O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO IDOSO ATIVO

Documentos relacionados
ENVELHECIMENTO BEM SUCEDIDO, ATIVO E SAUDÁVEL Marli Alves Viana de Araújo¹; Benaia Alves de Araújo Melo²; Orientador: Saulo Victor e

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

PERFIL CLÍNICO, ANTROPOMÉTRICO E AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ-RN

INQUÉRITOS NACIONAIS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO. Profa Milena Bueno

SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE - nº 04 - ano 2016 ISSN:

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

Educação alimentar e analise dos hábitos em relação à alimentação em estudantes do ensino fundamental 2 no município de Itapuranga Goiás

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

Avaliação Nutricional

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

Desenvolvendo o Pensamento Matemático em Diversos Espaços Educativos A MATEMÁTICA EM SITUAÇÕES QUE ENGLOBAM ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

Avaliação e Classificação do Estado Nutricional

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA EM ADOLESCENTES ESCOLARES

I I EITIC. Encontro de Inovação, Tecnologia e Iniciação Científica do IFAL. Resumo Ciências Humanas

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE COLABORADORES DE UMA PANIFICADORA

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

Multimorbidade e medidas antropométricas em residentes de um condomínio exclusivo para idosos

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO

Perfil de Hábitos Alimentares e IMC dos Alunos dos Cursos de Educação Física e Tecnologia da Informação

Avaliação do Índice de Massa Corporal em crianças de escola municipal de Barbacena MG, 2016.

Profa. Débora Gobbi 1

Acácio Lustosa Dantas Graduanda em Educação Física pelo PARFOR da Universidade Federal do Piauí

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE NA CIDADE DE FORTALEZA UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MATO GROSSO

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FEIRAS DE SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA VIGILÂNCIA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS EM GOVERNADOR VALADARES - MG.

CONSUMO ALIMENTAR DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PALMAS TO

Ind Taxa de prevalência de fumantes atuais, por ano, segundo região e escolaridade

DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO ATENDIDA DURANTE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

Comparação entre os Inquéritos. Diferença estatisticamente significativa (com tendência de aumento) p<0,001

Estudo avalia beneficiários de planos de saúde

Ano V Nov./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Prof. Dr. Amaury L. Dal Fabbro, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo Henrique dos S.

EXERCÍCIO FÍSICO NA TERCEIRA IDADE: NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SÊCA/PB

(83)

LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE

Aluna do curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/ UNIJUI, 3

TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

Sumário. 1. Aspectos Metodológicos Descrição dos Resultados Análise Gráfica... 7

TÍTULO: ANÁLISE DO CONSUMO DE ALIMENTOS FONTE DE GORDURAS E FATORES QUE INFLUENCIAM SUAS ESCOLHAS

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

Programa Mais Saúde. Endereço: Av. Araxá, nº 156, Lagomar, Macaé RJ. CEP

PERFIL SOCIAL E DA APTIDÃO FUNCIONAL DE IDOSOS RESIDÊNTES NO MUNICÍPIO DE TRIUNFO - PE

PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM ADOLESCENTES CADASTRADOS NO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO NORDESTE

Guias sobre tratamento da obesidade infantil

ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS HÁBITOS ALIMENTARES DOS USUÁRIOS DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONCEPÇÃO DO USO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS ENTRE ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA EM NATAL/RN

SAÚDE COLETIVA: ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS PARA DIMINUIR OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA CONTEMPORANEIDADE 1

PROGRAMA INTERDISCIPLINAR DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS DE GUARAPUAVA

PERCEPÇÃO CORPORAL E BIOIMPEDÂNCIA TETRAPOLAR DE ESTUDANTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICALO

Atendimento Nutricional Ambulatorial: Características da População e Efetividade das Orientações Nutricionais

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO ENTRE POLICIAIS MILITARES

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DAS ESCOLAS DE CANÁPOLIS/MG E CAMPO ALEGRE DE GOIÁS/GO

PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE

XIV Encontro Nacional de Rede de Alimentação e Nutrição do SUS. Janaína V. dos S. Motta

CÂMARA MUNICIPAL DE MARABÁ GABINETE DO VEREADOR GILSON FERREIRA DA SILVA


ACONSELHAMENTO SOBRE MODOS SAUDÁVEIS DE VIDA: PRÁTICA E ADESÃO EM USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

Vigilância e Monitoramento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis

ACEITAÇÃO DE REFEIÇÕES OFERECIDAS EM HOSPITAL PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

1º DIA - 13 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

PREVALÊNCIA DO ALCOOLISMO E DO TABAGISMO EM IDOSOS RESIDENTES EM JOÃO PESSOA, PARAÍBA

SAÚDE E MOVIMENTO: Análise do Comportamento alimentar e físico em adolescentes RESUMO

ISSN ÁREA TEMÁTICA: Introdução

VIGITEL BRASIL Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão

Portugal é caracterizado por uma alta prevalência de excesso de peso e obesidade nas mulheres, sendo que o aumento de peso acontece mais abruptamente

AVALIAÇÂO NUTRICIONAL DE IDOSOS USUÁRIOS DAS ACADEMIAS PARA A TERCEIRA IDADE DA CIDADE DE NATAL/RN

(83)

QUAL O IMC DOS ALUNOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO NO IFTM CAMPUS UBERLÂNDIA?

PALAVRAS-CHAVE: Educação Nutricional. Adolescência. Autoestima.

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Nutrição INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

(83)

Desafios para a Saúde Bucal em Estudos de Coorte. Renato De Marchi, MSc., Ph.D.

PERFIL NUTRICIONAL E CONSUMO DE AÇÚCAR SIMPLES COMO FATOR DE RISCO NO DESENVOLVIMENTO DE OBESIDADE INFANTIL

FACULDADE PITÁGORAS TÓPICOS ESPECIAIS EM NUTRIÇÃO I AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE ACAMADO

IMPACTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES EM UBERLÂNDIA, MG

PERFIL NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE ALUNOS DO CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO EM GOIÁS

ANALÍSE DA QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DO IMC DOS SERVIDORES E ALUNOS DO IFMA/CENTRO HISTÓRICO

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

Projeto de Extensão: Clínica Escola: atendimento ambulatorial de nutrição à comunidade

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA

PERFIL SOCIOECONÔMICO, CLÍNICO E NUTRICIONAL DE UM GRUPO DE IDOSOS PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO

ESTUDO ANTROPOMÉTRICO E NUTRICIONAL DE ACADÊMICOS RECÉM-INGRESSOS NO CURSO DE FARMÁCIA DA FAMETRO

COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE ESCOLARES EM RELAÇÃO A FRUTAS E HORTALIÇAS 1

Relatório Peso na Saúde

ASPECTOS FUNDAMENTAIS E FUNCIONAIS DO ENVELHECIMENTO PARA DE IDOSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA

Transcrição:

O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO IDOSO ATIVO Tainara Cavalcante Silva¹; Marilia Carolina dos Santos Silva ²; Saulo Victor e Silva³ Universidade Potiguar (UnP), Avenida Senador Salgado Filho, nº 1610, Lagoa Nova, Natal/RN,59056-000. ¹ Universidade Potiguar- UnP. E-mail: tainaracsilva@hotmail.com ² Universidade Potiguar- UnP. E-mail: marilia-may@hotmail.com ³ Universidade Potiguar- UnP. E-mail: saulovictor2901@hotmail.com RESUMO: O idoso ativo otimiza as oportunidades os proporcionado qualidade de vida.o comportamento alimentar de um indivíduo da terceira idade é um ponto crucial pois tem vários fatores que podem ser determinantes positivos ou negativos nesse envelhecimento ativo, estando a depender do equilíbrio do seu estado físico, social e mental. Portanto, o presente objetivou investigar a influência do estado emocional do idoso em seu comportamento alimentar. A pesquisa foi realizada na Associação Rio-grandense Pró-Idoso - ARPI, Natal/ RN, com os idosos cadastrados na instituição e que se enquadraram nos critérios de inclusão adotados. O estudo se constituiu do tipo individuado, tendo como unidade de análise e observação o idoso. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário com questões socioeconômicas, demográficas, dados pessoais do idoso, seu estado de nutrição, e das condições gerais da saúde do idoso. Para avaliação dos idosos foi utilizado parâmetros antropométricos como: peso, estatura e Índice de massa corporal -IMC. Participaram da pesquisa 30 idosos, representado por 90% mulheres (n=27) e 10% homens (n=3), foi observado que 67% (n=2) dos idosos do sexo masculino estão em eutrofia, 33% (n=1 ) apresentaram magreza e nenhum apresentou obesidade e no sexo feminino 48% (n=13) apresentaram obesidade, 41% (n=11) estão em eutrofia e 11% (n=3) magreza, já no geral temos a proporção de obesidade e eutrofia igualados cada com 43% (n=13) e 14%de idosos com magreza, quando questionados 57% dos idosos relaram preferir fazer as refeições em grupo, 23% preferem almoçar sozinhos e para 20% indifere, quando estão tristes 17% disseram que o apetite aumenta, 30 % que ele diminui e 53% que era indiferente, quando estão ansiosos 37% relataram que o apetite aumenta, 23% que ele diminui e 40% que indefere, já para quando se sentem solitários 27% afirmaram que comem muito, 40%comem pouco, 10% não comem, 27% comem normal e 3% não souberam responder a pergunta. Conclui-se que além de vários fatores como: sociais, demográficos, econômicos e dietéticos, o estado emocional interfere diretamente causando impacto negativo no comportamento alimentar e estilo de vida desse idoso. Palavras-Chave: Nutrição do Idoso; Comportamento Alimentar; Hábitos Alimentares

O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO IDOSO ATIVO Tainara Cavalcante Silva; Marilia Carolina dos Santos; Saulo Victor e Silva Universidade Potiguar (UnP), Avenida Senador Salgado Filho, nº 1610, Lagoa Nova, Natal/RN,59056-000. ¹ Universidade Potiguar- UnP. E-mail: tainaracsilva@hotmail.com ² Universidade Potiguar- UnP. E-mail: marilia-may@hotmail.com ³ Universidade Potiguar- UnP. E-mail: saulovictor2901@hotmail.com INTRODUÇÃO O vasto aumento de indivíduos da terceira idade visto nos últimos anos deve-se, especialmente, ao crescimento da expectativa de vida referente ao progresso da ciência quanto a prevenção e reconhecimento de doenças. Há uma perspectiva que em até dez anos o Brasil venha a ser o sexto maior país no mundo, em relação a quantidade da população idosa (GARUFFI, GOBBI, HERNANDEZ, VITAL, 2011). Há grandes dilemas relacionados ao comportamento alimentar humano o que torna esse tema bastante expressivo para a vida. A alimentação está associada a vários âmbitos da vida do indivíduo e pode-se correlacionar com suas relações sociais, ao seu padrão de vida, seu modo de sobreviver e em vários outros aspectos (ALEVATO; ARAÚJO, 2009). Uma alteração no estado emocional de um idoso leva-o a uma má alimentação e acomete várias doenças crônicas transmissíveis a depender de cada idoso. São vários fatores que estão relacionados diretamente com o seu comportamento alimentar, sendo eles de origem biológica, social ou psicológica e para que haja uma boa nutrição é necessário que eles estejam em equilíbrio. Por ser um grupo vulnerável se faz necessário um estudo desses pontos para esboçar um perfil desses idosos e buscar formas reparativas. Pensando em como a população idosa tem aumentado de forma significativa, assim como o aumento das doenças crônicas não transmissíveis e o seu perfil de envelhecimento tem sido alterado devido a influência de alguns fatores, este estudo objetivou investigar a influência do estado emocional do idoso em seu comportamento alimentar.

METODOLOGIA Tratou-se de um estudo do tipo individuado, tendo como unidade de análise e observação o idoso.do tipo observacional, sem haver qualquer intervenção e transversal, sendo foi realizada em um único momento no tempo. A pesquisa foi realizada na Associação Norte Riograndense Pró-Idoso- ARPI, no período de três dias no mês de julho de 2016. Para avaliação, participaram da pesquisa idosos de ambos os sexos com idades entre 60 a 88 anos. A amostra constituiu-se por 30 idosos que responderam a um questionário baseado no estudo SABE que era composto por perguntas com questões sociodemográficas, socioculturais, estilo de vida, alimentação e saúde do idoso. Também foi realizado a avaliação antropométrica onde foi verificado o peso, altura e posteriormente o Índice de massa corporal IMC. A duração da aplicação individual do questionário durou em média 10minutos, para cada idoso. E ao final, depois de analisadas as respostas, os dados obtidos foram expressos em gráficos e tabelas para melhor entendimento da pesquisa através do programa Microsoft Excel. RESULTADOS Participaram da pesquisa 30 idosos, representado por 90% mulheres (n=27) e 10% homens (n=3). O gráfico 1 apresenta o percentual de idosos por gênero que participaram da pesquisa. Gênero, ARPI, Natal-RN,2016. 10000% 90 9000% 8000% 7000% 6000% 5000% 4000% 3000% 2000% 1000% 0% Feminino Masculino 10 Gráfico 1 Percentual de idosos participantes por gênero FONTE: DADOS DA PESQUISA, NATAL, 2016

O gráfico 2 abaixo representa o percentual de dados antropométricos. Gráfico 2- Percentual de dados antropométricos Antropometria,arpi,natal-rn,2016. 10000% Magreza Eutrofico Obesidade 9000% 8000% 7000% 67 6000% 5000% 43 43 48 41 4000% 33 3000% 2000% 14 11 1000% 0% IMC geral IMC Mulheres IMC Homem 0 FONTE: DADOS DA PESQUISA, NATAL, 2016 Foi observado que 67% (n=2) dos idosos do sexo masculino estão emeutrofia, 33% (n=1) apresentaram magreza e nenhum apresentou obesidade e no sexo feminino 48% (n=13) apresentaram obesidade, 41% (n=11) estão em eutrofia e 11% (n=3) magreza. Já no geral temos a proporção de obesidade e eutrofia igualados cada com 43% (n=13) e 14%de idosos com magreza. A população estudada foi composta predominantemente por mulheres, 27 idosas com idade média de 73 anos e 3 homens com idade média de 79 anos. Através disso, já foi possível verificar que as mulheres possuem hoje uma preocupação maior com a saúde, buscando através da Associação ter uma vida menos sedentária e mais ativa. O dado mais importante encontrado foi que apesar de serem idosos ativos com um vasto campo de atividades físicas no seu cotidiano, há um grande número de idosos com obesidade, exclusivamente do sexo feminino, caracterizando dessa forma uma população com complicações metabólicas em sua saúde. O índice de massa corpórea adequada de um idoso é aquele que se encontra na faixa de 22 a 27 kg/m², abaixo disso é caracterizado magreza e acima obesidade (LIPSCHITZ,1994).

Pode-se verificar a representação gráfica dos percentuais emocionais dos idosos participantes da pesquisa abaixo no gráfico 3. Quando está triste o apetite: 10000% 8000% 6000% 53 4000% 30 17 2000% Prefere fazer as refeições: 10000,0% 8000,0% 57 6000,0% 4000,0% 23 20 2000,0% 0% Aumenta Diminui Indifere 0,0% Sozinho Em grupo Indifere G ráfico 3 Percentuais de aspectos emocionais:

Quando se sente solitário: 10000% 9000% 8000% 7000% 6000% 5000% 4000% 3000% 2000% 1000% 0% 20 40 10 27 3 Quando está ansioso o apetite: 10000% 9000% 8000% 7000% 6000% 5000% 4000% 3000% 2000% 1000% 0% 37 23 40 Aumenta Diminui Indifere FONTE: DADOS DA PESQUISA,ARPI, NATAL, 2016

Quando questionados 57% dos idosos relaram preferir fazer as refeições em grupo, 23% preferem almoçar sozinhos e para 20% indifere, quando estão tristes 17% disseram que o apetite aumenta, 30 % que ele diminui e 53% que era indiferente, quando estão ansiosos 37% relataram que o apetite aumenta, 23% que ele diminui e 40% que indefere, já para quando se sentem solitários 27% afirmaram que comem muito, 40%comem pouco, 10% não comem, 27% comem normal e 3% não souberam responder à pergunta.

É de suma importância que os idosos se alimentem com satisfação, pois esse sentimento é relacionado ao aproveitamento da variedade de alimentos (BRASIL, 2009). A forma com que o indivíduo tem contato com o alimento vai interferir na sua opinião sobre a alimentação. Há fatores internos assim como externos que influenciam o seu comportamento alimentar. Podemos encontrar que grande parte dos idosos em estudo preferem realizar suas refeições em grupo, tornando assim o momento mais prazeroso. Quando questionados sobre os sentimentos de tristeza e ansiedade os dados obtidos mostram que há uma indiferença com a alimentação, o que é bom, pois não influencia no seu comportamento alimentar. Apenas de que no quesito de como se alimenta quando se sente solitário, eles responderam que a alimentação é diminuída, isso interfere no seu comportamento alimentar, o que resulta em uma menor ingestão de nutrientes que irão trazer benefícios para o seu organismo. Os idosos foram questionados sobre como avaliam a sua saúde, e a maioria classifica sua saúde como boa (60%), como regular (27%) e como ruim (3%), isso mostra que eles possuem conhecimento sobre o que é ter uma vida saudável, com comportamentos alimentares adequados. É comum que com o passar da idade, o indivíduo comece a apresentar mais de uma doença ao mesmo tempo. O Brasil se destaca por ser um país em que sua população envelhece de forma mais rápida do mundo, devido a isso, o número de doenças crônicas se torna crescente (Brasil, 2012). Os dados obtidos através do questionário comprovam isso. Dos entrevistados, 57% informou que apresenta mais de uma doença concomitante, e as doenças que mais se destacaram foi hipertensão 17% e diabetes 3%. Tais doenças crônicas não transmissíveis são destaques na saúde do idoso há vários anos atrás, dados do VIGITEL Brasil 2013 mostram que em idosos há uma prevalência de doenças crônicas 56,3% de sobrepeso, 20,2% de obesidade, 60,4% de hipertensão, 22,1% de diabetes tipo 2, 36,3% de dislipidemia (BRASIL,2014). Quando se trata da renda, os dados mostram que a maioria dos entrevistados possuem uma renda de 1 a 2 salários mínimos (83%), 3 a 4 salários (10%) e de 5 a 6 salários (3%). Isso reflete diretamente em seu comportamento alimentar, pois o dinheiro que é destinado a ser gasto com sua saúde muitas vezes não leva a compra de alimentos ditos saudáveis e que tragam benéficos e nutrientes a sua saúde. Apesar de serem idosos ativos muitos estão com o IMC alterado, e acometidos de algumas doenças crônicas como hipertensão e diabetes, fazendo necessário um acompanhamento para que se consiga trabalhar o equilíbrio desses fatores para se ter um

envelhecimento ativo em conjunto com um comportamento alimentar adequado, trazendo para esses idosos uma vida mais saudável. Medidas educacionais associadas com medidas dietéticas devem ser tomadas, a fim de diminuir os casos de obesidade, para que possa ajudar a ter uma melhor qualidade de vida e um comportamento alimentar, com mais saúde, e acima de tudo, trazer mais alegria a seus dias, apesar dos idosos serem ativos, tem alguns fatores que fazem com que não tenham um equilíbrio alimentar, e consequentemente uma vida mais saudável, o fator emocional foi algo que variou bastante, mostrando que afeta diretamente o comportamento alimentar desses idosos. CONCLUSÃO Fatores sociais, demográficos, econômicos, dietéticos e o estado emocional interferem diretamente na alimentação dos idosos causando impacto negativo em seu comportamento alimentar e estilo de vida dos mesmos.

REFERÊNCIAS 1.GARUFFI, Marcelo, GOBBI, Sebastião, HERNANDEZ, Salma SthephanySoleman, VITAL, Thays Martins, Et AL. Atividade física para promoção da saúde de idosos com doença de Alzheimer e seus cuidadores. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. São Paulo 16(1), jan. mar. 2011. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/? IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nex taction=lnk&exprsearch=600053&indexsearch=id Acesso: 01 de junho de 2016 2.ALEVATO, H.; ARAÚJO, E. M. G. Gestão, organização e condições de trabalho. In: Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 5, 2009. Niterói, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos do V CNEG, Niterói: 2009, p. 01-22. Disponível em: Acesso em: 01 jun. 2016. 3.LIPSCHITZ, DA. Screening for nutritional status in the elderly.vol. 21, n.1, 1994. 4.Vigitel Brasil 2013: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 5.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentação saudável para a pessoa idosa: um manual para profissionais de saúde / Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 36 p.