METODOLOGIA. Professora: Ana Paula Sato Ferreira Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete

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METODOLOGIA Professora: Ana Paula Sato Ferreira Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete 2016 1

METODOLOGIA Refere-se ао cоmо fazer dа pesquisa. Definição do público alvo da pesquisa: verificar o grupо que terá algum tipо de impactо nоs оbjetivоs dо trabalhо. A definição do público alvo será baseada considerando as pessoas que poderão dar repostas e informações relevantes para conclusão do trabalho O propósito da pesquisa é responder o Problema do trabalho científico e atingir os Objetivos propostos. - Onde serão coletados os dados? - Quem (população) e Quantos (amostra) serão envolvidos na coleta dos dados? - Como serão coletados os dados? - Como serão apresentados, analisados e interpretados os dados coletados? -Como serão realizadas as etapas da pesquisa? A metodologia contempla a fase de exploração de campo (escolha do espaço da pesquisa, escolha do grupo de pesquisa, do tipo da pesquisa-quantitativo e/ou qualitativo, estabelecimento dos critérios de amostragem etc) como também a definição de instrumentos e procedimentos para análise dos dados.

CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS; (VISTO ANTERIORMENTE) QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS; QUANTO ÀS TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS; QUANTO À FORMA DE AVALIAÇÃO DOS DADOS. 3

CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA: QUANTO AO SEUS OBJETIVOS Quanto ao seus objetivos, é possível classificar as pesquisas em três grandes grupos: Pesquisas Exploratórias; Pesquisas Descritivas; e Pesquisas Explicativas.

CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA: QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS Quanto aos procedimentos técnicos utilizados, de coleta e análise de dados, é possível classificar as pesquisas em: Pesquisa Bibliográfica; Pesquisas Documental; Pesquisas Experimental; Levantamento; e Estudo de Caso. 5

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA A Pesquisa Bibliográfica tem como finalidade principal explicar e discutir um assunto, tema ou problema com base em referências publicadas. Além disso, possibilita a análise sobre as contribuições apresentadas a esse assunto, tema ou problema. Martins e Theóphilo (2007) A Pesquisa Bibliográfica pode ser realizada independentemente análise teórica ou como parte de um trabalho apresentação do referencial teórico (revisão da literatura). Moreira (2004) 6

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Essa revisão é imprescindível para a elaboração de um trabalho científico, uma vez que é preciso ter uma ideia clara do problema a ser resolvido. Para que ocorra esta clareza, a revisão de literatura é fundamental. Écher (2001) A Pesquisa Bibliográfica difere da revisão bibliográfica, uma vez que vai além da simples observação de dados contidos nas fontes pesquisadas, pois imprime sobre eles a teoria, a compreensão crítica do significado neles existente. Lima e Mioto (2007) 7

PESQUISA DOCUMENTAL A pesquisa documental caracteriza-se pelo uso de documentos como fontes de dados, informações e evidências. Martins e Theófilo (2007) Está restrita à utilização de documentos escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Gil (2002) Os dados primários correspondem a dados históricos, informações, pesquisa e material cartográfico, dentre outros. Marconi e Lakatos (1996) 8

PESQUISA DOCUMENTAL Dentre os documento escritos, destacam-se: (i) documentos oficiais; (ii) publicações parlamentares; (iii) documentos jurídicos; (iv) documento de fontes estatísticas; (v) publicações administrativas; (vi) documentos particulares. Marconi e Lakatos (1996) 9

PESQUISA DOCUMENTAL A pesquisa documental apresenta a vantagem de que os documentos constituem uma fonte rica e estável de dados, sendo uma importante fonte de dados em pesquisa histórica. Outra vantagem é o fato de não exigir contato com os sujeitos da pesquisa. Fernandes e Gomes (2002) 10

PESQUISA EXPERIMENTAL O experimento é uma estratégica de pesquisa que busca a construção de conhecimento através da rigorosa verificação e garantia de resultados cientificamente comprovados. Martins e Theóphilo (2007) São os estudos que melhor se adaptam ao propósito de identificação de relações causais entre variáveis. A Pesquisa Experimental consiste em determinar um objeto de estudo, definir as formas de controle, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Gil (2002) 11

PESQUISA EXPERIMENTAL A pesquisa experimental se subdivide em experimentação de laboratório e experimentação de campo. Beuren et al (2003) Três características são indispensáveis para que se possa classificar uma pesquisa como experimental: (a) (b) (c) manipulação intencional de uma ou mais variáveis independentes; controle de variáveis; e randomização (termo aportuguesado do inglês random, que significa casual ou ao acaso). Baptista e Campos (2007) 12

PESQUISA QUASE-EXPERIMENTAL Em certas situações, não há condições plenas para isolar totalmente possíveis interferências de outras variáveis que não estão sendo consideradas no experimento. As investigações desenvolvidas nestas situações são coletivamente denominadas Pesquisas Quase-Experimentais. Martins e Theóphilo (2007) As Pesquisas Quase-Experimentais manipulam pelo menos uma variável independente para observar seu efeito e relação com uma ou mais variáveis dependentes. Só diferem das Pesquisas Experimentais no grau de segurança ou confiabilidade que se possa ter sobre a equivalência inicial dos grupo. Sampieri, Collado e Lucio (2006) 13

LEVANTAMENTO As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo. Quando não é possível analisar a população, selecionase uma amostra significativa. As conclusões obtidas a partir desta amostra são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos estatísticos. Gil (2002) 14

LEVANTAMENTO Vantagens do levantamento: Conhecimento direto da realidade; Economia e rapidez; Quantificação. Desvantagens do levantamento: Ênfase nos aspectos perceptivos (subjetividade); Pouca profundidade no estudo dos processos sociais; Limitada apreensão do processo de mudança (fotografia). Gil (2002) 15

ESTUDO DE CASO É caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Gil (2002) Usar os estudos de caso para fins de pesquisa permanece sendo um dos mais desafiadores de todos os esforços das ciências sociais. Yin (2005) Enquadra-se como uma estratégia de pesquisa que trata de uma investigação empírica que pesquisa fenômenos dentro de seu contexto real (pesquisa naturalística), onde o pesquisador não tem controle sobre eventos e variáveis. Martins e Theóphilo (2007) 16

ESTUDO DE CASO A coleta de dados para um Estudo de Caso deve se basear em várias fontes de evidências, que podem ser obtidas por meio de diversas técnicas. Observa-se que o uso de diversas técnicas e evidências impõe a necessidade de mais tempo para o trabalho de campo e isso deve ser avaliado na elaboração do planejamento do estudo. Martins (2008) Martins (2008) faz uma abordagem relevante quando apresenta-nos a descrição de pseudo estudos de casos, mas que em suas palavras são duvidosos arranjos metodológicos. Segue quadro com as características dos trabalhos geralmente classificados como Estudos de Caso, mas que em sua essência não se constituem como tal. 17

O QUE NÃO PODE SER DEFINIDO COMO ESTUDO DE CASO 1. Um longo histórico de uma unidade organizacional acompanhado de algumas tabelas que mostram apenas percentuais, geralmente, para encobrir respostas de poucos participantes, sobre variáveis pouco precisas. 2. Um estudo em que o pesquisador realiza no seu local de trabalho algumas entrevistas com colegas sobre um tema-problema amplo para posteriormente construir-se o Estudo de Caso. 3. A realização de um levantamento de dados secundários sobre a organização. 4. Trabalhos em que o pesquisador realiza apenas uma visita prolongada e uma unidade organizacional específica e a partir daí constrói o seu estudo de caso. 5. Quando o pesquisador envia questionários a diversas empresas e uma parcela desses questionários são respondidos e a partir daí desenvolver o seu Estudo de Caso. 18

O QUE NÃO PODE SER DEFINIDO COMO ESTUDO DE CASO 6. Textos em que o autor desenvolve o referencial teórico com procedimentos para possível aplicação e ao final propõe um Estudo de Caso. 7. Um caso prático, que ilustra uma possível aplicação de uma técnica ou método de gestão, mensuração e etc. a uma organização geralmente pequena. 8. A aplicação de uma técnica ou método simulado em uma empresa utilizando-se dados fictícios ou hipotéticos. 9. O teste de uma teoria em uma unidade organizacional. 10. Um Caso, ou Estudo de Caso utilizado em sala de aula como técnica didática. 19

CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA: QUANTO ÀS TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS Em relação às técnicas de coleta de dados, as pesquisas científicas poderão utilizar uma ou várias técnicas no mesmo estudo. Segue abaixo algumas destas técnicas de coleta de dados: ОS DADOS QUE SERÃO COLETADOS PODERÃO SER : PRIMÁRIOS ( aqueles dados que você precisa coletar, tabular e analisar) SECUNDÁRIOS (conseguidos através de fontes externas disponíveis como exemplo: IPEA, revistas, ou outras fontes, banco de dados). Na pesquisa poderão ser utilizados diferentes instrumentos para se chegar a uma resposta mais precisa.

OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DA METODOLOGIA SÃO: Definição da amostragem Coleta de dados: Observação; Observação Participante; Pesquisa Documental; Entrevista; Questionário. Organização, análise e interpretação dos dados. 21

Tipos de amostragem: PROBABILÍSTICA: os elementos de amostragem da pesquisa têm a mesma chance de serem escolhidos. São selecionados aleatoriamente ou por acaso. Casual simples Sistemática Estratificada

1. Casual simples: Esse tipo de amostragem, também chamada simples ao acaso, aleatória, casual, simples, elementar, randômica, etc., é equivalente a um sorteio lotérico. Nela, todos os elementos da população têm igual probabilidade de pertencer à amostra, e todas as possíveis amostras têm também igual probabilidade de ocorrer. 2. Sistemática: Quando os elementos da população se apresentam ordenados e a retirada dos elementos da amostra é feita periodicamente, temos uma amostragem sistemática. Assim, por exemplo, em uma linha de produção, podemos, a cada dez itens produzidos, retirar um para pertencer a uma amostra da produção diária 3. Estratificada: Será selecionada uma amostra de cada subgrupo do universo que será pesquisado. Se divide em etapas: 1º. Divisão da população em subgrupos (com comportamento homogéneo relativamente à variável estudada) chamados estratos; Escolha da amostra aleatória simples de forma independente em cada subgrupo ou estrato.

Tipos de amostragem: NÃO PROBABILÍSTICA: os elementos de amostragem da pesquisa são selecionados de forma intencional. Com o uso desta tipologia, não poderá generalizar os resultados, pois não poderão garantir certeza quanto à representatividade do universo com precisão. Por Acessibilidade Por Tipicidade Por cotas

1. Por Acessibilidade é a forma de menor rigor de todos os tipos de amostragem, portanto não tem rigor estatístico O pesquisador irá selecionar os componentes da amostra. Utilizadas em pesquisas qualitativas. 2. Por Tipicidade Selecionará um subgrupo da população, a qual através de informações anteriores,saberá que será representativo do universo. Se não houver conhecimento prévio adequado do subgrupo que será selecionado, poderá comprometer a representatividade da amostra em relação ao universo 3. Por cotas - Dentre as amostragens não probabilística é a que apresenta maior rigor estatístico. O universo será classificado em função das propriedades relevantes para o estudo. Será determinado a proporção do universo a ser pesquisado e será definida uma cota a cada pesquisador.

OBSERVAÇÃO A Observação consiste em um exame minucioso que requer atenção na coleta e análise das informações, dados e evidências. O observador deve ter competência para observar e obter informações, dados e evidências com imparcialidade, sem contaminá-los com suas próprias opiniões e interpretações. Toda Observação deve ser precedida de alguma teoria que lhe dê fundamentos e embasamentos suficiente para que a técnica seja adequadamente aplicada aos propósitos do estudo. Martins e Theóphilo (2008)

Tipos de observação:. OBSERVAÇÃO SIMPLES é aquela em que o pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, isto é, o pesquisador é um espectador e observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem. OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE consiste na participação real do pesquisador na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. Neste caso, o observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de membro do grupo. 27

28 OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE A Observação Participante é uma modalidade especial de observação na qual o pesquisador não é apenas um observador passivo. Ao contrário, o pesquisador pode assumir uma variedade de funções e de fato participar dos eventos e situações que estão sendo observados. O observador pesquisador precisará ter permissão dos responsáveis para realizar o levantamento e não ser confundido com elementos que avaliam, inspecionam ou supervisionam atividades. O grande desafio do pesquisador é conseguir aceitação e confiança dos membros do grupo social onde realiza o trabalho de campo. Martins e Theóphilo (2008)

PESQUISA DOCUMENTAL Para se compor uma plataforma teórica de qualquer estratégia de pesquisa são conduzidas pesquisas bibliográficas: levantamento de referências expostas em meios escritos. A Pesquisa Documental se assemelha à Pesquisa Bibliográfica, todavia não levanta material editado (livros, periódicos, etc.), mas busca material que não foi editado, como cartas, relatórios, avaliações, etc.. Um dos grandes desafios da prática de pesquisa documental é o grau de confiança sobre a veracidade dos documentos. Martins e Theóphilo (2008)

ENTREVISTA Trata-se de uma técnica de pesquisa para coleta de informações, dados e evidências cujo objetivo básico é entender e compreender o significado que entrevistados atribuem a questões e situações, em contextos que não foram estruturados anteriormente, com base nas suposições do pesquisador. As entrevistas podem ser: Estruturadas roteiro previamente definido; Não Estruturadas conversação livre; Semi-estruturadas roteiro com acréscimos de questões. Martins e Theóphilo (2008)

31 QUESTIONÁRIO O Questionário é um conjunto ordenado e consistente de perguntas a respeito de variáveis e situações que se deseja medir ou descrever. O Questionário é encaminhado para potenciais informantes, selecionados previamente, tendo que ser respondido por escrito e, geralmente, sem a presença do pesquisador. Martins e Theóphilo (2008)

32 CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA: QUANTO A FORMA DE AVALIAÇÃO DOS DADOS Quanto a forma de avaliação dos dados, é possível classificar as pesquisas em: Pesquisa Qualitativa; e Pesquisas Quantitativa.

PESQUISAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS As pesquisas quantitativas traduzem as informações em números para classificá-las e organizá-las, enquanto as pesquisas qualitativas consideram que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Silva apud Reis e Mendes (2005) O enfoque qualitativo é aquele que busca principalmente a dispersão ou expansão dos dados ou da informação, enquanto o quantitativo pretende intencionalmente delimitar a informação (medir com precisão as variáveis do estudo, ter foco ). Collauto et al (2006) 33

PESQUISA QUALITATIVA A pesquisa qualitativa pode ser definida como a que se fundamenta principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não-utilização de instrumental estatístico na análise de dados. Vieira (2006) A pesquisa qualitativa se baseia em métodos de coleta de dados sem medição numérica, como as descrições e as observações. O propósito da pesquisa qualitativa é a reconstrução da realidade, tal como é observada pelos atores de um sistema social predefinido. Collado et al (2006) 34

PESQUISA QUALITATIVA Justifica-se uma abordagem qualitativa quando: se dispõe de pouca informação a respeito do assunto a ser pesquisado; fenômeno específico a ser estudado só pode ser captado através da observação e/ou interação; quando o que se quer conhecer é o funcionamento de uma estrutura social; quando se deseja compreender aspectos psicológicos. Martins e Theóphilo (2008) 35

PESQUISA QUANTITATIVA A avaliação QUANTI compreende organizar, sumarizar, caracterizar e interpretar os dados numéricos coletados. O tratamento desses dados é desenvolvido por meio de ferramentas estatísticas. Martins e Theóphilo (2007) A abordagem QUANTI é caracterizada pela quantificação na coleta de informações, no tratamento por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, até as mais complexas. Richardson (2007) 36

PESQUISA QUANTITATIVA Em Contabilidade, a utilização da estatística é ferramenta imprescindível para compreender o fenômeno patrimonial em seus aspectos quantitativos. Silva (2003) Com o apoio da estatística, é possível a obtenção de resultados mais abrangentes e, portanto, mais passíveis de generalização. Martins e Theóphilo (2007) 37

PESQUISA QUANT x PESQUISA QUALI O fato de apresentarem características avaliativas distintas não impede que pesquisas científicas adotem avaliações quantitativas e qualitativas. É descabido o entendimento de que possa haver pesquisa exclusivamente qualitativa ou quantitativa. Investigações científicas contemplam ambas. Theóphilo e Martins (2008) Os resultados de uma pesquisa com abordagem QUALI-QUANTI podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de novos conhecimentos na área de Ciências Sociais Aplicadas. 38

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