INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Aspectos Técnicos e Práticos
1ª edição 1994 2ª edição 1995 3ª edição 1997 4ª edição 1998 5ª edição 2000 6ª edição 2002 7ª edição 2004 8ª edição 2007 9ª edição 2009 10ª edição 2011 11ª edição 20122 12ª edição 2013 13ª edição 2014 14ª edição 2015 15ª edição 2016 16ª edição 2017
TUFFI MESSIAS SALIBA Engenheiro Mecânico. Engenheiro de Segurança do Trabalho. Advogado. Mestre em Meio Ambiente. Professor dos cursos de pós-graduação de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Diretor Técnico da ASTEC Assessoria e Consultoria Segurança e Higiene do Trabalho Ltda. MÁRCIA ANGELIM CHAVES CORRÊA Engenheira Química. Engenheira de Segurança do Trabalho. Pós-graduada em Gerenciamento Ambiental. Professora dos cursos de pós-graduação de Engenharia de Segurança do Trabalho. Sócia-proprietária da CONTRENGE Ltda. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Aspectos Técnicos e Práticos 16ª edição 1
R EDITORA LTDA. Todos os direitos reservados Rua Jaguaribe, 571 CEP 01224-003 São Paulo, SP Brasil Fone (11) 2167-1101 www.ltr.com.br Setembro, 2017 Versão impressa LTr 5850.8 ISBN 978-85-361-9369-4 Versão digital LTr 9225.1 ISBN 978-85-361-9387-8 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Saliba, Tuffi Messias Insalubridade e periculosidade : aspectos técnicos e práticos / Tuffi Messias Saliba, Márcia Angelim Chaves Corrêa. 16. ed. São Paulo : LTr, 2017. Bibliografia. 1. Segurança do trabalho 2. Segurança do trabalho Brasil 3. Trabalhos perigosos I. Corrêa, Márcia Angelim Chaves. II. Título. 17-06944 CDU-34:331.4(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Insalubridade : Segurança do trabalho : Direito do trabalho 34:331.4(81) 2. Brasil : Periculosidade : Segurança do trabalho : Direito do trabalho 34:331.4(81)
Agradecimentos Dr. Paulo Chaves Corrêa, Advogado. Lênio Sérvio Amaral, Engenheiro de Segurança do Trabalho, FUNDACENTRO/MG. Dr. Sebastião Geraldo de Oliveira, Desembargador do TRT 3ª Região, Belo Horizonte. José David Martins, Técnico de Segurança, FUNDACENTRO/MG. Dr. Elias Michel Farah, Médico do Trabalho. Maria Beatriz de Freitas Lanza, Engenheira de Segurança do Trabalho.
SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES GERAIS 1. Conceito de insalubridade... 11 2. Critério adotado para a caracterização da insalubridade... 12 3. Conceito de periculosidade... 15 4. Valores dos adicionais de insalubridade e periculosidade... 17 4.1. Base de cálculo do adicional de insalubridade... 18 4.2. Base de cálculo do adicional de periculosidade... 19 5. Eliminação ou neutralização da insalubridade e/ou periculosidade... 20 6. Prova pericial... 22 6.1. Perícia extrajudicial... 23 6.2. Perícia judicial... 23 7. Laudo pericial... 27 Apêndice 1 Portaria n. 3.311, de 29 de novembro de 1989... 30 Apêndice 2 Código de Processo Civil Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015... 32 Lei n. 5.584, de 26 de junho de 1970... 37 Apêndice 3 Modelo de Laudo Técnico de Avaliação para fins de insalubridade... 38 CAPÍTULO II CARACTERIZAÇÃO DE INSALUBRIDADE 1. Ruído... 43 1.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexos 1 e 2 NR-15... 43 1.2. Da caracterização de insalubridade... 44 1.3. Eliminação/neutralização... 49 2. Calor... 55 2.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexo 3 NR-15... 55 2.2. Da caracterização de insalubridade... 58 2.3. Eliminação/neutralização... 63 3. Iluminação... 63 4. Radiações ionizantes... 64 4.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexo 5 NR-15... 64
8 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 4.2. Da caracterização de insalubridade... 64 4.3. Eliminação/neutralização... 65 5. Trabalho sob pressões hiperbáricas Avaliação qualitativa Anexo 6 NR-15... 66 6. Radiações não ionizantes... 66 6.1. Critério Legal Avaliação Qualitativa Anexo 7 NR-15... 66 6.2. Da caracterização de insalubridade... 67 6.3. Eliminação/neutralização... 68 7. Vibração... 69 7.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexo 8 NR-15... 69 7.2. Vibração de corpo inteiro... 71 7.3. Vibração de mãos e braços ou localizada... 79 7.4. Da caracterização de insalubridade... 81 7.5. Eliminação/neutralização... 82 8. Frio... 82 8.1. Critério Legal Avaliação Qualitativa Anexo 9 NR-15... 82 8.2. Da caracterização da insalubridade... 83 8.3. Eliminação/neutralização... 85 9. Umidade... 86 9.1. Critério Legal Avaliação Qualitativa Anexo 10 NR-15... 86 9.2. Da caracterização de insalubridade... 86 10. Gases e vapores... 87 10.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexo 11 NR-15... 87 10.2. Da caracterização de insalubridade... 93 10.3. Eliminação/neutralização... 97 11. Poeiras e outros particulados... 98 11.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexos 11 e 12 NR-15... 98 11.2. Da caracterização de insalubridade... 105 11.3. Eliminação/neutralização... 112 12. Agentes químicos... 114 12.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexo 13 NR-15... 114 12.2. Eliminação/neutralização... 138 13. Agentes biológicos... 138 13.1. Critério Legal Avaliação Quantitativa Anexo 14 NR-15... 138 13.2. Caracterização de insalubridade... 139 13.3. Eliminação/neutralização... 146
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 9 CAPÍTULO III CARACTERIZAÇÃO DE PERICULOSIDADE 1. Considerações gerais... 147 2. Caracterização da periculosidade por explosivos... 148 2.1. Critério legal... 148 2.2. Da caracterização da periculosidade por explosivos... 151 3. Caracterização da periculosidade por Inflamáveis... 153 3.1. Critério legal... 153 3.2. Caracterização da periculosidade por inflamáveis... 161 4. Caracterização da periculosidade para profissionais da área de segurança pessoal ou patrimonial... 167 4.1. Critério legal... 167 5. Caracterização da periculosidade por energia elétrica... 170 5.1. Critério legal... 170 5.2. Da caracterização da periculosidade por energia elétrica... 173 6. Caracterização da periculosidade para motociclista... 178 6.1. Critério legal... 178 7. Caracterização da periculosidade por radiação ionizante... 179 7.1. Critério legal... 179 7.2. Da caracterização da periculosidade por radiações ionizantes... 184 8. Contato permanente... 185 9. Risco acentuado... 188 CAPÍTULO IV APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADES PERIGOSAS, INSALUBRES OU PENOSAS 1. Conceito... 191 2. Considerações gerais/evolução das normas de concessão do direito à aposentadoria especial... 191 3. Comentários sobre as normas vigentes de concessão de aposentadoria especial... 198 3.1. Aposentadoria especial por ruído Critério quantitativo... 198 3.2. Aposentadoria especial por calor Critério quantitativo... 202 3.3. Aposentadoria especial por vibração, radiação e pressões anormais... 202 3.4. Aposentadoria especial por agentes químicos... 203 3.5. Aposentadoria especial agentes biológicos... 204 3.6. Associação dos agentes... 205
10 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 4. Descaracterização do direito à aposentadoria especial pelo EPC e EPI... 205 5. Conversão do tempo especial em tempo de serviço... 206 6. Relação entre aposentadoria especial, insalubridade e periculosidade... 208 7. Laudo técnico... 208 8. Perfil profissiográfico previdenciário... 211 Apêndice 1 Quadro a que se refere o art. 2º do Decreto n. 53.831, de 25 de março de 1964. Regulamento Geral da Previdência Social... 213 Apêndice 2 Regulamento dos benefícios da Previdência Social (Decreto n. 83.080, de 24 de janeiro de 1979). Classificação das atividades profissionais segundo os agentes nocivos... 218 Apêndice 3 Decreto n. 3.048, de 6 de maio de 1999. Regulamento da Previdência Social... 225 Apêndice 4 Modelo de laudo técnico de Aposentadoria Especial... 231 Apêndice 5 Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP... 232 CAPÍTULO V JURISPRUDÊNCIA 1. Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho relativos à insalubridade e periculosidade... 234 2. Orientações Jurisprudenciais da Seção de Dissídios Individuais (TST) referentes à insalubridade e periculosidade Enunciado n. 333... 237 3. Súmulas do antigo Tribunal Federal de Recursos... 239 4. Súmulas do Supremo Tribunal Federal relativas à insalubridade e periculosidade... 239 5. Súmulas da Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais (JEFs)... 240 6. Jurisprudência relativa à insalubridade, periculosidade e prova pericial... 240 6.1. Insalubridade... 240 6.2. Periculosidade... 250 6.3. Prova pericial... 261 Referências bibliográficas... 265
CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES GERAIS 1. CONCEITO DE INSALUBRIDADE O art. 7º, XXIII, da CF/1988 dispõe: (...) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. O trabalho perigoso e insalubre é regulamentado na CLT, mas, em relação à penosidade, até o momento, não foi elaborada qualquer norma definindo a conceituação, os critérios de caracterização, o valor do adicional, dentre outros, com exceção para o servidor público federal, em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem (art. 71, Lei n. 8.112/1990). A palavra insalubre vem do latim e significa tudo aquilo que origina doença; insalubridade, por sua vez, é a qualidade de insalubre. Já o conceito legal de insalubridade é dado pelo art. 189 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), nos seguintes termos: Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Analisando o conceito acima, verifica-se que ele é tecnicamente correto dentro dos princípios da Higiene Ocupacional. No campo da saúde ocupacional, Higiene do Trabalho é uma ciência que trata do reconhecimento, da avaliação e do controle dos agentes agressivos passíveis de levar o empregado a adquirir doença profissional, quais sejam: Agentes físicos ruído, calor, radiações, frio, vibrações e umidade. Agentes químicos poeira, gases e vapores, névoas e fumos. Agentes biológicos micro-organismos, vírus e bactérias. Assim, por exemplo, um empregado exposto ao agente ruído, em certas condições, pode adquirir perda auditiva permanente.
12 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Segundo os princípios da Higiene Ocupacional, a ocorrência da doença profissional, dentre outros fatores, depende da natureza, da intensidade e do tempo de exposição ao agente agressivo. Com base nesses fatores, foram estabelecidos limites de tolerância para os referidos agentes, que, no entanto, representam um valor numérico abaixo do qual se acredita que a maioria dos trabalhadores expostos a agentes agressivos, durante a sua vida laboral, não contrairá doença profissional. Contudo, do ponto de vista prevencionista, não podem ser encarados com rigidez, e sim como parâmetros para a avaliação e o controle dos ambientes de trabalho. Por se tratar de matéria técnica de higiene ocupacional, a regulamentação foi delegada ao MTE, conforme dispõe o art. 190 da CLT: O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. O Ministério do Trabalho e Emprego regulamentou a matéria na Norma Regulamentadora NR-15 da Portaria n. 3.214/1978. Portanto, a possível caracterização da insalubridade ocorrerá somente se o agente estiver inserido na referida norma. Nesse sentido, a Súmula n. 460 do STF (Superior Tribunal Federal), dispõe: Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato da competência do Ministério do Trabalho. Ademais, o entendimento jurisprudencial do TST também é de haver necessidade de classificação da atividade como insalubre na relação oficial elaborada pelo MTE (Orientação Jurisprudencial n. 4 do SDI do TST) (1). Logo, o perito não pode extrapolar situações não previstas pela Norma Regulamentadora n. 15 da Portaria n. 3.214/1978 na apuração da insalubridade. 2. CRITÉRIO ADOTADO PARA A CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE O MTE, na Portaria n. 3.214/1978, regulamentou toda a matéria de Segurança e Medicina do Trabalho por meio de 36 normas regulamentadoras. (1) ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 04/TST Adicional de insalubridade. Necessidade de classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho, não bastando a constatação por laudo pericial. CLT, art. 190. Aplicável.