ESTUDO DA OBTENÇÃO DO CAXIRI A PARTIR DO MOSTO DE MASSA DE MANDIOCA HIDROLISADO. Agostinho Souza Rios¹; José Ailton Conceição Bispo²

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Transcrição:

ESTUDO DA OBTENÇÃO DO CAXIRI A PARTIR DO MOSTO DE MASSA DE MANDIOCA HIDROLISADO Agostinho Souza Rios¹; José Ailton Conceição Bispo² Resumo: A mandioca, (Manihot esculenta Crantz), é uma planta perene, arbustiva, pertencente à família das Euforbiáceas. A parte mais importante da planta é a raiz, rica em fécula, apresentando um alto teor de carboidratos, na forma de açucares, amido e outros polissacarídeos. Estes podem ser fermentados para a produção de bebidas alcoólicas e etanol. O trabalho realizado teve como objetivo avaliar os parâmetros físico-químicos da massa e da fécula de mandioca, a fim de analisar a sua relevância para a produção da bebida fermentada caxiri, um análogo a cerveja, a base de mandioca, consumida pelos indígenas, e ainda tem também como objetivo analisar os parâmetros enzimáticos e fermentativos da produção desta bebida. As análises foram realizadas com base nas normas analíticas oficiais vigentes, o processo de hidrolise do amido presente na fécula foi feito aplicando a enzima alfa-amilase à fécula em proporções distintas. As amostras foram coletadas a cada 1 minutos de hidrolise sendo posteriormente utilizadas para acompanhar o processo de conversão do amido a açucares que foi expresso em g de glicose por litro de solução. O processo de fermentação verificou a produção alcoólica utilizando o CO2, consumo de Brix e produção celular como parâmetros. PALAVRA CHAVE: Caxiri; Hidrólise; Fermentação; Mandioca. 1 INTRODUÇÃO Uma planta que possui uma grande quantidade de fécula em sua raiz é a mandioca, com nome cientifico Manihot esculenta Crant, sendo uma das matérias primas que origina diversos alimentos, como a farinha e beiju, produtos que são bem cultivados por diversas famílias de zonas agrárias. Apesar de ser cultivada em todo o país, a mandioca concentra-se mesmo em três estados, onde estão 5% da produção brasileira: Pará 19,1%, Bahia 16,5% e Paraná 14,4% (IBGE, 27). Diante da importância do cultivo da mandioca no país, a elaboração de novos produtos e aprimoramento dos já existentes com uso tecnológico se faz necessário para a diversificação da cultura e produção. O caxiri é uma bebida fermentada indígena, um tipo de cerveja, a base de mandioca e consumida por várias tribos indígenas. (MUSEUDOINDIO, 211). O desenvolvimento tecnológico da bebida Caxiri terá como auxilio as referências de publicações de artigos e capítulos de livros da bebida Tiquira, que é uma bebida fermentada e destilada de massa de mandioca como descreve Marney Pascoli Cereda no ¹ Acadêmico do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Bahia. Bolsista do Programa de Iniciação Científica da UEFS (PROBIC) ² Orientador, Professor do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) Bahia.

livro de Tecnologia de bebidas: Matéria Prima, processamento, BPF/APPCC, Legislação e Mercado. 2 MATERIAL DE MÉTODOS As análises físico-químicas foram todas realizadas de acordo com o Manual do Instituto Adolfo Lutz, as análise desenvolvidas foram de proteínas, açucares redutores totais, amido, cinzas, acidez, ph e umidade da massa de beiju que é produzida a parti da mandioca, matéria prima do caxiri. O processo de hidrólise foi desenvolvido em duas formas, a primeira com fécula/água (1:99, 2:98, 3:97, 4:96, 5:95, 6:94 e 7:93) e tempo de hidrólise (1 mim, 2 min, 3 min, 4 min, 5 min, 6 min) adicionada a mesma concentração de enzima a toda as amostras, cerca de 5 µl em 3 ml de solução para verificar o melhor processo hidrolítico, e a segunda de acordo como designado pela Novozyme (doadora das enzimas e leveduras) e Marney Pascoli Cereda no livro Tecnologia de Bebidas: Matéria Prima, Processamento, BPF/APPCC, Legislação e Mercado para a fermentação. O beiju foi transformado em farinha em um triturador, pesando 5 g da massa e adicionando 25 ml de água em um erlenmeyer de 5 ml. Logo após foi corrigido o ph com óxido de cálcio para a faixa de 6,2 a 6,8. Com o ph do mosto corrigido, é adicionada,15 ml da enzima alfa-amilase a temperatura ambiente e elevado à temperatura até 9 a 95 C com agitação durante 12 min. Após com a alfa-amilase, a temperatura é reduzida até 55 a 6 C e o ph corrigido para a faixa de 5, a 5,5, sendo adicionado,3 ml (,6 ml/kg de amido) da segunda enzima, que é a glucoamilase, deixando durante 4 horas com agitação, seguida com a fermentação para a produção da bebida. O mosto é regulado para a faixa de temperatura de 25 a 3 ºC, sendo adicionados,25g do fermento pré-inoculado, deixando o mosto fermentar até o Brix e o peso do reator pararem de diminuir. Durante a fermentação, a cada 6 horas, foram coletadas 1mL do mosto, verificando o valor do Brix e sequencialmente pesando-se o erlenmeyer. Com o mosto coletado, é feito a contagem de células na placa de neubauer. O peso do reator será usado para estimar a produção de CO 2 e logo após para serem feitos os cálculos do etanol equivalente. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na análise físico-química, de acordo com a tabela 1, os valores obtidos foram comparados com a da literatura para uma avaliação de uma possível mudança de características do usual. A maioria desses valores foram um pouco a baixo da literatura já produzida, porém sem nenhuma interferência significativa para a continuação do desenvolvimento do caxiri a parti do beiju obtido. A proteína presente no beiju é adequada também para a produção do caxiri, com quantidade favorável para a atuação de leveduras para a fermentação. O ph e a acidez titulável do beiju mostrou-se um pouco abaixo, porem é de fácil correção para o processo de hidrolise do beiju. Tabela 1 Analise Físico-quimica do Beiju Composição Base Umida (%) Base Seca (%) Literatura (%) Amido 74,6 84,63 86,66 Cinzas,92 1,4 1,72 Acidez Total Titulável,87 Nd nd ph 4,58 a 25 C Nd 6,38 Açúcares Redutores 1,83 2,8 2,12 Proteina 1,34 1,52 1,7 Umidade 11,85% nd

A análise enzimática realizada com várias concentrações (figura 1) demonstra que o melhor rendimento hidrolítico foi a concentração de 7 g/l da massa do beiju. Concentraçao de Glicose (g/l) 2 6 2 4 2 2 2 1 8 1 6 1 4 1 2 1 8 6 4 2-2 2 g /L 3 g /L 4 g /L 5 g /L 6 g /L 7 g /L 8 g /L 1 2 3 4 5 6 T e m p o (m in ) Gráfico 1 (Hidrólise enzimática de diferentes concentrações iniciais de amido pela enzima alfa-amilase.) Na hidrólise para a fermentação do beiju, obteve no final um mosto de 16,4 Brix, o que corresponde uma ótima hidrolise, já que o calculo teórico somente para o amido e açúcares redutores presente no beiju daria um mosto entorno de 15,3 Brix. Como o Brix é uma medição para os sólidos solúveis, esse valor acima do teórico, poderá ser devido também às proteínas, vitaminas e outros. Com um mosto de 16,4 Brix e correção de temperatura para a faixa de 25 a 3 C, foi inoculado e iniciado o processo de fermentação até ao tempo de 84 horas onde obteve-se uma bebida alcoólica com 58,79 g/l (Tabela 2) de etanol ou 7,45 GL considerando a densidade do álcool de,789 g/ml. A produtividade alcoólica foi de,7 g/l.h (Qp = 58,79 g/l / 84 h). Tempo Brix CO2 (g/l) EtOH eq (g/l) cels/cm³ LOG cels/cm³, 16,4,, 1,5E+5 5,17 12, 13,4 3,83 4, 7,5E+5 5,88 24, 12,8 8,83 9,23 2,E+6 6,29 36, 1, 16,27 17, 3,8E+6 6,57 48, 8,3 31,1 32,5 3,4E+6 6,53 6, 7,8 35,41 37, 5,E+6 6,7 75, 6,2 45,54 47,58 4,4E+6 6,65 84, 4,1 56,26 58,79 3,3E+6 6,51 Tabela 2 (Análise fermentativa)

2 Consumo de Substrato e Produção de Etanol Equivalente 1 Brix 1 5 EtOH, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, Tempo (h) Brix EtOH eq (g/l) CO 2 Produção de CO 2 (g/l) 6, 4, 2,,, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, Tempo (h) LOG (cels/cm³) 1, 9,5 9, 8,5 8, 7,5 7, 6,5 6, 5,5 5, 4,5 4, Concentração Celular 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo 4 CONCLUSÃO Gráfico (2,3 e 4) A produção de bebidas por meio da fermentação requer açucares fermentáveis que podem ser obtidos por meio da hidrolise enzimática do amido presente na mandioca, assim a massa de mandioca se mostra como potencial substrato para utilização na produção da bebida por apresentar teores significativos de amido. A aplicação da enzima alfa-amilase para a conversão de amido à açúcares fermentáveis teoricamente seria capaz de converter boa parte do amido em glicose, porém na prática na ausência de glico-amilase, a conversão nunca é completa, este fator pode ser comprovador por meio dos resultados de teor de glicose obtido, por isso geralmente utiliza-se as duas em conjunto. A bebida obtida com 7,45 GL demonstra compatibilidade com a maioria das bebidas alcoólicas, como por exemplo o vinho e a cerveja. Essa investigação levou o projeto então à uma abordagem inicial mais teórica do processo enzimático e fermentativo visando com isso o estudo do efeito de concentração de substrato e enzima onde por meio de simulações numéricas pode-se a partir deste vislumbrar-se situações biotecnológicas mais padronizados por abordar situações experimentais ainda não descritas na literatura.

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