A SOCIEDADE EUROPEIA NOS SÉCULOS IX A XII. Joana Cirne Marília Henriques

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Transcrição:

A SOCIEDADE EUROPEIA NOS SÉCULOS IX A XII

As invasões a Europa e o clima e insegurança Entre os séculos VIII e X a Europa sofreu a seguna vaga e invasões que criaram um clima e insegurança e provocaram inúmeras transformações.

As invasões a Europa e o clima e insegurança Transformações provocaas pelas invasões: Sociais - Acentuaa quebra emográfica causaa pelas guerras. Económicas - As ciaes foram abanonaas e as populações refugiaram-se no campo, passano a haver uma economia ruralizaa e e subsistência. - O comércio e o uso a moea abranaram, ano lugar à troca ireta.

As invasões a Europa e o clima e insegurança Transformações provocaas pelas invasões: Políticas - Os camponeses procuraram junto os granes senhores (clero e nobreza), proteção, trabalho e subsistência. - A esorganização aministrativa e a incapaciae os monarcas para protegerem as populações fizeram com que estes peressem prestígio, aumentano o poer e a riqueza os granes senhores.

Socieae Senhorial A socieae meieval era tripartia (organizaa em três orens) e hierarquizaa (o lugar que caa um ocupava epenia o nascimento e/ou o exercício e alguns cargos) e iviia em privilegiaos e não privilegiaos. Clero Nobreza Povo

O Clero Grupo social com poer económico, prestígio e que gozava e privilégios. Funções Benefícios Exercia cargos aministrativos. Deicava-se a copiar livros e a ensinar. Prestava assistência aos oentes e aos mais pobres. Estava presente em toos os momentos importantes a via as populações. Recebia granes oações em terras e outros bens. Cobrava renas e benefícios aos camponeses que viviam nas suas proprieaes. Estava isento o pagamento e impostos. Tinha tribunais próprios. Parte o seu prestígio provinha e ser consierao intermeiário entre Deus e o Homem.

O CLERO ALTO CLERO BAIXO CLERO ARCEBISPOS BISPOS ABADES MONGES PÁROCOS

A Nobreza Grupo social muito poeroso em terras e homens e armas. Privilégios Não pagavam impostos. Eram julgaos em tribunais próprios. Aplicavam a justiça e cobravam impostos às populações que viviam nos seus omínios. Tinham o ireito quase exclusivo e usar armas e e possuir cavalos.

Os omínios senhoriais A nobreza e o clero eram proprietários e extensos senhorios ou feuos - as honras e os coutos. Estas proprieaes estavam iviias em uas partes: - a reserva - os mansos Castelo ou casa senhorial Floresta Campos cultivaos Moinho Casas os camponeses Igreja

Os omínios senhoriais A Reserva: Era exploraa iretamente pelo senhor e nela se encontrava o castelo ou o mosteiro. Estavam incluíos na reserva os fornos, a floresta, o lagar, os pastos e as terras mais férteis. Nela trabalhavam os camponeses livres, os colonos ou vilãos (em pagamento e serviços ou terras ceias) e os camponeses não livres, os servos.

O Povo Constituía a maioria a população, eicavam-se sobretuo às ativiaes agrícolas e estavam epenentes os granes senhores. Obrigações: Pagavam iversas renas e serviços pelas terras que exploravam (corveias) e pelo uso o moinho, o forno, o lagar. Entregavam ao senhor uma parte aquilo que prouziam (banaliaes). Alojavam e alimentavam o senhor nas suas eslocações pelas suas terras.

Os omínios senhoriais Os Mansos: Pequenas parcelas e terra o omínio senhorial arrenaas aos camponeses livres a troco e géneros e serviços prestaos ocasionalmente na reserva.

Relações feuo - vassálicas Na socieae meieval estabeleciam-se rees e relações e laços e epenência entre os vários estratos sociais com objetivos que epeniam o nível social a que pertenciam as partes envolvias. O rei pretenia assegurar a fieliae os seus vassalos. Os nobres ambicionavam alargar os seus omínios e influência, por isso se associavam a nobres mais fortes e ao rei. Os pequenos proprietários esejavam estreitar laços com os mais fortes para garantir a sua proteção.