PROJETO DE RELATÓRIO

Documentos relacionados
9994/17 jv/flc/rd 1 DGE 2A

RELATÓRIO. PT Unida na diversidade PT. Parlamento Europeu A8-0330/

BASE JURÍDICA OBJETIVO

ANEXOS. Regulamento da Comissão

Pense 2020 Roteiro para a Segurança Rodoviária Europa

ANEXO. da proposta de. Decisão do Conselho

ANEXO DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

8666/1/17 REV 1 am/ip 1 DGE 2A

PROJETO DE PARECER. PT Unida na diversidade PT. Parlamento Europeu 2017/0111(COD) da Comissão dos Transportes e do Turismo

Alteração 110 Anneleen Van Bossuyt em nome da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores ALTERAÇÕES DO PARLAMENTO EUROPEU *

ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES EUROPA EM MOVIMENTO

ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES

PROJETO DE RELATÓRIO

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, o n. o 1 do seu artigo 71. o,

B8-0434/2017 } B8-0435/2017 } B8-0450/2017 } RC1/Am. 50

PT Unida na diversidade PT A8-0205/396. Alteração

PROJETO DE RELATÓRIO

Década de Ação pela. Segurança no Trânsito VEÍCULOS SEGUROS

PROJETO DE PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO. Salvar Vidas: reforçar a segurança dos veículos na UE

As Inspeções Técnicas de Veículos. a Segurança Rodoviária

PROJETO DE RELATÓRIO

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 91. o,

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

***I PROJETO DE RELATÓRIO

REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO. de

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROJECTO DE RELATÓRIO

Diretrizes para elaboração do. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde

14894/16 jp/jm/jc 1 DGD 1C

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

PROJETO DE RELATÓRIO

PT Unida na diversidade PT A8-0475/66. Alteração. Anthea McIntyre em nome do Grupo ECR

PROJETO DE RELATÓRIO

PARLAMENTO EUROPEU Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores PROJETO DE PARECER

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 128/XII. Exposição de Motivos

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

PROJETO DE RELATÓRIO

A Importância das Inspeções de Segurança Rodoviária na Redução da Sinistralidade

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

Síntese do Parecer sobre a proposta de reformulação da Diretiva relativa à reutilização de Informações do Setor Público (ISP)

PROJETO DE RELATÓRIO

Comunicações e Informações. A Ata desta sessão foi publicada no JO C 147 de A Ata desta sessão foi publicada no JO C 156 de

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO. de [...]

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

PT Unida na diversidade PT A8-0341/61. Alteração. Flavio Zanonato em nome do Grupo S&D

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos PROJETO DE PARECER. dirigido à Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia

5130/15 ADD 1 ls/arg/mjb 1 DGG 3 A

Porto 15/05/2014. Jorge Jacob Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

(5) A fim de garantir uma transição harmoniosa e evitar perturbações, devem ser previstas medidas de transição adequadas.

Comissão dos Transportes e do Turismo PROJETO DE PARECER. da Comissão dos Transportes e do Turismo

ICTs and improving road safety

***I PROJETO DE RELATÓRIO

ANEXO. Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho

Tendo em conta a Comunicação da Comissão (COM(2002) 431 C5-0573/2002),

ASPETOS TÉCNICOS, HISTÓRICOS E LEGAIS RELACIONADOS COM OS VEÍCULOS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

DECISÃO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2016) 684 final.

PROJETO DE RELATÓRIO

ANEXO PROPOSTA DE REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

Conselho da União Europeia Bruxelas, 18 de junho de 2015 (OR. en)

(Atos não legislativos) REGULAMENTOS

Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA EQUIPAMENTO DE INFORMAÇÃO ATIVADO PELOS VEÍCULOS

Troca automática de informações obrigatória no domínio da fiscalidade *

Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO

PT Unida na diversidade PT A8-0206/368. Alteração

10115/17 ADD 1 1 GIP 1B

Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

SEGURANÇA RODOVIÁRIA. Paulo Marques, eng.º

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU. em conformidade com o artigo 294.º, n.º 6, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

9116/19 JPP/ds JAI.2. Conselho da União Europeia

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 207. o,

DECISÃO DE EXECUÇÃO (UE) /... DA COMISSÃO. de

Rumo a um Espaço Europeu de Segurança Rodoviária: orientações políticas sobre segurança rodoviária

PARLAMENTO EUROPEU Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores PROJETO DE PARECER

Motociclos. Sinistralidade rodoviária e recomendações para a sua redução. Prevenção Rodoviária Portuguesa

(Atos legislativos) DIRETIVAS

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2017) 602 final.

Proposta de DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

PROJETO DE SEGUNDO RELATÓRIO

PT Unida na diversidade PT A8-0205/214. Alteração

Orientações Regras e procedimentos das Centrais de Valores Mobiliários (CSD) aplicáveis em caso de incumprimento de participantes

PROJETO DE RELATÓRIO

9271/17 fmm/mam/ip 1 DGG 3 A

segurança da circulação em meio urbano 30 de Novembro de 2018

Segurança rodoviária: Pacote «Inspeção Técnica Automóvel» controlos mais rigorosos aos veículos, para salvar vidas

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Aliança para a prevenção rodoviária

Artigo 1. o O anexo 1 do acordo é substituído pelo texto que consta do anexo da presente decisão.

PT Unida na diversidade PT A8-0206/115. Alteração. Marita Ulvskog em nome da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

PT Unida na diversidade PT A8-0206/185. Alteração. Marita Ulvskog em nome da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

Transcrição:

Parlamento Europeu 2014-2019 Comissão dos Transportes e do Turismo 2017/2085(INI) 22.6.2017 PROJETO DE RELATÓRIO Salvar vidas: reforçar a segurança dos veículos na UE (2017/2085(INI)) Comissão dos Transportes e do Turismo Relator: Dieter-Lebrecht Koch PR\1128961.docx PE606.166v01-00 Unida na diversidade

PR_INI ÍNDICE Página PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU... 3 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS... 9 PE606.166v01-00 2/11 PR\1128961.docx

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU Salvar vidas: reforçar a segurança dos veículos na UE (2017/2085(INI)) O Parlamento Europeu, Tendo em conta o relatório da Comissão intitulado «Salvar vidas: reforçar a segurança dos veículos na UE Relatório sobre o acompanhamento e a avaliação dos dispositivos avançados de segurança dos veículos, a sua relação custo-eficácia e a sua exequibilidade, tendo em vista a revisão dos regulamentos relativos à segurança geral dos veículos e à proteção dos peões e outros utilizadores vulneráveis da estrada» (COM(2016)0787) e o documento de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanha (SWD(2016)0431), Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 661/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho de 2009, relativo às prescrições para homologação no que se refere à segurança geral dos veículos a motor, seus reboques e sistemas, componentes e unidades técnicas a eles destinados 1, Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 78/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de janeiro de 2009, relativo à homologação de veículos a motor no que diz respeito à proteção dos peões e outros utilizadores vulneráveis da estrada, que altera a Diretiva 2007/46/CE e revoga as Diretivas 2003/102/CE e 2005/66/CE 2, Tendo em conta a Diretiva 2014/47/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de abril de 2014, relativa à inspeção técnica na estrada dos veículos comerciais que circulam na União e que revoga a Diretiva 2000/30/CE 3, Tendo em conta a Diretiva (UE) 2015/413 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de março de 2015, que visa facilitar o intercâmbio transfronteiriço de informações sobre infrações às regras de trânsito relacionadas com a segurança rodoviária 4, Tendo em conta a Diretiva (UE) 2015/719, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2015, que altera a Diretiva 96/53/CE do Conselho que fixa as dimensões máximas autorizadas no tráfego nacional e internacional e os pesos máximos autorizados no tráfego internacional para certos veículos rodoviários em circulação na Comunidade 5, Tendo em conta a sua resolução, de 9 de setembro de 2015, sobre a aplicação do Livro Branco de 2011 sobre os transportes: balanço e via a seguir rumo à mobilidade sustentável 6, 1 JO L 200 de 31.7.2009, p. 1. 2 JO L 35 de 4.2.2009, p. 1. 3 JO L 127 de 29.4.2014, p. 134. 4 JO L 68 de 13.3.2015, p. 9. 5 JO L 115 de 6.5.2015, p. 1. 6 Textos Aprovados, P8_TA(2015)0310. PR\1128961.docx 3/11 PE606.166v01-00

Tendo em conta a sua resolução, de 3 de julho de 2013, sobre segurança rodoviária 2011-2020 Primeiros marcos para uma estratégia sobre feridos 1, Tendo em conta a sua resolução, de 27 de setembro de 2011, sobre a política europeia de segurança rodoviária de 2011 a 2020 2, Tendo em conta a sua resolução, de 15 de dezembro de 2011, sobre o «Roteiro do espaço único europeu dos transportes Rumo a um sistema de transportes competitivo e económico em recursos» 3, Tendo em conta a comunicação da Comissão intitulada «Uma estratégia europeia relativa aos sistemas cooperativos de transporte inteligentes, uma etapa rumo a uma mobilidade cooperativa, conectada e automatizada» (COM(2016)0766), Tendo em conta a comunicação da Comissão intitulada «Rumo a um espaço europeu de segurança rodoviária: orientações para a política de segurança rodoviária de 2011 a 2020» (COM(2010)0389), Tendo em conta a comunicação da Comissão intitulada «CARS 2020: Plano de Ação para uma Indústria Automóvel Competitiva e Sustentável na Europa» (COM(2012)0636), Tendo em conta o Livro Branco da Comissão intitulado «Roteiro do espaço único europeu dos transportes Rumo a um sistema de transportes competitivo e económico em recursos» (COM(2011)0144), Tendo em conta o relatório encomendado pela Comissão intitulado «Benefit and feasibility of a range of new technologies and unregulated measures in the field of vehicle occupant safety and protection of vulnerable road users» (Benefícios e viabilidade de um conjunto de novas tecnologias e medidas não regulamentadas no domínio da segurança dos ocupantes de veículos e da proteção dos utilizadores vulneráveis da estrada), elaborado pelo Transport Research Laboratory e publicado em 31 de março de 2015, Tendo em conta o documento de trabalho dos serviços da Comissão intitulado «Aplicação do objetivo 6 das orientações da Comissão Europeia para a política de segurança rodoviária de 2011 a 2020 Primeiros marcos para uma estratégia sobre feridos» (SWD(2013)0094), Tendo em conta as conclusões do Conselho, de 8 de junho de 2017, sobre a segurança rodoviária, que subscrevem a Declaração de Valeta de março de 2017, Tendo em conta a Resolução n.º 70/260 da Assembleia-Geral das Nações Unidas, de 15 de abril de 2016, sobre a melhoria da segurança rodoviária em todo o mundo, Tendo em conta o artigo 52.º do seu Regimento, 1 JO C 75 de 26.2.2016, p. 49. 2 JO C 56E de 26.2.2013, p. 54. 3 JO C 168E de 14.6.2013, p. 72. PE606.166v01-00 4/11 PR\1128961.docx

Tendo em conta o relatório da Comissão dos Transportes e do Turismo e o parecer da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (A8-0000/2017), A. Considerando que todos os anos cerca de 25 500 pessoas perdem a vida nas estradas europeias, enquanto perto de 135 000 ficam gravemente feridas, e que, por conseguinte, são necessárias medidas adicionais e mais eficazes para alcançar o objetivo «visão zero»; B. Considerando que a instalação de sistemas de assistência ao condutor nos veículos permite uma utilização ativa e segura da estrada pelas pessoas com mobilidade reduzida e pelos idosos; C. Considerando que a transição para os veículos completamente automáticos está a operar-se rapidamente e que a Comissão deverá apresentar, até janeiro de 2018, uma proposta de revisão do Regulamento relativo à segurança geral; Requisitos gerais 1. Destaca a necessidade de os Estados-Membros efetuarem controlos eficientes ao tráfego rodoviário, uma vez que as principais causas dos acidentes continuam a ser a velocidade inadequada e excessiva, a distração e a condução sob efeito do álcool e/ou de estupefacientes, e, por conseguinte, solicita: a) À Comissão que fixe uma percentagem de veículos a inspecionar das categorias M1 e N1; e b) Aos Estados-Membros que intensifiquem o intercâmbio de boas práticas, em especial no que se refere à implementação de estratégias inteligentes de controlo do cumprimento e ao estabelecimento de sanções dissuasoras; 2. Exorta ao estabelecimento de um limite máximo de alcoolemia permitido aos condutores, harmonizado ao nível da União, de 0,0 nos dois primeiros anos de condução e no caso dos condutores profissionais; 3. Insta os Estados-Membros a melhorarem significativamente as suas infraestruturas rodoviárias através de uma manutenção periódica e do recurso a métodos inovadores; 4. Regista que quase metade dos peões e dos ciclistas que pereceram em acidentes de viação têm uma idade superior a 65 anos e apela aos Estados-Membros para que possibilitem uma utilização segura da estrada pelas pessoas idosas, designadamente através do desenvolvimento de programas de prevenção dos riscos de acidente associados a idades avançadas; 5. Nota que a percentagem de acidentes mortais envolvendo peões e ciclistas nas zonas urbanas é de 43% e insta os Estados-Membros a terem em maior consideração os utilizadores mais vulneráveis da estrada aquando da construção e da manutenção de vias rodoviárias, adotando medidas como, por exemplo, a construção ou o prolongamento de ciclovias; 6. Reconhece a crescente popularidade das bicicletas elétricas, que atingem maior PR\1128961.docx 5/11 PE606.166v01-00

velocidade, bem como dos monociclos elétricos, e exorta, por conseguinte, a Comissão a analisar, sem demora, os respetivos requisitos de segurança específicos, bem como a apresentar propostas relativas a medidas de segurança, no respeito pelo princípio da subsidiariedade; Sistemas de assistência ao condutor para uma maior segurança rodoviária 7. Salienta que cerca de 95% dos acidentes se devem a erros humanos e considera, por conseguinte, que a instalação de sistemas de assistência ao condutor relevantes para a segurança deve ser obrigatória, embora essa obrigação se deva aplicar apenas aos sistemas que deem um contributo significativo, comprovado cientificamente, para a segurança rodoviária, que apresentem uma boa relação custo-eficácia e que estejam em condições de ser comercializados; 8. Solicita aos fabricantes que: a) Assegurem que o estado de ativação de cada sistema de assistência seja reconhecível pelo condutor; b) Prevejam, no caso dos sistemas que podem ser desligados, um mecanismo de desativação de dois níveis, em que o condutor, primeiramente, desative apenas o sinal de aviso e, somente numa segunda etapa, possa desativar o sistema em si; e que c) Se certifiquem de que, a cada nova ignição do veículo, os sistemas de assistência ao condutor sejam reativados; 9. Frisa que as indicações de aviso devem distinguir-se claramente entre si, por forma a que seja perfeitamente compreensível a que sistema cada assistência respeita, e que, além disso, tais indicações devem poder ser devidamente identificadas por pessoas idosas e com mobilidade reduzida; apela, por conseguinte, aos intervenientes em causa que definam padrões uniformes em conformidade; 10. Apela a que o Programa Europeu de Avaliação de Novos Veículos, na avaliação dos novos modelos de veículos, vá além da verificação da conformidade com as normas mínimas legalmente previstas, a fim de promover o desenvolvimento de veículos com elevados padrões de segurança rodoviária; 11. Insta a Comissão a definir normas em conjunto com a Comissão Económica para a Europa, a fim de assegurar coerência no plano internacional e de limitar ao mínimo as exceções ao cumprimento da obrigação de instalação de sistemas de assistência ao condutor, tendo em vista o aumento da segurança rodoviária a nível global; 12. Exorta a Comissão a analisar o envolvimento de veículos para usos específicos em acidentes ocorridos em zonas urbanas e, se necessário, a revogar as isenções do cumprimento da obrigação de instalação de sistemas de assistência ao condutor em vigor para esses veículos; 13. Solicita a criação de incentivos, nos domínios dos seguros e/ou da fiscalidade, à adoção de medidas destinadas a promover a segurança, como a instalação de sistemas PE606.166v01-00 6/11 PR\1128961.docx

complementares de assistência ao condutor e/ou a formação dos condutores; 14. Insta a Comissão e os operadores de mercado a velarem pela existência de interfaces e normas abertas, a fim de evitar a existência de sistemas exclusivos que limitem a interoperabilidade e a permitir o acesso a dados relevantes sobre os veículos e os sistemas, bem como verificações independentes da atualização dos sistemas; 15. Sublinha a necessidade de garantir um nível elevado de proteção de dados na aceção do Regulamento geral sobre e proteção de dados e do direito à privacidade pessoal e à proteção dos dados pessoais, bem como um nível elevado de segurança informática, a fim de excluir novos riscos de acidente provocados pela manipulação remota de sistemas de bordo ou por conflitos de compatibilidade; Medidas de segurança para a prevenção de acidentes 16. Solicita à Comissão que torne obrigatória a instalação de sistemas de travagem de emergência automática com deteção de ciclistas e de peões nos veículos ligeiros de passageiros, veículos comerciais ligeiros, autocarros e veículos pesados de mercadorias, dado que esses sistemas, pelo facto de desencadearam uma travagem automática decisiva e, consequentemente, reduzirem a distância de travagem necessária, apresentam um elevado potencial de prevenção de acidentes; 17. Sublinha que, a fim de melhorar a segurança rodoviária, é imperativo reforçar a sinalização de desaceleração dos veículos em estrada garantindo a existência de sinais luminosos claros nos veículos, e insiste na utilização obrigatória de uma indicação de travagem de emergência sob a forma de sinal luminoso intermitente; 18. Apela à instalação obrigatória de assistentes de controlo da velocidade inteligentes e insta os Estados-Membros a velarem pelo bom estado da sinalização rodoviária, assegurando nomeadamente a legibilidade dos sinais de trânsito e a visibilidade das marcas rodoviárias; 19. Salienta que, em virtude da sua relevância para a segurança rodoviária, a instalação de um sistema de prevenção de afastamento da faixa de rodagem, que, além de emitir um aviso, desencadeie uma ação automática sem, no entanto, negar ao condutor o controlo direto do veículo, deve ser prevista por lei; 20. Realça que o alargamento do campo de visão direta do condutor e a redução dos ângulos mortos, nos veículos pesados de mercadorias e nos autocarros, podem contribuir significativamente para o aumento da segurança de condução destes veículos e exorta a Comissão a adotar medidas, em conformidade com a Diretiva (UE) 2015/719, com vista a tornar obrigatória a utilização de câmaras e de sistemas de assistência à mudança de direção, desde que tal não conduza ao adiamento dos prazos de transposição estabelecidos; 21. Sublinha a necessidade de tornar obrigatória a utilização de dispositivos de bloqueio sensíveis ao álcool e de sistemas de deteção do estado do condutor e recomenda que os condutores com infrações por condução sob o efeito do álcool sejam obrigados a utilizar dispositivos de bloqueio como condição da sua reintegração; PR\1128961.docx 7/11 PE606.166v01-00

Medidas de segurança destinadas a minimizar as consequências dos acidentes 22. Salienta a importância da pressão do ar dos pneus para a segurança rodoviária e o consumo de combustível e insta, por conseguinte, a Comissão a tornar obrigatória a instalação de sistemas de controlo da pressão dos pneus, que deverão incluir um dispositivo de segurança que detete e sinalize, no mínimo, a existência de uma pressão inferior a 1,5 bar; 23. Considera que é necessário prever a instalação obrigatória de um sistema de aviso de colocação do cinto de segurança também para o banco de trás; 24. Solicita à Comissão que alargue a obrigatoriedade da instalação do sistema ecall, a partir de 2019, aos motociclos, veículos comerciais pesados e autocarros; 25. Apela à manutenção, a nível da União, de dados estatísticos precisos e fiáveis, incluindo estatísticas sobre as causas dos acidentes e listas das infrações e dos intervenientes, e salienta que a instalação de um dispositivo de registo de dados sobre acidentes nos veículos, no pressuposto de que a confidencialidade dos dados seja assegurada e de que a sua análise vise apenas os fins de investigação de acidentes, pode facilitar significativamente essa tarefa; 26. Solicita a realização obrigatória de ensaios de colisão frontal, lateral e traseira para: a) Veículos todo-o-terreno (SUV) com uma posição de assento elevada e com um peso máximo superior a 2 500 kg; b) Veículos com motor elétrico e outras tecnologias de propulsão recentes; o o o 27. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão e aos governos e parlamentos dos Estados-Membros. PE606.166v01-00 8/11 PR\1128961.docx

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O objetivo de redução do número de vítimas de acidentes de viação na UE para metade até 2020, bem como o objetivo «visão zero», de zero mortes nas estradas até 2050, estão longe de ser alcançados. No entanto, estamos no caminho certo. As estradas europeias não só se têm tornado mais seguras, como se encontram desde há muito tempo entre as mais seguras do mundo! Não obstante, todos os anos cerca de 25 500 pessoas perdem a vida nas estradas europeias, enquanto perto de 135 000 ficam gravemente feridas. Tendo em conta que a segurança rodoviária depende tanto dos veículos como das infraestruturas e dos próprios condutores, torna-se necessário adotar medidas de segurança ativas e passivas eficientes em todas as três vertentes. Medidas tendentes ao aumento da segurança rodoviária As infraestruturas são um fator decisivo. Na construção e na manutenção das estradas há que ter em especial consideração os utilizadores da estrada mais vulneráveis. A percentagem de peões e de ciclistas envolvidos em acidentes de viação mortais nas zonas urbanas 43% é preocupante. A separação dos modos de transporte ou a construção e o prolongamento de ciclovias são soluções que devem merecer uma maior atenção dos Estados-Membros. Acrescente-se que os sistemas de assistência ao condutor só funcionam em conjugação com infraestruturas bem construídas e conservadas. Isto significa, nomeadamente, que os sinais de trânsito devem ser perfeitamente legíveis e as marcas rodoviárias claramente visíveis. Contudo, o fator humano também assume uma grande relevância, pelo que o relator considera que, para melhorar a segurança rodoviária, é importante impor a realização de mais inspeções do tráfego rodoviário pelos Estados-Membros. Para determinadas classes de veículos (nomeadamente as classes M2, M3, N2, N3) foram já estabelecidas as percentagens de veículos a inspecionar e a Comissão deve ponderar tomar medidas semelhantes em relação aos veículos das classes M1 e N2. Além disso, é fundamental assegurar uma maior disponibilidade de estatísticas e de bases de dados de qualidade sobre acidentes. As que existem atualmente estão muito incompletas. É importante fazer um registo das causas dos acidentes, dos ferimentos e dos intervenientes, uma vez que estes dados constituem informações de base importantes para a investigação e o desenvolvimento de medidas de segurança rodoviária. Instalação obrigatória de sistemas de assistência ao condutor relevantes para a segurança Os veículos são um aspeto essencial da segurança rodoviária. O facto de 45% das pessoas que morrem em acidentes de viação serem ocupantes de automóveis e de cerca de 95% dos acidentes se deverem a erros humanos relacionados com a capacidade de condução, fadiga, erros de avaliação e distração, leva a concluir da necessidade urgente de impor a obrigação legal de instalação de sistemas de assistência ao condutor que promovam a segurança. Estes sistemas contribuem significativamente para a melhoria da condução e para a correção de falhas humanas e, desse modo, para o aumento da segurança rodoviária. Além disso, os sistemas de assistência ao condutor não só podem evitar erros humanos e acidentes de viação, como também permitem reduzir o consumo de combustível/energia e otimizar a fluidez do tráfego. Por outro lado, a exigência em matéria de segurança dos veículos tem impacto na PR\1128961.docx 9/11 PE606.166v01-00

investigação, no desenvolvimento e na inovação da Europa, contribuindo, desse modo, para a criação de postos de trabalho. A instalação obrigatória de sistemas de assistência ao condutor abre também caminho à condução automatizada e, a prazo, à condução completamente automática, realidades que já deixaram de ser meras visões do futuro. Estamos, pois, perante uma situação de ganho mútuo para todas as partes envolvidas, que devemos gerir de forma inteligente. Para podermos fazer uma gestão inteligente do quadro legislativo, a revisão do Regulamento n.º 661/2009 não pode continuar a ser adiada, sendo fundamental que a Comissão apresente, até ao início de 2018, uma proposta para esse efeito. Só assim poderemos dar um passo significativo para a melhoria da segurança rodoviária. Para gerirmos de forma inteligente o quadro legislativo é também essencial que não encaremos essa revisão como uma lista de aspirações relativamente à instalação de sistemas de assistência ao condutor. O relator entende que a obrigatoriedade de instalação de sistemas de assistência ao condutor apenas se deve aplicar aos sistemas que contribuam, de facto, para a segurança rodoviária, que apresentem uma relação custo-eficácia positiva e que estejam em condições de ser comercializados, praticamente não emitindo, por conseguinte, falsos alarmes. Esses sistemas, que correspondem a medidas de segurança ativas e passivas, são, na opinião do relator, os seguintes: - assistente de travagem de emergência automática com sistema de deteção de peões e de ciclistas - sinais de travagem de emergência - assistente inteligente ligado à exibição do limite velocidade - assistente de aviso de afastamento da faixa de rodagem - assistente de mudança de direção e câmaras nos veículos pesados de mercadorias visando a redução dos ângulos mortos - assistente de controlo da pressão dos pneus - sistema de aviso de colocação do cinto de segurança para o banco de trás - sistema ecall para os motociclos. Presentemente quase todos os fabricantes oferecem pacotes de assistência ao condutor e, pelo menos, um quarto dos automóveis novos estão equipados com um ou mais sistemas de assistência ao condutor, o que, por outro lado, significa que três quartos dos veículos não têm instalados quaisquer destes sistemas, à exceção dos previstos por lei. O motivo é seguramente o custo acrescido que os sistemas de assistência ao condutor representam. O relator considera que a segurança rodoviária não deve ser uma questão de dinheiro e que todos os condutores devem poder beneficiar de sistemas de assistência ao condutor relevantes para a segurança. A segurança rodoviária não deve, por princípio, depender da disponibilidade financeira dos cidadãos da UE. Ao argumento de que os preços dos novos modelos de automóveis irão disparar devido à instalação obrigatória de sistemas de assistência ao condutor pode contrapor-se que, graças à agregação das tecnologias, como, por exemplo, a utilização simultânea das câmaras para o assistente inteligente de controlo da velocidade e para o assistente de aviso de afastamento da faixa de rodagem, bem como ao elevado número de unidades dos componentes instalados, os preços não sofrerão um aumento significativo. Uma gestão inteligente da legislação passa também pelo estabelecimento de disposições e de prazos concretos, que permitam uma aplicação realista e que garantam segurança de planeamento à indústria. No entanto, essa tarefa deve ser concretizada no quadro da própria PE606.166v01-00 10/11 PR\1128961.docx

revisão da legislação, e não no quadro do presente relatório de iniciativa. PR\1128961.docx 11/11 PE606.166v01-00