LIBRAS INTERMEDIÁRIO. Curso de Formação Continuada Eixo: Formação de Profissionais da Educação

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Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS PALHOÇA BILÍNGUE LIBRAS INTERMEDIÁRIO Curso de Formação Continuada Eixo: Formação de Profissionais da Educação Palhoça, novembro de 2011 1

SUMÁRIO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1.1.Dados Gerais da Instituição 1.2.Habilitação 1..Dados Gerais do Curso 1..1. Denominação 1..2. Eixo Profissional 1... Modalidade 1..4. Regime da Matrícula 1..5. Número de Vagas 1..6. Carga Horária 4 1..7. Horário e Local do Curso 4 1..8. Responsáveis 4 2. JUSTIFICATIVA 5. OBJETIVOS 6 4. REQUISITOS DE ACESSO 6 5. PERFIL DOS EGRESSOS 6 6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 6 6.1. Conteúdos 7 6.2. Matriz Curricular 9 7. PRÁTICA PEDAGÓGICA 9 8. AVALIAÇÃO 9 10. RECURSOS MATERIAIS 11 2

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1.1.Dados da Instituição CNPJ Nº 11.402.887/001-60 Razão Social: Instituto Federal de Santa Catarina - Campus Palhoça Bilíngue Esfera Adminsitrativa Federal Endereço Rua João Pereira dos Santos, 0 Cidade/UF/CEP Palhoça, Santa Catarina, CEP 8810-470 Telefone/Fax (48) 877 9010 E-mail de Contato svilmar@ifsc.edu.br Site www.ifsc.edu.br 1.2. Habilitação Formação Continuada em Língua Brasileira de Sinais 1.. Dados Gerais do Curso 1..1. Denominação Libras Intermediário 1..2. Eixo Profissional Formação de Profissionais da Educação 1... Modalidade Ensino Presencial 1..4. Regime de Matrícula Semestral 1..5. Número de Vagas 20 vagas

1..6. Carga Horária 80 horas A carga horária do curso é de 80 horas, sendo que de acordo com a demanda poderá se optar pelo curso totalmente presencial com 4h semanais ou em regime semipresencial com (60h presenciais e 20h a distância com o uso do moodle) com h semanais. 1..7. Horário e Local do Curso De acordo com a demanda Campus Palhoça Bilíngue 1..8. Responsáveis Fábio Irineu da Silva (Professor de Libras) Paulo César Machado (Assessor de Ensino) Paulo Roberto Gauto (Professor de Libras) Simone Gonçalves de Lima da Silva (Professor de Libras) 4

2. JUSTIFICATIVA O IF-SC há mais de 18 anos vem implementando a Educação de Surdos em Santa Catarina, desencadeando o desenvolvimento intelectual, cultural, linguístico e social das Pessoas Surdas. Exemplo disto é a formação docente surdos pela UDESC e a criação do Curso de Graduação em Letras/Libras na UFSC, ações onde o IF-SC esteve presente no consolidar de suas bases teóricas e metodológicas. E ainda nos últimos cinco anos o IF-SC foi referência no oferecimento de Cursos de Formação Inicial e Continuada de Língua Brasileira de Sinais. Sendo assim, com a implantação do Campus Palhoça Bilíngue, torna-se um compromisso continuar a oferecer tais cursos cada vez mais atualizados em suas perspectivas teóricas e metodológicas. Outro ponto que justifica a importância do curso é a crescente procura. O Curso FIC de Libras visa tornar cada vez mais natural a condição bilíngue dos surdos e contribuir com a desconstrução da visão monolíngue que se tem do Brasil, uma vez que há inúmeras línguas de comunidades culturalmente distintas oficializadas e faladas no território brasileiro. A proposta de realizar cursos de formação em Libras situa-se historicamente dentro do contexto dos movimentos de surdos iniciados pela Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos FENEIS e Associações de Surdos de todo Brasil. Além disso, responde ao reconhecimento da cultura surda respaldada na Lei nº 10.46, de 24 de abril de 2002, regulamentada pelo Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. O IBGE de 2000 revela que o número de surdos no Brasil era de aproximadamente 6 milhões, sendo que deste 24.961 vivem na Grande Florianópolis. Deste universo, 97,5% dos surdos estão fora das creches, 86,28% estão fora da educação infantil e ensino fundamental; 96,15% estão fora do ensino médio, e 99,06% estão fora do ensino superior, conforme análises efetuadas a partir dos dados apresentados pelo IBGE/2000 e INEP/2006. Esta exclusão acontece por vários motivos e um deles é o impasse na comunicação entre surdos e ouvintes. 5

. OBJETIVOS O Curso de Libras Intermediário busca dar continuação ao aprendizado da Língua de Sinais e continuar a ampliar as possibilidades de comunicação entre surdos e ouvintes em diferentes situações do cotidiano. 4. REQUISITOS DE ACESSO Candidato/a ter no mínimo 16 anos de idade. Ter no mínimo 80h de curso básico comprovados. O certificado será aceito somente após análise dos conteúdos. Se o número de inscritos for maior que o número de vagas oferecido haverá sorteio. 5. PERFIL DOS EGRESSOS O Aluno do Curso de Libras Intermediário deverá estar apto a se comunicar em Libras em situações básicas de comunicação (cumprimentos, informações cadastrais e localização), reconhecer e diferenciar a estrutura linguística da libras e fazer uso de suas propriedades visuais. Estará apto também a compreender as diferenças culturais e linguísticas existentes dentro da própria comunidade surda. 6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A proposta curricular aqui apresentada alinha-se a um segmento do pensamento pedagógico (Carlos Skliar, Carlos Sánchez, entre outros) que coloca as questões referentes aos surdos numa perspectiva de superação da visão clínica no campo institucional, social e cultural, possibilitando ao surdo resgatar sua cultura e seu papel político na construção de uma sociedade em que a diferença seja realmente reconhecida. 6

Busca-se o desenvolvimento de competências e habilidades dentro de um projeto político-pedagógico que evidencia saberes interligados conectados à realidade da comunicação entre Surdos e Ouvintes na sociedade. Essa organização curricular prima ainda pelo saber respeitar o outro, o diferente, quesito indispensável quando se pensa a inclusão social. 6.1. Conteúdos MÓDULO 1 Carga Horária 80 h presenciais Competências 1) Dominar os conhecimentos linguísticos da libras. Habilidades 1) Conversar em libras sobre diferentes assuntos; 2) Desenvolver performances corporais que facilitem a significação em Libras. Conhecimentos 1) Apresentação pessoal: Domínio das Configurações de mãos. 2) Origem dos Estudos Linguísticos das Língua de Sinais. ) A Fonologia da Libras; 4) A Morfologia da Libras; 5) A Sintaxe da Libras; 6) A Semântica da Libras; 7) Uso dos diferentes tipos de classificadores na Libras. 8) Uso do tempo na Libras. 9) Estudo de vocabulários. 10) Tipos Verbos em Libras. 11) Localização espacial topográfica. 12) Leitura e narrativas em Libras. Atitudes 1) Respeitar a diferença cultural do surdo; 2) Participar ativamente das aulas; ) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. Bibliografia Básica WILCOX, S; WILCOX, P.P. Aprender a Ver. Tradução de Tarcísio de Arantes Leite. Editora Arara Azul. Disponível em: <www.editora-arara-azul.com.br> QUADROS, Ronice Muller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Editora Artmed, 2004, 221p. QUADROS, Ronice Muller e PIMENTA, Nelson. Curso de LIBRAS 1: iniciante. 1. ed. 7

Rio de Janeiro : LSB Vídeo, 2006.. Curso de LIBRAS 2: básico. 1. ed. Rio de Janeiro : LSB Vídeo, 2009. GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Editora Parábola Editorial, São Paulo, agosto. CAPOVILLA, Fernando César RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue LIBRAS. São Paulo: EDUSP / Imprensa Oficial, 2001. Carga Horária 80 h (60h presenciais e 20h a distância) Competências 1) Compreender a estrutura da Libras em seus níveis fonológico, sintático e semânticopragmático. Habilidades 1) Reconhecer e utilizar os elementos que compõem a estrutura linguística da libras. Conhecimentos 1) Introdução aos conhecimentos das ferramentas do moodle. 2) Apresentação pessoal: Domínio das Configurações de mãos. ) Origem dos Estudos Linguísticos das Língua de Sinais. 4) A Fonologia da Libras; 5) A Morfologia da Libras; 6) A Sintaxe da Libras; 7) A Semântica da Libras; 8) Uso dos diferentes tipos de classificadores na Libras. 9) Uso do tempo na Libras. 10) Estudo de vocabulários. 11) Tipos Verbos em Libras. 12) Localização espacial topográfica. 1) Leitura e narrativas em Libras. Atitudes 1) Respeitar a diferença cultural do surdo; 2) Participar ativamente das aulas; ) Saber trabalhar em equipe respeitando a opinião dos colegas. Bibliografia Básica WILCOX, S; WILCOX, P.P. Aprender a Ver. Tradução de Tarcísio de Arantes Leite. Editora Arara Azul. Disponível em: <www.editora-arara-azul.com.br> QUADROS, Ronice Muller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Editora Artmed, 2004, 221p. 8

QUADROS, Ronice Muller e PIMENTA, Nelson. Curso de LIBRAS 1: iniciante. 1. ed. Rio de Janeiro : LSB Vídeo, 2006.. Curso de LIBRAS 2: básico. 1. ed. Rio de Janeiro : LSB Vídeo, 2009. GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Editora Parábola Editorial, São Paulo, agosto. CAPOVILLA, Fernando César RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue LIBRAS. São Paulo: EDUSP / Imprensa Oficial, 2001. 6.2. Matriz Curricular Módulo Carga Horária Profissionais Envolvidos Módulo Único 80h Professores de Libras 7. PRÁTICA PEDAGÓGICA A prática pedagógica do Curso de Libras Básico orienta-se pela concepção de educação bilíngue em construção no Campus Palhoça Bilíngue. A aula, propriamente dita, será construída através de uma pedagogia visual, cujo foco está na identidade, na cultura e na experiência visual dos surdos. Quando em edital houver escolha pelo curso semipresencial, será acrescentada aos conteúdos uma aula para conhecimento das ferramentas do moodle e ter disponível aos alunos laboratório de informática equipado com webcam e internet. 8. AVALIAÇÃO A avaliação será realizada a cada encontro deixando a disposição dos integrantes do grupo um momento para que possam realizar o feedback, expondo seus sentimentos sobre as atividades propostas. A Avaliação será continuada e processual, observando a participação, apropriação e aplicação dos conceitos apresentados e conhecimentos vivenciados. Para realizar a avaliação serão utilizados vários instrumentos, tais como: observação diária dos alunos pelos professores; trabalhos de pesquisa, individual ou coletiva; trabalhos práticos; resolução de 9

atividades propostas, seminários, avaliações de produção em libras. Quando o curso for semipresencial, além dos instrumentos já citados, serão utilizados também: participação no ambiente virtual de aprendizagem, por meio de fóruns de discussão, atividades postadas, chats e outros que a prática pedagógica indicar. Os registros das avaliações serão feitos de acordo com a nomenclatura que segue, conforme Organização Didática: (I) Insuficiente: ao aluno que não atingir os parâmetros mínimos estabelecidos para a construção da competência; (S) Suficiente: ao aluno que atingir os parâmetros mínimos estabelecidos para a construção da competência; (P) Proficiente: ao aluno que superar os parâmetros mínimos estabelecidos para a construção da competência; (E) Excelente: ao aluno que ultrapassar as expectativas quanto à construção da competência. Serão considerados conceitos de aprovação: Excelente (E), Proficiente (P) e Suficiente (S). Será considerado conceito de reprovação: Insuficiente (I). O registro, para fins de documentos acadêmicos, será efetivado ao final de cada unidade curricular, apontando a situação do aluno no que se refere à constituição das competências. Para tanto, utilizar-se-á nomenclatura: A - (Apto): quando o aluno tiver obtido as competências; NA - (Não Apto): quando o aluno não tiver obtido as competências. A recuperação de estudos deverá compreender a realização de novas atividades pedagógicas no decorrer do período do próprio curso, que possam promover a aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das competências. Durante os estudos de recuperação o aluno será submetido à avaliações, cujo resultado será registrado pelo professor. A frequência mínima obrigatória para aprovação deverá ser igual a 75% (setenta e cinco por cento). 10

9. RECURSOS MATERIAIS Ambiente: Sala de Aula Item Descrição Quantidade 1 Cadeiras e carteiras para a sala de aula (pregão a ser lançado) 20 2 Mesa e cadeira para o professor (Brigada de operações especiais 01 de Goiás pregão 18) Quadro Branco (pregão 9) 01 4 Projetor Multimídia (pregão 08) 01 5 Microcomputadores de computação gráfica (pregão 107) 01 6 Rede de Internet (Convênio entre o IF-SC e a Prefeitura de Palhoça) 01 Ambiente: Laboratório Multimídia Item Descrição Quantidade 1 Mesas e cadeiras para os microcomputadores. (Pregão a ser 20 lançado). 2 Mesa e cadeira para o professor (Brigada de operações especiais 01 de Goiás pregão 18) Quadro Branco (pregão 9) 01 4 Projetor Multimídia (pregão 08) 01 5 Microcomputadores de computação gráfica (pregão 107) 21 6 Webcam 21 7 Rede de Internet (Convênio entre o IF-SC e a Prefeitura de Palhoça) 01 Acervo Bibliográfico (pregão a ser lançado) BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática língua de sinais. Editora Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro-RJ, 1995, 27 p. CAPOVILLA, Fernando César RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue LIBRAS. São Paulo: EDUSP / Imprensa Oficial, 2001. QUADROS, Ronice Muller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Editora Artmed, 2004, 221p. GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Editora Parábola Editorial, São Paulo, agosto. QUADROS, Ronice Muller; PIMENTA, Nelson. Curso de LIBRAS 1. LSB Video. Rio de Janeiro, 2006. QUADROS, Ronice Muller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Editora Artmed, 2004, 221p. STUMPF, Marianne Rossi. Sistema SIGWRITING: por uma escrita funcional para o surdo.thoma, Adriana da Silva e LOPES, Maura Quantidade 11

Corcini. A Invenção da surdez: cultura, alteridade, identidades e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004. 26 p. THOMA, Adriana da Silva e LOPES, Maura Corcini. A Invenção da surdez: cultura, alteridade, identidades e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004. 26 p. Acervo Bibliográfico Digital WILCOX, S; WILCOX, P.P. Aprender a Ver. Tradução de Tarcísio de Arantes Leite. Editora Arara Azul. Disponível em: <www.editora-arara-azul.com.br> QUADROS, Ronice Muller. Um capítulo da história do Signwriting. Disponível em:< http://www.signwriting.org/library/history/hist010.html>. Acessado em 20 de abril de 2009. 12