DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

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Transcrição:

1/25 DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Prestações Previdenciárias art. 18, Lei 8.213/91 e art. 25 Dec. 3.048/99 I. Quanto ao Segurado: (a) Aposentadoria Por invalidez (b) Aposentadoria por idade (c) Aposentadoria por tempo de contribuição (d) Aposentadoria Especial (e) Auxilio doença (f) Salário - maternidade (g) Auxílio acidente (h) Salário família II. Quanto ao Dependente: (a) Pensão por morte (b) Auxílio-reclusão III. Quanto ao Segurado e Dependente: (a) Serviço Social (b) Habilitação Profissional e Reabilitação Profissional I. Quanto ao Segurado 1) Auxílio-doença

2/25 Requisitos: Carência de 12 contribuições mensais, exceto nos casos de acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho e de segurado acometido de doença especificada em lista dos Ministérios da Saúde e Previdência Social art. 25, I, Lei 8.213/91; Incapacidade temporária para o trabalho ou exercício de atividade habitual, superior a 15 dias consecutivos. A incapacidade pode derivar de doenças ou acidentes (do trabalho ou de qualquer natureza) art. 59, Lei 8.213/91. Valor do Benefício: 91% do salário-de-benefício* - art. 61, Lei 8.213/91. *O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes art. 29, 10, Lei 8.213/91. Termo Inicial do Benefício: Para o segurado empregado, exceto o doméstico - a contar do 16º dia da data do início do afastamento da atividade, quando requerido até 30 dias da data do afastamento; ou a contar da data do requerimento, quando requerido após 30 dias da data do afastamento - art. 60, Lei 8.213/91.

3/25 Para os demais segurados - a contar da data do início da incapacidade (superior a 15 dias), quando requerido até o 30 dia da data do afastamento; ou a contar da data do requerimento, quando requerido após o 30 dia do afastamento da atividade - art. 60, 1, Lei 8.213/91. **Para o segurado empregado, deverá a empresa pagar salário pelos 15 primeiros dias de afastamento art. 60, 3, Lei 8.213/91. * O valor do auxílio-doença pode ser inferior ao salário-mínimo no caso em que o segurado continua exercendo outras atividades e, somando-se as demais remunerações com o benefício previdenciário, sua renda total alcança o salário-mínimo art. 73, 4, Dec. 3048/99. *Se o segurado se afasta por mais de 15 dias, goza de auxílio-doença, e após retornar à atividade volta a se afastar, dentro de 60 dias contados da cessação do auxílio-doença, em decorrência da mesma doença, fica a empresa desobrigada quanto ao pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento art. 75, 3, Dec. 3048/99. *Fica também dispensada a empresa quanto ao pagamento dos primeiros 15 dias quando o empregado se afasta por até 15 dias, sem gozar do auxílio-doença e, após o retorno, novamente se afasta, dentro do prazo de 60 dias contado do retorno à atividade, em decorrência da mesma doença. Nesse caso, se o afastamento durou exatos 15 dias, cabe tal ônus ao INSS. Se o afastamento durou menos de 15 dias a empresa deve pagar os dias que faltarem para completar 15 dias, ficando a cargo do INSS o pagamento a partir de tal data - art. 75, 4 e 5, Dec. 3048/99.

4/25 *Durante o período em que o segurado recebe auxílio-doença o salário-de-benefício é contado como salário-de-contribuição, desde que o benefício seja intercalado com atividade art. 29, 5, Lei 8.213/91. Espécies Auxílio-doença acidentário: derivado de acidente de trabalho e doença profissional/do trabalho (equiparada a acidente de trabalho) arts 19, 20 e 21, Lei 8.213/91. Auxílio-doença não acidentário: demais hipóteses Meios de classificação como benefício acidentário: a) CAT Comunicação de Acidente de Trabalho dever da empresa art. 22, Lei 8.213/91 e art. 336, Decreto 3.048/99; b) NTEP Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário dever do INSS, em caso de omissão da empresa art. 21-A, Lei 8.213/91 e art. 337, Decreto 3048/99. Da ação regressiva: arts. 120 e 121 da Lei 8.213/91. Distinções a) Carência: inexigível para benefício acidentário (art. 26, II, Lei 8213/91). Enquanto para o benefício não acidentário é inexigível somente quando decorrente de acidente qualquer natureza e doenças listadas (art. 25, I e art. 26, II, Lei 8.213/91);

5/25 b) Estabilidade provisória (art. 118, Lei 8213/91): existente somente em caso de benefício acidentário; c) Competência: o julgamento do pedido de auxílio-doença acidentário é de competência da Justiça Estadual (art. 109, I, CF/88 + art. 129, Lei 8213/91); enquanto o referente a auxílio-doença não acidentário é de competência da Justiça Federal (art. 109, I, CF/88); d) Segurados que fazem jus: somente fazem jus ao benefício acidentário o empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado especial. e) Depósito mensal de FGTS: somente é devido no curso de caso auxílio-doença acidentário art. 15, 5, Lei 8.036/90. Extinção do Benefício (art. 62, Lei 8213/91) a) Com recuperação da capacidade para a mesma ou outra atividade; *Discordância em relação ao laudo do médico perito do INSS. *Alta programada. b) Com estado não recuperável, quando o auxílio-doença será convertido em aposentadoria por invalidez; *O segurado com mais de uma atividade pode receber auxílio-doença em relação à atividade para a qual se incapacitou e continuar exercendo as demais atividades. Se nunca se reabilitar para a atividade para a qual se encontra incapacitado, receberá indefinidamente o auxílio-doença, uma vez que a aposentadoria por invalidez somente é concedida quando há incapacidade total, para todas as atividades.

6/25 *Não faz jus ao auxílio-doença o segurado que já se filiou ao RGPS portador de incapacidade para o trabalho (art. 59, Lei 8213/91). 2) Aposentadoria Por Invalidez Requisitos: Carência de 12 contribuições mensais, exceto nos casos de acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho e de segurado acometido de doença especificada em lista dos Ministérios da Saúde e Previdência Social - art. 26, II, Lei 8213/91; Segurado, que esteja ou não em gozo de auxílio-doença, considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência - art. 42, caput, Lei 8.213/91. A incapacidade presume-se total e definitiva. Valor do Beneficio e termo inicial do pagamento: 8213/91; 100% (cem por cento) do salário de beneficio, a contar - art. 44, caput, Lei a) Do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, caso exista art. 43, caput, Lei 8213/91; b) Caso não exista auxílio-doença: b1) Ao segurado empregado - a contar do décimo sexto dia de afastamento, quando requerido até 30 dias a contar da data do afastamento; ou a partir da data do

7/25 requerimento, se requerido após 30 dias a contar do afastamento. art. 43, 1, a, Lei 8213/91; b2) Aos segurados empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, segurado especial e segurado facultativo, a partir do primeiro dia de afastamento, quando requerido até 30 dias a contar da data do afastamento; ou a partir da data do requerimento, se requerido após 30 dias a contar do afastamento - art. 43, 1, b, Lei 8213/91. *O valor do benefício é acrescido de 25% se o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa, podendo superar o teto do benefício e devendo cessar com a morte, não sendo incorporável à pensão (art. 45, Lei 8213/91). O anexo I do Dec. 3048/99 traz rol das situações (doenças/sequelas) que ensejam o acréscimo mencionado. Extinção do benefício: Recuperação da capacidade, sendo neste caso gradativa a cessação do beneficio, conforme art. 47, Lei 8213/91. 3) Auxilio Acidente Independe de carência - art. 26, I, Lei 8213/91. Requisitos - art. 86, Lei 8213/91 e art. 104, Decreto 3.048/99: Acidente de qualquer natureza; Com produção de sequela;

8/25 Efetiva redução da capacidade laborativa (averiguada na prática da mesma atividade ou com mudança de atividade, via reabilitação profissional). ** O anexo III do Dec. 3048/99 traz rol das situações (sequelas) que dão direito ao auxílio-acidente. 8213/91. Valor do benefício e termo inicial do pagamento - art. 86, 1º e 2º, Lei 50% do salário-de-beneficio, a contar do dia seguinte ao da cessação do auxíliodoença ou, na ausência deste, da data do requerimento, podendo o valor do benefício ser inferior ao valor do salário mínimo.. *Devido ao segurado empregado ou desempregado art. 86, 3, Lei 8.213/91. *Não dará ensejo ao auxílio-acidente caso art. 104, 4, Dec. 3048/99: apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade laborativa; de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho. Extinção do benefício art. 86, 1 a 3, Lei 8213/91: morte ou aposentadoria Segurados que fazem jus: segurado empregado, trabalhador avulso, segurado especial (art. 18, 1º, Lei 8213/91), mesmo que desempregado, desde que tenha qualidade de segurado (art. 104, 7º, Dec. 3048/99).

9/25 *O valor do auxílio-acidente será considerado salário de contribuição para cálculo de aposentadoria art. 31, Lei 8213/91. 4) Aposentadoria Por Idade Requisitos: Carência de 180 contribuições mensais (art. 25, II, Lei 8213/91) ou segundo a regra transitória do art. 142, Lei 8213/91, para os filiados antes de 24/07/1991; 65 anos de idade, para homem e 60 anos para mulher (art. 48, caput, Lei 8213/91), reduzidos em 05 anos para cada sexo, em caso de empregado rural, contribuinte individual rural e segurado especial, desde que comprovado o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício pretendido (art. 48, 1º e 2º, Lei 8213/91). Valor do Beneficio e termo inicial do pagamento: 70% do valor do salário-de-benefício, mais 1% por grupo de 12 contribuições mensais, até o limite de 100% do salário-de-benefício (art.50, caput, Lei 8213/91), a contar (art. 49, Lei 8213/91): a) Ao segurado empregado, inclusive o doméstico: da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 dias depois dela; b) Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerido após 90 dias do desligamento do emprego;

10/25 c) Para os demais segurados, da data do requerimento. *A empresa pode requerer aposentadoria por idade compulsória do empregado, desde que este tenha cumprido a carência e tenha completado 70 anos de idade, se homem, e 65 anos de idade, se mulher. O dia anterior ao da aposentadoria será considerado como a data da rescisão do contrato de trabalho que enseja pagamento das verbas rescisórias art. 51, Lei 8.213/91. *Aposentadoria do trabalhador rural - empregado rural, contribuinte individual rural que presta serviço sem vínculo de emprego e segurado especial - art. 48, 1º e 2º, Lei 8213/91: a) Carência (art. 143, Lei 8213/91; art. 183, Dec. 3048/99): prova do efetivo exercício da atividade rural, ainda que forma descontínua no período imediatamente anterior ao requerimento do beneficio ou ao mês em que cumpriu a idade, em número de meses idêntico à carência do benefício; b) Idade: 60 anos, se homem, 55 anos, se mulher; c) Valor do benefício: um salário mínimo por mês; d) Prazo para requerimento do benefício (art. 183-A, Dec. 3048/99): d1) Até 31/12/2010 para o contribuinte individual rural que presta serviço sem vínculo de emprego; d2) Até dezembro de 2020 para empregado rural (Lei 11.718/08), variando, de acordo com a previsão legal, os prazos de carência a serem comprovados via comprovação de emprego; d3) Sem prazo para segurado especial ( art. 39, I, Lei 8213/91) e) Documentos que comprovam exercício da atividade rural: art. 106, Lei 8213/91; art. 62, Dec. 3048/99.

11/25 5) Aposentadoria por Tempo de Contribuição Requisitos: Carência: 180 contribuições mensais - art. 25, II, Lei 8213/91; Tempo de Contribuição: 35 anos de contribuição, no caso do homem e 30 anos de contribuição, no caso da mulher, reduzidos em 05 anos para ambos os sexos, no caso de profissional que comprove tempo de efetivo exercício exclusivo em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio - art. 56, caput e, Dec. 3048/99. * O art. 67, 2, da Lei 9394/96, com redação da Lei 11.301 de 2006, prevê: Para os efeitos do disposto no 5 o do art. 40 e no 8 o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. Da mesma forma, o art. 56, 2º, Dec. 3048/99, com redação do Dec. 6722 de 2008, prevê que para fins de redução de cinco anos no tempo de contribuição:...considera-se função de magistério a exercida por professor, quando exercida em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as funções de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.

12/25 No entanto, a súmula 726 do STF, datada de 2003, diz: Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado fora da sala de aula. Em 2009, a ADI 3772 de 2009, que questionava constitucionalidade do dispositivo da Lei 11.301/06, que garantia redução de tempo de contribuição àqueles que exercem função de direção e assessoramento pedagógico foi julgada no sentido de que as funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidas em estabelecimento de ensino básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação. Valor do Benefício e termo inicial do pagamento: 100% do salário-de-benefício (art. 39, IV, Dec. 3048/99), a contar da mesma data de concessão da aposentadoria por idade (art. 58, Dec. 3048/99). Influência, ou não, do fator previdenciário: art. 32, 11, Dec. 3048/99 e art. 29, 7 a 9, Lei 8.213/91. A regra dos 85/95 - art. 29-C, Lei 8.213/91. Segurados que, regra geral, não fazem jus ao benefício: Segurado especial que não contribuir facultativamente - art. 39, Lei 8213/99. Segurados contribuinte individual e facultativo que tenham optado por contribuir com 5% ou 11% sobre o salário mínimo - art. 21, 2º, Lei 8212/91. Regra Transitória para Aposentadoria por Tempo de Contribuição - para os filiados até 15/12/1998 - data da publicação da EC 20/98, que passou a exigir tempo de

13/25 contribuição e não mais tempo de trabalho, deixando a aposentadoria de ser por tempo de serviço e passando a ser por tempo de contribuição. a) Aposentadoria Integral (regra de transição inócua): 53 anos de idade, se homem 48 anos de idade, se mulher 35 anos de contribuição, se homem 30 anos de contribuição, se mulher Período Adicional de contribuição igual a 20% do tempo que na data da publicação da EC20/98 faltaria para atingir o limite de tempo de contribuição mínimo. b) Aposentadoria Proporcional: 53 anos de idade, se homem 48 anos de idade, se mulher 30 anos de contribuição, se homem 25 anos de contribuição, se mulher Período adicional de contribuição igual a 40% do tempo que na data da EC, 20/98 faltaria para atingir o limite de tempo de contribuição mínimo. Valor: 70% do salário-de-benefício mais 5% por ano de contribuição que supere a soma do tempo de contribuição exigido (art. 9, 1º, II, EC. 20/98). 6) Aposentadoria Especial Requisitos:

14/25 Lei 8.213/91; Carência: 180 contribuições mensais ou segundo Tabela Transitória - art. 25, II, Exercício de atividade com exposição permanente a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais a saúde ou a integridade física durante 15, 20, ou 25 anos, dependendo do agente nocivo ao qual o segurado se expôs (art. 57, caput, 3º e 4º, Lei 8213/91). O anexo IV do Dec. 3048/99 traz o rol de agentes nocivos e respectivo tempo de exposição mínimo para dar ensejo ao direito à aposentadoria especial. *A comprovação da exposição a agentes nocivos é feita mediante formulário fornecido pela empresa, denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), elaborado com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. *A utilização de Equipamento de Proteção Individual não implica, necessariamente, no afastamento da nocividade do trabalho e conseqüente afastamento do direito ao beneficio. A nocividade da atividade, independente da utilização de EPI ou não, deve ser apurada caso a caso. Segurados que fazem jus ao beneficio (art. 64, Dec. 3048/99): empregado; trabalhador avulso; contribuinte individual, quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou produção. Renda Mensal do Benefício: 100% do salário-de-benefício, a contar do mesmo termo inicial para concessão da aposentadoria por idade - art. 57, 2º e art. 49, Lei 8213/91.

15/25 Cancelamento (suspensão) do benefício: em caso de retorno ou permanência em atividade nociva (art. 57, 8º, Lei 8213/91) Conversão de Tempo de Trabalho (a) conversão de Tempo Especial para Especial Segurado que exerceu duas ou mais atividades sujeitas a condições prejudiciais a saúde ou integridade física, pode converter tempo de uma atividade especial para outra atividade especial, considerada preponderante - art. 66, Dec. 3048/99. TEMPO A PARA 15 PARA 20 PARA 25 CONVERTER DE 15 ANOS ----- 1,33 1,67 DE 20 ANOS 0,75 ----- 1,25 DE 25 ANOS 0,60 0,80 ----- (b) Conversão de Tempo Especial para Comum Segurado que deixou de exercer atividade especial e passou a exercer atividade comum, pode converter tempo de atividade especial para atividade comum, segundo índices do art. 70, Dec. 3048/99. TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35) 15 ANOS 2,00 2,33 20 ANOS 1,5 1,75 25 ANOS 1,2 1,4

16/25 (c) Conversão de Tempo Comum para Especial Desde a Lei 9.032 de 28 de abril de 1995, não é possível a conversão de tempo comum para especial. 7) Salário Maternidade Requisitos Parto ou adoção ou guarda judicial, sendo beneficiária(o) nos dois últimos casos a segurada ou o segurado - artigos 71 e 71-A Lei 8213/91. * Nos termos do art. 71-A, 2 da Lei 8.213/91: Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social. Carência de 10 contribuições mensais, no caso de contribuinte individual, segurada especial (a Lei 9876/99 reduziu de 12 contribuições mensais para 10 contribuições mensais, porém, por inércia do legislador, o art. 39, parágrafo único, Lei 8213/91 não foi alterado) e segurada facultativa (art. 25, III, Lei 8213/91). Renda Mensal do Benefício: Renda mensal igual a remuneração integral**, no caso de empregada ou trabalhadora avulsa (art. 72, caput, Lei 8213/91), sendo que no caso de salário variável será considerada a média dos últimos 06 meses (art. 393, CLT);

17/25 Valor igual ao último salário-de-contribuição para a segurada empregada doméstica (art. 73, I, Lei 8213/91); Valor de 1/12 da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a quinze meses, (art. 73, III, Lei 8213/91) no caso da contribuinte individual e segurada facultativa ou segurada no período de graça. ** A EC 20/98 estabeleceu teto para todos os benefícios previdenciários, o que poderia limitar o pagamento da remuneração integral da empregada ou trabalhadora avulsa. Diante disso, editou-se a Portaria n. 4.883 de 1998 determinando que o excedente do teto dos benefícios previdenciários deveria ser pago pelo empregador. No entanto, o art. 7, XVIII da Constituição Federal assegura à empregada gestante licença-maternidade sem prejuízo do salário. Sendo assim, foi proposta a ADIn n. 1946-5 DF impugnandose o teor da EC 20/98. O STF, então, em sua composição plena e por unanimidade, deferiu liminar estabelecendo que a Previdência Social deve arcar integralmente com o benefício da licença-maternidade, mesmo nos casos em que seja superado o teto dos benefícios previdenciários. Período de duração do beneficio (arts. 70 e 71-A, Lei 8213/91): 120 dias* *Nos termos do art. 71-B, Lei 8.213/91: No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.

18/25 *A duração do benefício pode ser aumentada em mais duas semanas antes e depois do parto, mediante atestado médico (art. 93, 3º, Dec. 3048/99). *Em caso de aborto não criminoso (aborto até a 23ª semana de gestação) é devido salário- maternidade durante duas semanas - art. 93, 5º, Dec. 3048/99. *Em caso de antecipação de parto é mantida a duração integral do beneficio (art. 93, 4º, Dec. 3048/99), reduzindo-se a carência no número de dias correspondente à antecipação do parto - art. 29, parágrafo único, Dec. 3048/99. Prazo para Requerimento: não é definido em Lei, de modo que aplica-se o prazo prescricional de 05 anos - art.103, parágrafo único, Lei 8.213/91. *O salário-maternidade é devido no período de graça, nos casos de pedido de demissão ou dispensa por justa causa - art. 97, parágrafo único, Dec. 3048/99 sendo neste caso adotado pelo INSS, todavia, o cálculo do benefício segundo a média dos últimos 12 salários de contribuição, em período não superior a 15 meses. *O salário-maternidade é devido à aposentada que retorna à atividade - art. 103, Dec. 3.048/99. *O salário-maternidade é devido em cada emprego - art. 98, Dec. 3048/99. 8) Salário Família Requisitos

19/25 Salário de contribuição inferior ou igual a R$1.212,64 (fixado pela Portaria Interministerial MPS/MF Nº 1/2016) Filhos ou equiparados (enteado ou tutelado) menores de 14 anos ou inválidos (art. 66, Lei 8213/91). Valor da renda mensal do Beneficio R$ 41,37, por cada filho menor de 14 anos ou inválido, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$806,80. R$ 29,16, por cada filho menor de 14 anos ou inválido, para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 806,80 e igual ou inferior a R$1.212,64 - art. 66, Lei 8213/91. Segurados que fazem jus (art. 82, Decreto 3048/99): empregado, inclusive o doméstico; trabalhador avulso; empregado ou trabalhador avulso aposentado por invalidez ou em gozo de auxílio-doença, trabalhadores rurais aposentados por idade e a qualquer empregado ou trabalhador avulso aposentado aos 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou aos 60 anos ou mais, se do sexo feminino. *Deve ser apresentado anualmente o atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade e comprovada semestralmente a freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos - art. 84, Dec. 3048/99. *Não há limite de cotas do salário-família *O salário-família é pago proporcionalmente ao número de filhos e se tanto pai e mãe forem segurados empregado ou trabalhador avulso, ambos receberão as cotas do saláriofamília (art. 82, 3º, Dec. 3048/99), exceto se divorciados ou separados judicialmente

20/25 ou de fato (art. 87, Dec. 3048/99), caso em que o benefício será pago a quem detiver a guarda do filho. *Extinção do benefício art. 88, Dec. 3048/99: Por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao óbito; Quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte da data anterior; Pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; Pelo desemprego do segurado. II. Beneficio aos dependentes 1) Pensão por morte: Requisitos: Ser dependente* do segurado falecido, dentre os dependentes arrolados no art. 16, Lei 8213/91; * Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado - art. 74, 1, Lei 8.213/91. *Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,

21/25 apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa - art. 74, 2, Lei 8.213/91. O instituidor, ao tempo da morte, tenha a qualidade de segurado, seja aposentado ou tenha as condições para se aposentar - art. 74, Lei 8213/91. Valor do Beneficio O valor mensal da pensão por morte corresponde a 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento - art. 75, Lei 8213/91. Termo inicial: O benefício tem seu termo inicial (art. 74, Lei 8.213/91): a) Na dato óbito, quando requerido até 90 dias da data do óbito; b) Na data do requerimento, quando requerido após 90 dias da data do óbito; c) Da data da decisão judicial, no caso de morte presumida. Duração/Cessação do benefício Cessa o benefício quando há perda da qualidade de dependente ou morte. Nos casos de cônjuge ou companheiro, o benefício tem duração variada, de acordo com as seguintes situações - art. 77, 2, V, Lei 8.213/91:

22/25 *se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas b e c ; *de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; *transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: -03 anos de benefício, em caso de beneficiário com menos de 21 anos de idade; -06 anos de benefício, em caso de beneficiário que tenha entre 21 e 26 anos de idade; -10 anos de benefício, em caso de beneficiário que tenha entre 27 e 29 anos de idade; -15 anos de benefício, em caso de beneficiário que tenha entre 30 e 40 anos de idade; -20 anos de benefício, em caso de beneficiário que tenha entre 41 e 43 anos de idade; -pensão vitalícia, em caso de beneficiário com 44 ou mais anos de idade. *Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea a ou os prazos previstos na alínea c, ambas do inciso V do 2 o, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável art. 77, 2 -A, Lei 8.213/91

23/25 *Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea c do inciso V do 2 o, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento - art. 77, 2 - B, Lei 8.213/91 *O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 contribuições mensais de que tratam as alíneas b e c do inciso V do 2 - art. 77, 5, Lei 8.213/91. *O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave - art. 77, 6, Lei 8.213/91. * Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar art. 77, 1, Lei 8.213/91. 2) Auxilio-reclusão Requisitos (art. 80, Lei 8.213/91 e art. 116, Dec. 3048/99): Ser dependente de segurado recolhido à prisão* em regime fechado ou semiaberto** que não receba remuneração da empresa***, nem esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria;

24/25 *A prisão pode ser decorrente de sentença condenatória transitada em julgado ou meramente preventiva, temporária ou em flagrante. *Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude. ** No regime semiaberto o segurado preso não tem condições de realizar trabalho externo, uma vez que sua saída, nos termos dos artigos 120 e 122 da Lei de Execução Penal somente é autorizada, mediante escolta, em caso de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão ou necessidade de tratamento médico; e, sem vigilância direta, em caso de visita à família; frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução ou participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. *** A remuneração recebida em virtude do trabalho do preso, nesta condição, não é considerada para fins de exclusão do direito ao auxílio-reclusão, já que o trabalho neste caso tem finalidade educativa e produtiva e não econômica, não se sujeitando ao regime da CLT (art. 28, 2, Lei de Execução Penal). A remuneração pelo trabalho do preso, nos termos do art. 29 da Lei de Execução Penal, pode ser igual a ¾ do valor do saláriomínimo e deverá atender à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; à assistência à família; a pequenas despesas pessoais; ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista anteriormente.

25/25 Último salário-de-contribuição percebido antes da prisão seja inferior a R$1.212,64 (Portaria n. 1, de 2016, MPS/MF ). Renda mensal do Beneficio (art. 116, 3º e 4º, Dec. 3048/99). Valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito no momento da prisão a contar de: a) Da data do início do recolhimento, quando requerido até 30 dias da data da prisão; b) Da data do requerimento, se posterior. *Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxilio-reclusão será automaticamente convertido em pensão por morte - art. 118, Dec. 3048/99. *O beneficiário deverá entregar trimestralmente atestado firmado pela autoridade competente no sentido de que o segurado continua recluso ou detido - art. 117, Dec. 3048/99. **CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS - art. 167, Dec. 3.048/99 ** As pensões por morte podem ser cumuladas entre si, exceto em caso de pensão por morte de mais de um cônjuge/companheiro.