TEMA: AS DROGAS MATAM MAS AS MÁS POLÍTICAS MATAM MAIS INTENSIFICAÇÃO DE RESPOSTAS EQUILIBRADAS E INTEGRADAS PARA O CONTROLO DE DROGAS EM ÁFRICA

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Transcrição:

SA12826 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone: 251 11 551 77 00 Fax: 251 11 551 78 44 SEXTA SESSÃO DA CONFERÊNCIA DA UNIÃO AFRICANA DOS MINISTROS DE CONTROLO DE DROGAS (CAMDC6) ADIS ABEBA, ETIÓPIA 9-10 DE OUTUBRO DE 2014 TEMA: AS DROGAS MATAM MAS AS MÁS POLÍTICAS MATAM MAIS INTENSIFICAÇÃO DE RESPOSTAS EQUILIBRADAS E INTEGRADAS PARA O CONTROLO DE DROGAS EM ÁFRICA NOTA CONCEPTUAL

ANTECEDENTES 1. O Acto Constitutivo da União Africana (UA), nos seus Artigos 14º a 16º, criou os Comités Técnicos Especializados (CTE) como órgãos técnicos importantes da UA. Os CTE foram originalmente criados ao abrigo do Artigo 25º do Tratado da Comunidade Económica Africana (o Tratado de Abuja) e com a transformação da OUA em UA, os CTE foram herdados pelo Acto Constitutivo da UA. Espera-se que os CTE trabalhem em estreita colaboração com os vários Departamentos da Comissão da União Africana (CUA), com vista a facilitar contribuições bem informadas nas suas áreas de especialização para o trabalho do Conselho Executivo. Os CTE devem, igualmente, ser envolvidos na elaboração e implementação do programa de monitorização da UA e das CER, em nome do Conselho Executivo. 2. A Conferência, através da sua decisão - Decision Assembly/AU/Dec.227 (XII) adoptada em Fevereiro de 2009, reconfigurou os CTE. De acordo com a reconfiguração, a Conferência dos Ministros de Controlo de Drogas fará parte do CTE da Saúde, População e Controlo de Drogas. A operacionalização do CTE devia ter iniciado em 2013 mas o Conselho Executivo, na sua Decisão EX.CL/Dec.701 (XXI), deferiu o início até Janeiro de 2014. 3. Deste modo, a próxima 6ª Sessão da Conferência da UA dos Ministros de Controlo de Drogas (CAMDC6) a ser realizada em Adis Abeba, de 6 a 10 de Outubro de 2014, será a última reunião sectorial dos Ministros de Controlo de Drogas. Os Ministros de Controlo de Drogas reunir-se-ão juntamente com os Ministros da Saúde e a 1ª Sessão do CTE da Saúde, População e Controlo de Drogas agendada para Abril de 2015. Sexta Sessão da Conferência da UA dos Ministros de Controlo de Drogas (CAMSD6) 4. Em 2007, os Estados-membros fizeram promessas e renovaram o seu compromisso de lutar contra o abuso de drogas, tráfico e crimes relacionados, através da adopção do Plano de Acção de Controlo de Drogas e Prevenção do Crime para o período 2007-2012. O objectivo principal do Plano era de reverter as actuais tendências de abuso e tráfico de drogas, crime organizado, corrupção, terrorismo e desafios relacionados com o desenvolvimento socioeconómico e segurança humana e o alcance de uma melhoria tangível do bem-estar social e pessoal dos povos de África e as suas comunidades. Durante a 4ª sessão da Conferência da UA dos Ministros de Controlo de Drogas (CAMDC4), assumiu-se compromissos para 1

avançar de política para acção a fim de inverter o rumo de drogas e do crime em África. Durante a 5ª sessão da CAMDC5, os Estados-membros estavam determinados em promover boas práticas na elaboração e implementação da política de luta contra drogas, através da adopção do novo Plano de Acção da UA de Controlo de Drogas para o período 2013-2017. Em particular, os Ministros apelaram para que fossem intensificados esforços na redução da procura de drogas, bem como no tratamento, monitorização e avaliação das tendências de abuso e tráfico de drogas, incluindo o fortalecimento da pesquisa sobre o controlo de drogas e as tendências de tráfico. 5. A fundamentação lógica para as decisões acima mencionadas é a realidade assustadora de que África tornou-se não apenas uma grande rota de trânsito no comércio mundial de narcóticos, mas também altos padrões de consumo de drogas e substâncias internacionalmente controladas emergindo em todo o Continente, do Cabo a Cairo. Enquanto a cannabis continua a ser a substância ilícita mais cultivada e mais usada, existe uso crescente da cocaína, opiáceos (principalmente a heroína), estimulantes do grupo das anfetaminas (ATS) e as novas substâncias psico-activas emergentes (NPS). Além disso, a preocupação crescente é a emergência de laboratórios ilegais onde os ATS estão a ser produzidos para o consumo e tráfico ilícito. Ademais, existe o desafio da vulnerabilidade crescente em relação à instabilidade e a prática da governação democrática que resulta do nexo entre o tráfico de drogas, crime organizado, corrupção, branqueamento dos produtos do crime e do terrorismo, tendo em conta que o continente está a enfrentar o desafio de prestar apoio ao grande número de toxicodependentes que são as vítimas dos efeitos secundários do tráfico de drogas no continente. 6. Apesar do compromisso assumido para avançar de política para acção e promover as boas práticas na elaboração e implementação de política de luta contra as drogas, dois estudos recentes um realizado pela CUA e outro estudo independente apoiado pela CUA mostraram que uma combinação de más políticas e a sua fraca implementação tiveram consequências negativas sobre o controlo eficaz de drogas no continente, causaram uma devastação social e agravaram a instabilidade política e económica. Os estudos são: Avaliação Abrangente dos Desafios Socioeconómicos e de Segurança do Tráfico de Drogas e Crime organizado Relacionado na África Ocidental e Central (estudo principal levado a cabo pela CUA) e um estudo independente realizado pela Comissão de Drogas da África Ocidental, Não Apenas em Trânsito. Drogas: O Estado e a Sociedade na África Ocidental. Embora os dois relatórios estejam baseados 2

na África Ocidental e Central, as suas constatações e recomendações são aplicáveis a todo o continente e inspiraram o tema para a 6ª sessão, As Drogas Matam mas as Más Políticas Matam Mais: Intensificação de Respostas Equilibradas e Integradas Para o Controlo de Drogas em África. A sessão permitirá aos Ministros, seus Peritos e outros participantes realizar debates francos sobre a eficácia e o impacto das suas políticas de controlo de drogas; identificar o que funciona e as áreas que requerem mudanças significativas. As apresentações formais dos dois relatórios acima referidos serão usadas para galvanizar uma reflexão profunda pelos Ministros e participantes. A sessão facilitará, igualmente, o balanço do progresso na implementação do Plano de Acção da UA para o período 2013-2017, numa altura em que nos aproximamos da fase intercalar do Plano. O objectivo fundamental do Plano de Acção é de melhorar a saúde, segurança e o bem-estar socioeconómico dos povos de África, através da redução do uso de drogas ilícitas, tráfico e crimes associados e tem em vista orientar o processo de elaboração da política de luta contra as drogas no continente, em termos de galvanização da cooperação nacional, regional e internacional para fazer face ao problema de drogas. A. OBJECTIVOS 7. O objectivo geral da CAMDC6 é de continuar a realizar advocacia para uma abordagem baseada em dados concretos, equilibrada e integrada para o controlo de drogas e incentivar uma mudança de políticas não eficazes. Especificamente, a Sessão fará o balanço do progresso na implementação do Plano de Acção no Continente, o qual será medido tendo em conta as quatro áreas prioritárias seguintes do Plano de Acção da UA: i. Melhoria da gestão, fiscalização, prestação de relatórios e avaliação do Plano de Acção da UA a nível continental, regional e nacional. ii. iii. Intensificação dos serviços baseados em dados concretos para abordar o impacto do uso de drogas sobre a saúde e o aspecto social nos Estados-membros. Combate ao tráfico de drogas e desafios relacionados com a segurança humana, através do apoio aos Estados-membros e às CER com vista a reduzir as tendências do tráfico ilícito e a redução do fornecimento de drogas, de acordo com os princípios dos direitos fundamentais e o Estado de direito. 3

iv. Melhoria da capacitação na pesquisa e recolha de dados, através do fortalecimento de instituições para responder de forma eficaz aos desafios colocados pelas drogas ilícitas e facilitar o movimento lícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas para fins médicos e científicos. 8. A CUA irá, durante a sessão, lançar o seu estudo principal intitulado Avaliação Abrangente dos Desafios Socioeconómicos e de Segurança do Tráfico de Drogas e Crime organizado Relacionado na África Ocidental e Central. Além disso, será lançado o Relatório Independente da Comissão de Drogas da África Ocidental (WACD), Não Apenas em Trânsito. Drogas: O Estado e a sociedade na África Ocidental. B. RESULTADOS PREVISTOS 9. Espera-se que a Conferência: (a) Adopte as decisões que irão orientar e liderar a cooperação, coordenação e aceleração da implementação das quatro áreas prioritárias do Plano de Acção da UA de Controlo de Drogas para o período 2013-2017, para os restantes três anos. (b) Galvanizar o compromisso e a vontade política para a intensificação das respostas aos desafios de controlo de drogas, crime organizado transnacional e branqueamento dos produtos do crime relacionado. (c) Inspirar os Estados-membros a intensificar os seus esforços de controlo de drogas, através das melhores práticas e resultados da pesquisa que serão partilhados pelos outros Estados-membros. C. PONTOS DE AGENDA 10. A Conferência irá analisar os seguintes pontos de agenda: Relatório da CUA sobre a Implementação das Recomendações da 5ª Sessão da Conferência da UA dos Ministros de Controlo de Drogas; Progresso, desafios e o rumo a seguir sobre a implementação das quatro áreas prioritárias do Plano de Acção da UA de Controlo de Drogas para o período 20013-2017, como foi anteriormente indicado; Implementação da Declaração Política e do Plano de Acção de Cooperação Internacional para uma Estratégia Integrada e Equilibrada para o Combate ao Problema de Drogas no Mundo e os preparativos para a sessão especial da Assembleia-geral sobre o problema de drogas no mundo, a ser realizado em 2016. 4

Orientações relativas às futuras reuniões sobre o controlo de drogas e a Implementação da Decisão da Conferência do CTE; Informação sobre a Agenda 2063 da CUA. D. FORMATO DA CONFERÊNCIA 11. A Conferência será organizada em duas fases: Reunião de peritos, de 6 a 8 de Outubro de 2014, onde os peritos dos Estados-membros irão reunir-se durante três dias para deliberar sobre os pontos de agenda e apresentar recomendações aos Ministros; Reunião de Ministros, de 9 a 10 de Outubro de 2014, que irá analisar o relatório da reunião de Peritos e as suas recomendações. E. DOCUMENTOS 12. A nota conceptual, agenda, programas de trabalho e os documentos a ser analisados durante a Conferência serão colocados e actualizados regularmente no Website da UA (www.au.int) sob o título Próximos Eventos, enquanto outra documentação relevante será circulada durante a Conferência. F. ASSUNTOS ORGANIZACIONAIS 13. A CUA será responsável pelos convites aos Estados-membros e a preparação de todos os documentos relacionados, em consulta com os representantes da Mesa da 5ª Sessão da Conferência da UA dos Ministros de Controlo de Drogas em Adis Abeba. Os serviços de tradução e interpretação e o apoio de secretariado serão disponibilizados pela CUA. G. PARTICIPANTES 14. Ministros e Peritos responsáveis pelo Controlo de Drogas, (com atenção especial para o tratamento e prevenção de uso de drogas) nos Estadosmembros da UA, a CUA e outros órgãos da UA, Comunidades Económicas Regionais (CER), Agências Nacionais Especializadas, particularmente as que estão envolvidas na pesquisa sobre drogas, bem como Organizações e Agências Internacionais. 5

H. INFORMAÇÃO ADICIONAL 15. A pessoa de contacto para quaisquer informações adicionais sobre a Conferência é: Embaixador, Olawale Maiyegun, PhD Director de Assuntos Sociais Departamento de Assuntos Sociais, Comissão da União Africana Adis Abeba Email: MaiyegunO@africa-union.org; CC StrijdomJ@africa-union.org; Ongolojm@africa-union.org; BasutuA@africa-union.org 6