8 de Março: Sair às ruas para denunciar a violência contra as mulheres

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Transcrição:

8 de Março: Sair às ruas para denunciar a violência contra as mulheres Em Porto Alegre, o ATO PÚBLICO Classista e Independente do Dia Internacional da Mulher acontece no dia 8 de Março (terçafeira que vem), a partir das 17h, no Largo Glênio Peres, no centro da Capital. Participe!

SAIR ÀS RUAS PARA DENUNCIAR A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES O 8 de março de 2016 insere-se em um momento de avanço na mobilização das mulheres frente às políticas de ajustes dos governos Dilma e Sartori, que retiram direitos, agravam a crise e ampliam as desigualdades. Em 2015, grandes manifestações de mulheres, a maioria jovens, ocuparam as ruas para protestar contra a retirada de direitos já conquistados, impedir novas limitações às possibilidades de aborto previstas em lei e exigir o fim da violência contra as mulheres. O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres entre 84 países. Nos últimos 30 anos, triplicou o número de assassinatos de mulheres (feminicídios) em nosso país, sendo que, em 86% dos casos, o agressor é o companheiro ou ex- companheiro. A Lei Maria da Penha precisa ser aplicada de fato, com a ampliação de investimentos em delegacias especializadas, juizados especiais, casas abrigo e na punição aos agressores. Falta vontade política do Governo Dilma, que alega falta de recursos, mas destina 45% do orçamento para o pagamento da dívida pública, retirando verbas das políticas sociais. O orçamento aplicado na política de atenção às mulheres é uma vergonha! Apenas 26 centavos por mulher, o que significa 0,003% do PIB. CONTRA TODA FORMA DE VIOLÊNCIA FÍSICA E MORAL CONTRA AS MULHERES, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSEXUAIS PELA MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA CONTRA A EXPLORAÇÃO SEXUAL E TRÁFICO DE MULHERES E CRIANÇAS

ABORTO: o corpo é da mulher e a decisão também! A epidemia de zika vírus reforça a necessidade do direito ao aborto. Já são mais de 4 mil casos de microencefalia no Brasil e a Fundação FioCruz prevê que até o final de 2016 chegaremos a 16mil casos, se o aborto não for legalizado. Junto com o combate ao mosquito, é necessário enfrentar o debate sobre o direito das mulheres decidirem sobre a maternidade e o aborto, assegurando as condições necessárias para a opção que tomarem. Legalizar o aborto já também é combater a violência contra as mulheres, principalmente as da classe trabalhadora, que não podem pagar as clínicas clandestinas particulares. É um verdadeiro problema de saúde pública, e não de natureza religiosa ou filosófica. *** No Brasil, a cada dois dias, uma brasileira (pobre) morre por aborto inseguro. Essa é a 4ª maior causa de mortes entre as mulheres. No vizinho Uruguai, desde a legalização do aborto, em 2012, nenhuma mulher faleceu vítima do procedimento. O número de abortos passou de 33 mil/ano para apenas 4 mil, uma prova de que a legalização é necessária. POR UMA EDUCAÇÃO LAICA PARA DECIDIR, ANTICONCEPCIONAL PARA NÃO ABORTAR E ABORTO LEGAL PARA NÃO MORRER. É HORA DE REAFIRMAR OS DIREITOS DAS MULHERES! FASCISTAS E MACHISTAS NÃO PASSARÃO! CONTRA O MACHISMO, O RACISMO E A LGBTFOBIA, ESSA LUTA É NOSSA!

SALÁRIO IGUAL PARA TRABALHO IGUAL SEM RETIRADA DE DIREITOS No Brasil, 60% das mulheres estão no mercado de trabalho, a maioria são chefes de família e ganham menos que os homens, ainda que exerçam a mesma função. A maior parte é terceirizada ou se encontra no mercado informal. As mulheres negras estão nos piores postos de trabalho, mais precários, insalubres e com salários 30% mais baixos que as mulheres brancas (segundo o IBGE), que também recebem salário 30% inferior ao dos homens brancos. Frente a essa realidade, e a crise econômica que atinge duramente a população brasileira, denunciamos as medidas dos governos Dilma e Sartori para reduzir os direitos da classe trabalhadora. O aumento de impostos e a flexibilização das leis trabalhistas, ameaçando o 13º salário e a licença maternidade, penalizam ainda mais as mulheres. A nova reforma da previdência desconsidera a dupla/tripla jornada enfrentada pelas trabalhadoras ao querer ampliar o tempo de serviço e de contribuição para as mulheres. SALÁRIO IGUAL PARA TRABALHO IGUAL, PARA MULHERES E HOMENS, INDEPENDENTE DE RAÇA E GÊNERO CONTRA A REDUÇÃO DE DIREITOS SOCIAIS E AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA DO GOVERNO DILMA AMPLIAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL, GARANTINDO SEGURANÇA E CUIDADO ADEQUADO ÀS CRIANÇAS DAS MULHERES TRABALHADORAS AS MULHERES TRABALHADORAS NÃO VÃO PAGAR PELA CRISE! CSP-Conlutas e Sindppd/RS