XII ENCONTRO NACIONAL DE DIRETORES E FORMADORES DAS ESCOLAS DIACONAIS MANAUS 21 A 23 DE AGOSTO DE 2012 TROCA INICAL DE IDEIAS SOBRE AS RESPOSTAS ÀS QUESTÕES SUGERIDAS I. SAUDAÇÃO Cumprimento aos bispos, presbíteros e diáconos. Agradecimento a cada participante pela sua presença no XII ENCONTRO NACIONAL DE DIRETORES E FORMADORES DAS ESCOLAS DIACONAIS. A colaboração de cada um será inestimável acréscimo às informações colhidas através dos relatórios enviados. II. OBJETIVO FUNDAMENTAL DO ENCONTRO O tema do XII Encontro Nacional será A promoção humana como meta de formação e do ministério diaconal e trará consigo o objetivo fundamental de ampliar cada vez mais a competência em formar diáconos para o adequado desempenho de seu ministério. Além disso, será um fórum importante para conhecer e partilhar experiências e desafios das escolas diaconais e propor, a partir das reflexões indicadas, orientações práticas para a formação diaconal. (Carta convocação, Brasília, 14 de maio de 2012) III. QUESTÕES FORMULADAS E DIRIGIDAS AOS DIRETORES E/OU FORMADORES ATRAVÉS DA CARTA CONVOCAÇÃO. 1. Que luzes e sombras você percebe na formação do diácono permanente em sua escola diaconal? 2. Que aspectos você acrescentaria na formação do diácono permanente, tendo em vista o melhor desempenho do tríplice múnus do seu ministério (Liturgia, Palavra e Caridade)? 3. Quais os maiores desafios para a vivência da identidade diaconal e a missão dos diáconos? IV. PRAZO PARA A ENTREGA DOS RELATÓRIOS CONTENDO AS RESPOSTAS Prazo inicial: impreterivelmente até o dia 30/06/2012, conforme solicitação apresentada na carta convocação. O prazo estendeu-se até o dia 10 de agosto, de acordo com o e-mail enviado pelo diác. Juranir R. Machado, que, dentro da ENAP, ficara responsável pela coleta das respostas enviadas pelas escolas diaconais (ou algum outro instituto) através de e-mail, instrumento de comunicação escolhido previamente em reuniões preparatórias.
Até a data máxima da entrega, chegaram ao conhecimento do responsável pela coleta os relatórios contendo as respostas das seguintes escolas diaconais ou entidades: Escola Diaconal do Rio Branco (Norte 1), Equipe de Formação ao Diaconato Permanente da Arquidiocese da Paraíba (Nordeste 2), Escola Diaconal Dom Francisco Biasin (Nordeste 2), Escola Diaconal São Francisco de Assis da Arquidiocese de São Salvador (Nordeste 3), Escola Diaconal Santa Maria Auxiliadora (Leste 1), Escola de Formação Diaconal Diác. Sebastião c. da Silva (Leste 1), Escola Diaconal Diocesana São Paulo (Sul 1), Escola Diaconal São José dos Campos (Sul 1), Escola Diaconal Santo Estevão (Sul 3) e Escola Diaconal Arquidiocesana Santo Estevão-EDASE (Centro-Oeste). Evidentemente, o número de relatórios enviados foi aquém da expectativa inicial, fato que deverá ser objeto de análise; mas o material fornecido pelas respostas proporciona oportuna leitura sobre as questões sugeridas como reflexão. V. SUCINTO LEVANTAMENTO A RESPEITO DE LUZES E SOMBRAS NA FORMAÇÃO DOS DIÁCONOS PERMANENTES NAS ESCOLAS DIACONAIS (PRIMEIRA QUESTÃO) Obs.: Recomendamos a leitura integral dos relatórios enviados. São eles que nos dão uma visão maior da realidade de cada escola diaconal. Os sucintos levantamentos que apresentamos têm exclusivamente o objeto de colocar parcialmente alguns dados coletados nas respostas às questões apresentadas. LUZES 01. Crescente número de candidatos ao ministério diaconal 02. Empenho entusiasta e equilibrado de diáconos em seu trabalho junto à camada popular 03. Apoio de bispos e padres 04. Presença de padres no processo formativo de futuros diáconos 05. Presença de padres no processo de formação permanente de diáconos 06. Diáconos à frente da coordenação paroquial 07. Apoio de Arcebispo 08. Programa e Etapas formativas em muitas escolas diaconais 09. Oração da Liturgia das Horas com a família 10. Atividade mais intensa nos serviços da Igreja 11. Crescimento, em muitas comunidades, da valorização do papel do diácono 12. Partilha de dificuldades entre diáconos e candidatos 13. Maior interação de párocos com escolas diaconais Devemos exaltar com merecido louvor o nosso EPISCOPADO BRASILEIRO que promoveu e continua a aplicar a mais correta e perfeita formação filosófica e teológica aos candidatos ao Diaconado Permanente, enriquecendo-lhes a formação espiritual, humana, intelectual e pastoral. (Escola Diaconal São José dos Campos, Diocese de São José dos Campos. São Paulo, Sul 1)
SOMBRAS 01. Falta de intercâmbio das escolas diaconais entre si, visando maior troca de experiências 02. Falta de entrosamento entre diáconos e candidatos 03. Falta de aceitação e estímulo por parte de presbíteros 04. Dificuldade metodológica para atingir o interior da diocese 05. Baixo nível de escolaridade dos candidatos 06. Dificuldade para acompanhar pessoalmente as bases (?) 07. Pouco tempo para acompanhar o conteúdo previsto nas grades curriculares 08. Falta de priorização da formação espiritual por parte dos candidatos 09. Antipatia do clero pelas escolas diaconais e diáconos 10. A instabilidade do corpo docente nas escolas diaconais 11. Cultura muito fragmentada e limitada por parte de candidatos 12. Isolamento de diáconos após a ordenação ( produção independente ) 13. Falta de apoio financeiro por parte do governo diocesano 14. Espaço inadequado para o funcionamento de escolas diaconais 15. Tempo insuficiente para uma perfeita e desejável formação diaconal 16. Frequência não assídua às reuniões de formação permanente por parte dos diáconos 17. Diáconos especialistas em uma única função (normalmente, no campo litúrgico) 18. Necessidade de formadores mais comprometidos com a escola diaconal 19. Esposas resistentes à aceitação vocacional de esposos 20. Maiores contatos entre docentes e discentes de escolas diaconais Até agora total ausência do governo diocesano na formação e no acompanhamento aos candidatos e aos diáconos. Estamos esperançosos com a chegada do novo Arcebispo. Durante oito anos não tivemos nenhum encontro dom o Arcebispo, salvo em aniversários de ordenação dos diáconos na missa presidida pelo Arcebispo. Da parte do clero existe uma verdadeira antipatia quando se fala em Escola Diaconal e em diáconos. Contudo o salto é extremamente superior àquilo que existe de negativo. (Escola Diaconal Santa Maria Auxiliadora, Arquidiocese de Niterói, Rio de Janeiro, Leste 1)
VI. SUCINTO LEVANTAMENTO A RESPEITO DE ASPECTOS ACRESCENTADOS À FORMAÇÃO DO DIÁCONO PERMANENTE, TENDO EM VISTA SEU MELHOR DESEMPENHO (SEGUNDA QUESTÃO) Algumas sugestões apresentadas: 01. Transmissão de noções básicas de Antropologia e Sociologia 02. Missiologia 03. Conhecimentos básicos de Administração Paroquial 04. Enfatizar o Ministério da Caridade 05. Aprimorar a metodologia da comunicação 06. Valorização do Culto da Palavra, como encontro pessoal com Cristo 07. Maior aprofundamento da Doutrina Social da Igreja 08. Maior observação e acompanhamento da vivência familiar de candidatos e diáconos 09. Engajamento nas atividades paroquiais e sociais por parte da família do candidato 10. Maior formação bíblica 11. Ação evangelizadora entrosada com o ministério diaconal 12. Maior atuação do diácono nas realidades sociais do local de seu exercício ministerial 13. Maior aprofundamento da mistagogia dos sacramentos 14. Maior conhecimento sobre a História da Igreja, incluindo os Pais da Igreja 15. Aumento da carga horária de prática litúrgica na grade curricular 16. Maior participação nas reuniões ou encontros de formação promovidos pela (arqui)diocese 17. Promoção humana nas áreas de missão 18. Diácono como um dos maiores protagonistas na 6ª Ação Evangelizadora do Brasil 19. Adequação do espaço da escola diaconal à formação dos futuros diáconos 20. Formação especial relacionada ao atendimento de pessoas enfermas Os DP devem conhecer hoje mais do que nunca os processos de iniciação à vida cristã, especialmente para com adultos. Eles devem colaborar com na Igreja a superar o sacramentalismo imperante na prática pastoral hodierna. Isso a nosso ver é mais do que urgente. O DP deve voltar à sua missão na Igreja primitiva: serem introdutores à vida cristã das comunidades. Para isso devem estar bem preparados na Catequética e na Liturgia. (Escola Diaconal Diocesana São Paulo, São Bernardo do Campo, Sul 1)
VII. SUCINTO LEVANTAMENTO A RESPEITO DOS MAIORES DESAFIFOS PARA A VIVÊNCIA DA IDENTIDADE DIACONAL E A MISSÃO DOS DIÁCONOS (TERCEIRA QUESTÃO) 01. A busca da conciliação entre trabalho e exercício pastoral; família e Igreja; fé e política 02. A vivência da mudança de época na periferia, nas faculdades e condomínios 03. A vivência harmoniosa e dialogal com presbíteros 04. As distâncias (geográficas) que inviabilizam maior integração entre os diáconos 05. A resistência contra o valor do ministério diaconal 06. Vencer a ausência de comprometimento com os pobres e excluídos 07. Vencer o autoritarismo ou excessiva postura clerical após a ordenação (diaconal) 08. Denunciar profeticamente a ausência de valores cristãos em sistemas sociais 09. Redação clara e objetiva de estatutos de escolas diaconais 10. Isolamento de diáconos em seus trabalhos específicos ( produção independente ) 11. Formação de futuros presbíteros no conhecimento da teologia diaconal 12. Abandono do espírito prepotente 13. Busca de metodologia especial na pregação às elites dos poderosos (?) 14. Exercício diaconal afinado com o trabalho dos presbíteros 15. Estar em contínua oração e formação proposta e/ou realizada pela (arqui)diocese 16. Saber ouvir as orientações dos bispos, presbíteros e da comunidade No meio da sociedade atual, corremos o risco de não valorizar a DIMENSÃO COMUNITÁRIA, isto é, corremos o risco de viver um diaconado de funções automáticas, de interesses particulares, fazendo só o que nos interessa ou somente o que nos cabe, sem nos preocuparmos com os outros. A COMUNHÃO DIACONAL significa uma união plena e total COM TODOS: com a Diocese, com a Paróquia, com a Comunidade e com os outros irmãos diáconos. Não pode viver FECHADO EM SI MESMO, fazendo só que lhe agrada, quem prometeu doar-se pelo Reino de Deus, na FUNÇÃO DIACONAL. (Escola Diaconal São José dos Campos Sul 1 São Paulo)