborando com a construção de sonhos.

Nivel de Lisina nas Rações de Frangos de Corte Exigência de Lisina Atualizada

No contexto das ações de Pesquisa e Desenvolvimento

DISTRIBUIÇÕES ESPECIAIS DE PROBABILIDADE DISCRETAS

FÍSICA EXPERIMENTAL 3001

Probabilidade e Estatística

LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS PELOS DOMICÍLIOS LOCALIZADOS NO DISTRITO INDUSTRIAL DO MUNICÍPIO DE CÁCERES

TERMO DE REFERÊNCIA. Projeto de Reflorestamento com Espécies Nativas no Bioma Mata Atlântica São Paulo Brasil

A presença de Outliers interfere no Teste f e no teste de comparações múltiplas de médias

Declaração de Renda de Autônomo, Profissional Liberal ou Atividade Informal

UTILIZAÇÃO DE SENSORES CAPACITIVOS PARA MEDIR UMIDADE DO SOLO.

3 Metodologia de pesquisa

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO E COOPERATIVISMO SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES >ATO Nº. 3, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2005.

Anais do 1º Simpósio Internacional de Arborização de Pastagens em Regiões Subtropicais

Estudo da Variação Temporal da Água Precipitável para a Região Tropical da América do Sul

Trajetória dos alunos de graduação

Oficina dos Sentidos

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Pressuposições à ANOVA

ESTRUTURA DO CURSO 08:00-10:00 RTQ-R

Softwares para estimativa do crescimento, produção e carbono do componente arbóreo em ILPF

TRATAMENTO DE ÁGUA: SISTEMA FILTRO LENTO ACOPLADO A UM CANAL DE GARAFFAS PET

Contas Económicas da Silvicultura

Título: PREÇO INTERNACIONAL E PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL DE 1995 A

ALTERAÇÕES NA SATISFAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL A PARTIR DA INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL EM UM PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR MULTIDISCIPLINAR.

Análise Qualitativa no Gerenciamento de Riscos de Projetos

Apresentamos o Lyptus em suas diferentes classes e especificações, para que você possa fazer a melhor escolha e alcançar grandes resultados em sua

3 - Bacias Hidrográficas

Enraizamento de estacas de oliveira (Olea europaea L.) utilizando diferentes substratos e ácido indolbutírico

Avaliação da Germinação e Crescimento de Toona ciliata var. australis

Unidade 1. jcmorais 09

Edital Interno 002/2016

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL ATIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO ENSINO ORIENTAÇÃO

ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2014

Condução. t x. Grupo de Ensino de Física da Universidade Federal de Santa Maria

Transcrição:

EFEITO DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE UMA ESPÉCIE NATIVA DA FLORESTA AMAZÔNICA Jonathan Wesley Ferreira Ribeiro 1 ; Adriana Paula D Agostini Contreiras Rodrigues 2 ; Ademir Kleber Morbeck de Oliveira 3 ; 1 Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas, Bolsista de Iniciação Científica do CNPq, e-mail: jwfribeiro@gmail.com. 2 Programa de Pós-Graduação em Produção e Gestão Agroindustrial, e-mail: adricontreiras@hotmail.com. 3 Programa de Pós- Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, e-mail: akmorbeck@hotmail.com. 1,2,3 Universidade Anhanguera-Uniderp, Rua Alexandre Herculano, 1400, Bairro Jardim Veraneio, CEP 79037-280, Campo Grande, MS. Resumo A espécie Parkia gigantocarpa Ducke, árvore conhecida popularmente como Faveira, ocorre em florestas de terra firme da Amazônia, atingindo até 60 m de altura e 1,50 m de diâmentro. Sua madeira é leve e boa para compensado. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes temperaturas constantes na germinação de P. gigantocarpa. Foram utilizadas quatrocentas sementes, sendo elas submetidas a um tratamento pré-germinativo para superação da dormência. As temperaturas constantes testadas foram de 20, 25, 30 e 35 ºC. As temperaturas não influenciaram a porcentagem final de germinação, entretanto afetaram o vigor e o tempo de germinação das sementes. A temperatura de 30 ºC foi a mais adequada, proporcionando uma germinação mais rápida e com maior alocação de biomassa nas raízes primárias das plântulas formadas. Palavra chaves: Amazônia, espécies florestais, restauração ecológica. Introdução O gênero Parkia, família Fabaceae, subfamília Mimosoideae, é encontrado principalmente em florestas tropicais úmidas, onde existem aproximadamente 17 espécies que ocorrem em áreas de floresta de terra firme, várzea sazonal e floresta secundária (Hopkins, 1986). Dessas espécies, P. multijuga Benth., P. nitida Miquel, P. paraenses Ducke, P. ulei (Harms) Kuhlm. e P. platycephala Benth. são conhecidas como fornecedoras de madeiras comerciais na Amazônia (IBDF, 1987). Parkia gigantocarpa Ducke, árvore conhecida popularmente como Faveira, ocorre em florestas de terra firme da Amazônia, atingindo até 60 m de altura e 1,50 m de diâmetro, com madeira leve, boa para compensado (Paula e Alves, 1997). A exploração madeireira na Amazônia tem ocorrido há mais de trezentos anos; no entanto, nos últimos trinta anos essa exploração tem ocorrido de maneira intensa e predatória. Isso tem motivado o interesse maior em estudar as características silviculturais de determinadas espécies com o objetivo de conhecer os sistemas de regeneração artificial, para que as mesmas sejam utilizadas em programas de reflorestamento. É imprescindível como parte destes estudos obter informações sobre as características fisiológicas das sementes, principalmente no que se refere às condições de germinação e estabelecimento de plântulas (Varela et al., 1987). As informações da espécie P. gigantocarpa são incipientes, principalmente no que se refere aos aspectos da germinação de suas sementes. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de temperaturas constantes sobre a germinação de sementes desta espécie. Material e Métodos As sementes de P. gigantocarpa foram colhidas manualmente, diretamente dos frutos maduros de árvores matrizes durante o mês de junho de 2009, no município de

Paragominas, Pará, Brasil, armazenadas em garrafa pet e transportadas para o Laboratório de Pesquisa e Sistemas Ambientais e Biodiversidade da Universidade Anhanguera-Uniderp, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Foram utilizadas 400 sementes, sendo elas submetidas a um tratamento prégerminativo para a superação de sua dormência tegumentar. Utilizou-se o método de escarificação química através da imersão das sementes em ácido sulfúrico (H 2 SO 4 98%) por 20 minutos, as quais foram colocadas em Becker, acrescentando ácido sulfúrico até cobrir as sementes. Após o tempo de imersão determinado, as sementes foram colocadas em uma peneira metálica e lavadas em água corrente por aproximadamente 10 minutos, para a retirada do ácido. Para a avaliação do efeito da temperatura sobre a germinação foram testadas quatro temperaturas constantes (20, 25, 30 e 35 C). Todos os tratamentos foram realizados com quatro repetições de 25 sementes, com fotoperíodo de 12 h em câmaras de germinação do tipo B.O.D. Os testes foram conduzidos em caixas transparentes (11 x 11 x 3,5 cm) sobre duas folhas de papel germitest previamente umedecidos com o fungicida Rovral a 0,1%. A avaliação da germinação foi diária, sendo iniciada no primeiro dia após a instalação do teste, sendo consideradas germinadas quando apresentaram emissão de radícula, com no mínimo 2 mm de comprimento, com teste encerrado no décimo segundo dia. Ao final do experimento, foi feita a contagem de plântulas normais e anormais, considerando como normais aquelas que apresentassem todas as estruturas essenciais para seu desenvolvimento (raiz primária, hipocótilo, epicótilo e eófilos). Para determinar a média de massa seca da raiz primária, utilizaram-se as raízes provenientes das plântulas normais de cada tratamento, as quais foram acondicionadas em saco de papel do tipo Kraft devidamente identificados, levados para estufa de ventilação forçada à temperatura de 60 C por 24 horas. Posteriormente as raízes foram pesadas individualmente em balança analítica, sendo expresso o resultado em gramas (média). Foi avaliada a percentagem de germinação, percentagem de formação de plântulas normais e anormais, percentagem de sementes mortas, índice de velocidade de germinação e o tempo médio de germinação. Os dados foram tabulados, submetidos à análise de variância e quando necessário transformados em arcsen(x/100) 1/2, sendo que para o experimento 1 procedeu-se a regressão polinomial e para o experimento 2 as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (Rodrigues et al., 2010). Resultados e Discussão Não houve efeito significativo das temperaturas na percentagem final de germinação das sementes de P. gigantocarpa. A espécie apresentou bom desempenho germinativo em todas as temperaturas, com porcentagens finais acima de 79%. A porcentagem de plântulas normais e anormais e sementes mortas também não apresentaram diferenças estatísticas significativas. Foi possível observar um aumento linear no índice de velocidade de germinação (IVG) e, consequentemente, uma queda linear no TMG conforme o aumento de temperatura (20, 25, 30, 35ºC) (Fig. 1 e 2). Para o IVG, as temperaturas constantes de 30 e 35 ºC apresentaram os maiores valores (4 e 5, respectivamente). As sementes germinaram em menor tempo nas temperaturas constantes de 30 e 35 ºC (3,7 e 4,5 dias, respectivamente). A alocação de biomassa seca foi maior nas temperaturas constantes de 25 e 30 ºC (Fig. 3).

Figura 1. Índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de Parkia gigantocarpa em diferentes temperaturas. Figura 2. Tempo médio de germinação de sementes de Parkia gigantocarpa em diferentes temperaturas. Figura 3. Média de massa seca (g) de raiz primária em plântulas de Parkia gigantocarpa submetidas a diferentes temperaturas.

Estes resultados estão de acordo com a colocação de Marcos Filho (2005), o qual menciona que, na ausência de outros fatores limitantes, a germinação ocorre sob limites relativamente amplos de temperatura. Alves et al. (2002) indicaram que temperaturas entre 15 e 30 ºC como sendo aquelas que oferecem melhores condições para a germinação da maioria das espécies tropicais. Resultados semelhantes foram encontrados por Zucareli et al. (2010), no qual a temperatura não afetou significativamente a germinação das sementes de Dioclea violacea, com somente a 15 ºC ocorrendo queda na percentagem de germinação (83%) em relação às outras temperaturas constantes (20, 25, 30, 35 ºC); no entanto mostrou efeito sobre o tempo médio de germinação e no índice de velocidade de germinação, de forma que o tempo de germinação diminui conforme houve aumento da temperatura e o IVG, comportamento contrário, aumentando o valor conforme aumentou-se a temperatura. Conclusões As temperaturas avaliadas não afetaram a porcentagem final de germinação das sementes, entretanto o vigor foi alterado. A temperatura de 30 ºC proporcionou as melhores condições para a germinação, diminuindo o tempo médio de germinação e aumentando o teor de massa seca nas raízes primárias. Referências Bibliográficas ALVES, E.U.; PAULA, R.C.; OLIVEIRA, A.P.; BRUNO, R.L.A.; DINIZ, A.A. Germinação de sementes e Mimosa caesalpiniaefolia Benth. em diferentes substratos e temperaturas. Revista Brasileira de Sementes, v.24, n.1, p.169 178, 2002. HOPKINS, H. C. F. Parkia (Leguminosae: Mimosoideae). In: HOPKINS, H. C. F. Flora Neotrópica. New York: The New York Botanical Garden, 44p. 1986. IBDF - INSTITUTO BRASILEIRO DEDESENVOLVIMENTO FLORESTAL. Padronização da nomenclatura comercial brasileira das madeiras tropicais amazônicas. Brasília: 85p. 1987. MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 495p, 2005. Forestalis, v. 61, p.133-143, 2002. PAULA, J. E.; ALVES, J. L. H. Madeiras nativas: anatomia, dendrologia, dendrometria, produção e uso. Brasília: Fundação Mikiti Okada MOA, 543p. 1997. RODRIGUES, A. P. D. C.; LAURA, V. A.; PEREIRA, S. R.; SOUZA, A. L.; FREITAS, M. E. Temperatura de germinação em sementes de estilosantes. Revista Brasileira de Sementes, v.32, n.4, p.166-173, 2010. VARELA, V. P., AQUINO, P. A. N. e AZEVEDO, C. P. Tratamentos Pré-germinativos em sementes de espécies florestais da Amazônia. III. Faveira-Arara-Tucupi (Parkia decussata Duke) Leguminosae. Acta Amazônica, 16/17, 557-562p. 1986/87. ZUCARELI, V.; AMARO, A.C.E.; SILVÉRIO, E.V.; FERREIRA, G. Métodos de superação da dormência e temperatura na germinação de sementes de Dioclea violácea. Semina: Ciências Agrárias, v. 31, suplemento 1, p.1305-1312, 2010.

This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.