UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CRISTIANE SEIDEL

Documentos relacionados
RASTREAMENTO DE PRESSÃO ARTERIAL E GLICEMIA

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

FATORES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS HIPERTENSOS. Nilda Maria de Medeiros Brito Farias. Contexto. População mundial envelhece

Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica

MUTIRÃO DA SAÚDE. Doutora, Docente do Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética da UEPG, 4

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ENTRE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA.

Avaliação da glicemia e pressão arterial dos idosos da UNATI da UEG-GO

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA THÁBITTA PEIXOTO ZANONI. DIAGNÓSTICO DO DIABETES MELLITUS: um desafio para a atenção primária

PERFIL DOS PACIENTES HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA

Projeto de Extensão: Clínica Escola: atendimento ambulatorial de nutrição à comunidade

AÇÃO DE INTERVENÇÃO SOCIAL EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO MUNICÍPIO DE GRÃO MOGOL MINAS GERAIS

PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO E MEDICAÇÕES UTILIZADAS PELOS IDOSOS EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

CUIDADO FARMACÊUTICO A IDOSOS HIPERTENSOS DA UNIVERSIDADE ABERTA À MATURIDADE (UAMA)

LINHA DE CUIDADO GERAL EM DIABETE

Utilização de diretrizes clínicas e resultados na atenção básica b

de Estudos em Saúde Coletiva, Mestrado profissional em Saúde Coletiva. Palavras-chave: Reações adversas, antidepressivos, idosos.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais, e

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

GESTÃO DAS DOENÇAS RELACIONADAS AO ENVELHECIMENTO. Julizar Dantas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MAÍRA FIGUEIREDO DIAS

COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES QUE ADERIRAM A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA O CONTROLE DA HIPERTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO AOS PACIENTES DIABÉTICOS INTERNADOS

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades

(83)

VI CONGRESSO DE HIPERTENSÃO DA. HiperDia, desafios futuros e o que esperar?

6º Simposio de Ensino de Graduação PERFIL DE POPULAÇÃO HIPERTENSA ATENDIDA EM UM SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, TIETÊ-SP, 2008.

DATA HORÁRIO TITULO. A MAPA e seu valor de preditividade para doença hipertensiva gestacional em adolescentes primíparas.

ORIENTAÇÃO SOBRE O CUIDADO COM ALIMENTAÇÃO DOS IDOSOS QUE PERTENCEM AO GRUPO DE HIPERDIA: EXPERIÊNCIA EM SERVIÇO.

Vigilância e Monitoramento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis

TÍTULO: AUTORES: S: INSTITUIÇÃO: ÁREAS TEMÁTICAS Público-Alvo: Objetivos:

PALAVRAS-CHAVE Hipertensão arterial. Diabetes mellitus. Glicemia capilar. Medicamentos.

DIABETES MELLITUS: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PB

ANÁLISE DO MONITORAMENTO DA GLICEMIA CAPILAR EM INSULINODEPENDENTES PARA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DIABETES MELLITUS

Autor(es) MILENE FRANCISCHINELLI. Orientador(es) FÁTIMA CRISTIANE LOPES GOULARTE FARHAT. Apoio Financeiro FAPIC/UNIMEP. 1.

PREVALENCIA DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO-TRANSMISSIVEIS EM IDOSOS NO ESTADO DA PARAIBA

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 27. Profª. Lívia Bahia

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO AO IDOSO EM ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA HIPERDIA EM HIPERTENSOS NO DISTRITO DE ITAIACOCA

INVESTIGAÇÃO DO ESTADO GLICÊMICO EM FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO E ATIVIDADES PROFISSIONALIZANTES.

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

PERFIL E ESTRATIFICAÇÃO DE USUÁRIOS HIPERTENSOS DA UNIDADE DE SAUDE DA FAMÍLIA

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

Melhoria da atenção à saúde de hipertensos e/ou diabéticos, na Unidade Básica Avançada de Saúde Dirceu Arcoverde, Vila Nova do Piauí/PI.

A PRÁTICA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DANIELI DA SILVA YAMASHITA

Análise da demanda de assistência de enfermagem aos pacientes internados em uma unidade de Clinica Médica

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. DCNT: Panorama Geral e Plano de Enfrentamento Parte 2. Profª. Tatiane as Silva Campos

TÍTULO: REESTRUTURAÇÃO E REIMPLANTAÇÃO DO HIPERDIA NA UBS AMÉLIA RICHARD LOCATELLI

Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus no Brasil

Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa

ATIVIDADES GRUPAIS: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM OS TRABALHADORES HIPERTENSOS DE UM SERVIÇO PÚBLICO

IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS CLÍNICOS

Programa Remédio em Casa Avaliações do Projeto Piloto Inclusões de Pacientes pelo Profissional Farmacêutico

FATORES DE RISCOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES HIPERTENSOS E DIABETICOS ATENDIDOS EM UM CENTRO DE TRATAMENTO EM RIO VERDE/GO.

TÍTULO: O CUIDADO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL

QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES HIPERTENSOS E HIPERTENSO/DIABÉTICOS

PREVENÇÃO E COMPLICAÇÕES DA DIABETES ATRAVES DE UM PROJETO DE EXTENSAO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA LUCIANA MACEDO MEDEIROS CARTILHA DE AUTOCUIDADO PARA OS DIABÉTICOS DA UBS ASSIS BRASIL

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO BEM- ESTAR DA PESSOA IDOSA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA FARMÁCIA DE UMA COMUNIDADE NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Protocolos de Enfermagem para Pacientes Crônicos: experiência de Florianópolis. Lucas Alexandre Pedebôs

INCENTIVANDO NOVAS PRÁTICAS COM IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

TALITA GANDOLFI PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES IDOSOS DIABÉTICOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PORTO ALEGRE-RS

MORBIMORTALIDADE DA POPULAÇÃO IDOSA DE JOÃO PESSOA- PB

PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO E DA CIDADANIA EM USUÁRIOS HIPERTENSOS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO CUIDADO A FAMÍLIA E AO IDOSO COM ALZHEIMER: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO E CONTROLE DO DIABETES MELLITUS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

DIABETES MELLITUS UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA VALE, B. T. 1

HIPERDIA EM SÃO LUÍS DOS MONTES BELOS: SITUAÇÃO ATUAL E INTERVENÇÕES DO PET-SAÚDE.

PALAVRAS-CHAVE Escore de Framingham. Atenção Básica. Cuidado. PET- Saúde.

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS DE UM CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS DE BELO HORIZONTE-MG

DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 2.512, DE 19 DE JULHO DE 2017.

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

PREVALÊNCIA DA HIPERTENÇÃO ARTERIAL SISTEMICA EM IDOSOS PERTENCENTES AO GRUPO DE CONVÍVIO DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SECA-PB.

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSIVEIS. Doenças Renais Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

Vigilância e Monitoramento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE

AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE AULA 5

ANAIS DA 1ª MOSTRA CIENTÍFICA DO PROGRAMA DE INTERAÇÃO COMUNITÁRIA DO CURSO DE MEDICINA

AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

DIMINUA O RISCO DE ATAQUE CARDÍACO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL CONTROLE A SUA TENSÃO ARTERIAL D I A M U N D I A L DA S AÚ D E 2013

Prevenção e Cuidado Integrados para o Controle da Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus As Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCNT representam um

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros

FACULDADE ICESP INTEGRADAS PROMOVE DE BRASÍLIA PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

& VIVÊNCIAS ACADÊMICAS EM UMA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA

PERFIL DOS PACIENTES ACIMA DE 60 ANOS CADASTRADOS NO HIPERDIA NO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

CNC-CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES HIPERTENSOS NA FARMÁCIA ESCOLA - UFPB

Transcrição:

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CRISTIANE SEIDEL AUMENTO DA ADESÃO DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA INTERVENÇÃO BASEADA NA PRÁTICA FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CRISTIANE SEIDEL AUMENTO DA ADESÃO DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA INTERVENÇÃO BASEADA NA PRÁTICA Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista. Orientadora: Profa. Ma. Meire Nikaido Suzuki FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

3 FOLHA DE APROVAÇÃO O trabalho intitulado AUMENTO DA ADESÃO DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA INTERVENÇÃO BASEADA NA PRÁTICA de autoria do aluno Cristiane Seidel foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem Área Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Profa. Ma. Meire Nikaido Suzuki Orientadora da Monografia Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes Coordenadora do Curso Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos Coordenadora de Monografia FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus colegas de equipe da ESF Centro 1 e aos usuários que me fazem crescer ainda mais em conhecimento a cada dia trabalhado.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a minha família pelo apoio, em especial ao meu esposo pela dedicação e companheirismo. Aos colegas de trabalho pela troca de conhecimento, apoio e compreensão durante este período de curso. Aos professores e tutores do Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem Doenças Crônicas não transmissíveis pela atenção e disponibilidade ofertadas durante o transcorrer do curso.

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...01 2 OBJETIVOS... 05 3 METODOLOGIA... 05 4 RESULTADO E ANÁLISE... 08 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 10 6 REFERÊNCIAS... 11

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos... 02 Tabela 2. Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios préclínicos... 02 Tabela 3. Média dos níveis pressóricos anuais, em mmhg, antes e após a intervenção... 09 Tabela 4. Média dos níveis glicêmicos anuais, em mg.dl -1, antes e após a intervenção... 09

8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Ficha individualizada do paciente... 06 Figura 2. Caixa fechada vazia... 07 Figura 3. Caixa fechada vazia... 07 Figura 4. Caixa com desenho de sol... 07 Figura 5. Caixa com desenho de prato... 07 Figura 6. Caixa com desenho de lua... 08 Figura 7. Caixa completa com medicação... 10

9 RESUMO As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) superaram os agravos infecciosos e transmissíveis nos últimos anos. As doenças cardiovasculares fazem parte do rol das DCNT e constituem a principal causa de morbimortalidade no Brasil. O diabetes mellitus e a hipertensão arterial são os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares e principais causas de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde. Frequentemente, pacientes portadores de hipertensão e diabetes que não tomam corretamente a medicação prescrita para seu tratamento, seja por causa da falta de orientação, da grande quantidade de medicações em uso ou mesmo pela incapacidade em identificar os medicamentos certos e seus respectivos horários. O objetivo deste estudo é relatar a melhoria dos níveis pressóricos e glicêmicos de pacientes após a elaboração de um plano de ação. Trata-se de um relato de experiência em que foi desenvolvido um plano de ação após o diagnóstico de que muitos pacientes tinham dificuldades em seguir a prescrição medicamentosa. A finalidade do plano de ação foi aumentar a adesão de hipertenso e diabéticos ao tratamento medicamentoso prescrito. As medicações foram separadas em caixas identificadas com os dias da semana e o horário. Foi possível observar melhora dos níveis pressóricos e glicêmicos após a intervenção, o que corrobora para a diminuição de internações e intercorrências clínicas advindas das doenças crônicas não transmissíveis.

1 1 INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A partir dos anos 60, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) superaram os agravos infecciosos; a transição demográfica (aumento da população idosa) e a migração da população para centros urbanos (hábitos de vida menos saudáveis) são fatores que elevaram a prevalência de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e mortes violentas (ESPÍRITO SANTO, 2008). As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil. Não há uma causa única para essas doenças, mas vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. O diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo para o agravamento desse cenário. A hipertensão arterial é classificada como um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% em adultos, chegando a mais de 75% em indivíduos com mais de 70 anos (BRASIL, 2013a). O diabetes mellitus apresenta prevalência referida de 5,6% para população maior de 18 anos, para maiores de 65 anos a prevalência referida é de 21,6%, estima-se que em 2030 essa prevalência chegue a 11,3% (BRASIL, 2013b). Essas doenças levam à invalidez parcial ou total, com graves repercussões para o paciente, sua família e a sociedade, sobretudo, se não forem levados em conta os aspectos relativos ao tratamento específico (BRASIL, 2002). No Espírito Santo a prevalência de suspeitos de HAS foi de 41,65% e de DM de 11,88%, que quando comparado com índices nacionais, apontam valores estaduais acima da média nacional para o DM (ESPÍRITO SANTO, 2008). Entende-se por HAS uma patologia sistêmica, podendo acarretar repercussões e danos sobre o aparelho cardiovascular e órgãos-alvo caracterizado pela elevação e manutenção anormal dos níveis tensionais. E DM por uma doença crônica que aparece como resultado de problemas na produção e/ou na ação de insulina no organismo (ESPÍRITO SANTO, 2008). O Ministério da Saúde propõe índices devem ser considerados no diagnóstico e manutenção da hipertensão arterial, a tabela abaixo pode ser usada como parâmetro de níveis tensionais (Tabela 1):

2 Tabela 1. Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos Classificação Pressão sistólica(mmhg) Pressão diastólica (mmhg) Ótima <120 <80 Normal <130 <85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 100-109 Hipertensão estágio 3 > ou igual 180 > ou igual 110 Fonte: BRASIL, 2013a. Nota: Quando as pressões sistólica e diastólica estiverem em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. A pessoa com PA ótima, menor que 120/80mmHg deverá verificar novamente a PA em até dois anos. As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas normotensas e deverão realizar a aferição anualmente (BRASIL, 2013a). Pessoas com PA entre 130/85 a 139/89mmHg, limítrofe, deverão fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco (FR) para doenças cardiovasculares. E se a média das três medidas forem iguais ou maiores a 140/90mmHg, está confirmado o diagnóstico de HAS e a pessoa deverá ser agendada para consulta médica para iniciar o tratamento e o acompanhamento (BRASIL, 2013a). Entendendo melhor os valores preconizados para o diabetes mellitus segue a Tabela 2 abaixo, de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde: Tabela 2. Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos Categoria Glicemia de TTG: duas horas jejum após 75g de glicose Glicemia Glicemia normal < 110 < 140 < 200 Glicemia alterada >110 e < 126 Tolerância diminuída à > ou igual 140 e < 200 Hemoglobina glicada HbA1C glicose Diabetes mellitus < 126 > ou igual 200 200 > 6,5% Fonte: BRASIL, 2013b Pessoas com glicemia de jejum alterada, entre 110 mg/dl e 125 mg/dl, por apresentarem

3 alta probabilidade de ter diabetes, podem requerer segunda avaliação por TTG-75 g. No TTG-75 g, o paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão. Uma glicemia de duas horas pós-sobrecarga maior ou igual a 200 mg/dl é indicativa de diabetes e entre 140 mg/dl e 200 mg/dl, indica tolerância à glicose diminuída (BRASIL, 2013b). Segundo o Caderno de Atenção Básica, número 36, do Ministério da Saúde (BRASIL 2013b), o DM e a HAS são responsáveis pela primeira causa de hospitalizações e mortalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e representam mais da metade do diagnóstico primário em pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à diálise. A respeito dessa realidade, os portadores de diabetes e hipertensão manifestam, com frequência, dificuldades referentes à adesão ao tratamento, o que além de comprometer o controle de ambas as doenças poderá gerar conflitos pessoais e familiares, pois são alterações de saúde caracterizadas por um longo tempo de tratamento, podendo ocasionar diminuição da qualidade de vida, não só do portador, mas também de outros membros da família (OLIVEIRA et al., 2002). A não adesão ao tratamento é um dos problemas principais na saúde atual, estima-se que pelo menos um terço dos usuários não seguem a rigor ou na totalidade os tratamentos que lhes são prescritos (JESUS; ARAÚJO; RODRIGUES apud PIRES; FREITAS, 2006). Diversos são os fatores que contribuem para a não de adesão, tais como, as dificuldades financeiras, o maior número de medicamentos prescritos, o esquema terapêutico prescrito, os efeitos adversos dos medicamentos, a dificuldade de acesso ao sistema de saúde, a característica assintomática da doença e a sua cronicidade (GIROTTO, 2013). A problemática da adesão já começa no momento em que o médico prescreve o medicamento. Em análise de dados estatísticos colhida no material estudado, em Fortaleza, por exemplo, cerca de 50% das pessoas hipertensas estão cientes da doença; no entanto, metade não faz tratamento e uma considerável parcela dos que o fazem (45%) não controla a pressão arterial (SANTOS et al. apud PINHEIRO, 2009). Ainda que o tratamento farmacológico seja considerado pela maioria como o que promove maior facilidade de adesão, várias são as dificuldades quando os hipertensos em questão são idosos, pois quanto maior o tempo de terapêutica, mais elevada se torna a taxa de falta de adesão ao tratamento e seu abandono (PINHEIRO, 2009). A não efetiva adesão ao tratamento medicamentoso requer intervenções precoces e efetivas

4 como forma de evitar as complicações crônicas da hipertensão arterial e do diabetes mellitus, tais complicações são o acidente vascular cerebral, a insuficiência renal, dentre outras. Essas doenças, em razão da elevada prevalência na população brasileira, são consideradas um grande problema de saúde pública. Assim, é de se esperar que a Estratégia de Saúde da Família (ESF), composta por uma equipe multiprofissional, mantenha-se alerta diante dessas situações (SILVA et al., 2007). A HAS e o DM são agravos que apresentam fatores de risco comuns, como sedentarismo, obesidade e dislipidemia, passíveis de controle no nível primário de atenção a saúde, com abordagem preventiva, embasados em políticas públicas (ESPÍRITO SANTO, 2008). Vale lembrar que a ESF é uma estratégia de assistência à saúde, socialmente sensível, que visa identificar os principais problemas de saúde e as situações de risco que acometem as famílias, de modo a proporcionar melhorias na qualidade de vida da população (BELO HORIZONTE, 2003). Permite otimizar o desenvolvimento do trabalho com atendimentos individuais e em grupos para o enfrentamento dos agravos de saúde identificados, fortalecendo as ações de prevenção da doença, promoção e recuperação da saúde, de forma integral e contínua. No entanto, a simples criação de políticas públicas para a prevenção das doe nças cardiovasculares não é garantia de resolutividade do problema. Para isso, faz-se necessário a adesão do usuário ao esquema terapêutico proposto. Tal adesão depende de três fatores: do mesmo estar ciente de sua condição de saúde, comprometido com o tratamento e também dos profissionais de saúde (KLEIN; GONÇALVES, 2005). A não adesão ao tratamento medicamentoso é a principal causa pelas falhas no tratamento e pelo uso irracional de medicamentos no processo patológico. Tendo como consequência, maiores custos à saúde pública do país devido ao aumento no número de casos de internações hospitalares (CARVALHO et al., 2012). Partindo da premissa de que muitos pacientes portadores de HAS e DM possuem dificuldade em seguir o tratamento medicamentoso, seja por conta do aspecto senil ou em decorrência das complicações provenientes da HAS e do DM, o objetivo deste trabalho foi aumentar a adesão ao tratamento medicamentoso dos pacientes com HAS e DM, e por consequência diminuir as complicações das doenças.

5 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL - Minimizar as complicações decorrentes da HAS e/ou DM, através do aumento da adesão ao tratamento medicamentoso. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Orientar e auxiliar o paciente a identificar a medicação e os horários de tomada das mesmas. - Proporcionar autonomia ao paciente hipertenso e/ou diabético no uso de suas medicações diárias. - Distribuir para cada paciente, semanalmente, as medicações em caixas separadoras ilustradas. - Monitorar e avaliar, semanalmente, os níveis pressóricos e glicêmicos dos pacientes. 3 METODOLOGIA Trata-se de um relato de experiência, em que foi desenvolvido um Plano de Ação frente às dificuldades apresentadas na identificação das medicações e dos horários de tomadas destas, por pacientes hipertensos e diabéticos. O estudo foi desenvolvido em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família, localizado no município de Anchieta, situado ao sul do estado do Espírito Santo, na região litorânea. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), no censo de 2010, o município possui uma população de 23.902 habitantes, com estimativas para 2013 de cerca de 26.658 habitantes. A população se divide em área urbana e rural. A atividade predominante da população é a pesca e afins. Há um predomínio de população idosa, uma vez que os jovens saem para estudar/trabalhar na capital. O município conta com 100% de cobertura de ESF reforçando assim a atenção primária a saúde para a população local. Atuo na ESF Centro I há 3 anos, com localização urbana tendo como população adscrita 4500 usuários, destes, 514 hipertensos e 123 diabéticos. Em contato diário com os pacientes hipertensos e diabéticos percebi que alguns destes pacientes estavam constantemente descompensados, necessitando de internação hospitalar e maiores cuidados. Muitos verbalizavam que esqueciam de tomar a medicação, ou mesmo apresentavam inabilidade em identificá-los. Na expectativa de que com o uso correto das medicações houvesse melhora do quadro, foi discutido junto com a médica da equipe, que fizéssemos a separação da

6 medicação de uso contínuo para os pacientes com HAS e DM que apresentaram dificuldade no uso adequado destas. Um piloto foi realizado com uma paciente hipertensa e diabética, com histórico de constantes internações em decorrência de crises hiperglicêmicas e em uso contínuo de cerca de 14 diferentes medicações. Foi realizada a separação das medicações, semanalmente, em caixas identificadas com os dias da semana e os respectivos horários de tomada ilustrados por desenhos de manhã, almoço e noite. Considerando a viabilidade de execução e o maior controle e seguimento por parte da equipe deste paciente, foram selecionados mais oito pacientes, os quais aderiram à este plano de ação. Para facilitar o trabalho da equipe, foi confeccionado uma ficha para cada paciente, contendo nome, data de nascimento, número do cartão SUS e os medicamentos prescritos divididos em manhã, almoço e noite (Figura 1). Figura 1. Ficha individualizada do paciente Para a separação das medicações foram adquiridas com recursos próprios caixas específicas para medicamento, contendo 7 box, cada qual com a inicial do dia da semana escrito (Figura 2 e 3).

7 Foi agendado com os pacientes, toda sexta-feira pela manhã, para a separação dos medicamentos e verificação do estado geral do paciente e níveis pressóricos e glicêmicos. Em caso de feriados às sextas-feiras foi acordado outro dia para reposição dos medicamentos para cada paciente. Figura 2. Caixa fechada vazia Figura 3. Caixa aberta vazia Com o objetivo de diferenciar os horários das medicações e facilitar para os pacientes com dificuldade de leitura (analfabetismo ou dificuldade visual) foi incluso às caixas desenhos de sol, prato de comida e lua, para os horários da manhã, almoço e noite respectivamente (Figura 4, 5 e 6). Figura 4. Caixa com desenho de sol. Figura 5. Caixa com desenho do prato

8 Figura 6. Caixa com desenho de lua Como este trabalho está inserido na prática e não se trata de projeto de pesquisa, o mesmo não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), não sendo realizadas descrições dos sujeitos ou das condições assistenciais, apenas a intervenção em si e os dados resultantes dessa intervenção. 4 RESULTADO E ANÁLISE Para análise e discussão dos resultados será considerado dados de apenas oito dos nove usuários, que aqui serão numerados de 1 a 8, que iniciaram no projeto devido ao falecimento de uma paciente e o prontuário da mesma ter sido enviado para arquivo e ser de difícil acesso para coleta de dados. Como resultados, em um ano de experiência, pude observar a redução no número médio de consultas médicas na ESF de 9.37 consultas, no ano anterior ao projeto, para 7.75 consultas por ano. Para o idoso é muito mais difícil aderir ao tratamento se não compreender o esquema terapêutico, não enxergar as instruções, não conseguir abrir os frascos ou obter refil dos medicamentos, ou seja, quando algum idoso possui certas limitações que o impeçam de atingir êxito por impedimentos relacionados às alterações gerais associadas ao processo normal de envelhecimento (PINHEIRO, 2009). Foi realizado a avaliação da efetividade da ação através do controle pressórico e glicêmico dos pacientes, durante o periodo de um ano, antes e após a intervenção, a média das aferições anuais constam na Tabela 3 e 4, respectivamente.

9 Tabela 3. Média dos níveis pressóricos anuais, em mmhg, antes e após a intervenção Antes da Intervenção Após a intervenção Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente 1 2 3 4 5 6 7 8 134/91 150/99 140/86 128/88 135/85 146/97 146/93 151/90 126/87 125/87 130/86 128/81 109/69 127/84 125/87 133/82 Tabela 4. Média dos níveis glicêmicos anuais, em mg.dl -1, antes e após a intervenção Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4 Paciente 5 Paciente 6 Paciente 7 Paciente 8 Antes da Intervenção 178.2 240.0 171.7 297.2 279.7 255.2 155.4 163.5 Após a intervenção 130.2 149.1 139.6 210.1 166.6 135.2 137.0 174.0 Nota: os níveis glicêmicos foram feitos pós prandial em glicosímetro. Verifica-se, de um modo geral, melhora dos níveis pressóricos e glicêmicos após a separação da medicação, no entanto cabe destacar que inúmeros fatores estão relacionados ao tratamento do paciente e à doença, tais como a realização de atividades físicas, controle nutricional e aspectos genéticos e hereditários. Segundo PINHEIRO (2009), muitos pacientes não tem ajuda na hora de tomar a medicação, e apesar das dificuldades eles próprios tentam identificar o horário e a medicação prescrita. A equipe de saúde da família precisa identificar tal situação de vulnerabilidade e propor medidas que possam auxiliar esse idoso quanto à ingestão do medicamento. A utilização das caixas separadoras auxilia não só o paciente, mas também o profissional de saúde em avaliar a tomada das medicações, sendo que no dia de repor a medicação, se ainda houver algum box cheio, indica que o paciente não fez a tomada correta da medicação (Figura 7).

10 Figura 7. Uso incorreto da medicação De acordo com relato dos pacientes, o método facilitou o controle das doses diárias de medicação além de dar autonomia aos pacientes com dificuldade visual ou baixa escolaridade que dependiam de parentes/cuidadores para a administração dos medicamentos. A adesão corresponde à concordância entre a prescrição médica e a conduta do próprio paciente (GIROTTO et al., 2013). Além dos itens citados acima, a utilização da caixa evita erros no entendimento e leitura do receituário médico por parte do paciente, pois os receituários ainda são manuscritos e devido a similaridade no nome de diversos fármacos é passível de equívoco. Saliento também que em função das visitas semanais do usuário à unidade de saúde, é reforçado o vínculo enfermeiro-paciente indo ao encontro a proposta da Saúde da Família, que visa reforçar a ligação entre o profissional de saúde e o usuário do SUS. O conhecimento e a motivação são elementos imprescindíveis à capacitação de hipertensos e diabéticos para que convivam com seu problema e consigam aderir ao tratamento (PINHEIRO, 2009). 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS É fato que o método proposto nesse trabalho oferece resultados positivos, sendo assim, de imediato pode-se incluir na anamnese dos pacientes o questionamento quando às dificuldades ou

11 não no uso correto dos medicamentos de uso contínuo prescritos. Além disso, é válido questionar os usuários quanto à acuidade visual e nível de escolaridade, para assim definir se o mesmo é um possível candidato a utilizar o método aqui proposto. Com o objetivo de alcançar os pacientes com deficiência visual, dando-lhe autonomia quanto ao controle de suas medicações, sugere-se a adaptação da caixa com relevos nos dias da semana e na identificação do horário dos remédios. Não seria acessível a todos a utilização da linguagem braile, visto que nem todos os deficientes visuais tem domínio desta linguagem. Com o intuito de aumentar a adesão de hipertensos e diabéticos ao tratamento medicamentoso, seria necessário estender a prática às demais Estratégias de Saúdes da Família do município, com o apoio da secretaria de saúde para a correta divulgação e treinamento dos demais profissionais, assim como a disponibilização de recursos. REFERÊNCIAS BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Diretrizes para o avanço e articulação do processo assistencial na SMSA para o período 2003-2004. 3a ed. Belo Horizonte: Prefeitura de Belo Horizonte; 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus: manual de Hipertensão arterial e Diabetes mellitus. Brasília, 2002. a. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão artérial sistêmica. Brasilia, 2013. b. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasilia, 2013. CARVALHO, A. L. M.; LEOPOLDINO, R. W. D.; SILVA, J. E. G.; CUNHA, C. P. Adesão ao tratamento medicamentoso em usuários cadastrados no Programa Hiperdia no município de Teresina (PI) Ciência & Saúde Coletiva, 2012. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v17n7/28.pdf. Acesso em: 15 de março 2014. ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Diretrizes para manuseio da hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus na rede de saúde pública. Vitória, 2008.

12 KLEIN, J. M., GONÇALVES, A. G. A. A adesão terapêutica em contexto de cuidados de saúde primários. Psico-USF, v. 10, n. 2, p. 113-120, jul./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pusf/v10n2/v10n2a02.pdf. Acesso em: 01 maio 2014. OLIVEIRA, T. C. et al. Avaliação do processo adaptativo de um idoso portador de hipertensão arterial. Revista Latino-Americana de Enfermagem, [S.l.], v. 10, n. 4, p. 530-536, jul. 2002. ISSN 1518-8345. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/1688>. Acesso em: 15 Mar. 2014. doi:http://dx.doi.org/10.1590/s0104-11692002000400010. PINHEIRO, M. B. G. Dificuldade de Adesão Do Idoso ao Tratamento Farmacológico para Hipertensão Arterial. 26 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Minas Gerais, Campos Gerais. 2009. PIRES, B.G.; FREITAS, I.V. Prevalência de Adesão ao Tratamento Farmacológico Hipoglicemiante. n. 34, p. 37-45, Feira de Santana. jan./jun. 2006. Disponível em:???? Acesso em: 06de maio 2014. SILVA, A.R.V.; COSTA, F.B.C.; ARAUJO, T.L.; GALVÃO, M.T.G.; DAMASCENO, M.M.C. Consulta de Enfermagem a Cliente com Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Relato De Experiência. Rev. RENE. Fortaleza, v. 8, n. 3, p. 101-106, set./dez.2007. Disponível em: http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/view/678/pdf. Acesso em: 15 de março 2014. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES SBD Consenso brasileiro sobre diabetes tratamento de diabetes mellitus tipo 2. Recomendações da SBD, 2002. Disponível em: http://www.diabetes.org.br. Acesso em: 01 de maio 2014.