V Jornada das Licenciaturas da USP/IX Semana da Licenciatura em Ciências Exatas - SeLic: A

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Transcrição:

ATIVIDADES PRÁTICAS E RECURSOS DE INFORMÁTICA COMO APOIO AO ENSINO DE BIOLOGIA Stefania Rosalen; Nijima Novello Rumenos; Vânia Galindo Massabni Departamento de Economia, Administração e Sociologia - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP Financiamento CAPES (PIBID) Eixo 5: Ciências Biológicas RESUMO Atividades práticas são muito importantes para a efetiva aprendizagem dos alunos. No presente trabalho, essas atividades práticas foram desenvolvidas pelo grupo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Superior de Agricultura Luiz de Queiroz em uma escola estadual na cidade de Piracicaba- SP, com salas do 9º ano do Ensino Fundamental II. Foi trabalhado com os alunos o tema Ossos de forma inovadora, ou seja, com atividades práticas formuladas pelos alunos do PIBID, a professora coordenadora e a professora responsável da escola campo. Utilizou- se um software disponível na internet para explicações sobre o sistema ósseo, assim como foram realizadas aulas práticas para a explicação dos assuntos abordados, utilizando-se modelos para facilitar o aprendizado. Essas atividades foram consideradas muito importantes e apresentou resultados muito positivos tanto para a aprendizagem dos alunos da escola campo, quanto para os bolsistas do PIBID, auxiliando-os na prática docente. INTRODUÇÃO As atividades práticas são visivelmente tidas como relevantes para a aprendizagem das ciências. No ensino conduzido de forma tradicional, usualmente, as práticas tem um papel mais comprobatório de uma teoria do que um papel que induza o aluno a tentar teorizar uma solução ao problema prático. Além de comprovadamente desenvolverem um senso criativo e auxiliar na compreensão de diferentes fenômenos por parte dos alunos, as atividades práticas também são propostas e espera-se que sejam desenvolvidas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Ciências Naturais do Ensino Fundamental. Nos PCN, podemos encontrar a seguinte passagem: É fundamental que as atividades práticas tenham garantido o espaço de reflexão, desenvolvimento e construção de ideias, ao lado de conhecimentos de procedimentos

e atitudes. (BRASIL, PCN DE CIÊNCIAS NATURAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1998). Uma das mudanças no ensino tradicional mais estudada e observada é a incorporação de atividades práticas tanto em sala de aula, quanto em espaços não tradicionais, como laboratórios, jardins, hortas, entre outros. Entende-se por atividade prática o conceito formulado por Andrade e Massabni (2011) no qual se elucida: Atividades práticas como aquelas tarefas educativas que requerem do estudante a experiência direta com o material presente fisicamente, com o fenômeno e/ou com dados brutos obtidos do mundo natural ou social (ANDRADE E MASSABNI, 2011,p. 840). Para Krasilchik (2000) as aulas práticas no ensino de Ciências servem para diversas funções na escola. Quando o currículo escolar enfoca a transmissão de informações, o laboratório motiva a aprendizagem e auxilia na fixação de conceitos abordados em sala de aula. Carvalho et al (2013) propõem que a pesquisa científica e a prática escolar deveriam caminhar juntas em cumplicidade, pois abrem novos caminhos para a re-significância das relações entre Ciência, tecnologia e sociedade, sendo que essas relações estão mais do que provadas serem positivas. Hodson (1992 apud CARVALHO, 2013) ainda acrescenta a ideia de que os alunos desenvolvem melhor seus conhecimentos quando participam de investigações científicas, semelhantes àquelas feitas nos laboratórios de pesquisa. Rosito (2003) mostra a importância de realizarem-se atividades práticas quando afirma que a experimentação é essencial para um bom ensino de Ciências (p. 197). As atividades práticas são importantes quando ensinadas de forma a trabalhar a busca e resolução de problemas, pois assim os alunos passam de meros espectadores à protagonistas de seu ensino, podendo experimentar e deduzir resultados, criando maior capacidade de argumentação e indução, e finalmente formando verdadeiros cientistas. Além do mais, as práticas devem ser objetos de reflexão dos professores. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi propiciar ao aluno uma experiência inovadora em se tratando da identificação dos ossos do esqueleto humano, em comparação aos ossos de outros vertebrados, como cão e gato, de modo que estas atividades práticas enaltecessem seu aprendizado e auxiliassem na compreensão de conceitos considerados difíceis de serem visualizados.

DESENVOLVIMENTO Assim, foi escolhido o tema Ossos para a realização das regências, pois segundo a professora de Ciências da escola campo parceira do PIBID seria o tema a ser trabalhado naquele momento com as classes de Ensino Fundamental. Depois do tema ser escolhido, como a proposta era relacionar a teoria à prática e também utilizar recursos de informática foram realizadas duas regências descritas a seguir: Regência 1 - Título: Ossos teoria e prática em anatomia comparada Foram realizadas regências para todas as turmas do período da tarde (Ensino Fundamental 9º ano), as quais seguiram um plano de aula no qual o objetivo foi propiciar ao aluno a identificação e comparação dos ossos do esqueleto humano, observando os modelos presente no Laboratório e comparando-o a um modelo do esqueleto de gato e cão. Foi realizada abordagem teórica enfatizando uma visão evolutiva da anatomia, além da prática de imersão de um osso em vinagre. Regência 2 - Título: Ossos utilizando a informática Foi elaborado um plano de aula sobre ossos do corpo humano utilizando o software gratuito Whack-a-bone (Disponível em: http://www.anatomyarcade.com/games/wab/wab. html) nos computadores da sala do Acessa Escola. O uso do recurso é indicado como exercício de fixação dos nomes dos ossos, pois cabe ao aluno completar os nomes em uma figura do esqueleto impressa. Para isso, eles tiveram como auxílio o programa, em que puderam visualizar os ossos, identificá-los e colocá-los em suas respectivas posições anatômicas. RESULTADOS E DISCUSSÕES A perspectiva esperada do projeto desenvolvido pelo PIBID foi trabalhar atividades práticas e recursos de informática para promover um tratamento interdisciplinar do conhecimento. Assim, foi um desafio enfrentado por todos, pois requeria uma nova forma de conceber as aulas e as atividades escolares. As atividades realizadas visaram o conhecimento do espaço escolar, em especial dos laboratórios e o contato com os alunos das escolas, a fim de desenvolver um trabalho que realmente fosse de mão dupla, tal como

requer um trabalho colaborativo escola- universidade. Com isso, um resultado importante da presença do PIBID foi a conquista de um trabalho de reflexão constante junto à escola. De acordo com as observações, reuniões e reflexões coletadas, se pode perceber que a participação no PIBID é uma forma de vivenciar a escola e dispor-se: estar aberto a aprender, a fazer e a mudar, se necessário. A almejar o novo junto com e não sobre a escola, especialmente partilhando o dia-a-dia com os alunos, que são a razão de ser e existir da instituição. Inicia-se com o reconhecimento do espaço, a construção de relações com os membros da escola, em especial os alunos, a idealização de atividades e o estudo das possibilidades e desafios, até desconfianças quanto às pretensões e mudanças pretendidas. Com o tempo, os bolsistas passam a ser esperados, recebidos, apoiados e acabam intervindo positivamente nas ações da escola. Encontram limites de cada instituição em particular, as quais lhes permitem perceber oportunidades para aprimorar a si próprias como instituição educativa ou fecharem-se, atenuando as mudanças para manter a si como estão. Nas ações, se encontram possibilidades de mudanças. Podemos destacar os seguintes pontos principais em relação aos resultados obtidos: - A possibilidade de um trabalho diferenciado em termos de metodologia e construção de material didático pelo licenciando. A vivência de formas diferenciadas de ensinar leva a maior possibilidade de desenvolvê-las com sucesso em sua prática futura, como professor; - A perspectiva de trazer a prática como componente ímpar para se discutir aportes teóricos e ainda associar a informática possibilitou aos bolsistas perceberem a importância de ambos no processo de aprendizagem do aluno, incluindo as professoras supervisoras; - A oportunidade para o contato e maior vivência com os alunos das escolas e com a estrutura institucional, aproximando os bolsistas da realidade do ser professor; - Desenvolvimento pessoal dos licenciandos, com a percepção e reflexão sobre a realidade escolar. A expectativa de fazer a diferença no espaço e mudar rapidamente algumas práticas escolares, rotinas e crenças segundo a sua própria idealização do que deve ser a escola promove um processo de amadurecimento profissional que requer o respeito e a compreensão de que existe uma cultura escolar e uma história em cada contexto de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS As atividades práticas desenvolvidas pelos estagiários do PIBID junto à escola campo foi uma atividade ímpar na medida em que auxiliou tanto o aprendizado do conteúdo esperado pelo aluno, pois esta se deu por um método inovador, quanto auxiliou ao conhecimento do próprio estagiário da realidade escolar e da maneira de agir em determinadas situações, que é essencial ao aluno de licenciatura. REFERÊNCIAS ANDRADE, M. L. F. D., & MASSABNI, V. G. (2011). O desenvolvimento de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciências. Ciência & Educação, 17(4), 835-854. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/ SEF, 1998. 138 p. CARVALHO, A. M. P. de., (org). (2013) Ensino de Ciências: unindo pesquisa e prática. São Paulo: Pioneira.Cengage Learning. HODSON, D. (1992). Assessment of practical work. Science & Education, 1(2), 115-144. In: KRASILCHIK, M. (2000). Reformas e realidade: o caso do ensino das ciências. São Paulo em perspectiva, 14(1), 85-93. ROSITO, B. A. (2003). Construtivismo e ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. R. Moraes (Ed.). Edipucrs.