Tratamento termoterápico sobre seis cultivares de alho

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Transcrição:

26 Tratamento termoterápico sobre seis cultivares de alho Eliseu José Fiorese 1 e Clair Aparecida Viecelli 1 1 Faculdade Assis Gurgacz FAG, Curso de Agronomia. Avenida das Torres n. 500, CEP: 85.806-095, Bairro Santa Cruz, Cascavel, PR. eliseu.fiorese@gmail.com, clair@fag.edu.br Resumo: O alho e uma cultivar de grande importância econômica entre as hortaliças brasileiras, o seu cultivo é realizado por meio de bulbilhos, sendo necessário tratamento termoterápico para induzir a vernalização do bulbo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a exposição de bubilhos de alho ao tratamento termoterápico, mantidos em geladeira a uma temperatura de 10ºC por um período de 7, 14, 21, 28 e 35 dias antecedendo o plantio. Utilizou-se de seis variedades de alho, sendo três nobres (Chonan, Caçador e Quitéria) e três seminobres (Gigante Roxo, Amarante e Cateto Roxo), cultivados em latossolo roxo. Após 120 dias avaliou-se o desenvolvimento da parte aérea, do sistema radicular e dos bulbos. Os resultados indicam que as cultivares nobres necessitam de maior tempo de termoterapia, enquanto as cultivada seminobres não tem a mesma exigência. Palavra-chave: Allium sativum L., vernalização, desenvolvimento. Thermotherapy treatment on six varieties of garlic Abstract: The garlic is cultivate of great economic importance between the Brazilian vegetables, its culture is carried through by means of bulb, having been necessary thermotherapy treatment to induce the vernalization of the bulb. The objective of this work was to evaluate the exposition of bulb of garlic to the thermotherapy treatment, kept in 10ºC for a period of 7, 14, 21, 28 and 35 days preceding the plantation. One used of six varieties of garlic, being three noblemen (Chonan, Caçador and Quitéria), and three seminoblemen (Gigante Roxo, Amarante and Cateto Roxo), these had been cultivated in soil. After 120 days if it evaluated the development of the growth shoot, the system to root and the bulbs. The results indicate that to cultivate them noblemen needs bigger time of thermotherapy, while the cultivated one seminoble does not have the same requirement. Key words: Allium sativum L., vernalization, growth. Introdução No Brasil há uma grande variabilidade de cultivares de alho e segundo Souza et al. (1978), das quais existente sua maior parte decorreu de mutações somáticas induzidas, de forma a sanar decorrentes necessidades agrícolas. No quadro de hortifrutigranjeiro o alho ocupa o quarto lugar de importância econômica, ficando sobreposto somente pelas cultivares da batata, tomate e cebola.

27 Devido ao fato do alho (Allium sativum L,) ser uma planta agâmica e ter sua propagação predominante por meio de bulbilhos, dificulta a sua multiplicação, cada planta só se obtém de 10 a 40 bulbilhos. O fato de a sua propagação ser vegetativa, acarreta grandes problemas fitossanitários, podendo ocasionar uma redução em até 50% da produção (Moriconi e Burba 1985). O cultivo praticado anualmente, leva a um acumulo de enfermidades sistêmicas, como as causadas por nematóides, fungos, bactérias e principalmente vírus (Racca, 1989). Segundo Lin (1985) relata que em Taiwan o alho é uma importante cultura e que há ocorrência de viroses que prevalecem na cultura devido a propagação vegetativa depreciando a qualidade do produto. Para obtenção de plantas livres de vírus, efetuou o cultivo de ápices meristemáticos como principal técnica para obtenção de plantas livres de vírus. Os cultivos destes materiais associados à técnicas de termoterapia podem reduzir a taxa de vírus em alho. De acordo com Lima (2001) que uma das maiores dificuldades para a conservação e o manejo racional das espécies vegetais consiste na carência de informações sobre os níveis e a organização da variabilidade genética em populações naturais e bancos de germoplasma. O objetivo do trabalho foi obter informações sobre ação da termoterapia sobre bulbilhos de alho, sendo três cultivares nobres (Chonan, Caçador e Quitéria), estes apresentam bulbos uniformes e grandes, com uma túnica branca e película de cor rósea ou roxa, sendo sensíveis ao pseudoperfilhamento, e três cultivares seminobres (Gigante Roxo, Amarante e Cateto Roxo), caracterizando-se por possuírem cabeça irregular, com bulbos desuniformes e túnica branca com película branca a levemente arroxeada, visando melhorar a germinação e produção de alhosemente no campo. Material e Métodos O trabalho foi realizado com intuito de verificar a variação de período 7, 14, 21, 28 e 35 dias antecedendo o plantio, mantendo o bulbilhos a uma temperatura de 10ºC. Sendo que o cultivo na campo realizou-se na Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel PR. As coordenadas locais são 24 0 56`49``S e a 53 0 30 37 W do meridiano de Grewich, com altitude 715 metros, a região apresenta um clima subtropical, a com um bom índice pluviométrico, o solo e de natureza latossolo roxo distrófico. O tratamento termoterapico se iniciou em maio de 2006, sendo que apartir desta data realizava-se há cada 7 dias a retirada da geladeira amostras de bulbos com uma media de 200g

28 para cada cultivar, estas eram guardadas em um ambiente com temperatura e humidade amenas. Com a retirada da ultima amostra juntou-se todos os tratamento e efetuou-se o plantio, com espaçamento de 10 cm entre bulbilhos e 30 cm entre linhas, as parcelas foram distribuída aleatoriamente dentro dos blocos, sendo utilizada somente a área útil, desprezando meio metro de bordadura em todas as parcelas. A campo, as cultivares receberam condição térmica natural, já o índice pluviometrico foi controlado através de sistema de irrigação, de forma que não houve-se falta de água. A colheita realizou-se aos 120 dias, quando as cultivares se encontravam em um estado avançado de maturação fisiológica, foi coletado 25 plantas por cultivar, coletadas de forma aleatória 5 plantas em cada parcela. Após a identificação realizou-se a medição do comprimento da parte aérea (mm), comprimento da raiz (mm), diâmetro do caule (mm) e o peso da massa seca da planta inteira (g). O delineamento experimental foi organizado em blocos ao acaso em fatorial 6x5 (seis variedades de alho e cinco períodos de exposição a termoterapia). As análises estatísticas foram realizadas através do programa estatístico JMP (Statistical Analysis System SAS Institute Inc. EUA, 1989 2000 versão 4.0.0.) A comparação entre as médias dos tratamentos foi realizada com a aplicação do teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade. Resultados e Discussão De acordo com a tabela 1, pode-se verificar que a cultivar Chonan e Quiretia, apresentaram uma maior media no crescimento vegetativos da parte aérea aos 21 dias do tratamento, já a cultivar Caçador, apresentou um maior desenvolvimento da parte aérea aos 35 dias do tratamento, o diâmetro do bulbo na cultiva 1teve um maior desempenho aos 28 dias de tratamento termoterapico, a cultivar Caçador obteve seu melhor desempenho aos 35 dias com o tratamento, e a cultivar Quitéria teve sua melhor media aos 7 dias de tratamento, destacando-se entre as duas demais cultivares nobre, devido á apequena margem de diferença em relação as demais e pelo menor tempo em tratamento, o bulbo na cultura de alho nobre e representado como a parte de maior interesse comercial, se acordo com Mota et al. (2004).

29 Tabela 1- Variáveis avaliadas das cultivares nobres sobre o efeito da termoterapia. A: Variável avaliada; B: Tratamento termoterapico (dias); C.A.: Comprimento parte aérea (mm); C.R.: Comprimento da raiz (mm); D.C.: Diâmetro do caule (mm); P.P.I.: Peso da planta inteira (g); D.B.: Diâmetro do bulbo (mm). Chonan Caçador Quitéria A B 7 14 21 28 35 7 14 21 28 35 7 14 21 28 35 C.A 456 b 488 ab 574 a 530 ab 502 ab 524 bc 524 b 562 a 638 a 668 a 578 a 502 a 594 a 508 a 508 a C.R 134 ab 181 a 131 ab 122 b 108 b 156 a 213 b 113 b 78 b 76 b 88 b 100 ab 118 ab 134ª 110 ab D.C. 11 ab 13 a 10 ab 8 b 5 bc 10 a 11 a 8 a 10 a 8 a 7 a 7 a 7 a 6 a 6 a P.P.I 9 a 10 a 8 a 12 a 12 a 10 b 9 b 8 b 22 a 25 a 16 a 13 a 15 a 12 a 14 a D.B. 17 b 20 b 20 b 32 a 29 a 18 b 18 b 24 a 36 a 40 a 34 a 33 a 33 a 30 a 30 a Letras diferentes nas colunas indicam diferença estatisticamente significativa em nível de 5% de probabilidade por Tukey. Ao analisar a tabela 2, verifica-se que a cultivar Gigante Roxo; Amarante e Cateto roxo, apresentaram suas maiores médias no crescimento vegetativos, e o fator de interesse, diâmetro do bulbo, aos 7 dias de tratamento termoterapico, sendo que as médias variaram de 14 a 20 mm, representando que as cultivares tem baixa dispersão de dados, indicando que as cultivares seminobres não exigem longo período de termoterapia como as variedades nobres. resultados são semelhantes aos obtidos por Silva et al. (2000). Esses Tabela 2 - Variáveis avaliadas das cultivares seminobres sobre o efeito da termoterapia. A: Variável avaliada; B: Tratamento termoterapico (dias); C.A.: Comprimento parte aérea (mm); C.R.: Comprimento da raiz (mm); D.C.: Diâmetro do caule (mm); P.P.I.: Peso da planta inteira (g). D.B.: Diâmetro do bulbo (mm). Gigante Roxo Amarante Cateto Roxo A 7 14 21 28 35 7 14 21 28 35 7 14 21 28 35 B C.A 484 a 472 a 390 ab 290 b 254 b 530 a 496 a 504 a 380 b 356 b 550 a 489 a 453 ab 357 b 338 b C.R 103 a 104 a 93 a 63 b 46 b 158 a 159 a 131 ab 104 b 94 b 138 a 109 a 106 ab 94 bc 74 bc D.C. 32 a 28 ab 28 ab 25 ab 23 b 9 a 7 ab 5 ab 2 b 3 b 7 a 6 ab 5 abc 3 bc 3 bc P.P.I 15 a 13 ab 12 ab 8 b 8 b 20 a 13 ab 14 ab 9 bc 7 bc 14 a 13 a 10 a 8 a 9 a D.B. 15 a 13 ab 12 ab 8 b 8 b 20 a 13 ab 14 ab 9 bc 7 bc 14 a 13 a 10 a 8 a 9 a Letras diferentes nas colunas indicam diferença estatisticamente significativa em nível de 5% de probabilidade por Tukey.

30 As cultivares Quitéria, Gigante Roxo, Amarante e Cateto roxo apresentaram maior eficiência aos 7 dias de tratamento, para as cultivares Chonan foi necessário 28 dias e a cultivar Caçador 35 dias de tratamento para apresentarem seus melhores resultados. Dessa forma, para a região oeste do Paraná recomenda-se entre as cultivares nobre a variedade Quitéria, devido ao seu melhor desempenho, em relação ao tempo de tratamento, já as cultivares seminobre pode-se indicar a cultivar Amarante como a que apresentou o maior desenvolvimento do bulbo, sendo que os demais fatores analisados se mantiveram estatisticamente iguais, representando uma baixa dispersão dos dados. Conclusão A termoterapia é requerida para promover a vernalização em bulbilhos de alho. Cultivares nobres promovem a vernalização mais lentamente que cultivares seminobres, requerendo assim, maior tempo de tratamento termoterápico. Referências MORICONI, D. N., BURBA, J. A. Evalución del rendimento potencial de ajo-semilla de sanidad controlada. Horticultura Brasileira, v3, n.1, p.132, 1985. MOTA, J. H.; SOUZA, R. J.; YURI, J.; RESENDE, G.M.; PAIVA, L.V. Diversidade genética de cultivares de alho(allium sativum l.) por meio de marcador molecular RAPD. Ciência agrotecnica. Lavras, v. 28, n. 4, p. 764-770, 2004. SILVA, E. C.; SOUSA, R. J.; SANTOS, V. S. efeitos do tempo de frigorificação em cultivares de alho (Allium sativum l.) provenientes de cultura de meristemas. Ciências agrotecnica, Lavras, v.24, n.4, p.939-946, out./dez., 2000. LIN, C.H. Studies on the raising technique of healthy garlic clones in the tropics J. Agric. Res.China, v.34, p.279-91, 1985. FERREIRA, M. E.; GRATTAPAGLIA, D. Introdução ao uso de marcadores moleculares em análise genética. 3. ed. Brasília: EMBRAPA/CENARGEN, 1998. 220 p. LIMA, P. S. G. Divergência genética e efeito do nitrogênio total no crescimento in vitro de ipeca [Pyschotria ipecacuanha (Brot.) Stokes]. 2001. 83 p. Dissertação (Mestrado Genética e Melhoramento de Plantas) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2001.

31 SOUZA, R. J. de; SATURNINO, H. M.; MASCARENHAS, M. H. T.; LARA, J. F. R. Caracteres morfológicos de 17 cultivares de alho (Allium sativum L.) Prudente de Morais (MG)-1978. In: Projeto olericultura. Belo Horizonte: [s.n.], 1981. p. 29-33. (Relatório 77/78). FILGUEIRA, F. A. R. Manual de olericultura: cultura e comercialização de hortaliças. 2. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2000. 357 p. RACCA R. W. La microbulbificación in vitro en ajos de sanidad controlada. En Primer curso/taller sobre Producción, Comercialización e Industrialización de ajo. Mendoza, Argentina, 1989.