AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO NOS CANTEIROS DE OBRAS NA VISÃO DOS PRINCIPAIS COLABORADORES DE SUA GESTÃO

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO NOS CANTEIROS DE OBRAS NA VISÃO DOS PRINCIPAIS COLABORADORES DE SUA GESTÃO Anna Karollyne Alves de Oliveira Guimarães 1 João Victor Yousef Medeiros 2 Raquel Chaves Sobrinho 3 Kaísa Cristina Silva Carrijo 4 Stelamara Souza Pereira 5 Resumo: Esta pesquisa teve por finalidade mostrar a concepção de gestão dos engenheiros civis, de encarregado de obras, de técnicos em segurança do trabalho e dos operários com relação da segurança no trabalho na cidade de Mineiros no ramo da construção civil. Foram realizadas 16 entrevistas por meio de questionários para obter a opinião dos mesmos, referente a sete quesitos: execução da obra com fiscais e equipamentos adequados, aplicação de cursos e palestras de correta utilização de equipamentos, frequências de aplicação de cursos de aprimoramento, adesão dos funcionários aos EPI (Equipamentos de Proteção Individual) fornecidos, principais acidentes ocorridos, motivação da empresa para utilização dos EPI, e quais os principais equipamentos fornecidos entre eles: luvas, capacete, cinto de segurança, mascaras, protetores auriculares e outros. Palavras-chave: Construção Civil. Equipamentos de Proteção Individual. Segurança no trabalho. Introdução Por segurança do trabalho é definida como uma série de medidas técnicas, médicas e psicológicas, destinadas a prevenir acidentes profissionais, educando os trabalhadores nos meios de evitá-los, como também procedimentos capazes de eliminar as condições inseguras do ambiente de trabalho. (VIEIRA, 1994) Ao nos referirmos à construção civil, vale destacar que este é um dos setores que mais abre portas para o trabalho, aumentando assim inúmeras obras, 1 Acadêmico do curso de Engenharia Civil; e-mail: karollyne.anna@hotmail.com 2 Acadêmico do curso de Engenharia Civil e-mail: joaovictoryousef@hotmail.com 3 Acadêmico do curso de Engenharia Civil e-mail: raquel.chavessobrinho@hotmail.com, 4 Acadêmico do curso de Engenharia Civil e-mail: kaisacarrijoo@gmail.com 5 Professora do Centro Universitário de Mineiros Unifimes, e-mail: stelamara@fimes.edu.br

apresentando grandes números de acidentes no trabalho a qualquer setor de produção. Nessas circunstancias, não se nota uma fiscalização eficiente para controlar os acidentes, limitando essas ações apenas a vistorias. A Constituição Federal determina que o trabalhador tem direito a proteção de sua saúde, integridade física e moral e segurança na execução de suas atividades.[...]. A segurança e a saúde do trabalhador são de responsabilidade do empregador e dos profissionais envolvidos no ambiente de trabalho. (SEBRAE/ES, 2014) Entretanto, mesmo que essas leis foram criadas para defender a classe trabalhadora, ainda se tem muita relutância dos próprios beneficiados. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar como a segurança no trabalho é percebida pelos principais funcionários em canteiros de obras: engenheiros civis, encarregado de obras, técnicos em segurança do trabalho e operários. Material e métodos ou Metodologia Essa pesquisa teve origem na disciplina de Estatística no segundo semestre de 2016, quando foi desenvolvido um trabalho para escolher um tema, obtermos dados e organizar os dados obtidos. Foram aplicados questionários para saber se a obra estava sendo executada com fiscais e equipamentos adequados, se a empresa fornece cursos e palestras de como utilizar os equipamentos, qual a frequência com que os mesmos eram aplicados, os principais acidentes ocorridos nos canteiros de obras, se a empresa motivava os funcionários a utilizar os equipamentos e quais os principais equipamentos utilizados totalizando assim 16 questionários. Resultados e discussão Os resultados obtidos com as pesquisas afirmam que 100% das obras estão sendo executadas com fiscais e equipamentos adequados e que a empresa também fornece cursos e palestras de como utilizar os equipamentos, e sobre a segurança no trabalho, onde 50% dos entrevistados responderam que os mesmos eram ministrados anualmente, e os outros 50 %, divididos entre mensalmente, semestralmente e outros. Mesmo com cursos e palestras ministradas ainda há uma rejeição de 12,5 % quanto à adesão e ao uso dos equipamentos.

Quando questionados a respeito dos principais acidentes, (gráfico 1) foram citados entre eles: quedas, cortes e outros, e em algumas obras não ocorrem nenhum tipo de acidentes segundo os entrevistados. Gráfico 1: Acidentes frequentes na opinião dos entrevistados Fonte: Elaborado pelos autores O gráfico acima mostra os acidentes que acontecem com mais frequência nas obras, em um total de 100% entrevistados 45% afirma que os acidentes que mais acontecem nas obras são cortes, seguido de queda com 25%, nenhum tipo de acidente com 20% e outros tipos de acidentes com 5% entre eles torção, queda de materiais e ferramentas. Verifica-se que os equipamentos mais utilizados, (gráfico 2) nas obras são: luvas, capacete, cinto de segurança, mascaras, protetores auriculares e outros. 100% das empresas garantem motivar o uso dos mesmos. Gráfico 2: Equipamentos mais usados na visão dos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores. O gráfico acima mostra os equipamentos mais usados nas obras, em um total de 100% entrevistados em torno de 18% afirmam que os equipamentos mais usados nas obras são luva, cinto e capacete, seguido de mascara com 16%, protetores

auriculares em torno de 12% e outros tipos de equipamentos entre eles botas, óculos. Conclusões Conclui-se assim que de acordo com os dados supracitados que a amostra recolhida num total de 100 % afirma, sem margem de erro que as obras são totalmente seguras segundo engenheiros, encarregados de obras e operários. Nada obstante, o ponto de vista dos entrevistadores é adverso mediante a isso, pois se notou que nas obras havia funcionários com utilização parcial dos equipamentos, sem o uso obrigatório do capacete. A maioria dos edifícios entrevistados não usavam rede de proteção de obra (segundo a norma de segurança-nr-18.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.), e quando questionados a respeito disso o técnico de segurança disse estar a par desse detalhe, e que a empresa apenas disponibilizou depois que houve problemas decorrentes. Levando-se em consideração esses aspectos é se levado a acreditar, que embora tenha se notado algumas falhas de segurança isso não torna a obra totalmente insegura, pois o principal é exigido e cobrado, e quando os funcionários se recusam a usar os equipamentos são repreendidos com advertências. Para que haja maior segurança basta que se adequem totalmente ao que as normas de segurança regem. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SEBRAE/ES (Espirito Santo). CARTILHA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO na Construção Civil/ES NR-18.2014. Disponível em: <http://www.areaseg.com/bib/06 - CARTILHAS/Cartilha_Seguranca_do_Trabalho_SEBRAE.pdf>. Acesso em: 07 out. 2016.

VIEIRA, Sebastião Ivone Medicina Básica do Trabalho. 1.ed.Vol.II.Curitiba:Gênesis, 1994