Avaliação da Educação Superior Brasileira: implicação do Enade no contexto geral da avaliação

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Transcrição:

SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO 2016 / UFSM SANTA MARIA /RS Avaliação da Educação Superior Brasileira: implicação do Enade no contexto geral da avaliação Diretoria de Avaliação da Educação Superior Daes/Inep Prof.ª Dr.ª Mariângela Abrão Coordenadora Geral de Controle de Qualidade da Educação Superior

Caracterização da Educação Superior brasileira

PANORAMA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA 2.364 - Instituições de Educação Superior 2.069 privadas e 295 públicas 8.854.470 - matrículas 33.873 - cursos de graduação (Censo da Educação Superior/MEC/INEP/DEED/2015)

Total de Estudantes de Graduação avaliados pelo Enade 2004 a 2015 (por mil estudantes) 900 800 803 700 600 551 500 470 483 400 387 382 411 300 277 303 200 100 190 196 140 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

ENADE / 2016 1.659 - Instituições de Educação Superior 4.300 - Cursos 216.044 - Estudantes A serem avaliados em 2016

Educação superior: desafios decorrentes de suas características O tamanho do Sistema de Educação Superior abarcado pelo Sinaes: desafio para o acompanhamento da qualidade das Instituições de Educação Superior (IES) e das condições de oferta de curso de graduação. A diversidade de natureza administrativa e de formas de organização acadêmica das IES: desafios para os processos de avaliação, regulação e supervisão do Sistema. A complexidade inerente aos processos avaliativos é dilatada em função do tamanho do Sistema de Educação Superior abarcado pelo Sinaes. As características elencadas revelam desafios e dificuldades para a proposição e implementação de políticas públicas com desdobramentos na melhoria da educação (básica e superior).

Legislação relacionada à Educação Superior

LEGISLAÇÃO Constituição Federal 1988 Lei nº 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) Lei nº 13.005/2014 Plano Nacional da Educação (PNE) Lei nº 10.861/2004 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) Decreto nº 5.773/2006 Exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação Portaria Normativa MEC nº 40/2007 (2010) Delineia os processos de regulação, supervisão e avaliação

SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR Lei nº 10.861/2004 O Sinaes foi instituído [...] com o objetivo de assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus estudantes [...] (Art. 1º, Lei nº 10.861/2004). A realização da avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes será responsabilidade do INEP (Art. 8º, Lei nº 10.861/2004), sob a coordenação da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).

FUNÇÕES DE REGULAÇÃO, SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO Decreto nº 5.773/2006 REGULAÇÃO Realizada por atos autorizativos de IES e de cursos de graduação (credenciamento, recredenciamento, autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento) Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) SUPERVISÃO Objetivo de zelar pela qualidade da oferta de Educação Superior no Sistema Federal AVALIAÇÃO Inep Processo formativo e referencial para a regulação e supervisão da Educação Superior, a fim de promover a melhoria de sua qualidade

PROCESSOS DE REGULAÇÃO, SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO Portaria Normativa MEC nº 40/2007 (2010) A Portaria Normativa MEC nº 40/2007, reeditada e republicada em 29 de dezembro de 2010, trata do fluxo e gerenciamento dos processos de regulação, supervisão e avaliação via sistema eletrônico, tornando efetivo o caráter público dos resultados da avaliação. Dentre outras aspectos da avaliação, consolida disposições sobre Enade e os indicadores de qualidade, reafirmando o papel do Inep como responsável pela operacionalização do Sinaes, sob a orientação da Conaes.

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - Sinaes

SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR O que se espera a partir dos resultados do Sinaes? Melhorar a qualidade da Educação Superior, orientar a expansão da oferta. Identificar mérito e valor das instituições, áreas, cursos e programas nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e formação. Promover a responsabilidade social das Instituições de Educação Superior (IES), respeitando a identidade institucional e a autonomia.

FORMAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO Estão previstos processos avaliativos vinculados a: (Portaria nº 40/2007-2010) Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Realizado para aferir conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas pelo estudante ao longo do curso. Avaliações in loco. Realizada com uma abordagem mais qualitativa de avaliação sobre as condições de oferta dos cursos de graduação e da estrutura das IES. Indicadores de Qualidade da Educação Superior. Produzidos com uma abordagem mais quantitativa, subsidiando os processos de avaliação in loco.

ABRANGÊNCIA DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO O Sinaes promove o processo de avaliação da qualidade de: Estudantes avaliação de desempenho dos estudantes. Resultados: nota do estudante no Enade e Conceito Enade para cursos. Cursos de graduação avaliação dos cursos de graduação para fins de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento (visita in loco); indicadores de qualidade sobre cursos. Resultado: Conceito de Curso (CC) e Conceito Preliminar de Curso (CPC). IES autoavaliação e avaliação institucional (visita in loco) para fins de credenciamento e recredenciamento; indicador de qualidade sobre IES. Resultado: Conceito Institucional (CI), Relatório de Autoavaliação e Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).

Enade

CICLO AVALIATIVO Está previsto Ciclo Avaliativo composto por 3 (três) anos:(portaria nº 40/2007-2010) Áreas - Bacharelados e Licenciaturas Ano I - Saúde, Ciências Agrárias e áreas afins (2004, 2007, 2010, 2013 e 2016). Ano II - Ciências Exatas, Licenciaturas e áreas afins Ano III - Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e áreas afins. Eixos Tecnológicos Ano I - Agronegócio; Estética e Cosmética; Radiologia; Gestão Ambiental; Gestão Hospitalar. Ano II - Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Industrial. Ano III - Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design.

ENADE As áreas previstas nos ciclos avaliativos dizem respeito a grandes áreas do conhecimento, que não são, em si, as áreas de avaliação do Enade. As áreas de avaliação do Enade, relacionadas às grandes áreas do conhecimentos de cada ano do ciclo avaliativo, são definidas, anualmente, em Portaria específica do Ministério da Educação. Todas as ações de avaliação, regulação e supervisão, de cursos já reconhecidos, decorrem das áreas de avaliação do Enade.

ENADE Ações vinculadas às áreas de avaliação do Enade: Elaboração e aplicação das provas do Enade. Inep Cálculo e divulgação dos Indicadores de Qualidade (ano subsequente à aplicação do Enade). Medidas de regulação realizadas pela Secretaria de Regulação e Supervisão (Seres) do MEC (ano subsequente à aplicação do Enade).

Características do Enade - Constitui-se componente curricular obrigatório dos cursos de graduação. - Aplicação trienal a concluintes das áreas e cursos superiores de tecnologia conforme o ciclo do Enade. - Preenchimento do Questionário Socioeconômico também obrigatório. - O histórico escolar do estudante registra a regularidade em relação ao Exame. - Obrigatoriedade de permanência por 01 (uma) hora no local do exame. - Admite procedimentos amostrais, mas é censitário desde 2009. - Ingressante é inscrito mas não faz o exame desde 2011 (uso de resultados ENEM). - É vetada a identificação nominal: resultado individual acessado exclusivamente pelo estudante. - Regulamentação: feita a cada ano por meio de Portarias de Diretrizes para a prova (por área avaliada), Portarias de designação de Comissões Assessoras de Área, e Portaria Ministerial com normatização do Exame (Portaria Normativa MEC no.5, 09/3/2016).

Resultados do ENADE Relatórios: subsídios para gestores e orientação à sociedade Relatório do Curso: desempenho do conjunto dos estudantes. Relatório da Instituição: visão do conjuntos dos cursos da IES Relatórios de Área: resultados dos cursos da área avaliados no país por tipo de instituição (Universidade, Centro Universitário ou Faculdade), organização acadêmica (pública ou privada); Unidade da Federação, região geográfica e país. Percepção de concluintes e coordenadores sobre a formação acadêmica ao longo da graduação. Provas e Gabaritos do Enade.

Avaliação in loco

AVALIAÇÃO IN LOCO As IES e os cursos de graduação são avaliados in loco com a utilização de procedimentos e instrumentos estruturados pelo Inep e aprovados pela Conaes. Avaliação de IES: busca identificar como a missão e o perfil da instituição e sua atuação na sociedade expressam-se nas atividades, cursos, programas e projetos realizados, considerando diferentes dimensões institucionais. Avaliação de curso de graduação: busca identificar as características do projeto formativo e as condições de oferta do curso aos estudantes, em especial as relativas ao perfil do corpo docente, às instalações físicas e à organização didático-pedagógica.

Quantidade de IES avaliadas in loco 1400 1.349 1200 1000 800 600 400 DIMENSÃO 2 Corpo docente e tutorial 422 670 909 539 DIMENSÃO 3 732 Infraestrutura 628 200 0 109 198 243 11 21 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Quantidade de Cursos avaliados in loco 6000 5000 4.670 4.317 5.019 4.974 4000 3000 2000 1.908 2.628 3.134 2.302 DIMENSÃO 2 3.191 Corpo 2.287 docente e tutorial DIMENSÃO 3 3.977 Infraestrutura 1000 580 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Indicadores de Qualidade

INDICADORES DE QUALIDADE Segundo a Portaria Normativa MEC nº 40/2007 (2010), são Indicadores de Qualidade da Educação Superior: Conceito Enade Conceito Preliminar de Curso (CPC) Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) Esses indicadores de qualidade mantêm relação direta com o Ciclo Avaliativo, sendo os cursos avaliados segundo as áreas de avaliação vinculadas aos Anos do Ciclo Avaliativo.

INDICADORES DE QUALIDADE Todos os indicadores são expressos em faixas, descritas em uma escalada discreta crescente de valores de 1 (um) a 5 (cinco). Os indicadores são calculados a partir de componentes. Os valores brutos atribuídos aos componentes são padronizados e reescalonados para serem expressos em valores contínuos de 0 (zero) a 5 (cinco). Os valores discrepantes (outliers) são desconsiderados como valores mínimo e máximo no processo de reescalonamento. Antes do cálculo final, todas as IES têm acesso aos insumos de cálculo e podem se manifestar no Sistema e-mec.

CONCEITO ENADE O Conceito Enade é um indicador de qualidade calculado a partir dos desempenhos dos estudantes concluintes dos cursos de graduação no Enade. É resultante da média ponderada da nota padronizada dos concluintes na Formação Geral (25%) e no Conhecimento Específico (75%). Cálculo por Unidade de Observação que consiste no conjunto de cursos de uma IES que compõem uma área de abrangência (enquadramento) em um mesmo município, para aquelas que contem com ao menos de 2 (dois) concluintes participantes.

Percentuais de Unidades de Observação por Faixas do Conceito Enade 2014 40,0% 38,1% 35,0% 30,9% 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 19,6% Percentual de Unidades de Observação 10,0% 5,0% 6,2% 5,2% 0,0% 1 2 3 4 5

CONCEITO PRELIMINAR DE CURSO (CPC) O CPC é um indicador de qualidade que agrega diferentes variáveis que expressam: resultados da avaliação de desempenho de estudantes; titulação e regime de trabalho do corpo docente; percepções dos estudantes sobre a organização didáticopedagógica, infraestrutura e as oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional. Cálculo por Unidade de Observação, para aquelas com ao menos 2 (dois) ingressantes (até 2013) e 2 (dois) concluintes participantes no Enade.

CONCEITO PRELIMINAR DE CURSO (CPC) DIMENSÃO COMPONENTES PESOS Desempenho dos Estudantes Nota dos Concluintes no Enade (NC) 20,0% Nota do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (NIDD) 35,0% 55,0% Nota de Proporção de Mestres (NM) 7,5% Corpo Docente Nota de Proporção de Doutores (ND) 15,0% 30,0% Nota de Regime de Trabalho (NR) 7,5% Nota referente à organização didáticopedagógica (NO) 7,5% Percepção Discente sobre as Condições do Processo Formativo Nota referente à infraestrutura e instalações físicas (NF) 5,0% 15,0% Nota referente às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional (NA) 2,5%

Percentuais de Unidades de Observação por Faixas do CPC 2014 60,0% 56,8% 50,0% 40,0% 30,0% 29,1% Percentual de Unidades de Observação 20,0% 11,8% 10,0% 0,0% 0,3% 1 2 3 4 5 2,0%

Unidades de Observação por Faixas do CPC 2014 e Tipo de IES 3000 2.680 2500 2000 1500 1.528 1.098 1.058 Privada Pública 1000 500 0 608 266 15 4 66 1 2 3 4 5 79

ÍNDICE GERAL DE CURSOS AVALAIDOS DA INSTITUIÇÃO (IGC) Calculado, por IES, considerando: Média dos CPC dos cursos avaliados da instituição, no triênio de referência, ponderada pelo número de matrículas. Média dos conceitos da avaliação trienal da Capes dos programas de pós-graduação stricto sensu, ponderada pelo número de matrículas. Para instituições sem programas de pós-graduação stricto sensu avaliados pela Capes, o IGC é a média ponderada dos CPC de seus cursos de graduação.

Quantidades de IES por Faixas do IGC 2014 1.200 1.106 1.000 800 600 FACULDADE CENTRO UNIVERSITÁRIO IFET/CEFET UNIVERSIDADE 400 312 216 200 0 7 114 111 27 66 27 12 0 1 1 3 1 1 11 0 0 1 2 3 4 5 13

INDICADORES DE QUALIDADE Componentes dos cálculos Desempenhos como Concluinte de cursos de graduação (Enade) Conceito Enade Questionário do Estudante (Enade) Desempenhos como Ingressante do curso do graduação avaliado (Ingressantes de 2011 a 2013/ concluintes após 2013) (Enem) IDD Conceito Preliminar de Curso (CPC) Índice Geral de Cursos (IGC) Corpo Docente (Censup) Pós-Graduação (Capes)

INDICADORES DE QUALIDADE As Notas Técnicas sobre os cálculos e estudos realizados para mudanças dos indicadores e/ou de seus componentes são disponibilizadas no sítio oficial do Inep. http://portal.inep.gov.br/educacao-superior/indicadores/notas-tecnicas

AVALIAÇÃO Segundo dicionários, avaliar é o ato de atribuir valor o mérito a alguma coisa. A avaliação está imbuída de juízo de valor. Envolve um julgamento conclusivo em termos de bom ou ruim, melhor ou pior. Avaliação educacional: expressa uma conclusão normativa acerca da qualidade (ou sucesso) de estudantes, professores, escolas, programas, políticas ou sistemas educacionais. A avaliação educacional está associada à ideia medir e julgar resultados educacionais.

AVALIAÇÃO E INDICADORES Indicadores não são, necessariamente, avaliações. Enquanto avaliação educacional exprime julgamento, indicadores podem ter um caráter mais descritivo. Entretanto, eles auxiliam na formação de um juízo avaliativo. Embora usualmente chamados de avaliação, o desempenho de estudantes em exames padronizados é, mais precisamente, um indicador de resultado educacional.

AVALIAÇÃO E INDICADORES Concluir sobre a qualidade de uma IES pode requerer mais do que os resultados de exames externos: indicadores de insumos e processos educacionais, percepções subjetivas obtidas por visitas in loco, entrevistas etc. No entanto, resultados de exames externos são um dos mais importantes instrumentos para que o público interessado forme um juízo avaliativo sobre a qualidade de estudantes, docentes, cursos, IES, programas, políticas ou sistemas educacionais.

B FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO Diagnóstico, Credenciamento, Seleção e Accountability (avaliação somativa) Aprimoramento das instituições ou dos cursos (avaliação formativa) Para fins administrativos (promoções, regulação etc) Duas medidas de interesse Aferir o aprendizado do estudante (medida direta) Aferir a contribuição da escola / curso para o aprendizado (medida indireta) Base para os Modelos de Valor Adicionado

LIMITES E POSSIBILIDADES LIMITES Por melhores que sejam, são Indicadores e não um retrato das condições concretas dos processos formativos e estrutura das IES, portanto, não substituem a avaliação in loco. Expressam valores relativos e não absolutos. Não são comparáveis entre suas edições. Implementação de ajustes em indicadores utilizados para fins de regulação, supervisão e financiamento.

POSSIBILIDADES LIMITES E POSSIBILIDADES Aprimoramento dos indicadores existentes para que estimem melhor as condições de oferta dos cursos e da estrutura das IES. Substituir as escalas de estimação da qualidade para que possam expressar mensurações e valorações absolutas (não relativas). Composição de escalas de valores que permitam a comparação entre as edições dos indicadores. Composição de uma cesta de indicadores para subsidiar processos decisórios e de avaliação de políticas públicas de naturezas e finalidades diversas, ao invés se utilizar um mesmo indicadores compostos nos referidos processos.

INDICADORES DE QUALIDADE Os Indicadores de Qualidade têm sido indutores de qualidade, como no caso do CPC: Titulação do corpo docente. Infraestrutura. Oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional.

RESULTADOS DA AVALIAÇÃO A disseminação dos resultados da avaliação interessa a diversos segmentos sociais. Instituições de Educação Superior: utilizam as informações para decisões de políticas institucionais. Secretarias do MEC: adotam resultados para fins de regulação e supervisão da Educação Superior. Gestores públicos em Educação Superior: utilizam dados para elaborar e orientar ações e políticas educacionais. Pesquisadores: utilizam os dados em trabalhos acadêmicos. Sociedade em geral: obtém elementos para conhecer melhor um curso e/ou IES de interesse.

DESAFIOS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO Diante da quantidade de IES e cursos avaliados pelo Sinaes, destacamse os seguintes desafios: ENADE Aplicação do Enade ao estudantes de todas as áreas de maneira censitária anualmente. Estimação do valor agregado ao estudante pelo curso de graduação. Estruturação de provas que apreendam competências e habilidades não mensuradas no formato atual.

DESAFIOS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO IN LOCO Realização de avaliações in loco de todos os cursos dentro dos Ciclos Avaliativos. Formação de Avaliadores que extrapolem a checagem de itens e avancem para uma visão mais ampla de avaliação. Disponibilização de resultados detalhados da avaliação in loco de forma consolidada.

DESAFIOS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO Dada a dificuldade de se realizar avaliações in loco de todos os cursos abarcados pelo Sinaes, passou-se a fazer uso de Indicadores de Qualidade para subsidiar os processos de regulação e supervisão. Não tem por objetivo estabelecer ranking, mas como uma alternativa para o acompanhamento da qualidade do conjunto de IES e cursos avaliados pelo Sinaes. Uma questão fundamental para o debate sobre a atuação do Inep: para quais fins se destinam os Indicadores de Qualidade da Educação Superior?

DESAFIOS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO SINAES Estruturação e implementação de processos avaliativos que contemplem a diversidade e as características regionais. Integração dos instrumentos avaliativos e dos resultados obtidos a partir das avaliações in loco e dos Indicadores de Qualidade.

Participação da Comunidade nos Processos Avaliativos

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ENADE Construção das Matrizes de Prova, seleção de itens para o Banco Nacional de Itens (BNI) e análise dos resultados do Exame. Comissões Assessoras de Avaliação, compostas por especialistas vindos da comunidade acadêmica, sendo assegurada a representatividade de instituições públicas e privadas e das 5 (cinco) regiões e a competência acadêmica (ICA). Elaboração e revisão de itens para o BNI. Docentes atuantes em IES.

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE AVALIAÇÃO IN LOCO Construção dos instrumentos. Consulta pública e participação de entidades e associações de área. Realização das avaliações de IES. Comissões de especialistas, compostas por docentes atuantes em IES com experiência na docência e na gestão acadêmica. Realização das avaliações de cursos de graduação. Comissões de especialistas, compostas por docentes que atuam em cursos equivalentes ou afins aos que serão avaliados.

EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES 2013 Revisão dos Questionários do Estudante e do Coordenador com base no Instrumento de Avaliação de Cursos Obrigatoriedade de permanência mínima no local de exame de 1 (uma) hora Análise do ciclos avaliativos CAA, com produção de estudos e artigos sobre o Enade Criação do Grupo de Estudos de Indicadores em Educação Superior (GEIES). Início de Estudos sobre os Dez Anos do Sinaes Formação continuada para avaliadores de odontologia em parceria com ABENO

EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES 2014 Produção do Manual do Estudante Obrigatoriedade de resposta ao Questionário do Estudante Mudança no Questionário de percepção sobre a prova Produção de Relatório de Formação Geral (resultado de todas as áreas)

EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES 2015 Aprimoramento do processo avaliativo, com enfoque quantitativo e qualitativo justificativa de todos os indicadores Diálogo constante com as áreas de licenciatura e de saúde (CAA, Conselhos de Classe, Associações de Ensino, IES e sociedade em geral) Foram constituídas Comissões Técnicas para a elaboração de um Documento Orientador específico para garantir uniformidade e qualidade ao processo de avaliação in loco, também conhecida como avaliação externa, das áreas a saber: Medicina Veterinária; Engenharia de Produção; Saúde Coletiva; Fisioterapia; Enfermagem e Jornalismo.

EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES Revisão do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação nos graus de tecnólogo, de licenciatura e de bacharelado para as modalidades: presencial e a distância, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior Sinaes. Documento orientador para o curso de medicina - Acessibilidade e suas diversas formas - Bibliografia Básica Nota Técnica DAES/INEP nº 023, de 08 de junho de 2015

DESAFIOS PARA O SINAES Dinamizar o processo de avaliação, integrando instrumentos, espaços e momentos. Acompanhar o desenvolvimento e aperfeiçoamento do Ciclo Avaliativo e do próprio Sinaes (produção de estudos e disseminação de resultados). Garantir nos processos de avaliação (IES, cursos e estudantes) referenciais que assegurem o padrão mínimo de qualidade em todos os cursos de graduação.

APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Estudos em andamento na direção de aprimoramento dos processos avaliativos: Enade. Resultados do Enade e perfil socioeconômico dos estudantes. Análises dos resultados Teoria Clássica e Teoria de Resposta ao Item (TRI). Aplicação do Enade no formato eletrônico. Avaliações in loco. Revisão e adequação de instrumentos orientadores da avaliação in loco de cursos e IES.

APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Construção de portal para disseminação dos resultados das avaliações in loco, que também agregue resultados dos indicadores. Indicadores de Qualidade da Educação Superior Cálculo do IDD por estudante e com regressão multinível. Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Análises fatorial e TRI do Questionário do Estudante. Composição de banco de dados para estudo da trajetória dos estudantes. Indicador(es) de consistência da declaração feita ao Censup

APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Indicadores de trajetória (fluxo): evasão, permanência, promoção, retenção, conclusão, transferência. Integração das bases de dados do Censup e Enade Aplicação do Questionário do Estudante para os concluintes de todos os cursos de graduação

SÍNTESE DOS AVANÇOS DA AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR A avaliação da Educação Superior ocupa um lugar de destaque nas políticas públicas educacionais e tem sido considerada um dos eixos estruturantes da política educacional. A política de avaliação traduzida pelo Sinaes vem cumprindo o papel de aferir qualidade e de subsidiar a regulação, configurada como política pública de Educação Superior. Os processos instaurados vem avançando no sentido de promover uma cultura avaliativa nos cursos e IES, em processo permanente de reflexão e questionamento, por meio da integração de instrumentos e da participação dos diversos atores institucionais e para além da mera prestação de contas e responsabilização de órgãos, setores e pessoas.

NOVIDADES PARA 2016 Data e horário da prova do ENADE 2016 20 de novembro de 2016 13h horário oficial de Brasília fechamento dos portões 13h30 Início das provas Terá duração de 4 (quatro) horas. Novidades: prova identificada e nome da área avaliada o estudante conferirá o nome da área avaliada

Muito obrigada! Prof.ª Dr.ª Mariângela Abrão Coordenação Geral de Controle da Qualidade da Educação Superior CGCQES mariangela.abrao@inep.gov.br