QUEM ACREDITA NA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL? 10/09/2014 Ana Maria Malik

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Transcrição:

QUEM ACREDITA NA ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL? 10/09/2014 Ana Maria Malik

Sumário Objeto, pergunta, objetivos e metodologia Qualidade e qualidade em saúde Qualidade em saúde e acreditação hospitalar no Brasil O que dizem dirigentes de hospitais acreditados E o futuro? Conclusões do presente

Objeto, pergunta e objetivo Qualidade em saúde Como vem ocorrendo, desde o início do século XXI, a implantação da acreditação hospitalar no Brasil? Analisar a evolução do processo, segundo dados públicos e opiniões de dirigentes de hospitais acreditados..

Conceitos de qualidade Qualidade é atender continuamente as necessidades do cliente, a um preço que ele esteja disposto a pagar & redução de variabilidade (DEMING 1986). Qualidade é adequação ao uso e Ausência de defeitos (JURAN 1981). Fazer certo logo da primeira vez (CROSBY 1979).

Waterloo Place, London, 1867

Qualidade em saúde: Codman (1918) Recomenda analisar prática assistencial em toda a organização, por meio de comparações e padronização dos resultados. Donabedian (1980) Avaliação em serviços de saúde: estrutura, processos, resultados e amenidades. Três dimensões: técnico científica, interpessoal e ambiente. Berwick (1990) Redução de desperdícios, foco no paciente, utilização adequada de recursos. Øvretveit (1996) Qualidade é a completa satisfação das necessidades de quem mais precisa do serviço de saúde ao custo mais baixo para a organização e dentro das regulamentações estabelecidas.

Qualidade e segurança em saúde Quem vem primeiro? RECLAR (Reclassificação de Hospitais) classificação hospitalar é definida como a sistemática de avaliação global ou parcial de um hospital (ou serviço) instalado. Tinha por finalidade estabelecer classes de referência para o pagamento das internações hospitalares. O objetivo era habilitar o hospital para a contratação de leitos pelo INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (1974). SCHIESARI, L. M. C. Cenário da acreditação hospitalar no Brasil: evolução histórica e referências externas. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

Critérios Misuse Não conseguir executar o cuidado planejado de maneira adequada. Overuse Utilizar recursos e procedimentos de saúde sem evidência de que possam ajudar os pacientes Underuse Falhar em utilizar as práticas de assistência à saúde com benefícios comprovados para os pacientes. Berwick, D. - A User smanual For The IOM s Quality Chasm Report. Health Affairs. Vol 21, N 3, 2002:80-90 IOM To err is human, 1999 IOM Crossing the quality chasm, 2001

Mudanças necessárias para a qualidade em saúde Quatro níveis: A na experiência dos pacientes; B no funcionamento de pequenas unidades de cuidado (microsistemas); C no funcionamento de organizações onde se localizam ou de sistemas que os apóiam; D no ambiente (de políticas, remuneração, regulação, acreditação, etc,). que modela comportamento, interesses e oportunidades para as organizações de C. Berwick, D. - A User smanual For The IOM s Quality Chasm Report. Health Affairs. Vol 21, N 3, 2002:80-90

Avaliação externa em saúde no Brasil Transparência da gestão, da vida organizacional e dos resultados dos serviços de saúde: uso da avaliação externa como instrumento de gestão e sua crescente popularidade Diferentes modelos de acreditação hospitalar Normas ISO 9.001, 14.000, 31.000 e OHSAS 18.001 Boas práticas de gestão preconizadas pelo Prêmio Nacional da Qualidade e pelas escolas de gestão Schiesari,L. M. C. Avaliação externa de organizações hospitalares no Brasil: podemos fazer diferente? Cienc Saude Colet [periódico na internet] 2014

Acreditação hospitalar Relaciona-se com qualidade da assistência prestada, tendo sua origem no princípio de que hospitais devem ser locais seguros para a prática profissional e para o cuidado aos pacientes (SCRIVENS 1995). Acreditação: sistema de avaliação externa para verificar cumprimento de conjunto de padrões.

Acreditação hospitalar no Brasil Acreditação significa um sistema de avaliação periódica, voluntária e reservada, para o reconhecimento da existência de padrões definidos na estrutura, processo e resultado, com vistas a estimular o desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua da qualidade da assistência médicohospitalar e na proteção da saúde da população (Grupo Técnico de Acreditação - Brasil 1992). SCHIESARI, L. M. C. Cenário da acreditação hospitalar no Brasil: evolução histórica e referências externas. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

Acreditação segundo as acreditadoras no mercado brasileiro ONA Acreditação é um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. CBA IQG DNV Acreditação contribui para demonstrar o compromisso geral de uma organização em termos de qualidade e segurança dos cuidados. Acreditação é o mais antigo e divulgado processo de avaliação externa de serviços, que resulta na atribuição de certificado de mérito; meio de implantação da gestão da qualidade e de monitorização da melhoria contínua; instrumento de aferição da gestão da qualidade, de caráter externo (por terceira parte), o qual confere ao comprador de serviços (planos de saúde) e aos clientes/pacientes a confiança de estabelecer negócio com uma instituição de saúde, que apresenta concordância com padrões determinados de segurança e qualidade no atendimento ao paciente Acreditação é uma ferramenta estratégica de negócios que ajuda os hospitais a ir além e superar essas expectativas. Os requisitos para a acreditação variam de acordo com cada país. Se exigida por lei ou adotada voluntariamente para construir prestigio, a acreditação é um trunfo valioso para qualquer hospital (https://www.ona.org.br; http://cbacred.org.br/; http://iqg.com.br/; http://www.dnvba.com/br/certificacao/sistemas-de-gestao/saude/pages/acreditacao-hospitalar.aspx) consulta em 03/05/14

Número de hospitais acreditados* por modelo/acreditadora presente no Brasil, entre 2000 e agosto de 2014 Modelo Ano ONA JCI/ CBA ACI/ IQG NIA HO/DN V Total 2000 0 1 0 0 1 2001 13 1 0 0 14 2003 28 A 0 0 B 2004 34 3 0 0 37 2006 53 6 0 0 59 2008 94 A 4 0 B 2010 104 12 4 0 120 2011 148 A 12 0 B 2012 169 21 24 3 217 2013 182 22 36 3 243 2014 209 32 22 5** 268* A dados disponíveis não discriminam hospitais e outros tipos de organização B não é possível somar porque não há dados comparáveis Fonte: diferentes acreditadoras, dados coletados pela autora em datas diferentes, tendo como objetivo apresentações sobre o tema. alguns hospitais podem estar na lista mais de uma vez, pois podem estar acreditados por mais de uma acreditadoras **dados fornecidos pela DNV

Porcentagem de hospitais acreditados no estado e porcentagem de hospitais acreditados entre os acreditados totais, em 2014 Fonte: acreditadoras, consultados em 07/09/2014 alguns hospitais podem estar na lista mais de uma vez, pois podem estar acreditados por mais de uma acreditadoras Estado Número de hospitais % hospitais Brasil Numero de acreditados * % acreditados no Estado % acreditados Brasil AC 22 0,35% - - - AL 72 1,14% 1 1,39% 0,36% AM 103 1,62% 3 2,91% 1,11% AP 12 0,19% 1 8,33% 0,36% BA 550 8,72% 7 1,27% 2,61% CE 276 4,38% 3 1,08% 1,11% DF 68 1,08% 8 11,76% 2,97% ES 114 1,81% 8 7,01% 2,97% GO 423 6,71% 3 0,71% 1,11% MA 215 3,41% 2 0.93% 0,74% MG 632 10,02% 43 6,80% 16.01% MS 114 1,81% - - - MT 168 2,66% 1 0,59% 0,36% PA 233 3,69% 4 1,72% 1,49% PB 156 2,47% 2 1,28% 0.74% PE 242 3,83% 4 1,65% 1,49% PI 128 2,03% 3 2,34% 1,11% PR 479 7,60% 19 4,00% 7,07% RJ 538 8,53% 30 5,58% 11,13% RN 92 1,50% - - - RO 82 1,30% - - - RR 13 0,21% - - - RS 337 5,34% 11 3,26% 4,09% SC 226 3,58% 9 3,98% 3,35% SE 45 0,71% 2 4,44% 1,49% SP 899 14,26% 104 11.57% 38,79% TO 66 1,05% - - - TOTAL 6305 100% 268 4,23% 100%

Acreditações - redes ONA UNIMED 22 D Or - São Luiz 15 São Camilo 3 Vita 1 AMIL 2 Públicos 31 DNV-NIAHO UNIMED - 1 CBA JCI D Or - 2 AMIL - 4 Públicos 6 IQG ACI UNIMED - 1 D Or - 2 São Camilo - 2 Vita - 2 AMIL- 1 Públicos 4

O que dizem os dirigentes H1 H2 H3 H4 H5 H6 H7 Tempo 1999 2005 2004 2004 2007 2006 2003 Modelos 11 4 1 2 1 3 2 Motivo Qualidade Diretriz Qualidade, total e interna e segurança e benchmar aprimoramento reconhecimento king Identifi cação como primeiro Qualidade e segurança Amadurecimento Qualidade, segurança e Times

O que dizem os dirigentes H1 H2 H3 H4 H5 H6 H7 Estímulos internos Diretriz Planejamento estratégico Visão de futuro Não Decisão superior Decisão superior Diretriz Estímulos externos Não Não Reconhecimento Não Necessidade Reconhecimento Reconhecimento Empecilhos internos Não Não Não Não Não Rigidez estrutural Não Empecilhos externos Não Não Não Não Não Não Não Custos Não Não Não Sim Não Não Não

O que dizem os dirigentes H1 H2 H3 H4 H5 H6 H7 Resulta dos positi vos * Cultura da Qualidade, segurança, participação do paciente e familiares no cuidado Identificação prioridades e necessidade Reconhecimento, segurança, negociação Reconhecimento, segurança e concorrência Reconhecimento, segurança, concorrência e times Zona de conforto, auto estima e educação permanente Resulta dos negati vos Descon fiança fontes pagadoras e médicos Não Não Não Cobrança pelos usuários Não Não * Visão Sistêmica, Comprometimento da Liderança, Foco no Paciente, Foco na segurança do paciente, profissionais e ambiente, Envolvimento das Pessoas, Abordagem por Processos, Melhoria Contínua de Processos, Abordagem Baseada em Dados e Fatos para Tomada de Decisão, Participação dos Fornecedores, Responsabilidade Ética e Social, Treinamento permanente para todos, Comunicação aberta e frequente, Foco na assistência multidisciplinar/transdisciplinar

Marketing

Onde estamos em 2014? Já existe preocupação no Brasil: Programa de Qualificação das Operadoras e dos Prestadores da Agência Nacional de Saúde (ANS) http://www.ans.gov.br/espaco-dos-prestadores/qualiss Portaria relacionada à Segurança do Paciente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/index.html Aumento das exigências em torno da melhoria do desempenho e da transparência da gestão dos hospitais e da prática profissional tem trazido problemas para os trabalhadores da saúde segunda vítima http://www.bmj.com/content/320/7237/726 (BMJ 2000;320:726 - The doctor who makes the mistake needs help too) Parcerias entre acreditadoras (ONA-DNV) Quem percebeu: concorrência, sociedade, profissionais, fontes pagadoras?

Para onde vamos? Acreditação/segurança/qualidade não são sinônimos. Disseminação de programas e metodologias de acreditação não equivale à prestação de serviços de saúde com qualidade. Quanto maior o acesso, maiores as demandas. Hospitais com reconhecimento externo preocupados em garantir manutenção dos padrões alcançados. Utilizar jargão é diferente de implantar práticas. Oferta diversificada de modelos / critérios de seleção? Reduzida margem para criatividade e singularidade organizacional: ameaça motivação dos profissionais e aspectos específicos da realidade organizacional e de sua cultura.

Conclusões: evolução do processo segundo dados públicos Acreditação hospitalar ainda não chegou ao Brasil: em 15 anos, pouco mais de 4% dos hospitais do país estão acreditados (visão otimista). Concentração nos estados do Sudeste: 70% (7% NE; 15% S; 5% C0; 3% N). Concentração em São Paulo: 39% (ZERO no Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondonia, Roraima, Tocantins). Concentração ONA: 78%

Conclusões: evolução do processo segundo opiniões de dirigentes de hospitais acreditados Os estímulos mais reconhecidos: internos - planejamento estratégico externos (poucos) - competitividade e busca de reconhecimento Empecilhos (quase não identificados): único mencionado: rigidez estrutural (interno). Custos não foram impeditivos. Resultados positivos (muitos e mais voltados para gestão e ambiente interno): assistência e reconhecimento no mercado. Resultados negativos (poucos identificados): cobranças dos usuários e desconfiança dos médicos e pagadores.

Conclusão in aperto... Não se trata de assunto conhecido o suficiente: prioritário/relevante para quem? Não parece haver vantagem externa em ser acreditado, nem penalidade por não sê-lo: buscar certificado fica a critério dos dirigentes dos hospitais e da disponibilidade de recursos. Talvez instrumento de motivação/mobilização interna e de diferenciação externa

Questões sobre a qualidade Equidade? Acesso? Qualidade? Relação entre programas de qualidade e eficiência em hospitais Mercado em saúde: hospitais, acreditadoras, operadoras Quem/por que escolhe hospitais, acreditadoras, operadoras? Qualidade aumenta custos? Qualidade custa quem paga?

A pergunta que não quer calar Ainda vai pegar? Por que? A quem isso interessa?