PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

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E PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNCIOS FLORESTAIS PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNCIOS FLORESTAIS PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE A PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Município de Ponte Alta do Tocantins (TO) GURUPI - TO NOVEMBRO - 2013

equipe técnica INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA CENTRO NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS RODRIGO DE MORAES FALLEIRO - CHEFE NÚCLEO DE INTERAGÊNCIAS E CONTROLE DE QUEIMADAS LARAH STEIL MARIANA SENRA DE OLIVEIRA NÚCLEO DE OPERAÇÕES E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS ANA MARIA CANUT CUNHA CLEMILTON FIRMINO DE MACEDO DEVALCINO FRANCISCO DE ARAÚJO GABRIEL CONSTANTINO ZACHARIAS JOSÉ ARRIBAMAR DE CARVALHO GIZ/AMBERO PHILIPP BUSS ANGELA CORDEIRO FUNDAÇÃO DE APOIO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DO TOCANTINS COORDENADOR MARCOS GIONGO EQUIPE TÉCNICA JADER NUNES CACHOEIRA ANTONIO CARLOS BATISTA DAMIANA BEATRIZ DA SILVA MARCELO RIBEIRO VIOLA ANDRE FERREIRA DOS SANTOS MARIA CRISTINA BUENO COELHO ALEXANDRE BEUTLING JULIANA BARILLI INGRIDY MIKAELLY PEREIRA SOUSA JESSICA NEPOMUCENO PATRIOTA

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 1 1 APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO... 2 1.1 Caracterização da área... 2 Histórico... 2 Informações gerais e localização... 2 Clima... 3 Uso do solo e vegetação... 4 Hidrografia... 6 Relevo... 6 Unidades de Conservação no município de Ponte Alta do Tocantins... 6 Situação fundiária... 7 Conflitos... 8 1.2 Ações de prevenção e combate na região... 9 1.3 Histórico da ocorrência de incêndios... 9 1.4 Áreas prioritárias para a proteção... 15 1.5 Áreas com maior risco de incêndios... 16 2 AÇÕES PREVENTIVAS... 19 2.1 Estabelecimento de um centro de gerenciamento de fogo... 19 2.2 Campanhas educativas... 20 2.3 Controle de queima e queima controlada... 23 2.4 Manejo de combustíveis... 24 2.5 Monitoramento meteorológico/risco de incêndios... 25 2.6 Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios... 26 3 AÇÕES DE PRÉ SUPRESSÃO... 28 3.1 Recursos humanos... 28 3.2 Contingente de brigadistas e de combatentes... 29 3.3 Demandas e capacitação... 29 3.4 Recursos materiais e serviços logísticos... 30 3.5 Facilidades para o combate... 32 3.6 Ações interagências e estabelecimento de parcerias... 35 4 COMBATE A INCÊNDIO... 37 4.1 Sistema de acionamento... 37 4.2 Organização para o combate... 38 4.3 Desmobilização... 38 5 SISFOGO... 39 6 PESQUISAS... 40 MAPA OPERATIVO (em anexo)

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ADAPEC ADTUR ANAC ANEEL APA ASAS ATS CAOMA CAT CGF CIPRA COEMA COMATUR CONAMA DETRAN ESEC FINEP FNMA FUNASA ha IBAMA IBGE ICMBio ICMS IDHM IFTO INCRA INMET INPE JICA Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins Agência de Desenvolvimento Turístico do Estado do Tocantins Agência Nacional de Aviação Civil Agência Nacional de Energia Elétrica Área de Proteção Ambiental Agentes de Sensibilização Ambiental Agência Tocantinense de Saneamento Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente Centro de Atendimento ao Turista Centro de Gerenciamento de Fogo Companhia Independente de Policia Rodoviária e Ambiental Conselho Estadual do Meio Ambiente Conselho Municipal de Meio Ambiente e Turismo Conselho Nacional do Meio Ambiente Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins Estação Ecológica Financiadora de Estudos e Projetos Fundo Nacional do Meio Ambiente Fundação Nacional de Saúde hectare Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Chico Mendes da Biodiversidade Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Instituto Federal do Tocantins Instituto Nacional de Colonização e Reformo Agrária Instituto Nacional de Meteorologia Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Agência Japonesa de Cooperação Internacional

km MDS mm MMA MODIS MPE NATURATINS INMET ONG PEJ PFT Prevfogo ROI RURALTINS SEAGRO SEBRAE SEINFRA SEMADES SEPLAN SisFogo SUS TO UC UFT UHE UNITINS quilômetro Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome milímetro Ministério do Meio Ambiente Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer Ministério Público Estadual Instituto Natureza do Tocantins Instituto Nacional de Meteorologia Organização não Governamental Parque Estadual do Jalapão Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais Registro de Ocorrência de Incêndio Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins Secretária de Agricultura e Pecuária Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Secretaria da Infraestrutura do Estado do Tocantins Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Secretaria de Planejamento do Estado do Tocantins Sistema Nacional de Informações sobre Fogo Sistema Único de Saúde Estado do Tocantins Unidades de Conservação Universidade Federal do Tocantins Usina Hidrelétrica Universidade do Tocantins

APRESENTAÇÃO O Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) é decorrente do contrato n VN 204 147 13 do Projeto: Manejo do Fogo PN 147 estabelecido entre a AMBERO Consulting GesellschaftmbH e a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO) que encontra se no âmbito do Projeto da Cooperação Técnica Alemã GIZ/AMBERO Prevenção, controle e monitoramento de queimadas irregulares e incêndios florestais no Cerrado. A estruturação do presente documento teve como referência o Roteiro Metodológico para a elaboração de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de autoria do PREVFOGO/IBAMA e as orientações do Termo de Referência, Anexo 1 do contrato. Neste documento todas as referências espaciais descritas no texto são apresentadas em coordenadas geográficas (graus, minutos e segundos) no Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000, sendo as figuras e mapas no mesmo sistema, porém na projeção UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 23). 1

1 APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO 1.1 Caracterização da área Histórico À margem do Rio Ponte Alta no fim do século XIX, já se encontrava os primeiros moradores que deram início a formação de uma pequena comunidade nesta localidade. Com a Lei nº 67 de maio de 1913, a localidade foi definida como Distrito de Porto Nacional. Com o decorrer dos anos o povoado passou a ser denominado de Ponte Alta do Norte, nome originado em função de uma árvore caída à margem do rio, ao qual era utilizada como uma ponte, para a passagem das pessoas de uma margem a outra. Em 14 de novembro de 1958, pela Lei Estadual nº 2.126, foi desmembrado do município de Porto Nacional e emancipado, passando a ser denominado município de Ponte Alta do Norte. Em 1988, com a criação do Estado do Tocantins pela Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, o município de Ponte Alta do Norte passa a ser denominado de Ponta Alta do Tocantins (TO). Informações gerais e localização Segundo os dados do IBGE (2013) o município de Ponte Alta do Tocantins (TO) possui uma área de 6.491,12 km² com uma população estimada em 2012, de 7.333 habitantes. A sede municipal localiza se na latitude de 10 44' 37" S e longitude de 47 32' 17" O. Toda a área do município encontra se inserida no Bioma Cerrado e está localizada na porção leste do Estado do Tocantins. Ponte Alta do Tocantins (TO) faz divisa ao norte com os municípios de Novo Acordo (TO), Lagoa do Tocantins (TO) e Santa Teresa do Tocantins (TO); ao leste com Mateiros (TO), ao sul com Almas (TO) e Pindorama do Tocantins (TO) e a oeste com Monte do Carmo e Silvanópolis (TO) (Figura 1). Ponte Alta do Tocantins (TO) é um dos oito municípios que compõem a região do Jalapão. Na região localizam se alguns atrativos naturais, como: Praia do Rio Balsas, Praia do Rio Ponte Alta, Morro Solto, Cachoeira da Suçuapara, Cachoeira do Lajeado e Morro da Pedra Furada. No município, também estão presentes diversas cavidades naturais (cavernas) que, segundo dados do ICMBio (2011) são 11 no total: Abrigo da Fazenda Água Limpa, Abrigo 01, 02 e 03, Cânions do Córrego Sussuapara, Cavidade Fazenda Progresso, Morro da Abelha, Morro do Curral, Pedra Furada, Ruínas e Sumidouro do Córrego Aroeira. Fonte: PFT (2013) Figura 1 Localização do município de Ponte Alta do Tocantins (TO). 2

O acesso à sede municipal de Ponte Alta do Tocantins (TO) pode ser realizado através do percurso envolvendo as rodovias TO 050, trecho Palmas Porto Nacional (52 km de asfalto), TO 255, trecho Porto Nacional Monte do Carmo (46 km de asfalto) e seguindo na mesma rodovia, percorrendo mais 90 km de asfalto. Existem também outras rotas para o município de Ponte Alta do Tocantins (TO), entretanto, todas as demais são realizadas em rodovias não pavimentadas, em que se destacam as seguintes: De Chapada da Natividade (TO): percorre se cerca de 10 km (asfalto) pela TO 050 no sentido do município de Santa Rosa do Tocantins, a partir de determinado ponto segue se pela TO 030 percorrendo cerca de 77 km (em leito natural) até Pindorama do Tocantins, seguindo pela mesma rodovia mais 62 km (recentemente asfaltada) até a chegada ao município de Ponte Alta do Tocantins (TO); De Almas: percorre se cerca de 64 km (em leito natural) pela TO 040 em sentido no município de Sobradinho, seguindo pela mesma rodovia mais 39 km (em leito natural) até a TO 130. A partir da TO 130, são percorridos 59 km (em leito natural) para a chegada no município de Ponte Alta do Tocantins (TO); Alternativas: a) pelo Estado da Bahia, passando pelo município de Mateiros (TO); b) por Silvanópolis passando por Pindorama do Tocantins (TO) (145 km de estradas em leito natural); c) de Palmas (via Taquarussu de Porto) passando por Santa Tereza do Tocantins (163 km em leito natural). O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Ponte Alta do Tocantins (TO) é 0,624, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699). No município a pecuária é a atividades que se destaca. Com base nos dados da ADAPEC (2013), no município existem cerca de 704 produtores rurais que possuem um rebanho de aproximadamente 49.552 cabeças de gado. Clima De acordo com a classificação climática de Thornthwaite, o município de Ponte Altas do Tocantins (TO) apresenta os tipos climáticos C2wA a e C2w2A a`. A região C2wA a, ocupa quase que a totalidade do município e se caracteriza como um clima úmido subúmido com moderada deficiência hídrica no inverno, evapotranspiração potencial média anual de 1.500 mm, distribuindo se no verão em torno de 420 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada. Uma pequena porção, ao sudeste de Ponte Alta do Tocantins (TO), apresenta um clima tipo C2w2A a`, clima subúmido com pequena deficiência hídrica, evapotranspiração potencial média anual de 1.600 mm, distribuindo se no verão em torno de 410 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada. Esta região representa menos de 2% do município. Na figura 2 está apresentada a variação temporal dos principais elementos monitorados na Estação Meteorológica Automática de Superfície do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada no município de Palmas (TO), tendo como base os dados do período de dezembro 2004 a junho 2013. Nesta figura podemos observar que a partir do mês de abril a umidade relativa do ar sofre forte declínio, e que se estende até os meses de agosto/setembro, aproximadamente. Observa se, para o mesmo período, que a velocidade do vento apresenta um comportamento inverso ao da umidade relativa do ar, atingindo os valores máximos no mês de agosto. O período seco do município se caracteriza intensivamente durante o período de junho a agosto. A direção predominante dos ventos da região é sudoeste (sendo no período seco a predominância da direção de 124 ). 3

3,0 90 350 90 Velocidade Média do Vento (m/s) 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 80 70 60 50 40 30 20 10 Umidade Relativa do Ar (%) Precipitação (mm) 300 250 200 150 100 50 80 70 60 50 40 30 20 10 Umidade Relativa do Ar (%) 0,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 0 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 0 Vel. do Vento (m/s) Umid. Relativa do Ar (%) Precipitação (mm) Umid. Relativa do Ar (%) Fonte: PFT (2013) adaptado do INMET (2013) (Dez/2004 Jun/2013) Figura 2 Dados climáticos médios da estação meteorológica de Palmas (TO). Uso do solo e vegetação No município de Ponte Alta do Tocantins (TO) cerca de 32 % da área total do município encontrase inserida dentro de áreas naturais protegidas (Unidades de Conservação UC), ou seja, dos 650 mil hectares do município aproximadamente 208 mil hectares estão inseridos em áreas de UC. Nas áreas do município, a grande parte das áreas protegidas (UC), 30,6 %, pertence à unidade de conservação de proteção integral e apenas 1,4 % de uso sustentável. Na área de uso sustentável encontra se a unidade de conservação da APA Jalapão e na de proteção integral a Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins (Tabela 1). Com base nos dados da SEPLAN (2012), o município de Ponte Alta do Tocantins (TO) possui grandes extensões de áreas de campo, abrangendo uma área total do município de cerca de 250 mil ha, representando aproximadamente 38,4 % da área total do município. As áreas de campo estão distribuídas de maneira bastante contínuas e concentradas principalmente na porção leste do município, divisa com Mateiros (TO) (Figura 3). Outra formação bastante representativa no município são as áreas de Cerrado Sentido Restrito que ocupam cerca de 34,7 % (225 mil ha) da área do município. As áreas de Cerrado Sentido Restrito apresentam se concentradas na região central e na porção oeste do município. As área de Cerradão ocupam cerca de 10,5 % do território de Ponte Alta do Tocantins e estão mais concentradas na parte oeste do município (Figura 3). Tabela 1 Uso do solo do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) em 2007 (ha). Tipologia ESEC Serra Geral do Tocantins % APA Jalapão % Área urbanizada 0,00 0,00 Agropecuária 269,47 0,14 11,01 0,1 Campo 150.901,66 76,0 6.355,76 68,2 Campo Rupestre 2.298,69 1,2 0,00 Capoeira 0,00 0,00 Cerrado Sentido Restrito 22.961,14 11,6 1.711,35 18,4 Cerradão 5.094,25 2,6 237,62 2,5 Corpo d'água continental 67,89 0,03 0,00 Floresta Estacional Semidecidual Aluvial 0,00 0,00 Mata de Galeria / Mata Ciliar 5.759,65 2,9 367,00 3,9 Praia e Duna 36,76 0,02 0,00 Veredas 11.183,15 5,6 641,82 6,9 TOTAL 198.572,66 100,0 9.324,56 100,0 Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) 4

Tabela 1 Uso do solo do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) em 2007 (ha) (continuação). Tipologia Área do município sem a presença de UCs % Total geral do município % Área urbanizada 117,77 0,03 117,77 0,02 Agropecuária 36.374,44 8,2 36.654,92 5,6 Campo 92.374,93 20,9 249.632,34 38,4 Campo Rupestre 588,66 0,13 2.887,35 0,44 Capoeira 178,09 0,04 178,09 0,03 Cerrado Sentido Restrito 200.805,22 45,4 225.477,71 34,7 Cerradão 62.789,30 14,2 68.121,17 10,5 Corpo d'água continental 731,88 0,17 799,77 0,12 Floresta Estacional Semidecidual Aluvial 865,91 0,20 865,91 0,13 Mata de Galeria / Mata Ciliar 37.874,51 8,6 44.001,17 6,8 Praia e Duna 0,00 36,76 0,01 Veredas 9.125,97 2,1 20.950,94 3,2 TOTAL 441.826,69 100,0 649.723,91 100,0 Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) Figura 3 Vegetação e uso do solo no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) (2007). 5

Hidrografia O Estado do Tocantins é dividido em dois grandes sistemas hidrográficos: Rio Araguaia e Rio Tocantins, que abrangem respectivamente 37,7 e 62,3 % de seu território. O município de Ponte Alta do Tocantins (TO) encontra se, em sua totalidade, no sistema hidrográfico do Rio Tocantins. De acordo com a divisão hidrográfica estadual, inserem se no município duas importantes bacias: Bacia do Rio Balsas e a Bacia do Rio do Sono. No município de Ponte Alta do Tocantins, a Bacia do Rio Balsas é a mais representativa, abrangendo cerca de 86,2 % da área do município. Dentro da Bacia do Rio Sono destaca se a Sub bacia do Rio Balsas (região central do município) e a Sub bacia do Rio Sono que juntas abrangem aproximadamente 76,7 % deste município (Tabela 2). A rede hidrográfica é formada principalmente pelos rios: Ponte Alta, Balsas, Córrego Caracol, Soninho, Vermelho e Sono. Pode se também destacar alguns afluentes importantes, tais como: Córrego Baixão do Porco, Corrégo Suçuapara, Brejo Solto, Córrego Taquari e Extrema. Tabela 2 Bacias e sub bacias hidrográficas presentes no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Bacia Sub bacia Área (km 2 ) % Mapa Rio Balsas Rio Sono 1 Rio Balsas 2.302,89 35,4 2 Rio Ponte Alta 2.678,00 41,2 3 Córrego Caracol 620,76 9,6 4 Rio Soninho 282,06 4,3 5 Rio Vermelho 610,05 9,4 6 Rio Sono 3,48 0,1 TOTAL 6.497,23 100,0 Fonte: PFT (2013) adaptado de SEPLAN (2012) Relevo O relevo predominante do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) é constituído de mosaicos formados em sua maioria por áreas com declividade igual ou inferior a 5% e com presença de locais com declividade variando de 5 a 10%. Estas áreas representam um total de 56,2% do município. Excluindo se as áreas anteriormente citadas, estão presentes áreas com declividade de 5 a 10 %, representando 9,7 % do município. Ainda, há áreas com maiores declividades, acima de 15 %, que representam em sua totalidade 10,2 % do município, sendo: 7,4 % com declividade de 10 a 30 % e 2,9 % com declividade acima de 45%. Na região sul do município, próximo ao rio Balsas, podemos destacar algumas localidades com maiores declividades, tais como: Serra da Bacaba, Serra Grande, Morro da Vaca, Morro do Moleque e o Morro do Cágado. Ao leste, destacam se a Serra do Jaboti e a Serra da Mata Nova. Ao norte o Morro da Doida. Unidade de Conservação no município de Ponte Alta do Tocantins O município de Ponte Alta do Tocantins (TO) está localizado dentro do Corredor Ecológico da Região do Jalapão criado com a finalidade de garantir a redução da fragmentação do ecossistema, mantendo ou restaurando a conectividade da paisagem e facilitando o fluxo gênico entre populações, preservação das rotas migratórias dos animais silvestres endêmicos do cerrado. Dentro do corredor estão presentes diversas UCs federais e estaduais. Partes destas unidades de conservação estão inseridas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO), sendo a APA Jalapão e a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins. A seguir são descritas resumidamente cada uma das UCs citadas. 6

Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins A Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins foi criada por Decreto Presidencial, em 27 de setembro de 2001. A ESEC Serra Geral do Tocantins localiza se nos municípios de Almas, Ponte Alta do Tocantins, Rio da Conceição e Mateiros, no Estado do Tocantins, e Formosa do Rio Preto, no Estado da Bahia. A criação da ESEC tem como objetivos proteger e preservar amostras dos ecossistemas de cerrado, bem como propiciar o desenvolvimento de pesquisas científicas. A ESEC Serra Geral do Tocantins é uma das maiores do país e sua área totaliza 716.306 hectares, dos quais, cerca de 198 mil ha estão no município de Ponte Alta do Tocantins (TO), que representa aproximadamente 28% da extensão total da unidade de conservação. Os imóveis situados dentro da área cujos limites foram definidos no decreto já estão declarados de utilidade pública e serão indenizados, ocorrendo a desocupação, pois, este tipo de unidade de conservação não comporta a presença de moradores, sendo destinado apenas para a pesquisa e preservação de amostras de ecossistemas. Área de Proteção Ambiental do Jalapão A APA Jalapão foi criada pela lei nº 1.172, de 31 de julho de 2000, com o objetivo de proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar e incentivar o uso sustentável de seus recursos naturais. Apresenta uma área de 461.730 ha, abrangendo os municípios de Mateiros, Novo Acordo e Ponte Alta do Tocantins. A localização da APA Jalapão envolve o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) nas suas faces oeste, sul e leste. No município de Ponte Alta do Tocantins (TO) sua extensão é de 9,3 mil ha que representa cerca de 2 % da área total da unidade. A paisagem na região da APA Jalapão é dominada por fitofisionomias campestres, com extensas manchas de formações savânicas, principalmente cerrado ralo. Quase todas as fitofisionomias ocorrem sobre solos arenosos, variando apenas o relevo, a profundidade e a drenagem. Situação fundiária No município de Ponte Alta do Tocantins estão presentes duas áreas de assentamento rurais: Projeto de Assentamento Santa Tereza I, criado em 13 de fevereiro de 2006, com uma área de cerca de 2.200 ha com 50 famílias beneficiadas; Projeto de Assentamento Santo Onofre, criado em 13 de fevereiro de 2006, com uma área de aproximadamente 2.500 ha com cerca de 40 famílias beneficiadas. As atividades desenvolvidas nestes assentamentos são basicamente a agricultura familiar onde são cultivados principalmente milho e mandioca. A criação de gado também está presente, voltada essencialmente para a subsistência. Os assentados, por meio da Associação das Produtoras Rurais dos Projetos de Assentamento Santa Tereza e Santo Onofre, comercializam também artesanato em capim dourado e tecido, doces e conservas como fonte complementar de renda. Durante as atividades de campo foram citados por diversos moradores e autoridades a existência de processos e/ou análise de implantação de novos projetos de assentamento, sendo estes: Salto; Progresso; Caracol; Vitória; Castelo; Barreiro; e Baixão do Coco. 7

Conflitos No município de Ponte Alta do Tocantins (TO) existem diversos conflitos relacionados ao uso e ocupação do solo, bem como a construção de empreendimentos de infraestrutura. Os principais problemas presentes atualmente na região são: Agropecuária: ainda é persistente o uso do fogo pelos produtores rurais e pelas comunidades tradicionais no município e na porção da ESEC Serra Geral do Tocantins. A ausência de tecnologias mais eficazes de cultivo e manejo de pastagens para o gado é um dos fatores que contribuíram para o uso indiscriminado do fogo como forma de preparo do solo para o cultivo e a pecuária extensiva de subsistência. Ainda predomina a pequena agricultura formada pelas roças de toco e em áreas dentro das matas ciliares em forma de rodízio para o plantio de pequenas áreas de arroz, milho, mandioca e feijão, plantados para subsistência e geralmente nas várzeas e nas margens dos córregos e rios. Os registros da ADAPEC indicam que o rebanho do município encontra se concentrado em pequenas e médias propriedades rurais. Durante o período seco, o gado é distribuído em outras áreas para o pastoreio, em especial para a Região dos Gerais, que compreende áreas localizadas próximas a ESEC Serra Geral do Tocantins. Há na região o hábito secular de queima das veredas para que o gado coma o capim silvestre novo que nasce após o fogo. Assim, vão queimando as veredas sempre em busca de novas brotações. A atividade agropecuária, na maioria das propriedades, possui caráter de subsistência, venda para o consumo local e algumas vezes utilizado como moeda de troca. A atividade de bovinocultura ocorre, também, na área da ESEC Serra Geral do Tocantins aonde essa situação vem sendo discutida e combatida pela gestão da ESEC. Fundiários: Ponte Alta do Tocantins também sofre com a grande quantidade de terras em situação fundiária irregular, tanto na zona rural quanto na urbana, sendo preocupante, pois acarreta complicadores significativos para a consolidação das Unidades de Conservação, bem como dos projetos de assentamento e reconhecimento de outras áreas para a reforma agrária. A permanência irregular de moradores e ex proprietários de terras dentro da área da ESEC Serra Geral (parte sobreposta à área do município), onde, ainda aguardam pela realocação ou indenização, tem causado inquietude às numerosas comunidades residentes nas áreas inseridas nesta UC por se verem ameaçadas de remoção sem alternativas de subsistência. Neste município são recentes as iniciativas de políticas públicas para o processo de regularização fundiária. Caça: ainda persiste na região uma grande pressão de caça, na qual também se faz o uso do fogo a fim de gerar rebrota para alimentação da fauna silvestre, em especial para atrair as emas e veados mateiros, quando então são alvos fáceis. Capim Dourado: A colheita do capim dourado é realizada no período da seca, quando a planta é retirada da natureza para confecção das peças pelos artesãos locais. A região possui uma cultura de extração intensa do capim dourado, que apesar de estar normatizada por meio da Portaria NATURATINS nº 362, de 25 de maio de 2007, e fiscalizada pelo órgão estadual, NATURATINS, tem gerado grande pressão sobre a flora local, inclusive no interior da ESEC, sobrepondo se com as áreas de pastagens naturais. Esta prática esteve baseada na crença popular local de que o fogo contribui com a rebrota e melhoria de qualidade do capim o que vem estimular o uso do fogo nas veredas, que podem gerar incêndios. Obras: De acordo com inventário hidrelétrico da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Secretaria de Planejamento do Estado do Tocantins (SEPLAN) existe previsão da construção de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (UHE Rio Balsas) em Ponte Alta do 8

Tocantins e em outros municípios vizinhos. Ainda, há o projeto para a Pavimentação da TO 255 que liga Ponte Alta do Tocantins a Mateiros. Ocupação irregular de lotes dos assentamentos: em Ponte Alta do Tocantins há dois assentamentos regularizados pelo INCRA (Santo Onofre e Santa Tereza I) e outros estabelecidos por meio do crédito fundiário. Pelas informações levantadas em trabalho de campo verificou se que nem todos os lotes provenientes da desapropriação estão ocupados pelas respectivas famílias beneficiadas. Além dessas famílias nunca terem tomado posse do lote, alguns nem chegaram a tornar o lote produtivo. Estes lotes, segundo os entrevistados, estão fechados, mas não há moradores ou os beneficiários os arrendaram. 1.2 Ações de prevenção e combate na região As ações de prevenção em Ponte Alta do Tocantins (TO) são advindas, em sua maioria, das atividades praticadas na região do Jalapão que exercem uma importante influencia neste município, ainda mais por ser considerado como o portal de entrada do Jalapão. Todavia, as ações de prevenção só vieram a se intensificar com a criação de mecanismos de gestão ambiental advindos da implantação do Corredor Ecológico Cerrado Jalapão, onde, como uma das primeiras ações foi estruturado e elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ponte Alta do Tocantins (TO) o Plano de Ação Ambiental em parceria com o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Turismo (COMATUR), Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMADES). Dentre as ações de prevenção mais empregadas destaca se o estreitamento das relações entre as brigadas do Prevfogo/IBAMA com os assentados e pequenos produtores das comunidades tradicionais do município e do entorno da ESEC. Este entendimento tem permitido que os brigadistas façam, ocasionalmente, o acompanhamento das atividades de queima para abertura de roças e de renovação de pastagens, bem como a introdução de informações quanto ao tema queimada e suas implicações. No primeiro semestre de 2013, a equipe do Prevfogo juntamente com funcionários do IBAMA, em parceria com a Prefeitura, RURALTINS, SEMADES e com a cooperação técnica da GIZ por meio do Projeto Cerrado Jalapão realizaram curso teórico prático de queima controlada voltado tanto para os funcionários de órgãos públicos, brigadistas, mas, especialmente, para os pequenos produtores rurais. Neste sentido, o curso capacitou 11 extensionistas do RURALTINS e 18 produtores rurais. Como força tarefa na prevenção e combate a incêndios, o Prevfogo/IBAMA contrata brigada e, para 2013, realizou a seleção e contratou 15 brigadistas para atuarem por um período de cinco meses. Ainda, tendo em vista que parte considerável da área da ESEC Serra Geral do Tocantins está inserida no município de Ponte Alta do Tocantins, o ICMBio também contrata brigadas, mas, como a sede localiza se no município de Rio da Conceição (140 Km), conta com o apoio das brigadas de Mateiros no combate aos incêndios na área da ESEC, sendo que ambos fazem divisa com Ponte Alta do Tocantins (TO). Ainda, como alternativa para a prevenção e apoio no combate, a confecção de aceiros só é realizada pelos proprietários rurais com mais condições quanto há equipamentos. 1.3 Histórico da ocorrência de incêndios Com base nos dados do Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais por satélite do INPE foram obtidas informações dos focos de calor nos últimos 5 anos do município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Para as análises apresentadas neste trabalho foram utilizados somente os dados do satélite de referência (AQUA_M T), que mesmo indicando uma fração do número real de focos é mais indicado para analisar as tendências espaciais e temporais dos focos, tendo em vista que 9

são utilizados o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos. Na figura 4 se observa o histórico dos focos de calor de 2008 a 2012, em que a média no período avaliado foi de 429 focos (AQUA_M T) ao ano. Os anos de 2010 e 2012 apresentaram valores acima da média em que, respectivamente, 826 e 632 focos de calor foram identificados. Número de focos de calor 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Média no período 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) Figura 4 Número de focos de calor anuais no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) do sensor AQUA_M T durante o período de 2008 a 2012. Na figura 5 está apresentada a distribuição dos focos de calor nas diferentes unidades de conservação, bem como nas demais áreas do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) durante o período de 2008 a 2012. Pode se observar que historicamente, no período avaliado, as áreas do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) sem a presença de UCs são as regiões que apresentam maior concentração dos focos de calor. Nas áreas da ESEC Serra Geral do Tocantins se observa que historicamente vem apresentando um decréscimo dos focos de calor, passando de 23% em 2008 a 13,8% em 2013 das ocorrências totais do município. 100% 1,7 1,3 1,0 0,0 1,7 23,0 17,3 16,7 15,8 13,8 80% Focos de calor (%) 60% 40% 75,2 81,4 82,3 84,2 84,5 20% 0% 2008 2009 2010 2011 2012 Áreas do município sem Ucs ESEC Serra Geral do Tocantins APA Jalapao Fonte: PFT (2013) adaptado do MMA (2010) e INPE (2013) Figura 5 Distribuição dos focos de calor no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) durante o período de 2008 a 2012 (sensor AQUA_M T). Quando analisamos isoladamente os focos de calor que ocorrem no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) observamos que a principal tipologia vegetal de ocorrência de queimadas e 10

incêndios florestais é a de Cerrado Sentido Restrito, onde, ocorrem em média 43% dos focos de calor (Figura 6). Outras formações vegetacionais presentes, tais como Campo e Cerradão apresentam uma menor ocorrência, correspondendo em média, respectivamente, a 27,8 e 10,3% dos focos de calor no período avaliado. 100% 10,9 11,5 10,4 11,6 10,8 80% 4,8 3,8 6,1 3,8 9,1 13,1 9,9 11,9 4,6 13,9 Focos de calor (%) 60% 40% 31,7 31,4 25,6 22,4 28,0 20% 43,5 49,4 44,8 44,2 42,7 0% 2008 2009 2010 2011 2012 Cerrado Sentido Restrito Campo Cerradão Agropecuária Outros Fonte: PFT (2013) Figura 6 Distribuição dos focos de calor do satélite AQUA M T nas diferentes classes de uso do solo do município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Na figura 7 é apresentada a distribuição média dos focos de calor no município de Ponte Alta do Tocantins (TO), durante o período de 2008 a 2012. Observa se que o período crítico encontra se entre os meses de julho a outubro, sendo os meses de agosto e setembro os mais críticos. Ainda, nesta figura, podemos observar que a distribuição dos focos de calor está relacionada diretamente com as condições climáticas da região (período seco). Fonte: PFT (2013) adaptado de INMET (2013) e INPE (2013) Figura 7 Frequência média dos focos de calor no diferentes meses do ano no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) do sensor AQUA M T no período de 2008 a 2012. 11

No quadro 1, estão apresentadas as regiões de concentração dos focos de calor no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Para a elaboração dos mapas foram utilizados os dados do sensor AQUA_M T do período de 2008 a 2012. Para o processamento dos dados utilizou se o estimador de densidade de Kernel que é uma ferramenta geoestatística utilizada como alternativa para análises da visão geral da distribuição espacial dos focos de calor. Neste mesmo quadro (1), também são apresentados resultados de trabalho desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Araújo et al. 2012) que utilizaram imagens MODIS para a delimitação das cicatrizes deixadas pelas queimadas e incêndios florestais. Neste trabalho, os autores utilizaram como processo de validação dos dados as imagens Landsat. Observando visualmente os focos de calor podemos verificar uma boa proximidade dos resultados deste trabalho com os dados processados de focos de calor (estimador de densidade de Kernel). Na figura 08 são apresentadas as áreas queimadas (Araújo et al. 2012) durante o período de 2008 a 2012, bem como os focos de calor identificados na região. Área (ha) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 94,76 ha 68,45 ha 13,48 ha 14,08 ha 1,80 ha 2008 2009 2010 2011 2012 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 N de focos de calor Fonte: PFT (2013) adaptado de INPE (2013) e Araújo et al. (2012) Figura 8 Áreas queimadas e focos de calor (AQUA M T) no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) de 2008 a 2012. Quadro 1 Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) durante o período de 2008 a 2012. 2008 12

Quadro 1 Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) durante o período de 2008 a 2012 (continuação). 2009 2010 2011 13

Quadro 1 Concentração dos focos de calor e áreas queimadas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) durante o período de 2008 a 2012 (continuação). 2012 Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (Sisfogo) do Prevfogo/IBAMA, Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI), para o município de Ponte Alta do Tocantins (TO) apresentam dados somente dos anos de 2010 e 2012 com um total de 64 registros. Apesar dos registros serem de grande relevância para a caracterização das queimadas e incêndios florestais da região, deve se atentar para o fato de que os registros destas ocorrências estão relacionados diretamente com as ações das brigadas do Prevfogo, ficando os registros desta importante base de dados restritos às áreas de atuação das brigadas. Quando analisamos os 64 ROI do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) observamos que em 4,7 % das ocorrências o transporte das brigadas foi realizado por moradores da região. No que se referem às localidades das ocorrências elas estão concentradas em áreas de Comunidades Tradicionais, representando 97 % das ocorrências totais (Quadro 2). Quanto ao método de detecção, o mais representativos foram às atividades de rondas que representaram 81 %, seguido dos alertas fornecidos por moradores do município com 17 % e pontos de observação com 2 %. Nas atividades de combate aos incêndios florestais e queimadas registradas nos ROI, o combate direto foi o mais representativo com 98 % das ocorrências. Durante as operações de combate, em cerca de 30 % das ocorrências foi apontada como maior dificuldade para as atividades de combate a forte velocidade do vento e 1,5 % a dificuldade de acesso. As operações de combate apresentaram em média uma duração de 5,6 horas de combate por ocorrência, sendo que a operação mais rápida apresentou uma duração de 2,8 horas e a mais longa 30 horas. A maioria das causas dos incêndios florestais e queimadas combatidas em Ponte Alta do Tocantins (TO) são originadas pelos moradores do entorno (98 %), também são presentes ocorrências originadas de caçadores (2 %). Dentre as causas identificadas, a renovação das pastagens é a causa mais frequente, representando cerca de 97 % das ocorrências. Das outras causas identificadas nos ROI ainda são presentes 3 % de ocorrências relacionadas a ações de vandalismo. Quando avaliado os tipos de vegetação afetados pelas queimadas e incêndios florestais atendidos pelas brigadas se observa que as principais tipologias atingidas são áreas de pastagem nativa com 49 %. As áreas com pastagem plantadas são pouco representativas (cerca de 1 %). As áreas de brejo, várzeas ou veredas representam 50 % das ocorrências totais no município. 14

Quadro 2 Avaliação estatística dos Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI) da base de dados SisFogo/Prevfogo em 2010 e 2012 no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Localidade das ocorrências Método de detecção Outros 2% Área Florestal 1% Morador do município 17% Ponto de observação 2% Forma de combate Extinção natural 2% Comunidade Tradicional 97% Ronda 81% Agente causador Caçador 2% Vandalismo 3% Causa Combate Direto 98% Morador do entorno 98% Tipo de vegetação atingida Brejo, Várzea ou Vereda 50% Pastagem Nativa 49% Renovação da pastagem natural 97% Pastagem Cultivada 1% 1.4 Áreas prioritárias para a proteção Na definição das áreas prioritárias para a proteção contra incêndios adotou se basicamente as áreas de unidades de conservação do municipío como critérios para a delimitação dessas regiões. A escolha deste critéiro, para a definição das áreas prioritária foi baseada no fato de que o programa de brigadas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Prevfogo/IBAMA prevê 15

como prioritárias as UC. Entretanto, é necessária uma elaboração mais detalhada da definição das áreas prioritárias no município de Ponte Alta do Tocantins (TO), para subsidiar melhor as ações das brigadas. Neste sentido, é necessário a realização de levantamentos de campo mais detalhados do local para avaliar as áreas com a presença de espécies raras ou ameaçadas de extinção, áreas intangíveis, atividades antrópicas, vegetações mais susceptíveis aos efeitos do fogo, atividades de risco na região, bem como outras informações pertinentes para a elaboração destes mapas. As classes de prioridade foram difinidas com base na existência ou não de UC, bem como nas diferentes categorias das UC (Proteção Integral e Uso Sustentável) existentes no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Assim as áreas com UC de proteção integral foram definidas com extrema prioridade, as UCs de uso sustentável como de alta prioridade e as áreas não pertecentes a UCs como de média prioridade. Na figura 9 é apresentado o mapa das áreas prioritárias para a proteção e para as ações de combates às queimadas e incêndios florestais no município. Figura 9 Áreas prioritárias para a proteção contra incêndios florestais e queimadas em Ponte Alta do Tocantins (TO). 1.5 Áreas com maior risco de incêndios Para a delimitação das áreas de maior risco de incêndios florestais e queimadas foram utilizadas informações locais obtidas durantes os levantamentos de campo associadas a outra informações, tais como: focos de calor, projetos executados anteriormente e a localização das comunidades. Na figura 10 é apresentado o mapa com as áreas com maior risco de incêndios florestais e ao fundo encontra se a espacialização do conjunto de dados de focos de calor (AQUA_M T) do período de 2008 a 2012. Neste mapa a coloração vermelha indica as áreas com maior frequência e a coloração verde as localidades com menor frequência de focos de calor. 16

Figura 10 Áreas de risco de incêndios florestais e queimadas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) em que a linha azul representa o limite das UC. Quadro 3 Descrição das áreas de risco de incêndios florestais e queimadas do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) apresentado no mapa da figura 10. N no Breve descrição dos principais riscos associados mapa Região com cobertura de cerrado entre os Córregos Cambaúva e Conceição onde se encontram as 1 seguintes fazendas: Conceição, Santa Teresa, Casa Branca e Santa Cruz. 2 3 4 5 6 7 8 9 Região entre os córregos Conceição e Jatobá onde se encontram as seguintes fazendas: Campo Formoso, Riachuelo, Fortuna, Torno D água e Cana Brava. Região entre os córregos: Mulato, Engenho e da Várzea, onde se encontram as seguintes fazendas: Poção, Couro D anta, Belo Horizonte e Brancana. Região próxima a sede municipal de Ponte Alta do Tocantins entre os córregos Estação e o rio Ponte Alta, onde se encontram as seguintes fazendas: Campo Alegre, Barreiro, Deus me Ajude e Boqueirão. Região entre os córregos Suçuapara, Brejão e Pedra furada, onde se encontram as seguintes fazendas: Brejão, Carrasco. Esta região é próxima a sede municipal. Região entre a grota São Pedro e grota Porto Alegre, onde se encontram as seguintes fazendas: São Pedro, Porteira, Buritizal e Santa Cruz. Região entre os córregos Piabanha e Fundo, onde se encontram as seguintes fazendas: Puçá, Mandacaru, Nova, Santo Antônio, São Salvador, Boa Nova e Lagoa Seca. Ao sul desta região é presente a serra da Bacaba e Serra Grande. Região entre o Brejo da Capoeira e o Brejo do Boi, onde se encontram as seguintes fazendas: Coivara, Baixãozinho, Passagem de Pedra, Licuri e Escondido; Região próxima ao rio Balsa, córregos Alto Alegre e Sucuri, onde se encontram as seguintes fazendas: Sucuri, Salto e Recantinho. 10 Região interna da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins entre o rio Balsas e o Córrego Brejão. 11 Região limite com a APA Jalapão entre o Brejo do Rancho e Rio Vermelho, onde se encontra a Fazenda Canoão e Fazenda Genipapo. 17

É importante salientar que no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) os incêndios florestais e queimadas não se encontram agrupados de forma concentrada. Isto se deve principalmente em função da origem dos incêndios florestais, resultado do uso do fogo na renovação da pastagem nativa para a atividade de agropecuária. No município, durante o período seco, é comum os fazendeiros distribuírem o rebanho em outras áreas e fazerem uso do fogo na renovação da pastagem. 18

2 AÇÕES PREVENTIVAS 2.1 Centros de gerenciamento de fogo Para o desenvolvimento das ações de prevenção e combate aos incêndios florestais faz se necessário a adoção de uma estrutura física e institucional definida, denominado como Centro de Gerenciamento de Fogo (CGF). Em Ponte Alta do Tocantins (TO), para 2013, foi estabelecido um Centro de Gerenciamento de Fogo. Existe também o Centro de Gerenciamento do Fogo da ESEC Serra Geral do Tocantins (ICMBio), no município de Rio da Conceição (TO), ao sul do município de Ponte Alta do Tocantins. O CGF de Ponte Alta do Tocantins (TO) não possui caráter permanente, ou seja, é estruturado anualmente antes do início do período seco. Com a finalidade de atender o município neste ano a brigada do Prevfogo/IBAMA foi constituída por 15 brigadistas, sendo 01 Chefe de Brigada e 02 Chefes de Esquadrão (Quadro 4). A brigada possui sede instalada em uma residência alugada e mantida pela Prefeitura de Ponte Alta do Tocantins. Já a brigada do ICMBio, por este ficar sediado no município de Rio da Conceição a brigada também fica nesta sede (Quadro 5). Quadro 4 Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do Prevfogo/IBAMA em Ponte Alta do Tocantins (TO). Centro de Gerenciamento do Fogo do Prevfogo/IBAMA Equipe: Endereço: Jairo (Chefe de Brigada); Antônio Luiz e Otílio Rodrigues (Chefes de Esquadrão) Coordenada geográfica: 10 44' 46,99'' S / 47 32' 18,94'' O Telefones: (63) 8409 0904 / (63) 8445 6263 / (63) 8472 2598 Frequência rádio: não possuem E mail: Atividades: Educação ambiental; orientação; detecção de incêndios; acionamento, acompanhamento, manutenção e gerenciamento da brigada para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais em Ponte Alta do Tocantins. Quadro 5 Informações básicas sobre o Centro de Gerenciamento de Fogo do ICMBio. Centro de Gerenciamento do Fogo do ICMBio Equipe: Endereço: Aquilas Ferreira Mascarenhas (Analista Ambiental do ICMBio) Av. Beira Rio. Quadra 02. Lote 06 Centro Rio da Conceição TO Telefones: (63) 3691 1134 / (63) 3691 1161 Frequência rádio: E mail: Atividades: não possuem esecserrageral.to@icmbio.gov.br Fiscalização; controle e coordenação da atividade turística na ESEC; educação ambiental; detecção de incêndios; manutenção, acompanhamento, gerenciamento e acionamento da brigada para a prevenção e o combate aos incêndios florestais na ESEC Serra Geral. Ponte Alta do Tocantins (TO) está inserida na região do Jalapão e faz divisa com Mateiros e com a ESEC Serra Geral do Tocantins. Desta forma, tendo em vista que em Mateiros há um contingente de brigadistas em maior quantidade, já que possui três CGF (PEJ/NATURATINS, Prevfogo/IBAMA e ICMBio), seria importante a articulação entre estes centros de gerenciamento do fogo a fim de que possam definir procedimentos para operações em conjunto, melhoramento a logística e a estratégia de ação por estes centros. 19

2.2 Campanhas educativas As campanhas educativas em Ponte Alta do Tocantins (TO) são realizadas pela brigada dentro de sua esfera de competência, onde, repassam informações para a comunidade, em especial nos assentamentos e localidades, sobre uso alternativo do fogo e queima controlada. Com a criação do Plano de Ação Ambiental, a Prefeitura de Ponte Alta do Tocantins, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, tem assumido a responsabilidade no desenvolvimento de ações de educação ambiental na redefinição dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) a fim de inserirem a Educação Ambiental na grade curricular das Escolas. Como ação focada basicamente para a educação ambiental destaca se o Curso de Formação dos Agentes de Sensibilização Ambiental do Jalapão (ASAS do Jalapão) sendo voltado para os municípios que integram o Corredor Ecológico do Jalapão, consistindo na capacitação de educadores das escolas dos municípios. Este trabalho foi uma iniciativa conjunta do ICMBio, em cooperação técnica com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Tocantins (SEMADES) e NATURATINS. Os participantes do Programa Asas do Jalapão receberam informações técnicas sobre o projeto; o bioma Cerrado; o Jalapão, as riquezas, o turismo e as ameaças; UC, com enfoque especial nas UC que compõem o mosaico do Jalapão; e Corredores Ecológicos como estratégia de conservação da biodiversidade. O tema Educação Ambiental envolve os diversos segmentos da sociedade e os órgãos públicos de Ponte Alta do Tocantins (TO) que firmaram o Protocolo do Fogo onde, preveem como principais atividades as seguintes ações: Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Turismo e COMATUR: destinar os recursos capitaneados por meio do ICMS Ecológico em ações de educação ambiental; buscar parcerias para promover a capacitação de produtores rurais quanto à prevenção, controle e monitoramento de queimadas irregulares; monitorar ações ambientais; implantar e manter a brigada municipal com ações durante todo o ano; RURALTINS: difundir alternativas quanto ao uso do fogo; estimular ações que promovam a conservação ambiental e a sustentabilidade, por meio da implantação de Sistemas Agroflorestais; apoiar com materiais de divulgação para agricultores, sobre as alternativas de produção sem o uso do fogo; NATURATINS: apoiar a formação de brigadistas; realizar palestras, oficinas ou cursos em assentamentos ou grupos organizados enfocando os temas relativos ao uso do fogo e à educação ambiental que vise à conservação ambiental; ADAPEC: trabalhar a educação ambiental através da assistência técnica diária e; inserir alternativas de manejo das pastagens sem o uso do fogo. Escolas Públicas Estaduais e Municipais: disponibilizar as escolas para realização de palestras e capacitações; realizar a semana do meio ambiente enfocando o tema fogo; incentivar a produção de textos, poesias, cartazes relacionados ao tema queimadas; realizar o dia D do meio ambiente; incentivar os alunos a desenvolverem a fiscalização mirim sobre aceiros em época de queima em sua vizinhança; danos da queima à fauna e à flora; promover palestras de conscientização com os pais e alunos sobre os riscos e prejuízos causados pelas práticas da queima do lixo doméstico; aulas expositivas sobre queimadas; Outras entidades como órgãos do Poder Judiciário, Associação dos Moradores de Bairro, entidades religiosas: promoverão orientações sobre época e métodos para a realização de queimadas controladas; sensibilizar a comunidade sobre a importância da prevenção e combate ao fogo descontrolado; fiscalizar e acompanhar as ações 20

protocoladas; ministrar palestras nas escolas e comunidades rurais, juntamente com órgãos ambientais. As ações de educação ambiental previstas no Protocolo do Fogo de Ponte Alta do Tocantins (TO) são de grande importância, desta forma, as ações previstas devem ser realmente executadas. Além da execução destas ações é importante que elas apresentem um caráter de continuidade no município, em especial nas regiões onde o uso de fogo ainda é constante como ferramenta no manejo do solo, bem como junto aos artesãos e catadores / produtores do capim dourado, nos assentamentos e nas principais comunidades/localidades por meio de visitas in loco, haja vista que a maioria dos incêndios tem origem em ações negligenciais e com imperícia quanto ao uso do fogo. No quadro 6, são apresentados alguns projetos concluídos e em andamento no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Quadro 6 Projetos concluídos e em andamento no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Instituição Projeto Objetivos Principais ações Situação JICA GIZ / KFW Criação do Corredor Ecológico da Região do Jalapão Plano de Ação Ambiental Projeto Cerrado Jalapão Criar um Corredor Ecológico para reforçar a preservação dos ecossistemas naturais que unem as UC da região do Jalapão; garantir a manutenção dos processos ecológicos nas áreas de ligação entre unidades de conservação; Estruturação da gestão ambiental; ASAS do Jalapão; Viabilizar arranjos Institucionais para a gestão do Corredor Ecológico; Capacitação de educadores das escolas dos municípios pertencentes ao Corredor Ecológico da Região do Jalapão. Compatibilizar o desenvolvimento econômicosocial com a proteção da qualidade do meio ambiente e o equilíbrio ecológico; Articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas pelos diferentes órgãos e entidades do Município, com aquelas dos órgãos federais e estaduais, quando necessário; Preservar e conservar as áreas protegidas, bem como o conjunto do patrimônio ambiental local. Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais na Região do Jalapão, contribuindo para a manutenção das funções do Cerrado como sumidouro de carbono de relevância global. Desenvolver alternativas à não utilização do fogo. Incentivo à preservação ambiental, através de investimentos e ICMS ecológico; Fortalecimento das comunidades, com alternativas de renda tais como: agricultura familiar, artesanato, pecuária intensiva e apicultura e ainda, o fortalecimento das instituições e órgãos municipais para auxiliar o Governo Estadual no combate a prática de destruição; Estruturação e fortalecimento de Conselhos Ambientais; Desenvolvimento de competências para a gestão ambiental local, voltado para Gestores Públicos, Atores e co participes da Gestão Ambiental; Mobilizar potenciais conselheiros para compor os Conselhos Ambientais de UC contribuindo com o fortalecimento institucional e gerencial do ICMBio; Acompanhar e participar de eventos cujo foco possa contribuir e intervir na implementação do processo de estruturação e fortalecimento de Conselhos Ambientais na Região. Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; Implantação do aterro sanitário e do sistema de coleta seletiva Mapeamento das áreas de incidência de capim dourado e ordenamento da exploração Criação de brigada municipal de prevenção e combate a incêndios florestais Criação do SMUC Estabelecimento de normas de visitação aos pontos turísticos Reestruturação e revitalização do CAT Aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais na Região do Jalapão / Tocantins; Mapeamento de boas práticas de manejo e alternativas ao uso do fogo no Cerrado; Avaliação dos Protocolos Municipais de Prevenção e Controle do Uso do Fogo; Realização de cursos e capacitação sobre queima controlada. Implantação de unidades demonstrativas em algumas propriedades rurais para a avaliação do uso de técnicas alternativas ao fogo no manejo das pastagens para o gado. Em andamento Concluído Em andamento Em andamento 21

Quadro 6 Projetos concluídos e em andamento no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). (continuação). Instituição Projeto Objetivos Principais ações Situação FINEP CAOMA / MPE Tecnologias Sociais Prefeito Amigo do Meio Ambiente Fomentar a geração de trabalho e renda para a população sem inserção no mercado de trabalho formal e tirar do isolamento socioeconômico cidadãos tocantinenses de rincões menos favorecidos. Termo de Compromisso Prefeito Amigo do Meio Ambiente para destinação do ICMS Ecológico em ações de preservação ambiental Desenvolver atividade na estruturação da cadeia produtiva do mel em oito municípios na região do Jalapão e duas no seu entorno Reforçar a política de Educação Ambiental já desenvolvido pelo município mediante o investimento de recursos do ICMS Ecológico diretamente na política municipal de meio ambiente Concluído Em andamento No quadro 7 são apresentadas algumas ações de campanhas educativas que podem vir a ser desenvolvidas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). As ações de campanhas educativas devem estar inseridas, preferencialmente, em programas de capacitação e treinamento para que os resultados destas ações sejam mais efetivos. Nos levantamentos de campo, observou se que existe certa insatisfação com algumas ações de educação ambiental muito teórica e sem aplicação prática na realidade do município. Quadro 7 Propostas de campanhas educativas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Responsável pela ação Local / público alvo Tipo de contato Tema Materiais necessários Parceiros SEMADES Extrativistas e artesão Palestra Manejo e uso sustentável do capim dourado Material educativo PEQUI, Prefeitura Municipal INCRA Comunidades, assentados e pequenos produtores rurais Palestra & minicurso Propriedade rural e desapropriação Material educativo Ministério Público Estadual/Federal Prevfogo Agropecuaristas e comunidade rural Curso/capacitação atividade prática Queima controlada, emissão de autorização, calendário de queima Panfleto, material didático Defesa Civil e Governo do Estado SEAGRO Produtores rurais Treinamento Alternativas do uso do fogo no manejo do capim Manuais SEBRAE ICMBio Proprietários rurais e proprietários dos pontos turísticos Minicurso Metodologia e vantagens na criação de RPPN Material informativo IBAMA / ICMBio Prefeitura Municipal Toda a comunidade Minicurso, visitas técnicas Programa Bolsa Verde Material informativo SEMADES e MMA Prefeitura Municipal Crianças das escolas Oficina de educação ambiental Fogo na vegetação, preservação Material didático Brigada do Prevfogo NATURATINS Visitante, turistas, demais envolvidos com o turismo Elaboração e divulgação de material de apoio Turismo consciente, proteção das belezas naturais e risco de incêndio Panfletos SEMADES e Prefeitura Municipal TV Anhanguera Ponte Alta do Tocantins e redondezas Divulgação de conteúdo televisivo Impacto das queimadas, divulgação dos contatos das brigadas, procedimentos para queima controlada SEMADES, IBAMA, ICMBio e Prefeitura SEMADES Funcionários da Prefeitura e líderes comunitários Curso/capacitação Gestão ambiental e recursos sólidos Material informativo MDS e Prefeitura Municipal 22

2.3 Controle de queima e queima controlada Queima controlada ou prescrita consiste na aplicação do fogo na vegetação nativa ou exótica sob determinadas condições ambientais que permitam que o fogo seja mantido em uma determinada área atingindo aos objetivos do manejo. Antes de 2012, na vigência da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o emprego do fogo era regulamentado por meio do Decreto nº 2.661, de 8 de julho de 1998, onde, em seu artigo 2º previa a utilização do fogo em práticas agropastoris e florestais, mediante queima controlada dependente de prévia autorização, a ser obtida pelo interessado junto ao órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), com atuação na área onde se realizará a operação. Todavia, com o advento da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal), o uso do fogo passou a ser proibido, exceto nas situações previstas nos incisos I a III do artigo 38, onde, dentre estas, encontra se a utilização em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do SISNAMA, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle. No Estado do Tocantins a queima controlada é regulamentada por meio da Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do Tocantins e pela Portaria NATURATINS n 374, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre o uso do fogo como manejo de culturas para pequenos proprietários rurais, demais informações constam no quadro 8. Quadro 8 Informações gerais sobre queima controlada. Informações Descrição Observações Órgão responsável pela emissão de autorização Lei estadual específica Órgãos descentralizados de emissão Principais finalidades de autorização Nº de focos de calor na região (mês/ano). Informações locais. Demais informações pertinentes. Fonte: PFT (2013) NATURATINS Resolução COEMA/TO nº 07, de 09 de agosto de 2005, que dispõe sobre o Sistema Integrado de Controle Ambiental do Estado do Tocantins e; Portaria NATURATINS nº 374, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre o uso do fogo como manejo de culturas para pequenos proprietários rurais. Somente a sede do Órgão em Palmas. Não há. Realizar o controle do fogo; formar banco de dados dos usuários de queima controlada e repassar informação quanto aos procedimentos. Geralmente os pequenos proprietários não possuem conhecimento a fim de se saber o tipo de material combustível. Vide item 1.3. Acompanhamento feito pelas brigadas quando a queima é comunicada pelos agricultores. Criação da Brigada municipal. Quando em combate não há como os brigadistas realizarem o acompanhamento. A Prefeitura pretende implantar a brigada municipal para atuar a partir de 2014. As autorizações de queima controlada no Estado são emitidas apenas pelo NATURATINS, na sede em Palmas, capital do Estado, seguindo o calendário de queima divulgado pela Defesa Civil, a seguir: 1º Período: maio, junho e julho Regiões Sul, Sudeste e Leste; 2º Período: junho e julho Regiões Central e Centro oeste e; 3º Período: agosto e setembro Regiões Norte, Nordeste e Noroeste. Todavia, há de se apontar que o calendário da Defesa Civil não condiz com o do NATURATINS constante no anexo único da Portaria 374 onde estipula como os meses de julho e agosto para a realização de queima controlada em Ponte Alta do Tocantins (TO). 23

Em Ponte Alta do Tocantins (TO) são poucos os proprietários que utilizam a queima controlada com a devida autorização uma vez que a emissão é realizada somente em Palmas a aproximadamente 160 km, o que acarreta em um não cumprimento das técnicas corretas para a queima. Neste caso, recomenda se que haja uma interação junto ao NATURATINS para que disponibilize técnicos a fim de emitir as autorizações de queima controlada. Outra possibilidade seria uma avaliação de alternativas para a descentralização da emissão dessas autorizações. Apesar de serem pouquíssimos os agropecuaristas que obtém a autorização para a queima controlada, os brigadistas raramente realizam o acompanhamento a fim de evitar maiores prejuízos com a possibilidade desta queima se tornar um incêndio. Atualmente, alguns produtores rurais chegam a comunicar ou a solicitar apoio à brigada para que esta possa acompanhar a queima. Porém, esta ação vem sendo realizada de maneira pouco intensa. Esta situação provavelmente é originada pelo temor dos proprietários na solicitação das brigadas, frente a ausência da autorização de queima, aliado ao fato da inexistência de um plano de ações, com metas claras e bem definidas no que diz respeito ao acompanhamento das queimas controladas. A par desta realidade as atividades de controle das queimadas deverão ser programadas anualmente, a fim de tornar possíveis visitas e cadastramento de todos os usuários do fogo. No quadro 9 são apresentadas ações que podem ser desenvolvidas para o melhor controle das queimas controladas. Quadro 9 Sugestões de ações a serem desenvolvidas no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) para o correto uso das queimas controladas e seu controle. Ações de controle de queima Cadastramento/vistoria Localização Época Observações Órgãos envolvidos Entorno da ESEC Serra Geral do Tocantins; assentamentos e localidades com maior número de produtores Ano todo Descentralização Ponte Alta do Tocantins Realização de queima controlada Divulgação de alternativas ao uso do fogo e curso de queima controlada Localidades e propriedades rurais Localidades e propriedades rurais Conforme calendário Ano todo Fiscalização Ponte Alta do Tocantins Ano todo Cadastramento de todas as propriedades rurais. Avaliação da possibilidade e alternativas para a descentralização da emissão de autorizações de queima controlada Acompanhar usuários do fogo no dia da queima, informando os procedimentos. Realizar cursos, treinamentos e dispor de recursos materiais para o manejo do solo destinado aos pequenos produtores rurais. Elaborar estratégias para fiscalização e autuação daqueles que não cumprirem com as normas legais. Prefeitura e RURALTINS Prefeitura Municipal de Meio Ambiente; IBAMA, ICMBio, NATURATINS Brigadas do Prevfogo e Defesa Civil SEMADES; SEAGRO; IBAMA e Prefeitura IBAMA; NATURATINS; CIPRA Devido à falta de regularização fundiária de parte das propriedades do município de Ponte Alta do Tocantins (TO), atualmente, muitos proprietários não têm condições de cumprir com exigências documentais para a emissão da autorização de queima controlada. Assim, deve se buscar alternativas legais para que essa situação não inviabilize o requerimento de solicitação desses proprietários. Quanto aos assentamentos e comunidades tradicionais pode se trabalhar em forma de mutirões uma vez que o deslocamento torna se oneroso para os pequenos produtores residentes nas localidades/distritos distantes. 2.4 Manejo de combustíveis A confecção de aceiros em Ponte Alta do Tocantins (TO) é realizada, basicamente, pelos poucos proprietários rurais que possuem mais condições com equipamentos, uma vez que, tanto a Prefeitura quanto a brigada não dispõe de recursos e materiais para a confecção. Como, predominantemente, as comunidades e os pequenos produtores rurais são carentes em termos de equipamentos a realização de aceiros por estes fica prejudicada o que provoca certa preocupação 24

uma vez que é comum o uso do fogo na abertura das roças de toco e da renovação das pastagens, bem como no manejo do capim dourado. Nestas áreas, quando feitos, os aceiros normalmente são confeccionados com métodos rudimentares. É de se mencionar que no Protocolo do Fogo do município não há atividades definidas quanto à confecção de aceiros ou manejo de combustíveis, nem sequer foi apontado ao RURALTINS ou à Secretaria de Agricultura e Pecuária (SEAGRO) alguma atividade correlacionada ao manejo de combustíveis, situação esta que merece uma revisão por parte dos integrantes do Protocolo. No quadro 10 são exemplificadas algumas ações para o manejo de combustível. Quadro 10 Sugestões para as ações de manejo de combustível. Atividade Local Época Método Equipamentos Confecção de aceiro Manutenção dos aceiros Confecção de aceiros para manejo do capim dourado Entorno da ESEC; das localidades e comunidades e dos assentamentos Nas pequenas propriedades rurais, comunidades e assentamento Em torno das áreas de cultivo e colheita Maio a julho Junho a agosto Maio a agosto Roçagem Roçagem Roçagem Trator traçado com implementos e equipamentos manuais Trator traçado com implementos e equipamentos manuais Trator traçado com implementos e equipamentos manuais Largura e comprimento 50 m de largura em torno dos limites das áreas mais críticas. 50 m de largura em torno dos limites das áreas mais críticas. 50 m de largura Pessoal envolvido NATURATINS; RURALTINS e Prefeitura NATURATINS; RURALTINS e Prefeitura Artesãos e moradores das comunidades Os gestores de algumas UC vêm tomando um posicionamento favorável à utilização/avaliação do fogo como ferramenta para o manejo do material combustível dentro das UC. Acreditam que a queima controlada dentro das UC pode ser uma alternativa para melhorar o controle das ocorrências e a intensidade dos incêndios florestais. Além disso, acredita se que seu uso também poderá trazer benefícios a biodiversidade desses ecossistemas. Esse pensamento é originado de experiências positivas de outros países. Todavia, é recomendável a realização de trabalhos de pesquisa para que se possa avaliar sua aplicação nestas áreas. Assim, existem no Estado do Tocantins algumas universidades que poderiam se interessar no desenvolvimento de parcerias para o estudo/avaliação destas técnicas, como por exemplo, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) através do Curso de Engenharia Florestal. 2.5 Monitoramento meteorológico/risco de incêndios Os parâmetros meteorológicos como temperatura, precipitação, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, bem como os dias sem chuva, são informações determinantes para a ocorrência de incêndios florestais. Os dados são obtidos pelas estações automáticas do INMET que podem ser consultadas pelo site: www.inmet.gov.br/sonabra/maps/automaticas.php (Quadro 11). Aliado a estes fatores, o CGF deve acompanhar diariamente o site do INPE, que apresenta todos os dias um mapa de risco de incêndios para todo o Brasil disponível em: http://sigma.cptec.inpe.br/produto/queimadas/maparisco/risco_est.html. Quadro 11 Estações meteorológicas nas proximidades do município de Ponte Alta do Tocantins (TO). Local Latitude Longitude Tipo de dados coletados Rotina de obtenção de informação Mateiros (TO) 10,4342 S 45,9217 O Automática Página do INMET* Palmas (TO) 10,1908 S 48,3019 O Automática Página do INMET* Dianópolis (TO) 11,5942 S 46,8472 O Automática Página do INMET* * http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesautomaticas 25

2.6 Definição de sistema de vigilância/detecção de incêndios A vigilância eficiente é ferramenta fundamental para a inibição de ações imprudentes, imperitas e criminosas. Considerando incêndios já em andamento, a vigilância é um dos fatores que permite que o combate seja iniciado nos estágios iniciais da ocorrência, quando ainda está em pequenas proporções. Vale ressaltar que a vigilância eficiente depende de um sistema de comunicação tanto entre a brigada e a equipe de vigilância, como também entre a comunidade. Vigilância Fixa: conforme o mapa apresentado no primeiro tópico o município de Ponte Alta do Tocantins (TO) apresenta um relevo suave ondulado e a presença de morros como o Morro Solto, Morro do Curral, Pedra Furada (mais detalhes podem ser encontrados no item: 1.1 Caracterização da área), porém, de difícil acesso. No município não existe torre de observação, entretanto existem alguns pontos que podem ser utilizados para a realização de observações. Estes pontos devem ser utilizados principalmente durantes as rondas, o que possibilita uma maior eficiência desta atividade e uma resposta mais rápida na detecção dos incêndios. Durantes os levantamento de campo foram identificados alguns pontos e regiões mais elevados na topografia do município que podem ser utilizados para observações (Quadro 12). Na proximidade da sede municipal, na estrada sentido a Lagoa do Tocantins/Novo Acordo, que também dá acesso ao assentamento Salto (ainda em processo de regularização) cerca de 20 km de Ponte Alta do Tocantins (TO) é possível ter uma boa visibilidade do entorno do município. Quadro 12 Locais que podem ser utilizados como ponto de observação. Local Latitude Coordenadas Longitude Região do entorno da cidade 10 45' 13,67'' S 47 32' 03,51'' O Região do Soninho 10 54' 54,62'' S 47 23' 10,84'' O Próximo à Região do Soninho 10 55' 59,52'' S 47 20' 15,21'' O Próximo ao Rio Soninho 11 01' 22,52'' S 47 08' 37,53'' O Morro na estrada de acesso a Mateiros 10 59' 00,87'' S 47 11' 29,45'' O Próximo à sede municipal 10 57' 35,57'' S 47 16' 15,44'' O Morro da Cruz 10 53' 01,33" S 47 23' 01,31" O No que se refere à construção de torre(s) de observação é necessário uma avaliação criteriosa para verificar sua real necessidade e prioridade, visto que existem pontos de observação com ampla visibilidade. Outro aspecto importante é a realização de um mapeamento detalhado destes pontos de observação para a atualização do Plano Operativo (PO). Apesar das brigadas normalmente serem compostas de pessoas da localidade, que possuem bom conhecimento da região, essas informações são de extrema importância a serem inseridas no PO para situações de emergência em que são acionados apoio de outras brigadas. Neste sentido, é recomendável que durante as atividades das brigadas sejam feitos levantamento destes pontos, bem como a descrição detalhada de sua visibilidade. Móvel: A brigada de Ponte Alta do Tocantins (TO) realiza rondas diárias com saída da sede, geralmente, uma na parte da manhã e outra a tarde. No preparo para a realização da ronda o esquadrão vai equipado com todos os materiais para um possível combate. Entretanto, a extensão territorial do município, aliado a dificuldade dos acessos em função, principalmente, das condições das estradas dificultam a eficiência da vigilância móvel para detecção das queimadas e incêndios, bem como acarreta maior tempo entre a detecção e a 26

chegada ao local para o combate. Desta forma, seria importante se avaliar a necessidade de suprir o outro esquadrão (mais um veículo), para que ambos façam a ronda, cada qual seguindo uma direção diferente, estabelecida pelo Chefe de Brigada. Esta atividade deveria ser realizada nos meses mais críticos, agosto e setembro. As operações de ronda são de extrema importância e devem ser conciliadas com outras atividades, tais como: orientação das comunidades no uso do fogo (queima controlada), educação ambiental, orientação na emissão de licenças de queima, levantamento de informações para atualização do PO, entre outras. Na primeira parte deste documento o mapa das áreas de risco bem como os locais de maior ocorrência de incêndios nos últimos cinco anos poderá ser utilizado como referência na definição das rotas a serem realizadas. On line: O método de vigilância mais empregado em Ponte Alta do Tocantins (TO) é o móvel por meio das rondas. A vigilância online, quando realizada, é feita basicamente pelo Chefe da Brigada com as informações dos focos de calor gerados pelo INPE (http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas). Durante as atividades de campo se observou que as brigadas não apresentam um domínio quanto ao uso destas tecnologias. Assim, é de extrema relevância a realização de uma capacitação eficiente dos Chefes de Brigada e de Esquadrão para a utilização desta ferramenta. Além desta demanda, é necessário o treinamento do uso do GPS e bem como uma capacitação referente a noções básicas de cartografia. Vigilância complementar: Durante as rondas a brigada possui o hábito de informar os contatos dos chefes de brigada para os moradores dos assentamentos e das comunidades. Todavia, este tipo de acionamento das brigadas é pouco praticado, pois, na maioria das localidades e nos assentamentos não há orelhões e o sinal de telefonia celular não cobre boa parte da região. A comunicação, quando feita, geralmente fica a cargo de um dos moradores daquela região de maior conhecimento/respeito pelos moradores. Assim, apesar dos contatos das brigadas serem divulgados são poucas as pessoas da zona rural que possuem condições de contato. Todavia, em incêndios de grande escala geralmente alguém com maiores meios se desloca para comunicar tal ocorrência. 27

3 AÇÕES DE PRÉ SUPRESSÃO 3.1 Recursos humanos O município de Ponte Alta do Tocantins possui o Plano de Ações, bem como o Protocolo do Fogo e, em ambos os documentos há a previsão de se criar a brigada municipal de caráter permanente, porém, ainda não se tem uma data estabelecida para que isto ocorra. Desta forma, não existem equipes de brigadas permanentes, as brigadas são contratadas anualmente sob a coordenação do IBAMA/Prevfogo, durante período de aproximadamente cinco meses. Estes atuam na prevenção e combate a incêndios florestais, realizando atividades de orientação à comunidade, monitoramento, apoio às queimas controladas, entre outros. A capacitação é realizada durante o processo de seleção dos brigadistas. As brigadas são compostas, em sua maioria, por pessoas da própria região com escolaridade até o Ensino Médio. A contratação de pessoas da própria região facilita consideravelmente as ações das brigadas, pois possuem um bom conhecimento dos problemas locais relacionados com o fogo e das vias de acesso da região. Além dos benefícios logísticos e operacionais, a contratação dos brigadistas locais gera uma capacitação técnica local das técnicas de uso do fogo controlado e combate, bem como uma conscientização da problemática do fogo na região. Desta forma, é de extrema importância a continuidade da contratação preferencial das pessoas da comunidade. Neste aspecto, importante mencionar que o atual Diretor de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ponte Alta do Tocantins e o Gerente da Unidade da ADAPEC são ex brigadistas e, portanto, possuem certo grau de conhecimento acerca da problemática do fogo. Em 2013, a formação da brigada do Prevfogo/IBAMA contou com a formação e contratação de pessoal bastante jovem, sendo designados como Chefes de Esquadrão pessoal com mais experiência não só quanto à idade como de trabalho em brigadas anteriores. Assim, em função da grande responsabilidade do Chefe de Brigada e de Esquadrão é recomendável que nas próximas seleções, dentro das possibilidades, sejam selecionados preferencialmente pessoas com maior experiência. Além do processo de contratação é necessária a elaboração de mecanismos para a avaliação das ações das brigadas a fim de se gerar parâmetros para avaliação das ações da brigada. A definição de uma ferramenta de acompanhamento é de fundamental importância para que a Coordenação Estadual tenha subsídios técnicos e operacionais para um melhor gerenciamento das operações. Neste sentido, o acompanhamento é de extrema importância para que a brigada seja constantemente avaliada e reestruturada permitindo assim que as ações tenham uma maior eficiência. No quadro 13 são apresentados os contatos dos Chefes do Centro de Gerenciamento de Fogo de Ponte Alta do Tocantins (TO). Quadro 13 Recursos humanos do Centro de Gerenciamento de Fogo. Recursos Humanos Existentes Função Instituição Nome Atividades Telefone Chefe de Brigada Prevfogo Jairo Coordenação Geral (63) 8409 0904 Chefe de Esquadrão Chefe de Esquadrão Analista Ambiental Prevfogo Prevfogo ICMBio / ESEC Serra Geral do Tocantins Antônio Luiz Lopes Guimarães Otílio Rodrigues dos Santos Aquilas Ferreira Mascarenhas Coordenar as atividades da brigada na logística, acionamento e combate. Coordenar as atividades da brigada na logística, acionamento e combate. Chefia da ESEC Serra Geral do Tocantins (63) 8445 6263 (63) 8472 2598 (63) 3691 1134/1161 28

Em função da extensão territorial e das condições de acesso, bem como da existência de parte das áreas de unidades de conservação no município de Ponte Alta do Tocantins (TO), existe grande demanda de recursos humanos para as atividades de prevenção e combate e apoio nas ações de queima controlada e educação ambiental. Desta forma, no quadro 14 são apontadas algumas demandas de recursos humanos para o município. Quadro 14 Demanda de recursos humanos do Centro de Gerenciamento de Fogo de Ponte Alta do Tocantins (TO). Função Instituição Atividades Formação Resultados esperados Técnico Fiscal ambiental NATURATINS / IBAMA / RURALTINS NATURATINS / ICMBio / IBAMA Coletar, padronizar, ordenar e registrar as diferentes informações territoriais e ambientais, cadastramento dos residentes no entorno da ESEC e das comunidades tradicionais, bem como a atualização do Plano Operativo (PO). Fiscalização e orientação Técnico agropecuário, florestal ou extensionista rural Engenheiro Florestal / Ambiental e/ou Biólogo Base cartográfica atualizada da região / Banco de dados das atividades realizadas e dados ambientais do município / Coleta de informações para a atualização do PO Maior repressão às atividades ilegais contra o meio ambiente. 3.2 Contingente de brigadistas e de combatentes Em Ponte Alta do Tocantins (TO) não foi observado a publicação dos nomes e contatos dos brigadistas no CGF, nem mesmo nos murais da Prefeitura. A publicação destas informações auxilia na divulgação dos contatos dos brigadistas, podendo desta maneira agilizar a comunicação e apoio na detecção dos incêndios florestais. Geralmente os brigadistas são contratados um mês antes do período crítico que vai de julho a setembro, permanecendo contratados até o mês subsequente. No quadro 15 consta do chefe de brigada e de esquadrões. Quadro 15 Brigadistas contratados pelo Prevfogo/IBAMA em Ponte Alta do Tocantins (TO). IBAMA Nome Cargo Telefone Jairo Chefe de Brigada (63) 8409 0904 Antônio Luiz Lopes Guimarães Chefe de Esquadrão (63) 8445 6263 Otílio Rodrigues dos Santos Chefe de Esquadrão (63) 8472 2598 Fonte: PFT (2013) 3.3 Demandas e capacitação Combate (63) A formação dos brigadistas do Prevfogo/IBAMA é realizada quando da seleção onde o curso é focado basicamente para o combate, prevenção, uso do fogo e queima controlada. Todavia, outros temas e treinamentos são importantes para complementar a qualidade na prestação dos serviços. No quadro 16 são apresentadas sugestões de capacitação que poderiam contribuir nas ações das brigadas no município. Além do gerenciamento da brigada, é importante que o Chefe de Brigada elabore relatórios padronizados e detalhados das atividades executadas. Neste relatório é necessário que todas as atividades das brigadas sejam registradas de forma ordenada para subsidiar o planejamento de ações futuras e definição das reais demandas locais. Neste caso, o registro de todas as ações das brigadas deveria ser realizado em uma base de dados estruturada e padronizada para que as análises dos dados sejam feitas de forma objetiva, possibilitando avaliações temporais. 29

Após o curso de formação de brigadistas é necessário a realização do curso de gestão de brigadas, com chefes de brigada e, quando possível, chefe de esquadrão, visando a capacitação para as atividades de gerenciamento da brigada: elaboração de ROI, plano de trabalho, coleta de dados para complementar as informações do PO, relatórios mensais, boletim de frequência, monitoramento de focos de calor, utilização de GPS e de aplicações computacionais para manipulação destes dados. Quadro 16 Demandas de capacitação. Setor Demanda Atividade Centro de gerenciamento do fogo Capacitação Formação de liderança Brigadistas Treinamento Queima controlada Brigadistas Chefes de Brigada e técnicos da Prefeitura Municipal com nível superior Brigadistas e técnicos da Prefeitura Municipal Fonte: PFT (2013) Aulas teóricas e práticas Capacitação Capacitação Direção defensiva Perícia de incêndios florestais e queimadas Uso de GPS e manipulação de seus dados 3.4 Recursos materiais e serviços logísticos Infraestrutura Instituição responsável pela contratação/disponibilização de profissionais NATURATINS NATURATINS / Prevfogo / ICMBio NATURATINS / Prevfogo / ICMBio NATURATINS / Prevfogo / ICMBio Prefeitura Instituição responsável pela capacitação SEMADES IBAMA / NATURATINS / Defesa Civil DETRAN NATURATINS / IBAMA NATURATINS / SEMADES Atualmente, no município de Ponte Alta do Tocantins (TO), não existe instalação designada exclusivamente para ações de combate e prevenção as queimadas e incêndios florestais. No entanto, a prefeitura vem disponibilizando um imóvel durante a atuação da brigada, geralmente uma casa (sem mobília) com a instalação de ponto de internet. Esta ação da prefeitura é prevista no Protocolo do Fogo e tem um caráter de continuidade, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Com a criação da brigada municipal, prevista como ação tanto no Protocolo do Fogo, quanto no Plano de Ação Ambiental do município, haverá a designação de infraestrutura permanente, porém, como citado acima, esta ação ainda não tem data certa para acontecer. Ainda, está previsto pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente e do Turismo a possibilidade de reativação do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) que, também, poderá ser utilizado como um local de apoio para as atividades e ações das brigadas. Equipamentos Os equipamentos utilizados nas atividades de combate são fornecidos aos brigadistas durante o período de sua atuação, salvo os do ICMBio que são materiais permanentes nas atividades da UC. Quando à brigada do Prevfogo os equipamentos são de propriedade do IBAMA que os recolhe ao final das atividades dos brigadistas. A relação dos equipamentos existentes atualmente em 2013 é apresentada no quadro 17. A prefeitura também dispões de alguns equipamentos, que foram recentemente doados (2013) pelo Prevfogo/IBAMA durante a realização do curso de capacitação em queima controlada. 30

Quadro 17 Equipamentos e materiais existentes do Prevfogo/IBAMA e da Prefeitura Municipal de Ponte Alta do Tocantins (TO). Instituto Equipamento Quantidade Prevfogo/IBAMA Prefeitura Municipal de Ponte Alta do Tocantins Fonte: PFT (2013) Enxada 4 Enxadão 1 Foice 2 Machado 2 Bomba costais 4 Abafadores 15 Pinga fogo 2 Garrafa de água 2 Facão 15 Pá 2 Lima 2 Rastelo 2 Pulaski 1 Computador (CPU, monitor) 1 HT 2 GPS 1 Binóculo 1 EPI s: balaclava, capacete, boné, óculo, camiseta, gandola, cinto, suspensório, calça, meia, coturno, luva, cantil Equipamentos manuais (pá, enxada e enxadão) Salva a calça, camiseta e meias que são 2 por brigadistas os demais são 1 para cada Abafadores 7 Bombas Costais 2 Pinga fogo 1 Veículos Além dos equipamentos, durante o período de atuação da brigada do Prevfogo/IBAMA é destinado um veículo 4x4, tanto para o transporte da equipe quanto dos equipamentos. O atual veículo utilizado pela brigada é equipado com um sistema autotrac, que possibilita a realização de monitoramento e comunicação. Entretanto, os brigadistas não possuem nenhum conhecimento da operação deste equipamento. A informação que é um sistema de rastreamento do veículo, de certa maneira proporciona um impacto psicológico nos brigadistas quanto à utilização irregular do veículo. Entretanto, esta ferramenta poderia ser utilizada de forma mais intensa na coordenação das brigadas e na coleta de dados para a definição das futuras ações no município. Basicamente, em Ponte Alta do Tocantins os equipamentos/veículos que atendem as questões ligadas aos incêndios são do próprio Prevfogo/IBAMA. Todavia, apesar de pouco, a Prefeitura possui alguns veículos que, caso haja necessidade, eventualmente poderão ser utilizados: 1 caminhão pipa terceirizado; 3 tratores em bom estado de conservação; 1 retroescavadeira em bom estado de conservação; e 1 moto niveladora em bom estado de conservação. Quanto às peculiaridades da região é importante destacar que o acesso aos locais de combate necessita de veículos 4x4 uma vez que as estradas, em sua maioria, são precárias. Rede de atendimento hospitalar O sistema de saúde do município conta atualmente com dois postos de saúde que prestam atendimento ambulatorial pelo SUS. Nos casos de maior gravidade, os pacientes são transportados 20 31

para Porto Nacional ou Palmas. No quadro 18 são apresentadas as informações referentes às unidades de saúde presentes em Ponte Alta do Tocantins (TO). Quadro 18 Rede de atendimento hospitalar presente em Ponte Alta do Tocantins (TO). Estabelecimento Telefone Endereço Gestão Tipo de unidade Hospital de Pequeno Porte de Ponte Alta do Tocantins (63) 3378 1410 Avenida dos Lavradores, s/n Setor Aeroporto Municipal / Estadual Nível de atenção ambulatorial/média complexidade Unidade de Saúde da Família Valmira Pereira Rego (63) 3378 1410 Avenida dos Lavradores, 01 Setor Aeroporto Municipal Atenção básica/ambulatorial Fonte: PFT (2013) Combustível, alimentação e acomodações Ponte Alta do Tocantins, por ser uma cidade turística possui diversas pousadas, com variadas opções de acomodações. Quanto a restaurantes, a cidade também dispõe de alguns estabelecimentos, porém, boa parte não tem a possibilidade de pagamento com o uso de cartões magnéticos. No quadro 19 são apresentados os principais locais para acomodação e alimentação presentes no município. Quadro 19 Fornecedores de acomodações e alimentação em Ponte Alta do Tocantins (TO). Estabelecimento Telefone Endereço Responsável Pousada Planalto (63) 3378 1141 (63) 8409 0888 Rua da Praça Central, s/n, Centro (10 44' 37,09'' S / 47 32' 12,22'' O) Dona Lázara Hotel Flor do Jalapão (63) 3378 1104 Av. Tiradentes, s/n, Centro Eliane T. de Souza Pousada Beira Rio Pousada Portal do Jalapão (63) 3378 1108 (63) 3378 1172 (63) 3378 1249 (63) 8422 2296 Pousada Vereda das Águas (63) 3378 1581 Pousada Águas do Jalapão Bar e Restaurante Beira Rio Panificadora e Lanchonete Pão Dourado Fonte: PFT (2013) (63) 3378 1677 (63) 8467 6740 (63) 3378 1108 (63) 3378 1172 R. Manoel Cavalcante, n 771, Centro (10 44' 25,97'' S / 47 32' 08,87'' O) Av. Brasília, 264 Av. Palmas, Lote. 05, Setor Bela Vista (10 44' 18,51'' S / 47 32' 04,30'' O) Rodovia TO 255, Km 131, ent. à direita (10 43' 28,46'' S / 47 32' 09,12'' O) João Augusto Dias Delaci Moreira da Silva Neusa Boni Janaína Melquíades Pereira R. Manoel Cavalcante, n 771 João Augusto Dias (63) 3378 1288 Av. Joana Medeiros, n 170, Centro Elenilce Silva e Silva No município existem atualmente dois postos de combustível que atendem toda a região, o Auto Posto Visão (coordenada: 10 44' 28,00'' S e 47 32' 13,55'' O), que possui como alternativa de pagamento o serviço da VISA, e o Auto Posto Jalapão, na Av. Tiradentes, Qd. V, Lt. 1/7, tel.: (63) 3378 1104 (coordenada: 10 44' 35,73'' S e 47 32' 16,26'' O) que possui o serviço da GOLDCARD sistema utilizado para o abastecimento dos veículos utilizados pelas brigadas do Prevfogo/IBAMA. 3.5 Facilidades para o combate Rede viária Quanto à rede viária do município de Ponte Alta do Tocantins (TO) as estradas da região, o único trecho que é pavimentado é a TO 255 que liga o município de Ponte Alta do Tocantins a Porto Nacional; o trecho da rodovia TO 255, que faz a ligação com Mateiros, é estrada de chão em precário estado de conservação, a BR 010 que liga a Pindorama foi recentemente asfaltada; a TO 32

476 liga o município a Rio da Conceição é de chão, também, em precário estado de conservação (Quadro 20). Existem regiões de difícil trafegabilidade demandando veículos traçados, além de um bom conhecimento da região para a realização das atividades de vigilância, prevenção e combate aos incêndios florestais. Os principais acessos e estradas estão delimitados no Mapa Operativo (em anexo). A atualização das estradas de acesso é uma informação de grande importância e também pode ser feita pelas brigadas durante suas atividades. Para que isto ocorra, é necessária uma capacitação dos brigadistas para a coleta destas informações para futuras atualizações. Essas informações são necessárias não somente para o deslocamento, mas, também, para o planejamento de ações de combate, pois, dependendo da localização dos incêndios as estradas podem ser utilizadas como pontos de apoio para o combate ( aceiros ). Quadro 20 Principais distâncias a partir de Ponte Alta do Tocantins (TO). Município de destino Distancia em km Estrada/condições Pindorama (TO) 55 Estadual/pavimentada Santa Tereza do Tocantins (TO) 64 Estadual/não pavimentada regular Monte do Carmo (TO) 75 Estadual/pavimentada Usina Isamu Ikeda (TO) 22 Estadual/pavimentada Rio da Conceição (TO) 60 Estadual/não pavimentada precária Dianópolis (TO) 87 Estadual/60 km não pavimentada precária Porto Nacional (TO) 130 Estadual/pavimentada Novo Acordo (TO) 140 Estadual/não pavimentada precária Palmas (TO) 198 Estadual/pavimentada Mateiros (TO) 160 Estadual/não pavimentada precária Correntes (PI) 265 Estadual/não pavimentada precária Fonte: PFT (2013) adaptado da SEINFRA (2013). Captação de água e barreiras naturais O município de Ponte Alta do Tocantins (TO) encontra se, em sua totalidade, no sistema hidrográfico do rio Balsas, possuindo vários pontos perenes de abastecimento para pipa e bombas costais. Assim, a rede hidrográfica é bastante rica, havendo grande quantidade de rios e córregos para o abastecimento das brigadas. Quanto às barreiras naturais, verifica se pelos mapas contidos na primeira parte deste documento que Ponte Alta do Tocantins dispõe de uma rede hídrica rica em córregos e rios, bem como de encostas de morros que servem como barreiras naturais vindas a auxiliar em uma possível mudança de estratégia durante as ações de combate. Pistas de pouso No município de Ponte Alta do Tocantins (TO) foi identificada, durante os levantamentos de campo, apenas uma pista de pouso, sendo que será desativada devido à construção do aterro sanitário em sua proximidade, mas com projeto para construção de outra em andamento. Nas proximidades da sede municipal de Ponte Alta do Tocantins existem algumas pistas de pouso com um comprimento variando de 900 a 1.700 m e largura de 23 a 40 m. No quadro 21 estão listadas as pistas de pouso no município e nas suas proximidades, com base nos dados da ANAC e nas informações coletadas em campo. 33

Quadro 21 Pistas de pouso no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) e nas suas proximidades. Município Latitude Coordenadas Longitude Comprimento (m) Largura (m) Superfície Distância até Ponte Alta do Tocantins Sede (em linha reta km) Situação Ponte Alta do Tocantins (TO) 10 43' 43'' S 47 32' 05'' O 1.000 30 Cascalho Não homologada Mateiros (TO) 10 18' 15" S 46 56' 30" O 1.200 20 Cascalho 81 Não homologada Mateiros (TO) 10 33' 45" S 46 25' 41" O 900 23 Cascalho 123 Não homologada Mateiros (TO) 10 25' 29" S 46 04' 37" O 1.275 23 Cascalho 163 Homologada / Privada Dianópolis (TO) 11 33' 06'' S 46 59' 02'' O 1.000 20 Cascalho 107 Homologada / Privada Formosa do Rio Preto (BA) 11 01' 21'' S 45 11' 30'' O 1.400 30 Asfalto 258 Homologada / Pública Luís Eduardo Magalhães (BA) 12 06' 24'' S 45 53' 48'' O 1.300 30 Asfalto 234 Homologada / Pública Taguatinga (TO) 12 26' 02'' S 46 24' 02'' O 1.200 40 Terra 224 Homologada / Pública Porto Nacional (TO) 10 43' 01" S 48 24' 01'' O 1.700 30 Asfalto 94 Homologada / Pública Fonte: PFT (2013) e ANAC (2013) Sistemas de comunicação O setor de comunicação no município de Ponte Alta do Tocantins (TO) é precário e os poucos telefones públicos existentes concentram se na cidade havendo orelhões apenas em duas localidades/distritos: Extrema e Palmeiras. A concessionária de telefonia fixa no município é a operadora Oi sendo que o sinal de telefonia celular também é fornecido apenas por esta empresa com cobertura predominantemente na cidade. O sinal de internet, também fornecido pela Oi, atende parcialmente a cidade, porém, todos os órgãos públicos têm acesso à rede mundial de computadores. O principal meio de contato com os brigadistas é via telefone celular entre os membros da equipe, uma vez que na sede, temporária, não há telefone fixo, salvo as sedes administrativas da Unidade de Conservação que possuem telefone fixo. No quadro 22 são apresentados os endereços e números dos telefones públicos existentes na sede municipal e no quadro 23 os contatos de algumas instituições e órgãos públicos existentes em Ponte Alta do Tocantins (TO). Por se tratar de uma região com baixa cobertura de telefonia celular, é de extrema importância a implementação de um sistema de comunicação a rádio eficiente. Segundo informações obtidas durantes os levantamentos de campo vêm se buscando viabilizar a instalação de sistema de comunicação via rádio. Atualmente, os novos veículos disponibilizados para o combate estão equipados com rádio PX e autotrac, entretanto estes equipamentos não vem sendo utilizados pelas brigadas. Quadro 22 Número dos telefones públicos existentes em Ponte Alta do Tocantins (TO). Endereço Funcionamento Número do telefone público Distrito Extrema 24 horas (63) 4400 7821 Localidade Palmeiras 24 horas (63) 3346 1000 Rua Joana Medeiros 24 horas (63) 3378 1255 Av. Lavradores Q 18, próximo ao Hospital 24 horas (63) 3378 1155 Rua Dr. Albeni F Machado, próximo a prefeitura 24 horas (63) 3378 1235 Av. Brasília, próximo a Pousada do Jalapão 24 horas (63) 3378 1187 34

Rua Joana Medeiros, próximo ao Auto Posto Visão 24 horas (63) 3378 1148 Fonte: PFT (2013) e ANATEL (2013) Quadro 23 Telefones de instituições e órgãos públicos presentes em Ponte Alta do Tocantins (TO). Prefeitura Instituição Secretaria Municipal de Meio Ambiente Representante Legal / Responsável Cleyton Maia Barros José Carlos de Sena Soares (Vice) Telefone (63) 3378 1397/1126/1258 (63) 8477 5325 Latitude Coordenada Longitude 10 44' 45,32'' S 47 32' 19,13'' O Carlos Adriel Carvalho Tavares (63) 3378 1131 Brigada (local) apoio Jairo (63) 8409 0904 10 44' 46,99'' S 47 32' 18,94'' O Hospital de Pequeno Porte de Ponte Alta do Tocantins CAT Centro de Atendimento ao Turista CRAS Centro de Referência de Assistência Social Defensoria pública Comarca de Ponte Alta do Tocantins Janilenne Landim Valente Barros (63) 3378 1410 10 45' 00,45'' S 47 32' 16,83'' O Unelba Pereira da Costa (63) 3378 1185 / 8475 3821 10 44' 59,95'' S 47 32' 08,48'' O 10 45' 00,28'' S 47 32' 10,67'' O ADAPEC Valnei Rak Aguiar (63) 3378 1243 / 8472 4555 10 44' 33,34'' S 47 32' 16,59'' O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ponte Alta Sinval Ferreira da Costa (63) 3378 1662 10 44' 24,60'' S 47 32' 14,41'' O RURALTINS Evilene Maria de Souza Dias (63) 3378 1369 10 44' 35,95'' S 47 32' 11,64'' O Agencia de Desenvolvimento Sustentável Do Jalapão (63) 3378 1662 10 44' 24,60'' S 47 32' 14,41'' O Associação Cultural de Artesão (63) 3378 1188 10 44 33,50 S 47 32 13.6 O Associação Dos Artesãos Do Capim Dourado Pontealtense Edgard Pimenta (63) 3378 1499/1488 10 44 33,00 S 47 32 13.0 O Associação das Produtoras Rurais dos Projetos de Assentamento Santa Tereza e Santo Onofre Associação de Pequenos Agricultores do P.A Santo Onofre Maria da Conceição 10 20' 47,50'' S 46 34' 10,44'' O José Martins Associação do P.A Santa Tereza Messias Araújo Associação dos Apicultores de Ponte Alta do Tocantins Fonte: PFT (2013) Rivaldo Leite Dias (63) 3378 1369 / 9206 2797 3.6 Ações interagências e estabelecimento de parcerias O município de Ponte Alta do Tocantins (TO) conta com um Protocolo Municipal de Prevenção e Controle do Uso do Fogo (Protocolo do Fogo), implantado no município neste ano, 2013, com vigência até 2015. O Protocolo é um acordo assinado de maneira voluntária pelos diversos segmentos organizados da sociedade, com o propósito de nortear os trabalhos de prevenção à ocorrência de queimadas e incêndios florestais. Dentre os participantes estão: NATURATINS; RURALTINS; Prefeitura; Escolas Municipais; Comunidades Tradicionais; Brigada Prevfogo/IBAMA; Ministério Público do Estado do Tocantins, Tribunal de Justiça e outros. Ainda, outro instrumento de relevada importância foi a elaboração do Plano de Ação Ambiental período de referência 2013 a 2017 do município de Ponte Alta do Tocantins que, por meio da parceria entre o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Turismo (COMATUR), Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) e a SEMADES, traçaram ações para a adoção de medidas a fim de controlar e orientar a melhor forma de utilização dos recursos ambientais e evitar a poluição e degradação ambiental em Ponte Alta do Tocantins. Dentre os macros desafios levantados foram formuladas as ações para 2013 apresentadas no quadro 24, com os respectivos parceiros. Atualmente a prefeitura vem trabalhando de forma mais ativa principalmente na temática relacionada ao gerenciamento de resíduos sólidos, em função de uma pressão maior do poder 35

público na resolução dos problemas relacionados a esta questão, bem como os impactos ambientais. Quadro 24 Plano de Ação Ambiental 2013 de Ponte Alta do Tocantins (TO). Programas temáticos Atividades Recursos Organização responsável Apoio Gerenciamento de resíduos sólidos Manejo e uso sustentável do capim dourado Controle e combate a queimadas Ordenamento e controle dos atrativos turísticos Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Implantação do aterro sanitário e do sistema de coleta seletiva Mapeamento das áreas de incidência de capim dourado e ordenamento da exploração Criação de brigada municipal de prevenção e combate a incêndios florestais Criação do Sistema Municipal de Unidades de Conservação (SMUC) ICMS Ecológico FUNASA, ICMS Ecológico, FNMA Prefeitura Prefeitura, Defesa Civil ICMS Ecológico Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Obras e Transportes, Secretaria de Saúde e COMATUR Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Obras e Transportes, Secretaria de Saúde e COMATUR Secretaria de Turismo, Associação de artesãos do Capim Dourado Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Turismo Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Turismo e COMATUR SEMADES e Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) SEMADES Universidades (IFTO, UNITINS, UFT), SEBRAE e NATURATINS Prevfogo/IBAMA, Defesa Civil, ICMBio e NATURATINS SEMADES Ordenamento e controle do uso dos atrativos turísticos Estabelecimento de normas de visitação aos pontos turísticos ICMS Ecológico Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Turismo e COMATUR Reestruturação e Ministério do Secretaria de Meio Ambiente, revitalização do Centro de Turismo, ICMS Secretaria de Turismo e Atendimento ao Turista Ecológico, ADTUR COMATUR (CAT) Fonte: PFT (2013) adaptado do Plano de Ação da Secretaria do Meio Ambiente de Ponte Alta do Tocantins (2013) ADTUR e Fórum Estadual do Turismo Ministério do Turismo e ADTUR Como a maioria das propriedades rurais é de pequenos produtores são poucos os que possuem meios de integrarem a relação de parceiros. Os que possuem condições são os proprietários que tem investido na silvicultura, em especial o plantio de eucaliptos, como consta no quadro 25. Quadro 25 Possíveis parceiros privados em Ponte Alta do Tocantins (TO). Propriedade Responsável / Proprietário Telefone Fazenda Pedra Furada Adelman (63) 8472 0759 Equipamentos 2 Tratores traçados; 2 Plantadeiras; 2 Grades; 1 Subsolador; 1 Rastelo; 1 Lamina/concha; 1 Pipa de 7.000 L; 1 Tanque de irrigação; Latitude Coordenada Longitude 10 51' 56,96'' S 47 23' 55,82'' O Fazenda Luiz Piriquito Luiz Piriquito 1 Trator traçado c/ grade 10 59' 31,96'' S 47 09' 35,41'' O Fazenda Aliança Irajá Abreu 1 Trator 4x2 10 45' 33,71'' S 47 29' 42,43'' O Fazenda 3 Irmãos Gerson Luis Zulim 0800 7714552 Em breve 1 trator traçado 10 58' 23,31'' S 47 12' 35,07'' O A Prefeitura de Ponte Alta do Tocantins (TO) deve ser a instância de interação governamental municipal mais importante para a consolidação das atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais, com apoio do Prevfogo/IBAMA, Defesa Civil e NATURATINS. Dentre as diversas ações de parceria potencialmente factíveis entre essas partes, pode se destacar a formação de brigadistas municipais de combate a incêndios, capacitação de agentes ambientais voluntários nos moldes do disposto na Resolução CONAMA 03/88, capacitação de guias e condutores de ecoturismo para atuar nas Unidades de Conservação, elaboração e implantação da Agenda 21 municipal, em interação com o MMA, entre outras. Dentre os diversos parceiros, 36

apesar de não constarem oficialmente no Protocolo do Fogo, são de significativa importância, pois, desempenham importante papel no desenvolvimento e fomento de pesquisas, como se pode constar: as Universidades e Centros Educacionais; Associações e Organizações não Governamentais (ONG), entre outros. 37

4 COMBATE A INCÊNDIO 4.1 Sistema de acionamento Um sistema de acionamento bem definido, organizado, integrado e DE conhecimento de todos os envolvidos é fundamental para a otimização dos recursos humanos e materiais, além de evitar ações sobrepostas e desarticuladas. O acionamento das brigadas, atualmente vem sendo feito por telefonia celular, quando a brigada tem como base a sede do município. Neste sentido é importante que o número telefônico do chefe da brigada seja repassado aos diferentes órgãos públicos do município, bem como divulgado na comunidade. O Prevfogo adota os formulários de acionamentos, o que é uma ferramenta para padronizar a oficialização dos pedidos de apoio. Um sistema formal e padronizado de solicitar auxílio do Prevfogo facilita a administração dos atendimentos e avaliação da real situação do quadro de incêndios. Tal sistematização não é apenas um meio padronizado de comunicar a emergência e requerer apoio, mas também de informar os meios disponíveis e recursos financeiros que são de responsabilidade do requerente. As brigadas localizadas nas áreas críticas devem ser as responsáveis pela realização dos primeiros combates na sua região; em caso de necessidade de apoio, a coordenação deverá ser acionada. Caso seja necessário, deverão ser acionados os diferentes níveis de combate. Em situações em que o incêndio não pode ser debelado apenas com as brigadas municipais e seus parceiros o chefe de brigada deverá contatar o Coordenador Estadual do Prevfogo (Superintendência). E nos caso que os recursos da Coordenação Estadual não sejam suficientes ainda para controlar o incêndio deverá fazer a comunicação ao Núcleo de Prevenção e Combate (Prevfogo Sede), conforme figura 10. STATUS DO INCÊNDIO CARACTERÍSTICAS QUEM MOBILIZA OS RECURSOS? ATIVIDADES BÁSICAS INCIDENTE NÍVEL 1 É local rotineiro e de pequenas proporções. Pode ser combatido inicialmente com os recursos da(s) brigada(s) e parceiros no município. Chefe de Brigada Acionar brigada; Informar ao Coordenador Estadual do Prevfogo que, apoiado pelo Gerente do Fogo Estadual passa a acompanhar o incidente; Confeccionar e enviar o ROI. INCIDENTE NÍVEL 2 O incêndio não pôde ser debelado apenas com os recursos dos parceiros municipais. Requer articulação de recursos estaduais do IBAMA e demais entidades envolvidas. Coordenador Estadual do Prevfogo Mobilizar recursos do IBAMA no estado; Acionar instituições parceiras no estado; Informa ao Prevfogo Sede, que passa a acompanhar o incidente; Montar sala de situação simplificada. Confeccionar e enviar o ROI. INCIDENTE NÍVEL 3 O incêndio não pode ser controlado com os recursos disponíveis até então. A complexidade da operação requer a mobilização de recursos de entidades de alcance nacional, seja do IBAMA ou demais parceiros. Núcleo de Operações e Combate (Sede) Informar a Diretoria de Proteção Ambiental; Acionar o NOA; Acionar Defesa Civil quando couber; Mobilizar equipe de reforço a partir do Prevfogo Sede; Mobilizar recursos a partir das unidades do IBAMA; Montar sala de situação; Confeccionar e enviar o ROI. Figura 10 Fluxograma para o acionamento em diferentes níveis de combate. 38

4.2 Organização para o combate As equipes e as brigadas de cada município serão responsáveis pela realização dos primeiros combates aos incêndios florestais e queimadas, devendo seguir as instruções repassadas durante a capacitação ministrada pelo Prevfogo. Em caso de necessidade de apoio, a equipe deverá solicitála aos parceiros. A organização de infraestrutura de apoio ao combate é uma função do Centro de Gerenciamento do Fogo. Neste sentido, o CGF deverá ser responsável pelas seguintes ações: Quantificar e qualificar as pessoas disponíveis para as ações de combate aos incêndios florestais; Organizar e dar condições para que acionamento das brigadas ocorra da maneira mais rápida possível; Proporcionar condições de transporte e logística necessária para o deslocamento e manutenção das brigadas durante as ações de combate; Providenciar alojamento e alimentação para os combatentes, principalmente quando for necessária a realização de combates distantes da sede municipal; Manter e disponibilizar uma lista atualizada de brigadistas no município e nas localidades próximas a região; Manter e disponibilizar lista atualizada dos recursos existentes na região, bem como uma lista dos possíveis parceiros e os recursos que estes poderão disponibilizar; Definir as funções e pessoas responsáveis pelas brigadas; Definir os responsáveis para solucionar as demandas existentes durante as ações de combate, tais como: manutenção e compra de ferramentas e equipamentos; transporte de combatentes e distribuição de alimentação; fornecimento de água; informações para a imprensa; distribuição de equipamentos e ferramentas; Coletar e gerar informações para subsidiar a atualização do Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais; Realizar relatório das atividades executadas pela(s) brigada(s) e verificar se os ROI vem sendo preenchidas no SisFogo pelos Chefe de Esquadrão. 4.3 Desmobilização Ao término da operação de combate, deverá ser feita a desmobilização, que consiste em: Recolhimento e manutenção dos materiais e equipamentos envolvidos no combate; Quando utilizados ferramentas ou equipamentos de terceiros ou parceiros, realizar a devolução aos proprietários; Identificar a origem e causa do incêndio florestal e/ou queimada; Registrar, com o uso do GPS, as coordenada do local da ocorrência e quando possível delimitar a área queimada; Preenchimento e envio do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) na página do Prevfogo na Internet: (http://siscom.ibama.gov.br/sisfogo/); Avaliar e registrar a eficiência do Plano Operativo, sugerindo as complementações ou alterações necessárias; Avaliar a adoção de medidas que diminuam os impactos negativos do incêndio, por exemplo, plantio de espécies nativas. 39

5 SISFOGO Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais - Ponte Alta do Tocantins (TO) O SisFogo, Sistema Nacional de Informações sobre Fogo, é um sistema do Prevfogo/Ibama onde é permitido consultar Bancos de Dados Geográficos com informações do ICMBio e do IBAMA. Está disponível na Internet no seguinte endereço: http://siscom.ibama.gov.br/sisfogo/. Ele permite cruzar informações e gerar relatórios sobre controle de material, registro de ocorrência de incêndio, relatório das atividades desenvolvidas pelas brigadas nas Unidades de Conservação Federais. O SisFogo integra informações e permite a utilização dos dados com segurança e autonomia pelos usuários. O mesmo é dividido em subsistemas os quais serão implementados em etapas. Entre eles está o subsistema Registro de Ocorrência de Incêndios em Unidades de Conservação (já disponível), além de outros necessários à implantação do Sistema. O subsistema Registro de Ocorrência de Incêndios permite que os funcionários das Unidades de Conservação, Coordenadores Estaduais do Prevfogo, Gerentes do Fogo de Unidades, Estaduais e de Brigadas Municipais, Corpos de Bombeiros e Defesa Civil preencham relatórios com os dados referentes aos incêndios combatidos em Unidades de Conservação (Federais e Estaduais). O relatório contém os dados referentes ao incêndio, mapa de área queimada, coordenadas do centroide do incêndio, imagem da área queimada e fotos da área quando houver. O ROI busca principalmente uma melhora qualitativa das informações obtidas (Fonte: manual SisFogo/Prevfogo/IBAMA Janeiro de 2009). Desta forma, ao final das atividades de combate e de suma importância a inserção do Registro de Ocorrência de Incêndios (ROI) no SisFogo. Deverão ser impressos formulários do ROI para preenchimento no campo, que se encontra disponível na página do Prevfogo, para posterior inserção das informações na base de dados online. Estas informações são de extrema importância para que se possa acompanhar as atividades dos brigadistas e, principalmente, nortear as ações futuras. No município Ponte Alta do Tocantins (TO) em 2010 e 2012 foram registrados somente um total de somente 64 registros. Este valor aparentemente está bem abaixo das ações realizadas pelas brigadas que vem trabalhando no município. Assim é necessário criar mecanismos para que todas as ocorrências sejam inseridas nesta base de dados. Outro fato, é que por exemplo em 2011, apesar da existência da brigada no município nenhum registro foi realizado no SisFogo. Nos dados existentes no SisFogo do município de Ponte Alta do Tocantins, quase que a totalidade dos ROI não apresenta o registro da coordenada geográfica do incêndio. A informação espacial das ocorrências é de grande importância nas avaliações da dinâmica da problemática do fogo na região, bem como na avaliação das ações das brigadas atuantes no município. As demais informações são também de grande importância, assim, é recomendável que os brigadistas sejam instruídos e capacitados para melhorar a qualidade das informações a serem inseridas nesta importante base de dados. Por fim, é recomendável que sejam implementados novos módulos no SisFogo, a fim de se registrar, de forma padronizada, as demais ações exercidas pelas brigadas e não somente os combates, tais como: ronda, educação ambiental, apoio em queima controlada, manutenções, e outras. 40

6 PESQUISAS Plano operativo de prevenção e combate aos incêndios florestais - Ponte Alta do Tocantins (TO) Neste documento, Plano Operativo de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, não se tem a pretensão de estabelecer linhas e métodos de pesquisa a serem desenvolvidas sobre o tema fogo. No entanto, são apresentadas algumas referências às demandas locais, buscando respostas a uma série de questões que podem auxiliar na gestão das atividades de uso do fogo, prevenção e combate. Assim, como base no histórico das ocorrências de incêndios na região e as informações obtidas durante o levantamento de campo, pode se apontar algumas demandas em pesquisa para o município: Avaliação potencial de índices de risco de incêndios, bem como, o ajuste do índice para as condições locais; Estudo do comportamento do fogo para as condições locais, nas diferentes estruturas vegetacionais presentes; Avaliação e desenvolvimento de técnicas de queima controlada; Desenvolvimento de métodos práticos para a quantificação da carga de material combustível nas diferentes fisionomias vegetacionais; Avaliação do uso do fogo em área de coleta de capim dourado; Impactos na flora e na fauna do fogo; Alternativas locais ao uso do fogo, principalmente para a renovação de pastagem natural; Estudo de tecnologias de combate aplicáveis para as condições locais; Recuperação de áreas queimadas etc. 41

PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - PONTE ALTA DO TOCANTINS (TO) 290.000 ( Tamboril Snt Tereza do Tocantins TO 247 ( I São Domingos ( ( Lagoa do Tocantins < Ä 0 APA Jalapão Cachoeira da Velha I Sede da ADTUR Localização - 260.000 RR PA AM AC Palmas AP MA PI TO RO BA MT GODF MG MS SP Faz. São Bento a ls a s B br e o ti M at a N o v ri ó rr C ( ¾ Mata Nova Faz. Suçuarama ² Cobra a Ponte Alta do Tocantins-TO M Æ Telefone Limites municipais d c < Ä ² 0 I Posto de Saúde Estradas secundárias P Rio Córre g o Porteir ² 4 Ri o 76 Infraestrutura Outro 8.800.000 A lta So 0 3 6 12 18 24 km Sistema de Referência Geodésico SIRGAS 2000 UTM (Universal Transversa de Mercator) (fuso 23) lto Rio Sonin h o n So inh o Córrego Brejo as B a ls as TO d TO 369 Ponto de captação de água Rio 04 0 Aeródromo/Pista de Pouso eg o < Ponte Nova Local para acampamento ¾ TO ( e A ltinho e ir ão Có [ nt Br ejo Faz. Luis Piriquito ² Po B [ alsas da s B o Córr leg re Có rr A Grota Funda Ri C ald ha [ ² Hospital Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins rr TO 4 76 Córrego Se rin Ser Cór r Ria a [ ra da B Fu nd o Faz. Malhadinha 0 8.800.000 Ponto de observação a ( Localidades Fazenda a nh ¾ Reserva Ecológica (Particular) Porco s ² ( ¾ [ Hidrografia ² Córrego a da Brejo e nd ra ab ac I Sedes municipais i ab a TO 4 46 ¾ iabanha G eir lm s. Estradas principais Faz. Brejão Córr P 130 lmeiras TO Córreg o Pa Pa ¾ Faz. São Pedro ¾ Faz. Aliança rr Có Faz. Bom Jesus 260.000 Lagos / Represas Rio Ponte Alta Pequena d d [ ² TO 45 7 ¾ Almas RS Limites das UC Faz. Palestina c Æ M. PONTE ALTA DO TOCANTINS 3 TO 1 o rreg Ä Có te A lta Pindorama do Tocantins SC Br ¾ ai xã o ² i ç oc a o ch Ri o P on P ur M e jo C ama ² da j o d a C ob r a 13 0 APA Jalapão re ¾ Faz. Tabocão ² d inha Faz. Bom Jesus ² a Brej o da TO C ór r Es ¾ 5 TO 25 ² tiva ¾ Faz. Estação Serr a do Córrego 5 25 Jabo Mulato Có Ma rr J ab ns i n ho o nh ri ua ob á TO rr e g o Có rr U e ng q Ta Có ² Córr Fazen TO 45 6 oe o eg Faz. Campo Formoso o Jat RJ Legenda Fazenda Nova eg Có r r C ó rr ¾ eg Mnt. do Carmo ² ( TO 130 Ri o d a s Córr Mateiros jo d or [ Bre ¾ ¾ Faz. Santa Teresa ES Novo Acordo PONTE ALTA DO TOCANTINS PR 8.850.000 an ch o 8.850.000 Parque Estadual do Jalapão CE RN PB PE SEAL Lagoa do Tocantins 8.800.000 240.000 8.800.000 190.000 ( Contagem PINDORAMA DO TOCANTINS. TO 04 0 MAPA ( Boqueirão do Cascavel 190.000 240.000 DATA 28/10/2013 ( Trapiras PLANO OPERATIVO DE PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS - PONTE ALTA DO TOCANTINS (TO) ( Gerais ELABORAÇÃO: 290.000 MARCOS GIONGO MUNICÍPIO PONTE ALTA DO TOCANTINS - TO