Boas práticas. para reduzir o risco de poluição por. fontes pontuais. e proteção da qualidade da água

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Transcrição:

Boas práticas para reduzir o risco de poluição por fontes pontuais e proteção da qualidade da água 1

O PROJETO TOPPS TOPPS é um projeto multissetorial, que começou em 2011, cobre vários países Europeus e é executado por parceiros e técnicos locais. TOPPS significa: Formar (Train) Operadores para Promover Melhores Práticas de Gestão e Sustentabilidade. TOPPS é um programa apoiado pelo Programa Life da Comissão Europeia e pela Associação Europeia de Proteção das Culturas (ECPA). OS OBJETIVOS DO TOPPS O TOPPS é um projeto que pretende identificar as Boas Práticas Agrícolas e divulgá-las através de conselhos, formação e demonstrações à escala europeia, com a intenção de minimizar derrames de produtos fitofarmacêuticos para a água. AS DIMENSÕES DO TOPPS E OS PROCESSOS Há três grandes áreas em que o projeto se concentra: comportamentos, técnicas e infraestruturas. Os processos envolvidos são: Transporte; Armazenamento; Antes, durante e depois da pulverização e gestão de resíduos. AS FERRAMENTAS DO TOPPS As ferramentas que acompanham e apoiam o programa são: Larga rede europeia de peritos; Banco de dados de comunicação - www.topps-life.org; Publicações; Material de formação; Simpósios/formação; Stands de demonstração; Quintas de demonstração; Áreas piloto. BOAS PRÁTICAS PARA PROTEGER A ÁGUA Os produtos fitofarmacêuticos, quando utilizados corretamente, não contaminam a água. Numa utilização incorreta, pequenas quantidades de produto concentrado podem originar contaminações na água potável e infringir os valores limite estabelecidos por lei. Cerca de 50 a 70% das contaminações das águas superficiais com produtos fitofarmacêuticos são de origem pontual (point sources) e podem ser evitadas. Estes pontos críticos são principalmente zonas onde se faz o abastecimento de água, a preparação da calda, a limpeza de equipamento de aplicação, a gestão dos resíduos e onde podem ocorrer derrames relacionados com estas práticas. Estas perdas podem ser facilmente evitadas com medidas técnicas e infra-estruturais. Seguir algumas regras muito simples pode evitar contaminações. Sempre que utilizar produtos fitofar macêuticos, pense sempre na proteção da água. Proteja a nossa água Mantenha a limpa! Proteja a sua cultura Evite danos na cultura! Proteja o seu rendimento Cumpra as exigências ambientais e tire partido delas. Proteja as suas soluções Mantenha a gama de produtos fitofarmacêuticos disponível. Boas práticas = melhor proteção da água 3

Para se evitarem contaminações da água de origem pontual há que adotar procedimentos corretos nas seguintes fases: 1. 1. Transporte; 2. Armazenamento; 3. Gestão antes, durante e depois da aplicação; 4. Gestão de resíduos. TRANSPORTE Use os serviços de entrega do seu fornecedor. Tenha um espaço de carga adaptado para reter derrames. Tenha sempre acessível um telemóvel e os números de emergência para o caso de ocorrer um acidente. Em caso de derrame, tenha sempre disponível material absorvente (serradura, areia). 3. GESTÃO ANTES, DURANTE E DEPOIS DA APLICAÇÃO Antes da aplicação Faça o seu próprio plano de gestão e tenha em atenção as áreas vulneráveis para a água. Decida qual o produto que vai aplicar. Leia os rótulos atentamente. Identifique as áreas vulneráveis e respeite as zonas tampão (de acordo com os rótulos). Escolha com antecedência as zonas de preparação da calda, enchimento e limpeza do pulverizador. Calcule o volume exato de calda e de produto fitofarmacêutico necessários. Evite excedentes de calda!!! 2. ARMAZENAMENTO Calibre corretamente o seu material de aplicação. Verifique o seu equipamento relativamente a derrames e funcionamento anómalo. Armazene os produtos num local fechado à chave, bem identificado e com pavimento impermeabilizado. Tenha sempre acessíveis os materiais e os procedimentos de emergência: (números de telefone de emergência, extintores, material absorvente). Controle de imediato e armazene em segurança todos os derrames que possam ocorrer. Boas práticas = melhor proteção da água 4 5

Antes de Pulverizar Transporte Planeie o modo mais seguro de chegar ao local de aplicação de modo a evitar a contaminação das águas. Assegure-se de que o seu trator e/ou o equipamento de pulverização estão em condições de efetuar a deslocação até ao campo. Água Assegure-se de que a fonte de fornecimento de água nunca está em contato direto com a calda (ter depósitos afastados do equipamento, manter a boca do tanque afastada da mangueira, dispor de válvulas de corte e segurança). Faça a preparação da calda e o enchimento com cuidado Para produtos fitofarmacêuticos há duas opções: 1. Na exploração Adote sempre medidas de precaução. Use uma base impermeável que permita reter qualquer derrame. A área de abastecimento tem de ter um local onde os derrames possam ser retidos (por exemplo, área de abastecimento ligada a depósito de recolha). Tenha material absorvente pronto para controlar imediatamente possíveis derrames. Evite encher o tanque em demasia. 2. Na parcela Transporte os produtos fitofarmacêuticos numa caixa estanque. Sempre que utilizar produtos fitoframacêuticos, pense na proteção da água! A caixa deverá estar devidamente segura e fechada, colocada de modo a que fique inacessível a pessoas estranhas. Varie a localização para a preparação da calda e o enchimento dos depósitos. 6 7

Durante a aplicação evite todas as contaminações possíveis T Evite as contaminações diretas Não pulverize diretamente para o equipamento de aplicação. Não pulverize com o equipamento de aplicação parado. Pare a pulverização durante as voltas (nas cabeceiras). Se se aperceber de alguma rutura: pare imediatamente a aplicação e efetue a reparação. Não pulverize nascentes, cursos de água, canais ou outras massas de água. Evite o arrastamento Não pulverize as zonas tampão. Selecione os bicos adequados para evitar derivas. Após a aplicação Tenha sempre água disponível para limpar o material de aplicação. Lave também o interior do depósito: Pelo menos três vezes! Interior Dilua os restos de calda com água e pulverize numa zona da cultura não tratada com coberto vegetal. Dilua o remanescente no pulverizador mais duas vezes e aplique de novo numa zona de cultura não tratada coberto vegetal. Leve para a exploração apenas o resto de calda que ficou retido nas tubagens do pulverizador e que não foi possível aplicar. Evite os escorrimentos superficiais Não pulverize quando o risco de escorrimento for elevado. Não pulverize com o solo alagado ou com gelo. Exterior No campo, use uma lança de lavagem para limpar o equipamento. No campo, lave os depósitos variando os locais de lavagem. Se efetuar a limpeza na sua exploração, selecione um local onde o líquido da lavagem possa ser recolhido para tratamento. Ao comprar um pulverizador novo, assegure-se de que o seu funcionamento minimiza o volume de calda retido na sua estrutura. Este fator deve ser essencial na tomada de decisão de compra. Após a utilização, estacione o seu equipamento de modo seguro e em local protegido da chuva. 8 9

4. GESTÃO DE EXCEDENTES Eliminação de embalagens Siga as recomendações do rótulo ou outras disponíveis sobre os procedimentos para eliminação de embalagens. Em caso de intoxicação ligue: CIAV - Centro de Informação Antivenenos 808 250 143 Coloque as embalagens vazias no saco VALORFITO Nunca queime ou enterre embalagens vazias. Produtos obsoletos Nunca coloque restos de produtos fitofarmacêuticos obsoletos nos esgotos e nunca os enterre. Armazene-os à parte e cumpra a legislação em vigor. Em caso de acidente contacte as autoridades locais: Protecção Civil Polícia Bombeiros Outros telefones úteis Restos de calda Reutilize sempre que possível os excedentes de calda. Evite sempre contaminar directa ou indirectamente as águas. Excedentes sólidos (podem resultar de derrames durante a preparação da calda de formulações líquidas ou limpeza de filtros ou de derrames): Estes excedentes, sendo considerados resíduos perigosos, devem ser geridos de acordo com a legislação em vigor. 10 11

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