Relatório de Atividades 2012

Documentos relacionados
Nota Introdutória 1. I. Apresentação da ACT Enquadramento legal, atribuições e estrutura orgânica Missão, Visão e Valores 7

Curso Técnico de Apoio à Gestão Desportiva

ANEXO XI. Resenha histórica da IGF e respetivas leis orgânicas

Programa Operacional Regional do Algarve

Eixo Prioritário V Assistência Técnica

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO, INCLUINDO OS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC)

SISTEMA DE APOIO À MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CRITÉRIOS DE SELEÇÃO (PI 2.3 E 11.1)

Estudos de Imagem e Notoriedade

Identificação da empresa. Missão

Missão: Melhorar a qualidade de vida dos munícipes e promover a modernização administrativa com vista à aproximação dos serviços aos cidadãos.

Sistema de Monitorização e Avaliação da Rede Social de Alcochete. Sistema de Monitorização e Avaliação - REDE SOCIAL DE ALCOCHETE

Missão: Melhorar a qualidade de vida dos munícipes e promover a modernização administrativa com vista à aproximação dos serviços aos cidadãos.

Alto Comissariado da Saúde

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS. Reforçar a Competitividade das Empresas

Ministério do Comércio

CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS DE BOM GOVERNO DAS EMPRESAS DO SEE

ESTATUTOS DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA

QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO 2009

REGULAMENTO SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELO REVISOR OFICIAL DE CONTAS E PELO AUDITOR EXTERNO DOS CTT-CORREIOS DE PORTUGAL, S.A. I.

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 31 de março de Série. Número 44

Área Metropolitana do. Porto Programa Territorial de Desenvolvimento

Relatório de Avaliação do Sistema de Gestão da Qualidade

PROJETO DE REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NOTA JUSTIFICATIVA

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DA FORMAÇÃO

Portaria n.º 359/2013 de 13 de dezembro

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES 2013 (canal internet)

INSTITUCIONAL. Eixo Prioritário 5 GOVERNAÇÃO E CAPACITAÇÃO. Operações no Domínio da Administração em Rede

EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Convite Público à Apresentação de Candidatura no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Gestão

Centro de Formação de Escolas Porto Ocidental. Sistema de Avaliação de Formandos. Pessoal Docente

ESTRUTURA ORGÂNICA E FUNCIONAL

Análise do Questionário aos Notários 2006/2007. Resumo

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007

EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Artigo 1.º. Âmbito e objeto

Índice Descrição Valor

BALANÇO FINAL PLANO DE FORMAÇÃO 2014 Anexo R&C 2014

REGULAMENTO DO CONCURSO Nº 53/2015. Click aqui para se candidatar

PERFIL PROFISSIONAL TÉCNICO/A DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO Resolução do Conselho do Governo n.º 138/2015 de 15 de Setembro de 2015

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO

Anexo VII (A que se refere o artigo 3.º) AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES COMISSÃO DE POLÍTICA GERAL INTRODUÇÃO

Centros Desportivos para a Preparação Olímpica

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO RURAL CONTINENTE DESCRIÇÃO DA MEDIDA Versão:1 Data:28/10/2013

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE TEOLOGIA REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DOS DOCENTES. Artigo 1º Âmbito de aplicação

Promover o Emprego e Apoiar a Mobilidade Laboral

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Portugal Regras Gerais para Apoios do Portugal 2020

O Novo Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho Sua Implicação na Administração Pública

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

Unidade orgânica/áreas de atividades. Inspetor- Geral. Subinspetor- Geral

ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA E EVOLUÇÃO DA CONSULTORIA RH EM PORTUGAL

4912 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012

D6. Documento de suporte à Implementação das Iniciativas Piloto REDE INTERMUNICIPAL DE PARCERIAS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL

REGULAMENTO INTERNO DOS CAMPOS DE FÉRIAS DA LIPOR

PLANO DE AÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALPENDORADA 1. INTRODUÇÃO

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I

Novo Modelo para o Ecossistema Polos e Clusters. Resposta à nova ambição económica

Recrutamento de um dirigente para a Autoridade da Mobilidade e dos. Transportes Ref.ª DAR/AMT Regulamento do Concurso

Plano de Gestão do Risco ( )

REGULAMENTO ESPECÍFICO DO MADEIRA 14-20

Princípios de Bom Governo

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SUBCOMISSÃO DE POLÍTICA GERAL

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos

Balanced Scorecard. Objectivos Estratégicos Actual Acumulado Anual

PLANO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO DO EXÉRCITO

Aviso - ALG

AICEP Portugal Global

Portaria n.º 1633/2007 de 31 de Dezembro

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

Evolução da avaliação de desempenho para a gestão do desempenho

FUNDAÇÃO PARQUE TECNOLÓGICO ITAIPU - BRASIL

Presente à reunião proposta do Vereador José Maria Magalhães do seguinte teor:

Qualidade e boas práticas formação-ação PME uma aposta ganha Caparica

Energia 2ª ALTERAÇÃO AO AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO. Aviso - ALG Eixo Prioritário 3 Valorização Territorial e Desenvolvimento Urbano

SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL)

SAMA2020 OPERAÇÕES TEMÁTICAS

QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO 2009

EIOPA(BoS(13/164 PT. Orientações relativas ao tratamento de reclamações por mediadores de seguros

CURSOS VOCACIONAIS PRÁTICA SIMULADA REGULAMENTO ESPECÍFICO

Gestão da Qualidade. Identificação e Quantificação de Indicadores de Desempenho nos SGQ :12 Natacha Pereira & Sibila Costa 1

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

PROGRAMA ESCOLA + Voluntária

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

ÍNDICE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE SANTARÉM 1. ÍNDICE 2. PROMULGAÇÃO 3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA. 3.1 História. 3.2 Objetivo e Domínio da Certificação

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho. Programa Operacional

Transcrição:

Atividades 2012

ÍNDICE Paginas Nota Introdutória 8 I. Apresentação da ACT 10 1. Enquadramento legal, atribuições e estrutura orgânica 10 2. Missão, Visão e Valores 13 II. Auto-avaliação dos serviços 16 1. Análise do QUAR 2012 16 2. Atividades previstas e não previstas no Plano de Atividades 23 3. Afetação real e prevista dos recursos 23 3.1. Recursos Humanos 23 3.2. Recursos materiais 25 3.3. Recursos financeiros 26 4. Avaliação do sistema de controlo interno 26 5. Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano nacional e 27 internacional, que possam constituir padrão de comparação III. Apreciação dos serviços prestados 30 1. Avaliação da satisfação dos clientes externos da ACT 30 1.1. Caracterização dos estudos 30 1.2. Resultado do estudo de avaliação da satisfação dos clientes das lojas 32 do cidadão 1.3. Resultado do estudo de avaliação da satisfação dos utentes da página 34 da ACT na internet 2. Avaliação da satisfação dos funcionários da ACT 36 2.1. Caracterização do estudo 36 2.2 Resultados do estudo de avaliação da satisfação dos funcionários 37 3. Conclusões 39 IV. Avaliação Final 41 V. Área Inspetiva 47 1. Dados gerais 47 2. Atividade Inspetiva 47

2.1 Instrumentos e procedimentos de trabalho 47 2.1.1. Atualização e disponibilização de documentos orientadores da 47 ação inspetiva 2.1.2. Harmonização dos procedimentos de contraordenacionais 48 2.2. Visitas inspetivas 48 3. Projetos e campanhas em destaque 54 3.1. Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais 55 3.2. Campanha em matéria de segurança e saúde no trabalho no setor agrícola e de exploração florestal 3.3. Campanha de informação, sensibilização e inspeção das condições do trabalho no setor das limpezas industriais, tendo por referência a utilização de agentes químicos perigosos, com enfoque no processo de avaliação de riscos 3.4. Campanha de promoção das condições de trabalho em espaços confinados setores abrangidos: agricultura e construção civil 56 57 58 3.5. Intervenção Inspetiva no Setor da Segurança Privada 59 3.6. Campanha trabalhar no estrangeiro 60 4. Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito da ACT 61 VI. Área da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho 64 1. Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho 2008-2012 64 2. Atividades da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho 65 2.1 Ações de informação e sensibilização 65 2.2 Atividades no âmbito da representação da Agência Europeia para a 65 Segurança e Saúde no Trabalho Ponto Focal Nacional 2.3 Serviços de Segurança no trabalho 67 2.3.1. Autorização para a prestação de serviços externos de segurança 68 no trabalho 2.3.2. Dispensa de serviços internos e adoção de acordos para serviço 69 comum de segurança no trabalho 2.3.3. Autorização para o exercício das atividades de segurança no 69 trabalho por trabalhador designado, ou pelo próprio empregador 2.4. Certificação de competências em segurança no trabalho (técnicos e 69 técnicos superiores) e formação profissional

2.4.1. Certificação de técnicos e técnicos superiores de segurança 70 2.4.2. Processos de autorização no âmbito da formação profissional em 70 segurança do trabalho 2.5. Apoio a projetos no âmbito da segurança e saúde no trabalho 72 VII. Atividades de Gestão Interna 75 1. Recursos Humanos 75 2. Área patrimonial e financeira 79 3. Sistemas de Informação 81 VIII. Outras Atividades 84 1. Relações internacionais 84 1.1. Cooperação multilateral 84 1.2. Relações bilaterais 86 1.3. Pontos focais 86 1.4. Redes Internacionais 86 1.5. Outras atividades desenvolvidas - especificações 87 2. Informação e documentação 89 2.1. Informação 89 2.2. Edições 92 2.3. Eventos 93 2.4.Centro de recursos em conhecimento (CRC) 94 3. Auditoria e assuntos jurídicos 97 3.1. Atividades Proativas Enquadramento 97 3.2. Atividades Reativas 99 Anexo I Anexo II Anexo III

ÍNDICE DE QUADROS Páginas Quadro II.1 - Monitorização do Objetivo Operacional O1 17 Quadro II.2 - Monitorização do Objetivo Operacional O2 18 Quadro II.3 - Monitorização do Objetivo Operacional O3 19 Quadro II.4 - Monitorização do Objetivo Operacional O4 19 Quadro II.5 - Monitorização do Objetivo Operacional O5 20 Quadro II.6 - Monitorização do Objetivo Operacional O6 21 Quadro II.7 - Monitorização do Objetivo Operacional O7 21 Quadro II.8 - Evolução das Admissões e Saídas de funcionários 2009-2012 24 Quadro II.9 - Evolução do número de trabalhadores da ACT 2008-2012 25 Quadro II.10 - Execução do Orçamento da ACT - 2012 26 Quadro III. 1 Avaliação da satisfação (clientes externos lojas do cidadão) 32 Quadro III.2 Avaliação da satisfação por parâmetros (clientes externos lojas 32 do cidadão) Quadro III.3 Avaliação da satisfação por atributos (clientes externos lojas do 32 cidadão) Quadro III.4 Avaliação da satisfação por parâmetros (clientes externos - site) 35 Quadro III.5 Avaliação da satisfação interna por parâmetros e serviços 37 (funcionários) Quadro III.6 Avaliação da satisfação interna por parâmetros e categoria 38 profissional Quadro IV.1 Avaliação quantitativa do desempenho da ACT 41 Quadro IV.2 Avaliação Final da ACT 43 Quadro V.1 Serviço informativo 47 Quadro V.2 Visitas inspetivas 48 Quadro V.3 Vinculo contratual 49 Quadro V.4 Procedimentos e Instrumentos Inspetivos Elaborados 50 Quadro V.5 Número de Participações Crime 50 Quadro V.6 Apuramentos Salariais 50 Quadro V.7 Apuramentos Salariais e Contribuições para a Segurança Social 51

Quadro V.8 Acompanhamento de situações de crise empresarial 51 Quadro V.9 Resposta a solicitações em situações de crise empresarial 52 Quadro V.10 Situações de crise empresarial 52 Quadro V.11 - Proteção dos direitos de representação coletiva 53 Quadro V.12 - Resposta a solicitações quanto a direitos de representação coletiva 53 Quadro V.13 - Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito tratados pela ACT em 2012 - por tipo de acidente Quadro V.14 - Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito tratados pela ACT em 2012 - por atividade económica Quadro VI.1 Autorização das entidades prestadoras de serviços externos de segurança do trabalho Quadro VI.2 Emissão e Renovação de Títulos Profissionais 70 Quadro VI.3 Homologação de cursos para técnicos e técnicos superiores de ST 71 Quadro VI.4 Autorização de novas ações de formação inicial para técnicos e técnicos superiores de ST Quadro VI.5 - Reconhecimento e validação de formação contínua em ST 71 Quadro VII.1 Valor global da formação interna e externa 76 Quadro VII.2 Modalidade formativa formação interna 77 Quadro VII.3 Total por área de formação interna e externa 78 Quadro VII.4 Orçamento por fontes de financiamento 80 Quadro VII.5 Orçamento agrupamento económico 81 Quadro VIII.1 Cooperação multilateral - entidades 85 Quadro VIII.2 Redes Internacionais - participações 86 Quadro VIII.3 Visitas de delegações internacionais à ACT 88 Quadro VIII.4 - Procura de informação científica e técnica 96 Quadro VIII.5 - Produção e divulgação dos recursos de informação SST 96 Quadro VIII.6 - Síntese das atividades principais da DAAJ - 2012 101 61 61 68 71

ÍNDICE DE GRÁFICOS Paginas Gráfico II.1- Repartição do número de funcionários por categoria profissional 23 Gráfico II.2 - Recursos Humanos da ACT - Segundo o tipo de Vinculo 24 Gráfico III.1 Motivo da visita (clientes externos - site) 34 Gráfico III.2 Satisfação com a página de internet 35 Gráfico III.3 Satisfação com os esclarecimentos prestados presencialmente 35 Gráfico III.4 Satisfação com o horário de atendimento 35 Gráfico III.5 Satisfação com os esclarecimentos prestados via email 35 Gráfico III.6 Satisfação com os esclarecimentos prestados via telefone 36 Gráfico IV.1 Representação gráfica dos objetivos de Eficácia 42 Gráfico IV.2 Representação gráfica dos objetivos de Eficiência 42 Gráfico IV.3 Representação gráfica dos objetivos de Qualidade 42 Gráfico IV.4 Recursos Humanos pontos planeados/pontos executados 44 Gráfico IV.5 Recursos Humanos pontos planeados/pontos executados por 44 categorias Gráfico IV.6 Recursos Financeiros Execução do Orçamento de Funcionamento 45 Gráfico VI.1 Projetos apoiados, por tipo de promotor em 2012 73 Gráfico VI.2 Projetos apoiados, por tipo de ação 2012 73 Gráfico VII.1 - Formação por grupo profissional - Participações 78 Gráfico VII.2 Total de participações por género 79 Gráfico VIII.1 Deslocações realizadas em 2012 por programa/projeto 87 Gráfico VIII.2 Meios de comunicação utilizados 91 Gráfico VIII.3 Análise qualitativa das noticias 91 Gráfico VIII.4 Comparação homóloga 2010-2011 - 2012 91

Nota Introdutória O presente documento constitui o relatório das atividades desenvolvidas pela Autoridade para as Condições do Trabalho, abreviadamente designada por ACT, em 2012 em cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de setembro, e na Lei n.º 66- B/2007, de 28 de dezembro, que determinam a obrigatoriedade dos serviços da Administração Pública apresentarem os resultados da atividade realizada. É nesta perspetiva que a ACT apresenta o relatório de atividades 2012 evidenciando o nível de execução e o grau de cumprimento dos objetivos definidos no QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização e no Plano de Atividades 2012. Para a sua concretização e, no quadro de desenvolvimento das suas atividades tendo em vista o cumprimento da Missão, foi estabelecido que os objetivos e resultados da ACT devem estar orientados para a satisfação dos seus clientes/partes interessadas, orientação essa que se encontra alinhada, não só com a Visão, como também com os valores estabelecidos. Durante o ano de 2012, as atribuições, organização e funcionamento da ACT foram reestruturados, com a entrada em vigor do Decreto Regulamentar nº 47/2012 de 31 de julho que aprovou a nova lei orgânica. Ressalve-se que o ano que agora relatamos foi caracterizado por uma grave crise económico-financeira com inevitáveis repercussões a nível económico e social, com repercussões na atividade da ACT, em particular dos seus inspetores e técnicos de segurança, tentando evitar o agravamento dos riscos profissionais na saúde e segurança dos trabalhadores e o respeito pela legislação laboral em vigor. Por outro lado, a repercussão das medidas de austeridade na própria ACT. Traduziu-se no desafio em fazer mais com menos isto é, assegurar a prestação de um serviço de qualidade com menos recursos. Para este facto, a contribuição e envolvimento de todas as unidades orgânicas da ACT, através dos colaboradores a elas afetos, foram decisivos para o alcance das metas estabelecidas e serão fundamentais para os resultados futuros esperados. 8

I APRESENTAÇÃO DA ACT

I. Apresentação da ACT 1. Enquadramento legal, atribuições e estrutura orgânica Enquadramento legal A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) foi criada pelo Decreto-Lei n.º 326- B/2007, de 28 de setembro e incorpora, desde 1 de outubro de 2007, as atribuições da ex Inspeção-Geral do Trabalho (IGT) e do ex Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST). Desde Julho de 2011 que integra o Ministério da Economia e do Emprego. O Decreto-Lei n.º 126-C/2011, de 29 de dezembro, que estabelece a lei orgânica do MEE, define a missão da ACT: promoção da melhoria das condições de trabalho, através da fiscalização do cumprimento das normas em matéria laboral e o controlo do cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho, bem como a promoção de políticas de prevenção dos riscos profissionais, quer no âmbito das relações laborais privadas, quer no âmbito da Administração Pública. O Decreto Regulamentar n.º 47/2012 de 31 de julho, que publica a nova lei orgânica da ACT, perspetiva a promoção da melhoria organizacional e a racionalização das estruturas ao nível central e, particularmente, dos serviços desconcentrados, promovendo uma profunda restruturação e reorganização das unidades orgânicas da ACT, com o objetivo de otimizar recursos humanos e financeiros. 10

Atribuições As atribuições da ACT encontram-se expressas, de forma detalhada no artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 47/2012 de 31 de julho lei orgânica da ACT. No quadro seguinte sintetizam-se as referidas atribuições expressas na lei orgânica, de modo a permitir uma perceção rápida das áreas e formas de intervenção: Relações Laborais Áreas de atuação / Formas de intervenção Cumprimento das disposições legais regulamentares e convencionais Relações laborais (incluindo trabalho de estrangeiros e trabalho de menores) Promover Controlar Fiscalizar * * * Participar / Colaborar Gerir Processos / Coordenar Comunicar, Informar e Sensibilizar * * * * * Contra ordenações * Apoiar organizações Sindicais e Patronais Conhecimentos científicos e técnicos sobre SST * * * * Politicas SST * * * * Segurança e Saúde no Trabalho Formação SST * * * Sistema de prevenção de riscos profissionais * * Funcionamento dos serviços de Segurança e Saúde no Trabalho * * * Representação nacional do Sistema Internacional de alertas para SST * * * Sistema Industrial responsável * * Representações Representação / Colaboração Internacional * * 11

Estrutura orgânica Em 2012 a ACT foi dirigida pelo Inspetor-geral do Trabalho, coadjuvado por dois Subinspetores-Gerais e, até julho, pelo Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho. Com a publicação da Lei Orgânica a ACT passou a ser dirigida por um inspetor-geral, coadjuvado apenas por dois subinspetores-gerais. A ACT tem sede em Lisboa e exerce competências em todo o território continental. A estrutura nuclear da ACT integra os Serviços Centrais, sediados em Lisboa e os Serviços Desconcentrados (Centros Locais e Unidades Locais - delegações que prosseguem a atividade inspetiva e de promoção da segurança e saúde no trabalho. Esta estrutura descentralizada, visa assegurar uma presença em todo o território continental, com o objetivo de garantir a proximidade aos destinatários da sua ação. Autoridade para as Condições do Trabalho Serviços Centrais 12

2. Missão, Visão e Valores A missão, a visão e os valores organizacionais decorrem, naturalmente, das atribuições da ACT e da sua natureza pública. Missão Promoção da melhoria das condições de trabalho através da a fiscalização do cumprimento das normas em matéria laboral e o controlo do cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho, bem como a promoção de políticas de prevenção dos riscos profissionais, quer no âmbito das relações laborais privadas, quer no âmbito da Administração Pública. Visão Consolidação da ACT como uma entidade pública de referência na promoção da segurança, saúde e bem-estar no trabalho e da garantia de elevados padrões de cumprimento dos normativos em matéria laboral, num quadro de uma globalização justa e de um desenvolvimento sustentável, e de igualdade de oportunidades. 13

Valores Quer a missão quer a visão estão alavancadas nos valores organizacionais que são a base da identidade coletiva da ACT e partilha comum de todos os trabalhadores, de entre os quais sobressaem referenciais de progresso civilizacional e de boa governação pública, nomeadamente: O reconhecimento do direito das mulheres e dos homens a um trabalho digno e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humana; A promoção do diálogo social e da participação como essência e metodologia para o respeito, promoção e aplicação dos princípios e dos direitos fundamentais do trabalho; Os princípios éticos consignados na Carta Ética da Administração Pública, mormente a imparcialidade, a igualdade, a lealdade e a integridade; O empenho constante, com base na perspetiva estratégica da organização, em encontrar um compromisso entre a pertinência, eficiência e eficácia. 14

II AUTO-AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS

II. Auto-avaliação dos serviços 1. Análise do QUAR 2012 Objetivos e indicadores de desempenho A definição dos objetivos para 2012 teve em atenção os objetivos preconizados no Programa do XIX Governo Constitucional, designadamente: uma racionalização das despesas de funcionamento; o aumento da eficiência dos serviços e redução de custos; a modernização da ACT e o acompanhamento das exigências dos cidadãos e empresas. Assim, foram definidos 5 objetivos estratégicos tendo funcionado como referenciais para a formação dos objetivos operacionais do QUAR 2012. OE 1 Promover a melhoria efetiva das condições de trabalho, assegurando a execução da Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho e todas as outras políticas relevantes no domínio do trabalho e do emprego OE 2 Melhorar a qualidade do serviço público prestado aos trabalhadores, às empresas, em especial às PME e micro empresas e aos cidadãos OE 3 Aprofundar as relações interinstitucionais e criar sinergias de trabalho no âmbito da rede Nacional de Prevenção de Riscos Profissionais e demais redes nacionais e internacionais OE 4 Afirmar uma cultura organizacional baseada na valorização do potencial humano 16

OE 5 Promover a eficiência dos serviços Enquadrados pelos objetivos estratégicos, foram definidos os objetivos operacionais para o ano de 2012 que permitiram a implementação de metodologias de gestão orientadas para os resultados e a avaliação de desempenho através do QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR), previsto no artigo 10.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro. O QUAR da ACT e a sua execução relativa a 2012 são apresentados no Anexo I. Estavam previstos sete objetivos operacionais: três de Eficácia, dois de Eficiência e dois de Qualidade. Foram ainda definidos nove indicadores. De seguida apresenta-se a respetiva monitorização e avaliação, isto é, os resultados alcançados para cada indicador, enquadrados nos Objetivos Operacionais, os desvios verificados e as respetivas justificações: a) Objetivos Operacionais de Eficácia Quadro II.1 Monitorização do Objetivo Operacional O1 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Classificação Atingiu Superou Não atingiu Responder com celeridade a um número mínimo de solicitações, no âmbito dos processos de autorização em matéria de seguarnça do trabalho Ind 1 Número de processos concluídos / número de candidaturas à certificação profissional de técnicos e téecnicos superiores de segurança do trabalho Peso 50% Ind 2 Número de processos concluídos / número de candidaturas à homologação de currsos de formação inicial para técnicos e técnicos superiores de segurança do trabalho 75% 5% 85% 95% - 75% 5% 85% 81% - - - Peso 50% 17

O Objetivo Operacional O1 refere-se, essencialmente, aos processos de resposta a solicitações dos cidadãos/empresas em matérias relacionadas com a promoção da segurança e saúde no trabalho e, para o qual foram definidos 2 indicadores. Relativamente às metas e aos desvios ocorridos nos Indicadores 1 e 2 deste objetivo Operacional, foi possível alcançar a superação das metas estabelecidas. O resultado alcançado é consequência da conjugação de uma maior eficiência dos serviços com alterações ocorridas na legislação regulamentadora que proporcionaram uma maior celeridade dos processos. As fontes de verificação utlizadas foram, no caso da formação, a base de dados da DREE/Formação e, no caso da certificação profissional, a aplicação informática SIPCAP. Quadro II.2 - Monitorização do Objetivo Operacional O2 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Classificação Atingiu Superou Não atingiu Ind 3 Exercer N.º de empresas/locais de eficazmente a ação trabalho/estaleiros objeto inspetiva em de ação inspetiva empresas/locais de trabalho/estaleiros, com a realização dos adequados procedimentos, de forma a promover a melhoria efetiva das condições de trabalho Peso 100% 36.000 3.600 40.000 37.398 - - Os desvios encontrados não se afiguram relevantes tendo. Apesar de o objetivo não ter sido superado foi ultrapassada a meta prevista. A fonte de verificação utlizada é o sistema de informação nacional de ação inspetiva (SINAI). 18

Quadro II.3 - Monitorização do Objetivo Operacional O3 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Classificação Atingiu Superou Não atingiu Ind 4 Aumento da celaridade de Responder com resposta (Somatório dos celeridade aos tempos de resposta em pedidos de dias / número de respostas autorização para a - processos instruídos para prestação de decisão) serviços externos de segurança do trabalho 90 5 80 23,43 Peso 100% O Objetivo Operacional 03 está relacionado com a monitorização do tempo de respostas decorrentes da análise dos pedidos de autorização de empresas para a prestação de serviços externos de SST. Decorrente do quadro legal regulamentador da atividade, a ACT dispõe de 90 dias para se pronunciar. O resultado alcançado de 23 dias supera o timing previsto em resultado de em 2012 um menor número de empresas terem solicitado autorização para a prestação de serviços externos de SST. Os dados que serviram de base para o cálculo do tempo médio de resposta encontram-se registados num tableau de bord informático disponível nos serviços para registo e acompanhamento dos processos. b) Objetivos Operacionais de Eficiência Quadro II.4 - Monitorização do Objetivo Operacional O4 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Atingiu Classificação Superou Não atingiu Ind 5 Responder com Grau de intervenção da ACT celeridade às face a pedidos de solicitações de intervenção (n.º de ordens intervenção de intervenção inspetiva no concluídas/n.º de pedidos âmbito do trabalho de intervenção) não declarado e irregular, igualdade e não discriminação e do trabalho de imigrantes Peso 100% 70% 5% 80% 82,9% - - 19

Relativamente ao indicador 5 constatamos que, apesar dos meios disponíveis, foi possível responder como previsto. Os dados obtidos evidenciam que o objetivo foi superado apesar do ano de 2012 ter registado, decorrente da conjuntura do País, um número substancial de pedidos. O SINAI é a aplicação informática onde são registados os elementos que permitem a monitorização do presente objetivo. Quadro II.5 - Monitorização do Objetivo Operacional O5 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Classificação Atingiu Superou Não atingiu Ind 6 Grau de cumprimento orçamental das despesas de funcionamento (((Despesas com Pessoal+Despesas com Analise e produção aquisição de bens e de indicadores de serviços)/(orçamento gestão para a área corrigido pessoal + financeira orçamento corrigido aquisição de bens e serviços)) x 100) 95% 3% 90% 93,8% - - Peso 100% O objetivo 05 dispõe de apenas um indicador para monitorização do Grau de cumprimento orçamental das despesas de funcionamento. O resultado obtido revela-nos que foram atingidos os resultados esperados (meta 95%) não se tendo, contudo superado o objetivo. Os dados que serviram de base para o cálculo do rácio foram extraídos das seguintes aplicações: SIC Sistema de Informação Contabilística SSD Sistema de Suporte à Decisão disponibilizando dados pormenorizados para análises relacionadas com os recursos humanos e financeiros SIGO - Sistema de Informação de Gestão Orçamental 20

c) Objetivos Operacionais de Qualidade Quadro II.6 - Monitorização do Objetivo Operacional O6 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Classificação Atingiu Superou Não atingiu Disponibilização de documentos orientadores da ação inspetiva atualizados Ind 7 N.º de documentos orientadores objeto de tratamento 300 10% 350 350 - - Peso 100% O objetivo operacional 06 foi superado tendo o resultado alcançado sido idêntico ao valor crítico definido. A fonte de verificação utlizada é uma base de dados documental existente para os documentos em causa. Quadro II.7 - Monitorização do Objetivo Operacional O7 Objetivo operacional Indicadores Meta Tolerância Valor Crítico Resultado Classificação Atingiu Superou Não atingiu Ind 8 Nº de trabalhadores formados na área da PSST 200 20 240 313 - - Valorizar as competências profissionais dos trabalhadores da ACT Peso 40% Ind 9 Nº de trabalhadores formados na área inspetiva Peso 40% Ind 10 Nº de avaliadores formados no âmbito do SIADAP 180 27 240 646 - - 40 4 50 42 - - Peso 20% 21

O objetivo operacional 07 remete para a valorização das competências profissionais dos trabalhadores da ACT, através do planeamento e execução de ações de formação. Os 3 indicadores de monitorização têm como fonte de verificação a Base de dados da formação, o acervo de documentação da DFRH e relatórios internos e externos. Relativamente ao indicador 8, foram identificadas necessidades de formação à margem das ações previstas no Plano de Formação, em consequência da Campanha de promoção das condições de trabalho em espaços confinados, que contribuíram para reforçar o número de formandos inicialmente previstos para a área de PSST. A fim de desenvolver as competências dos inspetores do trabalho e demais trabalhadores, em face das recentes alterações ao Código do Trabalho e no âmbito do cumprimento das normas em matéria laboral, foram organizadas ações de formação recorrendo à modalidade formativa a distância. O recurso a esta modalidade, conjugada com a necessidade premente de capacitar todos os destinatários da formação, explica o número elevado de formandos atingido (500). Por outro lado, o compromisso assumido junto da Senhora Secretária-Geral de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade no 4º trimestre de 2012, para formar/sensibilizar todos os inspetores de trabalho na matéria do tráfico de seres humanos para exploração laboral, também concorreu para que a meta no indicador 9, tenha sido largamente ultrapassada. O valor atingido no indicador 10, revelou-se próximo da meta estabelecida, com uma diferença de apenas 2 formandos. 22

2. Atividades previstas e não previstas no Plano de Atividades Muitas das ações desenvolvidas pela ACT, e previstas no Plano de Atividades de 2012 mas não contempladas nos Objetivos do QUAR, resultam da sua missão, e correspondem a atividades reativas, isto é, constituem resposta a solicitações externas. Nos capítulos V, VI e VII apresenta-se uma análise detalhada e particularizada das atividades desenvolvidas pela área inspetiva, pela área da promoção da segurança e saúde no trabalho e pelas áreas de apoio. 3. Afetação real e prevista dos recursos 3.1. Recursos Humanos A identificação e caracterização dos trabalhadores da ACT é feita de forma clara e pormenorizada no Balanço Social da ACT. Os recursos humanos da Autoridade para as Condições do Trabalho a 31 de Dezembro de 2012 correspondiam, a um total de 893 trabalhadores (incluindo 38 cargos de direção superior e intermédia). Gráfico II.1- Repartição do número de funcionários por categoria profissional Dirigente Superior 1º e 2º grau Dirigente Intermédio 1º e 2º grau 0,3% 3,9% Inspetor do Trabalho 40,2% Técnico Superior 24% Informática 1% Assistente Técnico 25,9% Assistente Operacional 4,7% 23

Gráfico II.2 - Recursos Humanos da ACT - Segundo o tipo de Vinculo Comissão de Serviço LVCR 4% CTFP por tempo indeterminado 56% Nomeação Definitiva 40% As admissões que constituíram um dos grandes objetivos da ACT em 2009, 2010 e 2011, neste ano de 2012 tornaram-se já um número residual. Apenas ocorreram algumas mobilidades ou regressos de trabalhadores que se encontravam em mobilidade noutros organismos, o que não compensou o número de saídas. Quadro II.8 Evolução das Admissões e Saídas de funcionários 2009-2012 Carreiras Admissões e Saídas de 2009 a 2012 Adm * 2009 2010 2011 2012 Sdas ** Adm * Sdas ** Adm * Sdas ** Adm * Inspetor 152 14 0 18 8 21 5 17 Técnico Superior 4 27 4 12 103 18 10 18 Especialista de Informática 0 0 0 0 1 0 0 0 Técnico de Informática 0 0 1 0 0 1 0 0 Assistente Técnico 11 28 1 24 37 36 4 23 Assistente operacional 0 11 0 10 3 9 0 2 Sdas ** *Admissões ** Saídas Este ano continuou a ser caracterizado por uma acentuada tendência de decréscimo de trabalhadores. Esta tendência que se verifica na quase totalidade das carreiras, tem principalmente resultado do elevado número de aposentações. 24

Verificou-se ainda um aumento da saída de trabalhadores para outros organismos da Administração pública, quer em mobilidade, quer por concurso. Quadro II.9 Evolução do número de trabalhadores da ACT 2008-2012 EVOLUÇÂO DO NÚMERO DE TRABALHADORES DA ACT Carreiras 2008 2009 2010 2011 2012 Inspetor 264 402 384 371 359 Técnico Superior 168 145 137 222 214 Especialista de Informática 0 0 0 1 1 Técnico de Informática 8 8 9 8 8 Assistente Técnico 289 272 249 250 231 Assistente operacional 71 60 50 44 42 Para além das aposentações verificadas existem pendentes na Caixa Geral de Aposentações cerca de 95 processos, distribuídos da seguinte forma: 40 processos das carreiras de Inspeção 9 processos da carreira técnica superior 40 processos da carreira de assistente técnico 6 processos da carreira de assistente operacional 3.2. Recursos materiais A ACT tem a sua sede - serviços centrais - em Lisboa e serviços desconcentrados espalhados pelo País. Possui instalações em 63 edifícios, dos quais 49 em regime de arrendamento e 14 propriedade do Estado. Dispõe ainda de instalações para depósito de arquivos regionais e centrais, e armazenagem de equipamentos e materiais. Para o exercício das suas atribuições e competências, a nível nacional, a ACT tinha ao seu serviço, no ano de 2012, 140 viaturas, tendo terminado o contrato com o sistema de aluguer operacional de viaturas (A.O.V). Apesar do estado de degradação do parque 25

automóvel, face à sua antiguidade e quilometragem, os constrangimentos financeiros têm impedido a aquisição de novas viaturas. 3.3. Recursos financeiros No que respeita a 2012 as despesas e receitas da ACT estão sintetizadas no quadro seguinte: Quadro II.10 Execução do Orçamento da ACT - 2012 Orçamento (milhões de ) Estimado ( ) Realizado ( ) desvio ( ) Funcionamento 37.200.786 34.224.110-8 % PIDDAC 0 0 -- Total 37.200.786 34.224.110-8 % O grau de execução orçamental deste tipo de receita foi de 92%. No capítulo VII apresenta-se uma análise detalhada da execução orçamental de 2012. 4. Avaliação do sistema de controlo interno Na área da gestão prosseguiram as operações e procedimentos com o objetivo de obtenção de ganhos de eficiência e eficácia e de qualidade do controlo interno. Prosseguiu a adoção de uma organização de trabalho que garantiu a monitorização e controlo das atividades críticas apoiada pelas seguintes aplicações informáticas: SIC Sistema de Informação Contabilística SSD Sistema de Suporte à Decisão disponibilizando dados pormenorizados para análises relacionadas com os recursos humanos e financeiros SIGO - Sistema de Informação de Gestão Orçamental No âmbito do controlo das atividades desenvolvidas são utilizadas aplicações específicas: 26

SINAI - sistema de informação nacional de ação inspetiva SIPCAP sistema de Informação dos Processos de candidatura para emissão de Certificados de Aptidão Profissional Bases de dados internas para controlo de atividades específicas No Anexo II apresenta-se o mapa Sistema de Controlo Interno devidamente preenchido. 5. Comparação com o desempenho de serviços idênticos, no plano nacional e internacional, que possam constituir padrão de comparação A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), é um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa que tem por missão a promoção da melhoria das condições de trabalho, através da fiscalização do cumprimento das normas em matéria laboral e o controlo do cumprimento da legislação relativa à segurança e saúde no trabalho, bem como a promoção de políticas de prevenção dos riscos profissionais, quer no âmbito das relações laborais privadas, quer no âmbito da Administração Pública. A ACT enquadra-se num modelo de inspeção de tipo generalista em que a competência dos inspetores, para além da segurança e saúde no trabalho, abrange o domínio das condições gerais do trabalho e da organização do trabalho, modelo em que se incluem outros países da Europa como a Espanha, França, Luxemburgo, Itália e Grécia. Difere este modelo do seguido pelos países do norte da Europa, de caráter especialista, caracterizado por se consagrar quase exclusivamente ao domínio da segurança e saúde no trabalho. Para além dos 32 serviços desconcentrados onde desenvolvem atividade a maioria dos 371 inspetores do trabalho, destacam-se, nos seus serviços centrais, a Direção de Serviços de Apoio à Atividade Inspetiva à qual compete, entre outras, programar, planear, implementar e participar na realização de ações inspetivas, temáticas ou sectoriais, de âmbito nacional ou regional e a Direção de Serviços para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho à qual compete, entre muitas outras, propor e elaborar programas e projetos de ação no domínio da promoção das condições de segurança e saúde no trabalho, com vista a assegurar a sua integração na elaboração do plano anual de atividades da ACT. 27

No que concerne à promoção das políticas de segurança e saúde no trabalho, a Estratégia Europeia 2007/2012 teve o seu fim durante o ano de 2012, e mobilizou os Estados a melhorar a qualidade e a produtividade nos respetivos países, tendo constituído um instrumento de referencia para as definições das estratégias nacionais do Estados, balizadas por um objetivo europeu comum de segurança e saúde no trabalho. As tarefas respeitantes às áreas de competência dos organismos congéneres europeus que asseguram a promoção da segurança e saúde no trabalho têm concretizações muito diversas. A título exemplificativo refira-se que os organismos congéneres espanhol e francês não integram nas suas atribuições a vertente inspetiva, apostando na atividade de estudos e investigação o que implica, entre muitos outros aspetos, uma elevada especialização técnica e de suporte laboratorial. Destaca-se assim, na área da Segurança e Saúde no Trabalho ou da Prevenção de Riscos Profissionais um maior pendor regulador da ACT nos domínios, essencialmente, da autorização dos serviços externos de segurança no trabalho e certificação de profissionais (generalistas) do que interventor e técnico, comparativamente com os exemplos espanhol e francês que têm essas áreas menos reguladas mas mais direcionadas e especializadas na ação em concreto. Existe assim nas atribuições da ACT um maior enfase na promoção da ação ao passo que em ambos os organismos a aposta está na ação própria efetiva que é suportada quer na dimensão humana, recursos materiais, quer ainda na qualificação específica e elevada dos profissionais. 28

III APRECIAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

III. Apreciação dos serviços prestados Em 2012 a ACT procedeu à monitorização do grau de satisfação dos seus colaboradores e dos serviços prestados aos cidadãos e empresas nas lojas do cidadão e via internet, utilizando, para o efeito, os modelos de questionários constantes do Anexo III, já utilizados em 2011. Assim, foi possível obter a perceção de qual a imagem que a Organização deixa transparecer para o exterior, como é avaliada internamente e, simultaneamente, estabelecer uma comparação com os resultados obtidos em 2011. Trata-se de informação essencial para o desenvolvimento das atividades da ACT numa perspetiva de melhoria contínua dos serviços. De fato, e decorrentes dos resultados dos estudos anteriores, e em particular na sequência das conclusões do estudo efetuado internamente, foram desenvolvidas algumas ações de melhoria, salientando-se o impulso na implementação de um serviço de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) na ACT, e foi elaborado um inquérito que visou recolher informação sobre as necessidades de formação sentidas pelos colaboradores para que o Plano de Formação para 2013 seja o adequado à satisfação do maior número de necessidades sentidas. 1. Avaliação da satisfação dos clientes externos da ACT 1.1. Caracterização dos estudos Em 2012, a ACT promoveu a realização de dois estudos de avaliação da satisfação dos clientes externos: dos utentes que procuram os seus serviços nas lojas do cidadão; dos utilizadores da sua página na internet. 30

Através destes estudos, a ACT pretendeu obter, como resultado, informação relevante para a tomada de decisão na área específica da avaliação dos serviços prestados. Os questionários foram disponibilizados, em suporte papel, aos cidadãos e representantes das empresas que se dirigiram às instalações da ACT nas lojas do cidadão e, em formato eletrónico, aos utilizadores da página da internet no período de 3 a 14 de dezembro. Os critérios de avaliação foram previamente definidos, tendo-se selecionado um conjunto de questões de carácter diverso, com pontuação de 1 5, em que a nota 1 representa Muito Insatisfeito e 5 Muito Satisfeito, as quais foram distribuídas por grupos temáticos/parâmetros de avaliação da seguinte forma: Clientes externos nas Lojas do Cidadão Clientes externos da página da ACT na internet Satisfação com a imagem global da ACT Envolvimento e participação Satisfação com a acessibilidade à informação Satisfação com a prestação de serviços específicos Satisfação com o serviço prestado Satisfação com a página na internet Horário de atendimento Satisfação com os esclarecimentos prestados presencialmente Satisfação com os esclarecimentos prestados via email Satisfação com os esclarecimentos prestados telefonicamente Complementarmente foi dada a possibilidade aos respondentes de identificarem o que consideravam uma ação prioritária a ser desenvolvida pela ACT através de uma questão aberta. A metodologia adotada para o tratamento dos inquéritos consistiu numa análise estatística sobre as respostas dadas, aferindo-se uma média por grupo de questões com base no universo utilizado, da qual resultou uma média geral para cada um dos grupos. Foram recebidos 1.151 questionários nas lojas do cidadão e 139 questionários em formato digital referentes à apreciação do site. 31

1.2. Resultado do estudo de avaliação da satisfação dos clientes das lojas do cidadão O índice de satisfação global com a prestação de serviços da ACT situou-se em 4,2 numa escala de 1-5, o que demonstra uma apreciação extremamente positiva. Em 2011 o índice de satisfação global foi de 4,3, pelo que não se verificou alteração significativa. A apreciação particularizada realizada por clientes e cidadãos está equiparada conforme dados dos quadros seguintes. Quadro III. 1 Avaliação da satisfação Avaliação Global Cidadãos Empresas 4,2 4,3 4,2 Quadro III.2 Avaliação da satisfação por parâmetros Avaliação Global Imagem ACT Envolvimento participação Acessibilidade Informacao serviços especificos serviço prestado Cidadãos 4,2 4,6 4,1 4,2 3,7 4,4 Empresas 4,3 4,6 4,2 4,3 3,9 4,4 Global 4,2 4,6 4,0 4,2 3,7 4,4 Para cada parâmetro foram definidos um conjunto de atributos que permitiram a sua avaliação. Nos quadros seguintes apresentam-se os resultados obtidos em termos globais e a avaliação particularizada realizada pelos cidadãos e empresas. Quadro III.3 Avaliação da satisfação por atributos Cortesia no atendimento Imagem global da ACT Autonomia na resolução do problema Contributos para resolução do problema Cidadãos 4,8 4,6 4,5 Empresas 4,8 4,6 4,5 Global 4,8 4,6 4,5 Envolvimento e participação Sugestão de melhorias Existência de canais para sugestões / reclamações Cidadãos 4,2 3,9 Empresas 4,2 4,1 Global 4,2 3,9 32

Localização do serviço Facilidade de Acessibilidade estacionamento para deficientes Acessibilidade à Informação Horário de atendimento Informação disponível no local Pagamentos por multibanco Existência de atendimento telefónico Clareza dos formulários Cidadãos 4,3 4,3 4,3 4,4 4,3 3,9 3,6 4,1 Empresas 4,5 4,3 4,4 4,6 4,5 4,1 3,5 4,4 Global 4,3 4,3 4,3 4,5 4,3 4,2 3,6 4,2 Esclarecimento de dúvidas por e-mail Serviços específicos Informação disponível na internet Pagamentos on-line Pagamentos por multibanco Cidadãos 3,7 3,8 3,6 3,6 Empresas 3,8 3,9 3,8 4,1 Global 3,8 3,8 3,6 3,7 Satisfação global com o serviço Clareza da informação prestada Serviço prestado Qualidade dos esclarecimentos telefonicos Qualidade dos esclarecimentos presenciais Tempo de resposta Resposta às reclamações Cidadãos 4,7 4,7 4,2 4,7 4,3 3,8 Empresas 4,7 4,8 3,8 4,7 4,3 4,3 Global 4,7 4,7 4,1 4,7 4,3 4,0 A satisfação com a imagem global da ACT representa o parâmetro mais bem pontuado em resultado de os 3 atributos que contribuem para a avaliação do parâmetro serem todos avaliados acima da média global da satisfação. A satisfação com o envolvimento e participação é o parâmetro que ocupa o 4º lugar na pontuação dos respondentes. Deverão merecer particular atenção as questões relacionadas com: o atendimento telefónico para esclarecimento de dúvidas; a possibilidade de existirem vários canais para reclamações. 33

A satisfação com a acessibilidade à informação fica pontuada em 3º lugar na pontuação dos respondentes com valor idêntico ao da satisfação global com a ACT. Deverão ser objeto de atenção especial as questões relacionadas com: a existência de atendimento telefónico para esclarecimento de dúvidas; a clareza e facilidade de preenchimento dos formulários. A satisfação com a disponibilização de serviços específicos ocupa o último lugar da classificação atribuída pelos utentes das lojas do cidadão em consequência da apreciação que fazem dos itens: modo de realização do pagamento dos serviços; informação/ serviços disponíveis na página na internet; esclarecimento de dúvidas através de correio eletrónico. A satisfação geral com o serviço prestado ocupa o 2º lugar da classificação atribuída sendo que os atributos pontuados mais baixo foram: o tempo de resposta às reclamações; a qualidade dos esclarecimentos prestados por telefone; o tempo de resposta às solicitações. 1.3. Resultado do estudo de avaliação da satisfação dos utentes da página da ACT na internet Gráfico III.1 Motivo da visita O motivo dominante de visita à página da ACT na internet é a realização de consultas e obtenção de informações. Complementarmente o site é utilizado para a obtenção de formulários, o registo de contratos e a obtenção de informações sobre eventos. 34

42% dos visitantes da página da ACT na internet faz consultas semanais ou diárias, representando os visitantes ocasionais 37% das consultas. Em 2012 a avaliação global foi de 2,8 registando, por conseguinte uma redução face aos 3,1 registados em 2011. No quadro seguinte apresenta-se a avaliação dos parâmetros em estudo. Quadro III.4 Avaliação da satisfação por parâmetros satisfação com a página de internet satisfação com o horário de atendimento ao público satisfação com os esclarecimentos prestados presencialmente satisfação com os esclarecimentos prestados via email satisfação com os esclarecimentos prestados via telefone 2011 3,3 3,2 3,5 2,6 2,7 2012 3,4 2,6 3,1 2,6 2,6 Os gráficos seguintes sintetizam os resultados obtidos em 2012: Gráfico III.2 Satisfação com a página de internet Gráfico III.3 satisfação com os esclarecimentos prestados presencialmente Gráfico III.4 Satisfação com o horário de atendimento Gráfico III.5 Satisfação com os esclarecimentos prestados via email 35

Gráfico III.6 Satisfação com os esclarecimentos prestados via telefone Em termos de resultados importa salientar: predomina a avaliação de pouco satisfeito ou insatisfeito em todos os atributos os muito satisfeitos só atingem os 12% na avaliação dos esclarecimentos prestados presencialmente os muito insatisfeitos atingem os 21% na avaliação dos esclarecimentos prestados via e-mail, os 20% na satisfação com o horário e os 19% na avaliação dos esclarecimentos prestados via telefone. 2. Avaliação da satisfação dos funcionários da ACT 2.1. Caracterização do estudo Em 2012, a ACT promoveu a realização de um estudo de avaliação da satisfação dos funcionários tendo a informação necessária sido recolhida de 3 a 14 de dezembro, através de questionário estruturado disponibilizado via intranet e abordando 5 parâmetros de avaliação e com preenchimento direto pelo respondente: Satisfação geral com a ACT; Satisfação com a gestão e o sistema de gestão; Satisfação com as condições de trabalho; Satisfação com a segurança e saúde no trabalho; Satisfação com envolvimento, participação e relações interpessoais. 36

Os critérios de avaliação foram previamente definidos tendo sido cada parâmetro/atributo avaliado pelos funcionários segundo uma escala de pontuação de 1 5, em que a nota 1 representa Não satisfatório e 5 Excelente. Foram recebidos 277 questionários num universo de 893 funcionários representando uma taxa de resposta de 31%. Trata-se de uma amostra representativa do universo e corretamente distribuída pois acompanha a repartição de funcionários verificada entre os serviços centrais e os serviços desconcentrados. Os inspetores conjuntamente com os técnicos superiores e os assistentes técnicos representam 94% dos funcionários participantes no estudo. 2.2 Resultados do estudo de avaliação da satisfação dos funcionários O índice de satisfação global com a ACT, construído a partir da avaliação pelos atributos considerados, cifrou-se nos 2,5. Surge como o quase corolário dos resultados obtidos quanto às avaliações descritas para cada unidade orgânica. Quadro III.5 Avaliação da satisfação interna por parâmetros e serviços Globalmente, as avaliações dos parâmetros em análise não sofrem alterações muito consideráveis em termos do posicionamento face ao índice de satisfação global, importando destacar os seguintes aspetos: 37

é quanto ao nível de envolvimento, participação e relações interpessoais que a ACT é melhor avaliada opostamente a pontuação mais baixa obtida pela ACT refere-se à com a gestão e o sistema de gestão satisfação Quadro III.6 Avaliação da satisfação interna por parâmetros e categoria profissional Avaliação da satisfação interna Sat. geral com ACT Sat. com gestão e sist. de gestão Sat. com condições de trabalho Sat. com SST Sat. com envolv particip, rel interpessoais Dirigentes 3,4 3,4 3,1 3,2 3,7 3,6 Inspetores 2,5 2,6 2,1 2,3 2,4 2,8 Tecnicos Superiores 2,4 2,5 2,2 2,3 2,4 2,7 Informaticos 2,2 2,1 2,0 2,5 1,7 2,5 Assistentes Tecnicos 2,7 2,9 2,5 2,5 2,6 3,0 Assist. Operacionais 2,3 2,5 2,3 2,3 2,3 2,3 Os mais insatisfeitos são os informáticos seguidos dos assistentes operacionais, dos técnicos superiores, inspetores e assistentes técnicos. Opostamente é junto dos dirigentes que a ACT recolhe pontuações mais elevadas. Em termos de conclusões do estudo importa relevar: A satisfação com o envolvimento, participação e relações intrerpessoais representa o parâmetro mais bem pontuado em resultado da opinião dos funcionários relativamente: Nível de aceitabilidade/concordância com o trabalho realizado Autonomia no desempenho do trabalho A satisfação geral com a ACT, ocupando o 2º lugar na pontuação dos respondentes, é resultado de opiniões idênticas em todos os atributos destacando-se: o papel que a ACT detém na sociedade o envolvimento dos trabalhadores na organização a relação da ACT com os cidadãos e empresas 38

A satisfação com a Segurança e Saúde no Trabalho é o parâmetro que ocupa o 3º lugar na pontuação dos respondentes em resultado da sua opinião relativamente ao dimensionamento, ruído e iluminação do posto de trabalho; A satisfação com as condições de trabalho é o parâmetro que ocupa o 4º lugar na pontuação dos respondentes em resultado da sua opinião relativamente às condições físicas das instalações e à flexibilização do horário; A satisfação com a gestão e o sistema de gestão representa o parâmetro com pontuação mais baixa em resultado da opinião dos funcionários relativamente à: divulgação de documentação técnica de apoio à atividade promoção dos valores da ACT delegação de competências e responsabilidades promoção da iniciativa individual política de comunicação interna 3. Conclusões Considerando os resultados dos estudos relativos ao cliente externo e as sugestões de ações prioritárias identificadas irá a ACT desenvolver ações que visem: Melhorar o atendimento ao público; Melhorar a página na internet através da disponibilização de mais instrumentos técnicos; Promover maior celeridade nas respostas às questões colocadas por e-mail; Garantir a uniformização de respostas/procedimentos. A nível interno propõe-se a ACT avaliar algumas das sugestões apresentadas de forma a: Melhorar a perceção da qualidade da gestão no interior da ACT; Melhorar as condições de trabalho; Melhorar a comunicação interna; Melhorar a qualidade do trabalho desenvolvido. 39

IV AVALIAÇÃO FINAL

IV. Avaliação Final As avaliações quantitativas e qualitativas pretendem evidenciar os resultados obtidos nos objetivos operacionais inscritos no QUAR, face ao que foi definido para metas e superações. Neste sentido, em relação à análise quantitativa, foram elaborados um conjunto de quadros e gráficos que traduzem a avaliação do desempenho da ACT durante o ano de 2012, com base na ponderação atribuída aos parâmetros de Eficácia, Eficiência e Qualidade, nos quais se encontram integrados os objetivos operacionais e respetivos indicadores que também se encontram sujeitos a fatores de ponderação para aferição do grau de resultados obtidos no seu desempenho. Os resultados apresentados nos quadros que se seguem, resultam da média apurada através da seguinte fórmula: Resultado do Objetivo = Taxa de Realização dos Indicadores x Ponderação A percentagem de desempenho de cada parâmetro é feita pelo apuramento de todos os objetivos operacionais que o integram, através das suas ponderações, aos quais se aplica o fator de ponderação do parâmetro em causa. Ex: Eficácia = Soma do Resultado dos Objetivos x Ponderação do Parâmetro Assim, no Quadro 1 apresenta-se o resultado quantitativo que traduz o nível de desempenho da ACT face aos parâmetros de Eficácia, Eficiência e Qualidade dos seus serviços. Quadro IV.1 Avaliação quantitativa do desempenho da ACT Parâmetros Eficácia Eficiência Qualidade Ponderação 40% 30% 30% Resultado 116.3% 179.4% 173.6% 41

Os gráficos 1, 2 e 3 ilustram a análise qualitativa dos resultados obtidos pela ACT em matéria de objetivos operacionais por parâmetro de avaliação - Eficácia, Eficiência e Qualidade. A representatividade é expressa em termos percentuais tendo os resultados sido apurados de acordo com a mesma metodologia utilizada para a análise quantitativa. Gráfico IV.1 Representação gráfica dos objetivos de Eficácia Gráfico IV.2 Representação gráfica dos objetivos de Eficiência Gráfico IV.3 Representação gráfica dos objetivos de Qualidade 42

Decorrente do apuramento percentual atribuído a cada parâmetro, quer na análise quantitativa, quer na qualitativa, e tendo em consideração que a maioria dos objetivos operacionais superaram as metas previstas no QUAR de 2012, pode-se concluir que a ACT, não só cumpriu com os objetivos que se propôs, como também superou os mais pertinentes, o que confere com o grau de satisfação dos destinatários da sua ação. Importa ainda reforçar que a ACT, para além dos objetivos definidos no QUAR, realizou um conjunto de atividades previstas no seu Plano de Atividades para 2012, bem como outras ações decorrentes das atribuições que lhe estão cometidas ou provenientes de solicitações externas. Assim, face ao exposto anteriormente, e atendendo aos resultados das avaliações quantitativa e qualitativa, constata-se que a ACT, obteve uma classificação de Bom como está patente no quadro IV.2. O resultado obtido corresponde à média do resultado de cada parâmetro, aplicada a respetiva ponderação. Quadro IV.2 Avaliação Final da ACT Parâmetros Bom Satisfatório Insuficiente Avaliação Final 152% - - Finalmente apresentam-se gráficos comparativos planeamento/execução em 2011 nas áreas de Recursos Humanos e Financeiros. 43

Gráfico IV.4 Recursos Humanos pontos planeados/pontos executados Gráfico IV.5 Recursos Humanos pontos planeados/pontos executados por categorias 44

Gráfico IV.6 Recursos Financeiros Execução do Orçamento de Funcionamento Conclui-se, assim, que os objetivos traçados no âmbito do QUAR foram todos atingidos, tendo a maioria sido superados, pelo que a avaliação final de desempenho da ACT Autoridade para as Condições do Trabalho, como já referido, deve corresponder a BOM. Apesar de se considerar que em termos de desempenho dos seus serviços, a ACT teve uma classificação de Bom, existem melhorias que devem ser implementadas. Neste sentido, importa continuar o trabalho que vem sendo desenvolvido e apostar em medidas e instrumentos inovadores, de forma a garantir a boa prossecução das ações em curso e implementar outras de cariz relevante no âmbito das competências desta ACT. 45

V ÁREA INSPETIVA

V. Área Inspetiva 1. Dados gerais Informação e conselho Quadro V.1 Serviço informativo Serviço informativo 2012 Total de atendimentos 415.994 Correio eletrónico tratado nos serviços centrais 6.741 Foi concluído um relatório sobre o serviço informativo pelo Grupo de Trabalho constituído para o efeito. Encontra-se em curso a atualização das perguntas frequentes, atendendo às alterações legislativas ocorridas em 2012. A implementação do projeto P.18 transitou para 2013. 2. Atividade Inspetiva 2.1. Instrumentos e procedimentos de trabalho 2.1.1. Atualização e disponibilização de documentos orientadores da ação inspetiva Procedeu-se ao elenco de todos os 850 documentos orientadores, existentes desde 1996, bem como à sistematização por datas e temas, e respetiva digitalização. Com vista a assegurar a identificação e importância de tais documentos em divulgação, analisou-se da respetiva pertinência e da sua vigência decorrente de alterações legislativas e estratégicas. Em conformidade, foi assegurada a divulgação online de 90% de todos os documentos desde 2009, tendo sido digitalizados os mais relevantes desde 2005. 47

2.1.2. Harmonização dos procedimentos de contraordenacionais Com vista à harmonização dos procedimentos contraordenacionais, foi concebido um manual de harmonização, constituído por orientações técnicas de procedimentos disponível na intranet. A sua concretização foi precedida de reflexão sobre as dificuldades e constrangimentos entretanto identificados neste domínio. Nessa sequência, procedeu-se à divulgação do referido manual, na intranet, através de ofício-circular de 28/12/2012, considerando anotação da Lei n.º 107/2009, de 14 de setembro, que aprova o regime processual aplicável às contraordenações laborais e da segurança social, e do Código do Trabalho. Foi concluída e disponibilizada na intranet uma base de dados contendo mais de 600 decisões judiciais com o resultado da conclusão dos processos tramitados na ACT, a qual é atualizada nos moldes contidos em ofício-circular de 6/11/2012. 2.2. Visitas inspetivas Quadro V.2 Visitas inspetivas Visitas inspetivas Nº total de visitas Entidades visitadas Locais de Trabalho Nº de trabalhadores TOTAL 54.922 29.910 37.398 499.200 Relações Laborais 16.399 10.342 12.778 169.578 Seg.Saúde no Trabalho (SST) 15.446 9.308 12.941 137.283 Rel Lab / SST 23.077 10.260 11.679 192.339 As visitas inspetivas tiveram como objetivo avaliar matérias relacionadas com relações laborais ou segurança e saúde no trabalho ou ambas em simultâneo. 48

O relatório detalhado da atividade inspetiva integra as estatísticas dos estabelecimentos sujeitos à fiscalização da inspeção e número de trabalhadores empregados nesses estabelecimentos, a que correspondem a estrutura do emprego e o universo das empresas. No âmbito do controlo das garantias mínimas em matéria laboral, foram objeto de verificação as formas de vínculo contratual, atendendo às especificidades das modalidades de contrato tratadas, que foram referenciadas, a nível nacional, nas visitas inspetivas realizadas a 29.910 entidades correspondendo a 37.398 locais de trabalho. Quadro V.3 Vinculo contratual Tipo de vínculo contratual Total H M Contratos por tempo indeterminado 443.223 254.533 188.690 Contratos de trabalho a termo 47.247 26.080 21.167 Contratos de trabalho temporário 5.755 3.289 2.466 Contratos de trabalho dissimulados 396 212 184 Contratos de trabalho não declarado 1.118 539 579 Trabalhadores independentes 1.461 857 604 Contratos de trabalho a tempo parcial * 511 163 348 Contratos de trabalho de estrangeiros * 3.767 2.486 1.281 Contratos de trabalho de menores * 13 * abrangidos por regimes contratuais específicos 49

Procedimentos inspetivos realizados Quadro V.4 Procedimentos e Instrumentos Inspetivos Elaborados Procedimentos Inspetivos 2012 Advertência 2.994 Participação 90 Participação Crime 148 Notificação para Tomada de Medidas 23.406 Suspensão Imediata de Trabalhos 364 Auto de Notícia 14.329 Quadro V.5 Número de Participações Crime Crime N.º de Participações-crime Desobediência qualificada 83 Encerramento de empresa 31 Falsificação de documentos 11 Desobediência 11 Efeitos para o empregador da falta de pagamento pontual de retribuição 8 Atos proibidos em caso de encerramento 2 Retenção de quota sindical 1 Utilização indevida de trabalho de menor sem idade mínima/escolaridade 1 Quadro V.6 Apuramentos Salariais Apuramentos Salariais (em euros) Remuneração Base 11.987.684 Subsídio de Natal 1.491.016 Subsídio de Férias 2.207.383 Férias 129.657 Outros 5.018.974 Total de créditos a trabalhadores 21.992.411 50

Quadro V.7 Apuramentos Salariais e Contribuições para a Segurança Social Ano Total de créditos a trabalhadores ( ) Contribuições para a Segurança Social ( ) Total ( ) Trabalhadores beneficiados 2012 21.992.411 4.563.890 26.556.301 13.349 Acompanhamento de situações de crise empresarial A ação centrada nas situações de crise empresarial, a pedido ou por iniciativa, tem sido desenvolvida com vista à averiguação da legalidade procedimental em situações de redução ou suspensão temporária dos contratos de trabalho por facto respeitante ao empregador, encerramento e diminuição temporária da atividade, de despedimento coletivo, extinção de postos de trabalho, salários em atraso e insolvência. Da consulta efetuada ao Sistema de Informação Nacional de Atividade Inspetiva (SINAI), e na parte referente a intervenções relacionadas com as 4.975 verificações listam-se no quadro seguinte as matérias específicas objeto de avaliação pela ACT. Quadro V.8 - Acompanhamento de situações de crise empresarial Matérias Total de verificações Salários em atraso 2.059 Extinção de posto de trabalho 809 Pedido de declaração de retribuição em mora 579 Despedimento colectivo 385 Encerramento definitivo 335 Lay off 229 Fundo de Garantia Salarial 216 Insolvência 196 Pedido de modelo de FGS 123 Encerramento temporário 44 Total geral 4.975 51

Quadro V.9 - Resposta a solicitações em situações de crise empresarial N.º de solicitações N.º de respostas Capacidade de intervenção na proteção dos direitos de trabalhadores 4.338 4.003 92,28% Constata-se que na origem destas solicitações podem-se encontrar pedidos de associações sindicais, de associações patronais, de sindicatos, de entidades empregadoras, de trabalhadores e seus representantes, de tribunal, de deputados ou outra origem. Quadro V.10 - Situações de crise empresarial Situações de crise empresarial N.º de Empresas N.º de Trabalhadores Apuramentos de créditos a trabalhadores Pagos ( ) Em dívida ( ) Apuramentos de créditos à segurança Social Pagos ( ) Em Dívida ( ) Nº de Autos Notícia Salários em atraso 1.873 22.825 8.141.962 5.499.933 1.333.247 730.937 1.262 Extinção de posto de trabalho Despedimento coletivo Encerramento definitivo 1.050 5.369 581.657 160.270 28.753 18.567 309 439 5.529 287.616 83.435 19.852 3.657 246 371 1.937 56.115 51.159 11.115 9.392 146 Lay off 190 5.714 110.830 11.641 26.967 3.125 21 Insolvência 217 2.588 233.514 114.165 83.145 33.062 82 Encerramento temporário 60 612 94.663 63.437 26.942 26.942 24 Total geral 4.200 44.574 9.506.356 5.984.041 1.530.020 825.684 2.090 52

Proteção dos direitos de representação coletiva Em matéria de proteção dos direitos de representação coletiva a atuação da ACT concretizou-se em 407 verificações discriminadas por matérias conforme constante do quadro seguinte. Quadro V.11 - Proteção dos direitos de representação coletiva Matérias Total de verificações Meios e instalações adequadas 136 Greve 115 Discriminação de representantes sindicais 69 Crédito de horas 40 Plenários 26 Discriminação de representantes da comissão de trabalhadores 21 Total geral 407 Quadro V.12 - Resposta a solicitações quanto a direitos de representação coletiva N.º de solicitações N.º de respostas Capacidade de intervenção na proteção dos direitos de representação coletiva 351 304 86,61% 53

3. Projetos e campanhas em destaque Projetos Específicos CAE Meta Indicador Resultado Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais 84121 86100 200 Visitas a locais de trabalho Taxa de Execução Avaliação de resultados 461 233% Superado Campanha em matéria de segurança e saúde no trabalho no setor agrícola e de exploração florestal (*) 01500 01191 160 Visitas a locais de trabalho 246 154% Superado Campanha de promoção das condições de trabalho em espaços confinados (*) 11021 01210 41200 84113 160 Visitas a locais de trabalho 377 236% Superado Campanha de informação, sensibilização e inspeção das condições de trabalho no setor das limpezas industriais, tendo por referência a utilização de agentes químicos perigosos, com enfoque no processo de avaliação de riscos 81210 81220 160 Visitas a locais de trabalho Não atingido Intervenção Inspetiva no Setor da Segurança Privada (*) 80100 160 Visitas a locais de trabalho 928 580% Superado Campanha trabalhar no estrangeiro 41200 78200 3 2 N.º de instrumentos produzidos N.º de ações de divulgação 9 5 300% 250% Superado (*) Para além dos resultados em visitas inspetivas constantes deste quadro foram efetuadas outras atividades envolvendo, nos sectores de atividade em causa, os parceiros sociais e institucionais (nomeadamente seminários, workshops, ações de sensibilização, folhetos e documento conjunto sobre preços mínimos do custo do trabalho) cujos dados podem ser consultados nas fichas respetivas. 54

3.1. Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais Identificação do Projeto P.10 - Campanha europeia de avaliação de riscos psicossociais Objetivos Promover a avaliação de riscos psicossociais nos locais de trabalho, com vista à melhoria das condições do trabalho. Atividades previstas Divulgação interna (reuniões, intranet, ofícios). Divulgação externa (na internet, junto dos parceiros sociais e institucionais, empregadores, trabalhadores). Preparação da intervenção /criação de instrumentos inspetivos. Preparação da intervenção formação de inspetores. Intervenção inspetiva Atividades realizadas Divulgação interna na intranet, envio de ofícios, reuniões e criação de wallpaper para PC. Divulgação junto dos parceiros sociais. Divulgação pela participação em programa televisivo (RTP). Divulgação em entrevistas à Agência Lusa e Rádio Renascença e à imprensa local. Divulgação em 17 seminários realizados no país com um total de 3000 participantes. Elaboração de folhetos em suporte papel (dois) de divulgação e de rol paper. Divulgação em reuniões nos locais de trabalho. Preparação de conteúdos de formação e de instrumentos inspetivos, inquéritos questionários e definição de metodologia inspetiva. Formação dos inspetores do trabalho Intervenção inspetiva em estabelecimentos de saúde. Avaliação da campanha em Abril com envio do I relatório ao SLIC Consolidação e apresentação dos resultados em dezembro p.p. Elaboração do II Relatório de apresentação de resultados ao SLIC em janeiro p.p. Avaliação da intervenção e da campanha. Justificação dos desvios Ações de sensibilização 2 seminários de âmbito nacional, 15 ações de sensibilização realizadas, num total de 3000 participantes. Realização de 220 reuniões de sensibilização/informação. Atividade inspetiva 461 visitas (previstas 200) - Taxa de execução 233% 55

3.2. Campanha em matéria de segurança e saúde no trabalho no setor agrícola e de exploração florestal Identificação do Projeto P.11 - Campanha em matéria de segurança e saúde no trabalho no setor agrícola e de exploração florestal. Objetivos Promover condições de segurança e saúde nos locais de trabalho, adequadas à redução da sinistralidade laboral e das doenças profissionais, com especial incidência nos setores agrícola, produção animal e de exploração florestal. Atividades previstas Divulgação interna (reuniões, intranet, ofícios). Sensibilização em workshops de dirigentes das associações de agricultores e de produtores florestais e de técnicos responsáveis pelo aconselhamento agrícola, em matérias relativas a segurança e saúde no trabalho, dirigentes; Ações de sensibilização para agricultores e produtores florestais; Divulgação externa (na internet, junto dos parceiros sociais e institucionais, empregadores, trabalhadores) através dos folhetos produzidos para divulgação (Principais obrigações legais; Pesticidas; Motosserras; Motorroçadouras; Máquinas e equipamentos agrícolas; Máquinas e equipamentos florestais); Preparação da intervenção /criação de instrumentos inspetivos Checklist. Atividades realizadas Divulgação interna na intranet, envio de ofícios, reuniões. Divulgação junto dos parceiros sociais. Divulgação pela elaboração de 3 artigos numa revista da especialidade. Divulgação em 13 seminários, 14 workshops para técnicos e 46 ações de sensibilização para agricultores e produtores florestais realizados no país com um total de cerca de 2800 participantes (400 dirigentes e Técnicos Agrícolas e Florestais, 2400 agricultores, produtores florestais e técnicos de prevenção). Elaboração de 6 folhetos em suporte papel (Principais obrigações legais; Pesticidas; Motosserras; Motorroçadouras; Máquinas e equipamentos agrícolas; Máquinas e equipamentos florestais), divulgados nas ações, nas páginas Web e enviados por via eletrónica pelos parceiros sociais. Intervenção inspetiva nos setores de atividade agrícola, pecuário e florestal, sendo divulgados os instrumentos produzidos durante a intervenção inspetiva. Visitas inspetivas Justificação dos desvios Ações de sensibilização 13 seminários, 14 workshops para técnicos e 46 ações de sensibilização para agricultores e produtores florestais = 73 realizadas (50 previstas) - Taxa de execução 146% Atividade inspetiva 246 visitas (previstas 160) - Taxa de execução 154% 56

3.3. Campanha de informação, sensibilização e inspeção das condições do trabalho no setor das limpezas industriais, tendo por referência a utilização de agentes químicos perigosos, com enfoque no processo de avaliação de riscos Identificação do Projeto P.12 Campanha de informação, sensibilização e inspeção das condições do trabalho no setor das limpezas industriais, tendo por referência a utilização de agentes químicos perigosos, com enfoque no processo de avaliação de riscos. Objetivos Aumentar o cumprimento das prescrições mínimas relativas à utilização de agentes químicos perigosos nos locais de trabalho aquando da execução de atividades de limpeza, contribuindo para a redução de doenças profissionais e acidentes de trabalho. Atividades previstas Desenvolvimento de uma fase de informação/sensibilização: Desenvolvimento da fase de inspeção Avaliação de resultados Atividades realizadas Elaboração de um Programa Enquadrador Identificação dos parceiros sociais a envolver Apresentação da Campanha junto dos parceiros sociais Consensualização do Programa Enquadrador com os parceiros sociais Elaboração de uma proposta de protocolo a subscrever com os parceiros sociais Identificação dos suportes de informação a utilizar (poster e flyer) Divulgação e disponibilização junto dos parceiros sociais dos suportes de informação existentes (poster e flyer) Formação de inspetores do trabalho Preparação de instrumentos e procedimentos de apoio à intervenção inspetiva: Guia de Ação; instrumentos e procedimentos inspetivos. Justificação dos desvios No âmbito do presente projeto não foram desenvolvidas outras atividades que o Grupo de Trabalho tinha equacionado na fase de informação/sensibilização, nem as fases subsequentes (isto é, intervenção inspetiva nos locais de trabalho e avaliação dos resultados) circunstâncias que se prenderam, por um lado, com o início tardio do projeto, e por outro lado, com a inserção no Plano de Atividades para o ano de 2013, de uma campanha neste mesmo setor que abrangerá quer a matéria em causa, quer a promoção da melhoria das condições de trabalho associadas ao trabalho digno, na senda do preconizado pela OIT. 57

3.4. Campanha de promoção das condições de trabalho em espaços confinados setores abrangidos: agricultura e construção civil Identificação do Projeto P.13 - Campanha de promoção das condições de trabalho em espaços confinados. Objetivos Promover condições de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados, garantindo a avaliação e gestão dos riscos, em particular nos trabalhos agrícolas e de construção civil. Atividades previstas Atividades realizadas Divulgação interna (reuniões, formação, intranet, ofícios). Formação específica de Inspetores(as) do Trabalho e Técnicos(as) Superiores. Produção de folhetos e cartazes informativos pelo Grupo de Trabalho. Divulgação externa do projeto (internet, parceiros sociais e institucionais, comunicação social). Disponibilização em formato papel e digital dos materiais informativos. Atividades de informação/ sensibilização em parceria com associações de empregadores, trabalhadores, técnicos, centros de conhecimento: - Seminários temáticos; Divulgação do tema em seminário; Reuniões de trabalho com representantes dos empregadores e dos trabalhadores dos setores destinatários da campanha ou com técnicos de prevenção de riscos profissionais; Envio de mensagens por correio eletrónico. Realização de dois seminários de âmbito nacional. Ligação da intervenção na agricultura com o projeto 11 sobre a SST no setor agrícola e de exploração florestal. Visitas inspetiva tendo como suporte um guia de ação e lista de verificação. Divulgação interna (reuniões, formação, intranet, ofícios). Formação específica de 86 Inspetores(as) do Trabalho e Técnicos(as) Superiores. Produção de 1 Cartaz geral; 1 Folheto geral; 1 Aviso com as regras básicas de segurança para o trabalho em espaços confinados; 3 Folhetos para a agricultura adegas e destilarias silos e armazéns poços e minas; e 1 Folheto para a construção civil. Divulgação em dois seminários de âmbito nacional (um em articulação com o Projeto 11). Divulgação na internet, para os parceiros sociais e institucionais, e comunicação social). Disponibilização em formato papel e digital dos materiais informativos. Divulgação em 34 seminários, 5 palestras e 16 reuniões dirigidas a empregadores, trabalhadores, sindicatos, autarquias, prestadores de serviços, universidades e centros de investigação realizados a nível nacional, com um total de cerca de 2500 participantes. Intervenção inspetiva, com apoio de guia de ação e lista de verificação, na agricultura e indústrias agroalimentares, em particular de produção de vinhos, e setor de construção civil, sendo divulgados os materiais produzidos. Foram abrangidos 4308 trabalhadores. Foram notificadas 642 medidas com prazo para melhoria da segurança e saúde no trabalho. Justificação dos desvios Ações de sensibilização 2 seminários de âmbito nacional, 32 ações de sensibilização = 57 realizadas (34 previstas) - Taxa de execução 168% Atividade inspetiva 377 visitas (previstas 160) - Taxa de execução 236% 58

3.5. Intervenção Inspetiva no Setor da Segurança Privada Identificação do Projeto P.14 - Intervenção Inspetiva no Setor da Segurança Privada Objetivos Promover a melhoria das condições do trabalho no setor da segurança privada e assegurara as garantias fundamentais associadas ao trabalho digno na senda do preconizado pela OIT. Atividades previstas Aprofundar o conhecimento do setor e suas práticas Dialogar com os parceiros sociais e institucionais Divulgar os objetivos a atingir e o prazo de autorregulação setorial Desenvolver a ação inspetiva no terreno Avaliar os resultados Atividades realizadas Análise das práticas do setor no domínio das relações sócio laborais e identificação dos principais fenómenos de desregulação Reuniões com os parceiros sociais (representantes das empresas e de trabalhadores do setor) e institucionais (PSP, Segurança Social); Promoção de processo de autorregulação setorial com destaque para a elaboração de uma Recomendação às empresas de segurança privada, empresas ou entidades públicas ou privadas utilizadoras de serviços de segurança privada e, Declaração conjunta dos parceiros sociais sobre valores mínimos a contratar por respeito da Contratação Coletiva Setorial. Divulgação do projeto através da Internet, com ligação aos parceiros sociais, nota à comunicação social; envio de ofícios a entidades privadas (confederações empresariais, ordens profissionais, todas as empresas do setor, entre outras) e a entidades da administração central, local e regional; envio de cerca de 2225 emails a entidades de vários setores de atividade Conceção de Guia de Ação Inspetiva com definição de instrumentos e metodologia inspetiva Identificados cerca de 35 inspetores pivot, realização de workshop, envolvidos cerca de 174 inspetores de todos os serviços desconcentrados e Visitadas 77,88% das empresas licenciadas do setor, abrangendo um universo de 4.115 trabalhadores em 928 locais de trabalho. Justificação dos desvios Tendo em conta a meta de 160 locais de trabalho estabelecida no Plano de Atividades ACT 2012, e o número de locais de trabalho efetivamente visitados no decurso do presente projeto (928),verifica-se um desvio positivo de 580%. 59

3.6. Campanha trabalhar no estrangeiro Identificação do Projeto P.17 - Campanha trabalhar no estrangeiro Objetivos Promover e inspecionar as condições de trabalho Promover, organizar e apoiar ações de informação, formação e divulgação Gerir participações institucionais e representatividades Atividades previstas Definição de conteúdos para os instrumentos de comunicação Acompanhamento da edição de todos os instrumentos de comunicação Divulgação Atividades realizadas Definição dos conteúdos da ACT para o folheto Trabalhar no Estrangeiro. Definição dos conteúdos da ACT para a brochura Trabalhar no Estrangeiro. Acompanhamento da edição do folheto Trabalhar no Estrangeiro. Acompanhamento da edição da brochura Trabalhar no Estrangeiro. Acompanhamento da edição do folheto Trabalhar em Angola. Acompanhamento da edição do folheto Trabalhar na Suíça. Acompanhamento da edição do folheto Trabalhar no Brasil. Acompanhamento da edição do folheto Trabalhar em França. Acompanhamento da preparação do SPOT TV Trabalhar no Estrangeiro. Divulgação interna na intranet. Divulgação externa na internet. Divulgação nos Dias Europeus do Emprego (25-10- 2012). Divulgação nos Dias Europeus do Emprego (25-10- 2012). Remessa de folhetos e brochuras em suporte papel para serviços desconcentrados da ACT Justificação dos desvios Metas: Definição de conteúdos/ Acompanhamento da edição de todos os instrumentos de comunicação: 3 - Divulgação: 2 Taxa de execução 300% (9/3= 3) Taxa de execução 250% (5/2=2,5) 60

4. Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito da ACT Quadro V.13 - Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito tratados pela ACT em 2012 - por tipo de acidente Tipo de acidente Ano da ocorrência 2011 2012 % Nas instalações 128 117 78,5 In itinere 14 16 10,7 Em viagem, transporte ou circulação 19 16 10,7 Total 161 149 100 Quadro V.14 - Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito tratados pela ACT em 2012 - por atividade económica Secção CAE Designação N.º acidentes mortais Total % A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 23 15,4 B Indústrias extrativas 5 3,4 C Indústrias transformadoras 34 22,8 D Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 0 0,0 E Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição 1 0,7 F Construção 42 28,2 G Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos 9 6,0 H Transportes e armazenagem 10 6,7 I Alojamento, restauração e similares 1 0,7 J Atividades de informação e de comunicação 0 0,0 K Atividades financeiras e de seguros 1 0,7 61

Secção CAE Designação N.º acidentes mortais Total % L Atividades imobiliárias 1 0,7 M Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 2 1,3 N Atividades administrativas e dos serviços de apoio 4 2,7 O Administração Pública e defesa; Segurança Social obrigatória 2 1,3 P Educação 0 0,0 Q Atividades de saúde humana e apoio social 2 1,3 R Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 1 0,7 S Outras atividades de serviços 0 0,0 T U Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção das famílias para uso próprio Atividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 1 0,7 0 0,0 Cae ignorada 9 6,0 TOTAL 149 100 62

VI ÁREA DA PROMOÇÃO DA SST

VI. Área da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho 1. Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho 2008-2012 A Estratégia Nacional para a Segurança e Saúde no Trabalho (ENSST), aprovada em Conselho de Ministros de 1 de Abril de 2008, através da Resolução n.º 59/2008 é o referencial fundamental de ação da Autoridade para as Condições do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho, para o período de referência: 2008 2012. Esta Estratégia, que ancorou na Estratégia Europeia para a SST 2007-2012, teve por objetivo central a redução dos acidentes de trabalho e das doenças relacionadas com o trabalho e tomou como ponto de partida a realidade nacional, encontrando-se estruturada de forma a conseguir um maior e mais efetivo cumprimento da lei. É de destacar de entre as medidas executadas por Portugal a divulgação de informação sobre as entidades integrantes da Rede Nacional de Prevenção de Riscos Profissionais, nomeadamente através da publicitação de todas as iniciativas desenvolvidas pelos elementos da referida Rede, a promoção duma estreita articulação entre as estruturas da Administração Pública do continente e das regiões autónomas e a revitalização do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho. A publicação da Lei 102/2009 traduziu também a concretização de duas medidas que integravam a ENSST: a promoção de alterações legislativas para agilizar os procedimentos de autorização de serviços externos de SST e a definição de metodologias e procedimentos agilizadores do processo de autorização das empresas prestadoras de serviços. 64

2. Atividades da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho 2.1 Ações de informação e sensibilização As atividades desenvolvidas no âmbito da Promoção da Segurança e Saúde no trabalho visam fundamentalmente dotar os atores laborais e sociais de informação que garanta uma melhoria sustentada das condições de segurança e saúde no trabalho sendo de destacar as campanhas de informação e inspeção desenvolvidas nos setores agrícolas e de construção civil que objetivaram a consciencialização das matérias de segurança e saúde em setores que revelam recorrentemente índices de acidentes de trabalho elevados. Por seu lado, a campanha de riscos psicossociais desenvolvida no setor da saúde deu especial atenção aos riscos psicossociais nos locais de trabalho promovendo por um lado, a avaliação desses riscos e por outro incrementando a melhoria da qualidade das avaliações de riscos existentes. AÇÕES DESENVOLVIDAS Nº AÇÕES Ações de sensibilização em empresas municipais e autarquias e setor privado 57 Ações de sensibilização em meio escolar e educativo 295 Campanha Trabalho Florestal e Agrícola * 32 Campanha Espaços confinados agricultura* 15 Campanha Espaços confinados - construção civil* 67 Campanha Riscos psicossociais* 10 *A que acrescem outras ações em sede de atividade inspetiva 2.2 Atividades no âmbito da representação da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho Ponto Focal Nacional A Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (AESST) é o organismo da Comissão que tem como missão recolher e tratar informação técnico - científica de segurança e saúde no trabalho, assim como difundir o conhecimento através de uma rede de informação. 65

A rede da AESST, constituída pelos parceiros sociais, comunidade técnico - científica, técnicos de SHT, peritos de SST, parceiros institucionais e empresas, é gerida em cada Estado-membro pelo Ponto Focal Nacional, que assegura as tarefas de recolha e troca de informação e representa a AESST no EM. As atividades no âmbito da representação da EU-OSHA em Portugal, têm como missão difundir a informação fiável, equilibrada e imparcial no domínio da SST que a EU-OSHA detém e que a disponibiliza através de uma rede de informação. Além disso, recolhe e comunica à EU-OSHA informação sobre o estado em matéria de SST, neste estado membro. O PFN procede, ainda, à gestão da área colaborativa da Intranet dedicada às Notícias da EU-OSHA e à conceção e gestão dos conteúdos da área da EU-OSHA da página da Internet da ACT. Ainda no âmbito da representação da EU-OSHA a nível nacional, o PFN promoveu a conceção e dinamização das iniciativas da Campanha Europeia Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis. Bom para si. Bom para a empresa. A decorrer desde 2000, esta campanha (anteriormente conhecida como «Semanas Europeias para a Segurança e Saúde no Trabalho») é uma das principais ferramentas da EU-OSHA destinadas a sensibilizar para as questões relacionadas com a segurança e a saúde no trabalho e a promover a ideia de que a segurança e a saúde são boas para o negócio. No biénio 2012-13 tem como tema Juntos na Prevenção dos Riscos Profissionais, o qual visa durante estes 2 anos, percorrer o pais e sensibilizar a comunidade em geral para as questões da SST, através de seminários, workshops, jornadas, colóquios, encontros e outras iniciativas. 66

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Seminários (organizados pelo PFN e com representação da ACT, enquanto PFN da EU-OSHA) N.º 35 Exposição Fotográfica (locais de exposição) 16 Validação de Traduções (Facts, Material da Campanha - onde se incluem os folhetos, guias, apresentações PowerPoint e documentos do Prémio Europeu de Boas Práticas- ESENER, Napo e outros) Prémio Boas Práticas (candidaturas entradas, com seleção das duas melhores por um júri nacional tripartido, e posteriormente enviadas ao júri europeu) 21 10 Anúncios Intranet 71 Anúncios Internet 10 Comunicados de Imprensa 10 2.3 Serviços de Segurança no trabalho A Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro define que as entidades empregadoras devem organizar os serviços de segurança e saúde no trabalho de acordo com as seguintes modalidades: Serviço interno; Serviço externo; Serviço comum. Para além destas modalidades de organização dos serviços, em empresas ou estabelecimentos ou conjuntos de estabelecimentos distanciados até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo até 9 trabalhadores e cuja atividade não seja de risco elevado, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas diretamente pelo próprio empregador ou por um ou mais trabalhadores por si designados, desde que possuam formação adequada, validada pela ACT e permaneçam habitualmente nos estabelecimentos. 67

2.3.1. Autorização para a prestação de serviços externos de segurança no trabalho Esta atividade de autorização de serviços externos de segurança no trabalho visa garantir as necessárias competências para o desempenho das atividades de segurança nos locais de trabalho. Paralelamente à instrução dos processos de autorização para a prestação de serviços externos, em 2012 e à semelhança do ano anterior, prosseguiu-se com as auditorias às entidades autorizadas, com vista à verificação da manutenção dos requisitos que tiveram na origem da autorização concedida. Como corolário destas atividades, foram auditadas 196 entidades, tendo sido concedidas neste mesmo ano um total de 35 autorizações para a prestação de serviços externos de segurança no trabalho, o que elevou para cerca de 435 o número total de entidades autorizadas para o exercício desta atividade, desde o início do processo. Quadro VI.1 Autorização das entidades prestadoras de serviços externos de segurança do trabalho 2012 Entidades vistoriadas 67 Autorizações concedidas 35 Alterações a autorizações já concedidas 89 Suspensão de autorização 8 Revogações de autorização 8 Entidades auditadas 196 Taxas geradas (em ) Vistoria 162.500 Apreciação de requerimento 51.100 Total 213.600 68

2.3.2. Dispensa de serviços internos e adoção de acordos para serviço comum de segurança no trabalho Em determinadas circunstâncias, os empregadores podem ser dispensados de organizar os serviços de segurança e saúde no trabalho na modalidade de serviços internos podendo, em alternativa, recorrer a outras formas de organização dos mesmos serviços comuns ou serviços externos -, necessitando para tal, de uma autorização prévia por parte da ACT. Neste âmbito foram autorizados 2 pedidos. 2.3.3. Autorização para o exercício das atividades de segurança no trabalho por trabalhador designado, ou pelo próprio empregador No âmbito desta modalidade de exercício das atividades de segurança no trabalho, foram instruídos cerca de 40 pedidos para o exercício destas atividades por trabalhador designado ou pelo próprio empregador. 2.4. Certificação de competências em segurança no trabalho (técnicos e técnicos superiores) e formação profissional A ACT no âmbito da competência certificadora que lhe foi atribuída pelo Decreto Lei n.º 110/2000 de 30 de Junho emite os certificados de aptidão profissional dos técnicos e técnicos superiores de segurança no trabalho, bem como procede à homologação dos respetivos cursos de formação profissional. Em 29 de Novembro de 2012, entrou em vigor a Lei 42/2012, de 28 de Agosto, que revoga a anterior legislação relativa e impõe um novo regime de certificação de entidades formadoras, competência que vem substituir a homologação, validação e o reconhecimento de cursos de segurança no trabalho. É de referir também a extinção da renovação dos certificados de aptidão profissionais dos técnicos e técnicos superiores de segurança no trabalho que passam a ser designados de títulos profissionais. Desta forma, os referidos títulos profissionais passam a não ter qualquer período de validade devendo no entanto ser garantida a atualização cientifica e técnica em cada período de 5 anos. 69

Face a esta alteração legislativa, em 2012 deu-se inicio a procedimentos de enquadramento e de preparação do novo manual de certificação, nomeadamente nomeação de um grupo de trabalho, elaboração e disponibilização de formulários e contactos com as entidades envolvidas no processo de certificação decorrentes da referida alteração legislativa. 2.4.1. Certificação de técnicos e técnicos superiores de segurança No âmbito desta atividade foram desenvolvidas as seguintes ações: Quadro VI.2 Emissão e Renovação de Títulos Profissionais 2012 Títulos emitidos: Técnico 609 Técnico superior 2340 Títulos renovados: Técnico 340 Técnico superior 1471 Total de Títulos emitidos 2949 Total de Títulos renovados 1811 Taxas geradas (em ) 192.262,46 2.4.2. Processos de autorização no âmbito da formação profissional em segurança do trabalho A realização de cursos de formação inicial para técnicos e técnicos superiores de segurança no trabalho pressupõe a respetiva homologação prévia, tal como a autorização para a realização de novas ações (Decreto-Lei n.º 110/2000, de 30 de Junho, alterado pela Lei nº14/2001, de 4 de Junho e pela Portaria n.º 137/2001, de 1 de Março ). 70

Quadro VI.3 Homologação de cursos para técnicos e técnicos superiores de ST 2012 Entradas deferidas Em análise Técnico 48 28 15 Técnico superior 26 6 15 Total 74 34 30 No quadro seguinte apresenta-se o número de novas ações realizadas no âmbito de homologações concedidas. Quadro VI.4 Autorização de novas ações de formação inicial para técnicos e técnicos superiores de ST 2012 Entradas deferidas Em análise Técnico 38 32 3 Técnico superior 117 95 19 Total 155 127 22 Quanto à formação contínua as autorizações da ACT compreendem os processos de reconhecimento de ações de formação para a renovação dos certificados de aptidão profissional, consistindo em percursos formativos de 30 ou 100 horas, conforme os candidatos à renovação demonstrem ter mais ou menos de dois anos de atividade profissional, respetivamente. Para além dos processos de reconhecimento, a ACT a formação respeitante aos trabalhadores designados e aos empregadores, tendo em vista o exercício dessas funções. Quadro VI.5 - Reconhecimento e validação de formação contínua em ST 2012 Entradas deferidas Em análise Reconhecimentos 108 65 23 validações 37 33 3 71

Os processos de autorização em matéria de formação profissional em SHT encontram-se sujeitos à cobrança de taxa em alguns atos (homologação de cursos, autorização de novas ações e reconhecimento de ações) que, no ano de 2012, gerou um montante de receita de 38.257,96. À ACT compete participar nos júris de avaliação de trabalhos finais dos cursos de formação inicial de técnico e de técnico superior de ST. Neste âmbito, a ACT esteve presente, a nível nacional, em 56 júris de nível 4 e 49 júris de nível 6. Esta participação da ACT é efetuada no âmbito do acompanhamento das entidades formadoras e permite aferir alguns aspetos relacionados com a qualidade pedagógica destes cursos de formação profissional. 2.5. Apoio a projetos no âmbito da segurança e saúde no trabalho A atividade desenvolvida em 2012 no âmbito dos projetos de segurança e saúde no trabalho, verificou-se ao nível do apoio técnico para apresentação das candidaturas e reformulação de projetos apresentados, na apreciação e instrução para decisão do apoio a conceder aos projetos. As candidaturas apresentadas têm enquadramento no Regulamento de Gestão dos Apoios no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos Profissionais com base em três tipos de ações: Informação/Divulgação, Formação e Estudos/Investigação. Em 2012 deu-se início aos trabalhos de preparação do novo Regulamento de Gestão dos Apoios, o qual foi apresentado, para discussão e aprovação, em Conselho Consultivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, encontrando-se ainda em fase de discussão. Durante o ano, foram instruídos 94 projetos, os quais tiveram expressão financeira no montante global de 1.158.931,40. 72

Gráfico VI.1 Projetos apoiados, por tipo de promotor em 2012 TOTAL Outros 94 27.544,42 6 1.158.931,40 Estabelecimento de ensino/comunidade técnico Associação Patronal/Empresarial Associação Sindical 20 11 57 256.492,88 232.339,92 642.554,18 0 400000 800000 1200000 Gráfico VI.2 Projetos apoiados, por tipo de ação 2012 TOTAL 94 1.158.931,40 Estudos/Investigação 4 110.471,66 Formação 40 455.369,15 Informação/Divulgação 50 593.090,59 0 400000 800000 1200000 73

VII ATIVIDADES DE GESTÃO INTERNA

VII. Atividades de Gestão Interna Estão atribuídas à Direção de Serviços de Apoio à Gestão um conjunto de competências específicas, designadamente em matéria de gestão de recursos humanos, gestão das TIC e gestão administrativa, financeira e patrimonial, e neste âmbito tem constituído preocupação, a modernização dos sistemas de informação e dos métodos de trabalho, a progressiva valorização e requalificação dos recursos humanos e a racionalização da despesa. 1. Recursos Humanos A Divisão de Formação e Recursos Humanos, no ano de 2012, continuou a desenvolver as competências estabelecidas na Lei Orgânica da ACT. Foram elaborados regulamentos, designadamente, os regulamentos de Horário de trabalho, Equiparação a Bolseiro e Bolsa de Formadores, procurando-se coligir regras de funcionamento interno. Para além disso a Divisão participou juntamente com a Secretaria-Geral e a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), na elaboração de um Acordo Coletivo de Trabalho para a ACT, que se encontra já em fase de finalização. Foi porém na Formação, porque se trata de uma área muito importante e que contribui com um objetivo para o QUAR da ACT, que melhor se pode discriminar o trabalho desenvolvido. Formação Na área dos Recursos Humanos vai ser analisada mais em detalhe, a valorização das competências profissionais dos trabalhadores através da formação, por constituir um dos objetivos do QUAR de 2012. 75

Os recursos humanos, financeiros e materiais previstos para a execução das atribuições dos DFRH no âmbito formativo, foram investidos na organização, planeamento, execução e avaliação das intervenções formativas previstas no Plano de formação e entendidas como prioritárias, assim como formações com interesse para a atuação da ACT e que não constaram deste documento. Nesta medida, foram registados 34 cursos, decompostos em 73 ações, que perfizeram um total de 26613 horas em ações de formação. Dos 34 cursos assinalados, 24 inserem-se na categoria das intervenções extra-plano 1 que se caracteriza por formações não previstas no Plano de Formação mas determinantes para a persecução das atividades da ACT. Do Plano 2 de formação foram organizados 8 cursos dos quais 4 se enquadram na formação interna e 6 na formação externa, totalizando 36 ações (28 ações internas, 8 externas), com 494 formandos. Globalmente, obtivemos 655 participantes e 1271 participações 3 no universo de 893 trabalhadores existentes na ACT à data de 31 de Dezembro, com uma taxa de participação 4 de 73%. Quadro VII.1 Valor global da formação interna e externa Formação Total cursos Total ações Total formandos Formação interna 5 11 44 1148 Formação externa 6 23 29 123 TOTAL 34 73 1271 1 Formação que resulta da identificação de necessidades de formação por dirigentes, fruto de obrigações legais, pedidos formulados por trabalhadores em que os custos são inteiramente suportados pela ACT. 2 Formações realizadas: Tráfico de seres humanos para exploração laboral/trabalho forçado; Segurança nos trabalhos em estaleiros temporários ou móveis; Movimentação Manual de Cargas; SIADAP; Forgep; Atendimento ao Público; Inglês; Workshop Prático de contratação Pública 3 Total de trabalhadores que em cada grupo participou em pelo menos uma ação de formação. 4 Total de participantes em formação/total de efetivos x 100 5 Formação organizada e gerida pela ACT, que constou do Plano de Formação e extra-plano.. 6 Formação adquirida a outra entidade independentemente do local onde é ministrada. 76

Ao nível dos projetos formativos, importa destacar as formações iniciadas em 2012 e a concluir em 2013, em cumprimento de diretrizes governamentais no âmbito da sensibilização/formação, na matéria do Tráfico de seres humanos para exploração laboral, dos inspetores de trabalho e ainda do Atendimento ao público 7, bem como da formação dos inspetores e demais trabalhadores no âmbito das alterações ao Código de Trabalho. Também de igual importância, as formações no âmbito da segurança e saúde no trabalho, na vertente da Segurança nos trabalhos em estaleiros temporários ou móveis, Movimentação manual de cargas e Segurança e Saúde em espaços confinados. Modalidade Formativa Em termos de modalidade formativa interna, verificou-se a consolidação da formação a distância com recursos a plataformas e-learning, iniciada em 2011 com a concretização de 3 ações de formação. Quadro VII.2 Modalidade formativa formação interna Modalidade formativa Total cursos Total ações Total formandos Presencial 8 34 646 e-learning 3 10 625 8 Áreas de Formação A partir dos dados recolhidos, é evidente o domínio da área inspetiva na formação interna e externa, embora se tenha verificado o aumento do volume de formação ministrado em outras áreas de conhecimento, nomeadamente na segurança e saúde no trabalho e relacional. 7 RCM nº 89/2010 de 17 de novembro. 8 Formações em e-learning: Movimentação Manual de Cargas; Segurança e Saúde em Espaços Confinados, Código do Trabalho e alterações 77

Quadro VII.3 Total por área de formação interna e externa Área de formação Total de cursos Total de ações Total de formandos Inspetiva 6 16 646 SST 4 12 313 Gestão 12 14 90 Regulação 10 13 62 Relacional 9 1 16 159 Informática 0 0 0 Línguas 1 2 1 Formação por Grupo Profissional Comparativamente com as restantes carreiras, a carreira inspetiva mantêm o maior volume de horas de formação e de participações, respetivamente com 14005 e 692. Gráfico VII.1 - Formação por grupo profissional - Participações 10 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Ações internas/nº de Participações Ações externas/nº de Participações TOTAL Nº de Participações 9 Competências relacionais/comportamentais que influenciam o desempenho no trabalho para cargos dirigentes e restantes trabalhadores, como sejam liderança, gestão de conflitos, atendimento ao público e outras. 10 Total de trabalhadores que em cada grupo participou em pelo menos uma ação de formação. 78

Formação por Género A predominância de trabalhadores do sexo feminino no mapa de pessoal da ACT, explica o número significativamente superior de formandos deste género comparativamente com os formandos do sexo masculino Gráfico VII.2 Total de participações por género 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Total part. Género - Formação interna Total part. Género - Formação externa Masculino Feminino 2. Área patrimonial e financeira No âmbito da Divisão Patrimonial e Financeira, foram executadas diversas atividades destinadas a assegurar o normal funcionamento do serviço, nomeadamente, a elaboração do projeto de orçamento, os documentos de prestação de contas, o acompanhamento da execução financeira, os procedimentos administrativos subjacentes ao ciclo da despesa, a reparação e conservação das instalações e diversos serviços de apoio. 79

Relativamente a obras de empreitada não foi efetuada nenhuma obra de vulto, mas ao longo do ano foram realizadas reparações de melhoria em diversas instalações. Foram concluídos os processos iniciados no ano de 2011 para a cessação do contrato de arrendamento das instalações da ACT na Rua Vale Formoso, nº 95 A/B em Lisboa e das instalações da ACT na Av. José de Almeida, nº 23-3º andar direito em Viseu. Foram renegociados os contratos da Rua Bernardo Francisco Costa, n.º 68, 1.º Esq., em Almada representado uma redução de encargos no valor de 2.162,28 /ano e da Rua Alexandre Herculano, n.º 138, em Bragança, representado uma redução de encargos no valor de 5.924,76 /ano. No que concerne à execução do Orçamento do ano de 2012, refira-se que se atingiu uma taxa de execução de 92%. Os quadros a seguir refletem a execução orçamental. Quadro VII.4 Orçamento por fontes de financiamento Orçamento de Funcionamento/Receita com transição de Saldos por Fonte de Financiamento FF 111 121 123 129 212 Designação Receitas Gerais não afetadas a Projetos Cofinanciados Saldos de Receita própria transitados Receita Própria do ano com possibilidades de transição Receita Própria entre organismos FEDER PO Fatores de competitividade Orçamento Corrigido 2012 Execução Orçamental 2012 Realizaçã o % 6.675.890,00 6.569.895,00 98% 3.104.381,00 3.104.381,00 100% 6.536.151,00 6.114.633,00 94% 20.491.374,00 18.435.201,00 90% 392.990,00 0,00 0% TOTAL 37.200.786,00 34.224.110,00 92% 80

Quadro VII.5 Orçamento agrupamento económico Orçamento de Funcionamento/Receita com transição de Saldos Código Grupo económico das Despesas Orçamento Corrigido 2012 Execução Orçamental 2012 01.00.00 Despesas com pessoal 23.959.049 23.685.409,35 02.00.00 Aquisição de Bens e Serviços 6.988.577 5.330.844,28 04.00.00 Transferências Correntes 5.156.482,00 4.959.251,41 06.00.00 Outras despesas Correntes 7.500,00 5.772,37 07.00.00 Aquisição de Bens de capital 1.089.178,00 242.833,26 TOTAL 37.200.786,00 34.224.110,67 3. Sistemas de Informação No ano de 2012 foi concluída a instalação de postos de trabalho com sistemas operativos então suportados pela Microsoft, Windows XP, nos serviços centrais e desconcentrados da ACT a par da substituição dos equipamentos mais desajustados. Parte considerável dos equipamentos não substituídos foram alvo de upgrades para prolongar o seu período de utilização. Instalou-se uma solução para alojamento de bases de dados SQL que potenciará uma poupança futura a nível de licenciamento, encargos de manutenção e operação com a gradual instalação na mesma das bases de dados existentes de forma dispersa. Já se encontra, na solução criada, a instância de base de dados subjacente à intranet da ACT. No que diz respeito à criação de condições de infraestrutura mais adequadas à necessária disponibilização de sistemas e soluções avançou-se com os seguintes trabalhos: foi criada infraestrutura de rede nas novas instalações da ACT de Bragança; em Tomar foi possível garantir conectividade entre ambas as instalações na Rua Serpa Pinto; 81

em Santarém conseguiu-se passar fibra e garantir adequada conectividade entre as instalações e a loja; em Castelo Branco ligou-se por fibra os pisos ocupados pelo serviço desconcentrado. Também, como medida para incrementar a poupança de comunicações fixas entre serviços da ACT já com telefonia IP disponível, foram implementados mecanismos para converter, de forma automática, os n.ºs de telefone públicos de serviços da ACT nas respetivas extensões. Com esta medida garantiu-se que, entre estes serviços, as comunicações fixas têm encargo nulo mesmo quando o utilizador tenta fazer a ligação por n.ºs públicos dos serviços. Em 2012 foi também incrementado o débito de acesso à internet. A solução SINAI passou a contar com mecanismos para garantir métricas para avaliação de serviços. Foi instalada a solução crhonus que permitirá desmaterializar processos referentes a gestão de férias e assiduidade de todos os trabalhadores da ACT com integração com aplicações de recursos humanos. A aplicação que permite a leitura de dados de tacógrafos digitais TisOffice foi atualizada e criadas condições para que esteja disponível em todos os computadores de ACT para que a possam aceder os utilizadores que a ela devem ter acesso no âmbito das suas funções. Foi realizada uma ação global para garantir a adequação do software instalado nos postos de trabalho conforme licenciamento existente. O maior desafio de 2012, em virtude do fim da prestação das empresas especializadas de serviços na área informática, foi garantir a passagem de conhecimento para os técnicos que constituem a equipa da DSI tentando manter os mesmos níveis de serviço e disponibilidade de sistemas e soluções. As funções de helpdesk passaram também a ser garantidas, exclusivamente, por recursos da DSI. A DSI, durante 2012, recebeu e resolveu 3385 pedidos de assistência solicitados via helpdesk. 82

VIII OUTRAS ATIVIDADES

VIII. Outras Atividades 1. Relações internacionais A atividade principal das Relações Internacionais caracterizou-se pela coordenação e acompanhamento das representações a nível internacional da ACT, nas suas duas áreas funcionais Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho e Inspeção do Trabalho, de acordo com os seguintes objetivos: Reforçar as relações da ACT a nível internacional, nas áreas da inspeção do trabalho e da promoção da segurança e saúde no trabalho, desenvolvendo a cooperação com organizações congéneres e promovendo o acompanhamento dos programas, projetos e ações de cooperação; Organizar e desenvolver as atividades relativas à deslocação e acolhimento de representantes de instituições e entidades europeias e internacionais no âmbito do relacionamento externo da ACT; Desenvolver procedimentos relativos às deslocações e participações em reuniões, seminários, colóquios, grupos de trabalho e outros eventos decorrentes das relações internacionais da ACT. A atividade desenvolveu-se no âmbito da cooperação multilateral, da cooperação bilateral, enquanto ponto focal de algumas organizações de dimensão europeia e internacional, assim como através da participação em redes internacionais de troca de informação. 1.1. Cooperação multilateral No âmbito das atividades da cooperação multilateral, a coordenação das representações da ACT a nível internacional desenvolveu-se, principalmente, no âmbito das seguintes entidades e organizações: 84

Quadro VIII.1 Cooperação multilateral - entidades COOPERAÇÃO MULTILATERAL Entidades e organizações Organização Internacional do Trabalho (OIT), no âmbito dos Programas Trabalho Digno, Combate ao Trabalho Forçado e ao Tráfico de Seres Humanos, Diálogo Social, Trabalho Não Declarado e Ilegal e Eliminação do Trabalho Infantil. Associação Internacional da Segurança Social (AISS) - organização internacional que agrupa instituições e organismos que têm por objetivo gerir, nos diferentes países, matérias de Segurança Social - nomeadamente, no Comité Educação e Formação para a Prevenção e no Comité para a Prevenção dos Riscos Profissionais na Agricultura. Rede Internacional das Instituições de Formação na Área do Trabalho (RIIFT) que tem como objetivo fundamental contribuir para a promoção dos objetivos da OIT nas instituições membros. Comité dos Altos Responsáveis das Inspeções do Trabalho da União Europeia (CARIT) que tem por objetivo dar parecer à Comissão Europeia, sobre todos os problemas relacionados com o controlo, pelos Estados Membros, da aplicação do Direito Comunitário em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho. Programa de Assistência Técnica nos domínios da transposição e implementação da legislação da União Europeia (TAIEX) que consiste num instrumento da Direção Geral do Alargamento da Comissão Europeia para assistência técnica no domínio da transposição e implementação da legislação da União Europeia. Comité Consultivo para a Segurança e Saúde no Trabalho que tem como função assistir a Comissão Europeia na preparação, aplicação e avaliação de qualquer iniciativa relativa à segurança e à saúde no local de trabalho. Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) - organização de representação tripartida, com sede em Bilbao, que tem por missão promover a difusão da informação sobre Segurança e Saúde no Trabalho. Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (EUROFOUND) organização de representação tripartida da União Europeia, com sede em Dublin, que tem por missão contribuir para a conceção e o estabelecimento de melhores condições de vida e de trabalho. Associação Internacional da Inspeção do Trabalho (AIIT) organização de âmbito mundial que representa e coordena os assuntos relacionados com a Inspeção do Trabalho no âmbito dos países que a integram. Responsabilidade Social das Empresas (RSE) Grupo de Alto Nível que tem uma tripla função: troca de informação sobre os desenvolvimentos em Responsabilidade Social das Empresas ao nível da EU, a contribuição para o desenvolvimento e a implementação de uma estratégia da União Europeia sobre Responsabilidade Social das Empresas e troca estruturada de informações sobre estratégias e planos nacionais de Responsabilidade Social das Empresas. 85

1.2. Relações bilaterais No campo da atividade referente a relações bilaterais, o desenvolvimento desta cooperação realizou-se no âmbito de relações com as Inspeções do Trabalho dos países da CPLP e de Protocolos celebrados com as organizações congéneres. 1.3. Pontos focais No âmbito da atividade referente aos Pontos Focais, são atribuídas à ACT competências de representação enquanto Ponto Focal das seguintes entidades e organizações: Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA); Centro Internacional de Informação sobre Higiene e Segurança no Trabalho (CIS-OIT) e Área do Trabalho Infantil da CPLP (OIT). 1.4. Redes Internacionais A ACT participou nas seguintes redes internacionais para troca de informações: Quadro VIII.2 Redes Internacionais - participações REDES INTERNACIONAIS Entidades e organizações Rede Mediterrânica de Formação e de Investigação em Segurança e Saúde no Trabalho (,METRONET) é a rede de contactos e de colaboração entre a ACT e os Institutos de Segurança e de Saúde no Trabalho de França, de Itália e de Espanha. A METRONET tem por objetivo o desenvolvimento da formação e da investigação em Segurança e Saúde no Trabalho. Rede Europeia de Segurança e Saúde no Trabalho (EUROSHNET) é a rede de profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho europeus envolvidos nas áreas da normalização, ensaios e certificação e/ou na investigação com elas relacionada. Esta rede tem por finalidade o estabelecimento de um processo de comunicação e de cooperação entre peritos europeus de Segurança e Saúde no Trabalho. Rede de Segurança e Saúde no Trabalho sobre substâncias perigosas legislação (OSH network on hazardous substances legislation) tem por objetivo pronunciar-se sobre as propostas de legislação comunitária de Segurança e Saúde no Trabalho sobre substâncias perigosas.. Rede Europeia de Educação e Formação em Segurança e Saúde no Trabalho (ENETOSH) é a rede de profissionais europeus de Segurança e Saúde no Trabalho que tem por objetivo a integração da Segurança e Saúde no Trabalho nos sistemas de educação e formação. 86

1.5. Outras atividades desenvolvidas - especificações Desenvolvimento de procedimentos necessários à concretização das diversas deslocações necessárias à representatividade internacional da ACT, segundo a distribuição seguinte: Gráfico VIII.1 Deslocações realizadas em 2012 por programa/projeto Identificação e caracterização das representações da ACT a nível internacional (no âmbito da União Europeia e de Países Terceiros), atentas as vertentes funcionais da ACT nas áreas da Inspeção do Trabalho e da Promoção da Saúde e Segurança no Trabalho. Estabelecimento e desenvolvimento continuado dos necessários contactos com as organizações mencionadas e, sendo o caso, com outras organizações congéneres da ACT (no âmbito ou não da União Europeia), para esclarecimentos e troca de informações decorrendo da representatividade da ACT, atentas outras ações que eventualmente se considerem implementar; Acompanhamento das atividades de Cooperação relativas ao reforço institucional dos PALOP e de Timor-Leste; Elaboração e/ou adequação de documento de base para Acordos de Cooperação (atentos os objetivos a atingir) a celebrar com organizações congéneres da ACT, na 87

área da Inspeção do Trabalho e da Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolvimento de todos os contactos e procedimentos inerentes à celebração dos referidos Acordos de Cooperação; Organização, receção e acompanhamento das visitas de Delegações internacionais à ACT conforme quadro seguinte. Quadro VIII.3 Visitas de delegações internacionais à ACT Visitas de Delegações internacionais à ACT LOCAL E DATA TEMA Lisboa, 26 a 30 Março Visita de Estudo a Portugal da Delegação Turca sobre trabalho não declarado (visita organizada pelo GEP e teve a participação da ACT no dia 26, 28 e 29 de Março) Aveiro, 22 Junho a 6 Julho isboa, 12 e 13 Setembro Lisboa, 24 Setembro Estágio de curta duração do Inspetor-Chefe Simão Lavres, de São Tomé e Príncipe Visita de Estudo da delegação da Inspeção de Trabalho da Estónia Encontro com Formandos de Organismos da Administração Pública dos PALOP s Lisboa e Setúbal, 15 a 26 Outubro Estágio Internacional de Inspetores do Trabalho de França promovido pelo INTEFP Lisboa, 30 Novembro Reunião sobre Tráfico de Seres Humanos com a presença de representantes da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) 88

2. Informação e documentação A área de Informação e Documentação está organizada em quatro vertentes que se interligam e complementam: Informação; Edições; Eventos; Centro de Recursos em Conhecimento. Desenvolve a sua ação no plano interno e externo, satisfazendo a procura dos seus clientes de acordo com a sua dupla vocação: de comunicar e de informar. É uma estrutura vocacionada para o apoio às principais áreas nucleares de ação da ACT, nomeadamente as componentes inspetiva e de prevenção dos riscos profissionais e de promoção da segurança e saúde no trabalho. No plano interno contribui, igualmente, e de forma estruturante, para o incremento das relações interpessoais, o fomento da cultura organizacional e o alinhamento dos profissionais da ACT com os objetivos e estratégias prosseguidas. No plano externo, procurou aprofundar o relacionamento com a comunicação social e os Parceiros Sociais, bem como com outras instituições nacionais e estrangeiras. 2.1. Informação Em 2012 foram rececionados 1.816 pedidos de informação via e-mail, dos quais cerca de 10% foram respondidos diretamente pela área. Em termos de atividades desenvolvidas importa salientar: Manutenção e desenvolvimento da intranet da de forma a adequá-la às necessidades da ACT Elaboração de novos conteúdos; Criação de novas áreas; 89

Criação de novas funcionalidades; Avaliação das necessidades junto dos vários serviços da ACT e criação conjunta de áreas e instrumentos de trabalho; Formação de funcionários da ACT na utilização da intranet. Manutenção e desenvolvimento do website institucional da ACT, destacando-se como tarefa principais: Identificação e correção dos problemas detetados no website; Revisão da estrutura de funcionalidades e de conteúdos do website; Elaboração de novos conteúdos e criação de novas áreas; Formação de funcionários da ACT, tendo em vista a atualização das áreas dos serviços onde estão inseridos. Coordenação das comemorações do DNPST de 2012 destacando-se, entre outras, as seguintes tarefas: Elaboração do briefing destinado à conceção da imagem gráfica da campanha de informação e divulgação e atualização do microsite associado ao Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho; Preparação de informação de suporte para os serviços da ACT - cartazes e de outros instrumentos de comunicação e respetiva divulgação; Elaboração de comunicados de imprensa; Organização das sessões comemorativas e apoio às iniciativas locais dos serviços desconcentrados; Preparação e divulgação da Newsletter ACTUAR específica para as comemorações do DNPST. Instrumentos de comunicação institucional edição da Newsletter ACTUAR, em formato digital e consolidação e alargamento da utilização da intranet. CLIPPING: Seleção das notícias e gestão do serviço de clipping; Organização de dossiers de imprensa em suporte digital; Apoio à gestão de topo na pesquisa e análise de informações 90

Em 2012 a ACT foi objeto de 2521 notícias em 180 órgãos de comunicação social. O número de artigos positivos ou neutros representou 90% do total das notícias sobre a ACT. Relativamente a oportunidades de contacto a ACT chegou a mais de 12 milhões de pessoas, tendo sido no último trimestre que ocorreu o ponto mais alto na publicação de notícias sobre a ACT. No que concerne aos meios de comunicação utilizados e análise qualitativa das notícias publicadas, os gráficos seguintes traduzem os respetivos resultados: Gráfico VIII.2 Meios de comunicação utilizados Gráfico VIII.3 Análise qualitativa das noticias Gráfico VIII.4 Comparação homóloga 2010-2011 - 2012 91