PLANTAS INVASORAS DA MADEIRA

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Transcrição:

REDAÇÃO M. Eduardo L. Fernandes COMPOSIÇÃO E FOTOGRAFIA M. Eduardo L. Fernandes BIBLIOGRAFIA Costa Neves, E. (ed.). 1996. Laurissilva da Madeira. Caraterização quantitativa e qualitativa. Parque Natural da Madeira, Governo Regional da Madeira. PLANTAS INVASORAS DA MADEIRA * ENQUADRAMENTO A importação de espécies exóticas faz-se com a intenção de aumentar a riqueza duma região. Algumas plantas adaptam-se com facilidade e aumentam a sua área de distribuição, propagam-se a partir do local de inserção inicial e espalham- -se pelo território, formando núcleos independentes sem a intervenção do Homem, em habitats naturais ou seminaturais, tornando-se uma espécie naturalizada, enquanto outras nunca chegam a expandir-se ou extinguem-se. A maior parte das espécies introduzidas não ultrapassam a naturalização mas algumas tornam-se invasoras pois espalham-se por todo o lado e podem transformar uma comunida- Favila Faria, B. (ed.). 2006. Fauna y Flora da Madeira. Espécies endémicas ameaçadas. Vertebrados y flora vascular. Governo Regional de Madeira. Luís Silva, Elizabeth Ojeda Land & Juan Luis Rodríguez Luengo, eds. 2008. Flora e Fauna Terrestre Invasora na Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias. A maior parte das espécies introduzidas não ultrapassam a naturalização

PÁGINA 2 de herbácea ou arbustiva diversa num território da sua exclusividade. O problema das espécies invasoras é agravado com a sua irreversibilidade, ou seja, quando ocorre a reprodução, a dispersão e a adaptação espontânea o controlo e a erradicação tornam-se difíceis ou mesmo impossíveis. As plantas invasoras interferem na sucessão de espécies vegetais naturais e nas interações associadas planta/animal, empobrecendo e pondo em risco a evolução das espécies nativas. São um problema a ter em conta em projetos de recuperação de ecossistemas degradados, principalmente quando impedem o desenvolvimento das espécies nativas. As invasões biológicas podem ocorrer naturalmente mas, principalmente nos espaços insulares, as atividades humanas são as principais responsáveis, produzindo, a médio e a longo prazo, efeitos negativas na economia e ao nível ecológico e social, pondo em risco a saúde humana, quando se trata de produtores de alimentos e de fornecimento de água, e a conservação dos ecossistemas, ao alterar o desenvolvimento natural dos núcleos invadidos. Tendo em consideração o supracitado, quando são introduzidas novas espécies é imprescindível monitorizar o seu desenvolvimento e expansão para confirmar que são realmente inofensivas e não invasoras. É neste ponto de vista que nos propomos estudar a vegetação indígena e os efeitos das plantas invasoras na ilha da Madeira, contribuindo para informar e alertar a população para este problema deveras preocupante. mas algumas tornam-se invasoras pois espalham-se por todo o lado

A introdução de plantas e animais na Madeira tem dificultado a manutenção das áreas naturais. A maior ameaça ao equilíbrio e conservação da Laurissilva e também de outros espaços de vegetação indígena é a invasão das espécies exóticas, com maior incidência nas plantas, que foram introduzidas na Madeira por motivos económicos ou como ornamentais, acabando por se propagar e desenvolver espontaneamente na Natureza. Mais ao nível do limite inferior da Laurissilva, nas zonas de transição e em terrenos agrícolas abandonados, as invasoras, cujas sementes são levadas pelo vento, pela água e pelos animais para toda a parte, proliferam em abundância devido à sua adaptação fácil, ao clima e ao solo, à vigorosa rebentação e à proliferação de grandes quantidades de sementes. Ocupam os terrenos de uma forma excessiva, levam à degradação e à substituição da flora indígena, originam alterações significativas nos ecossistemas naturais e constituem uma ameaça grave à perenidade do seu habitat. Os arbustos e as árvores invasoras só são predominantes em terrenos agrícolas abandonados ou pouco cuidados. A facilidade de propagação destas espécies dá-lhes a capacidade de cobertura total do solo, não permitindo ou dificultando o desenvolvimento das espécies naturais. Algumas plantas invasoras da Madeira: 1. Abundância (adenophora (Spreng.) R. M. King & H. Rob.) 2. Abundância (Ageratina riparia R. M. King & H. Rob.) 3. Acácia (A. longifolia) 4. Acácia (A. mearnsii e Acacia melanoxylon R. Br.) PLANTAS INVASORAS Acácia Amor-de-burro (Bidens pilosa L.) Azedas (Oxalis pes-caprae L.) PÁGINA3

PÁGINA 4 Bálsamo ou Chorão (Carpobrotus edulis (L.) N. E. Br.) Bons-dias (Ipomoea indica (Burm. fil.) Merr.) 5. Acácia (Acacia dealbata) 6. Ailanto (Ailanthus altissima (Mill.) Swingle) 7. Alfinetes (Centranthus ruber (L.) DC.) 8. Amor-de-burro (Bidens pilosa L.) 9. Apténia (Aptenia cordifolia (L. f.) Schwantes) 10. Árvore-de-seda (Gomphocarpus fruticosus (L.) W. T. Aiton) 11. Árvore-do-céu (Ailanthus altissima) 12. Avenca (Adiantum hispidulum Sw.) 13. Avenca (Adiantum raddianum C. Presl) 14. Avoadeira (Conyza bonariensis (L.) Cronq.) 15. Avoadeira (Conyza canadensis (L.) Cronq.) 16. Avoadeira (Conyza sumatrensis (Retz.) E. Walker) 17. Azedas (Oxalis pes-caprae L.) 18. Babosa (Aloe vera (L.) Burm. f.) 19. Bálsamo ou Chorão (Carpobrotus edulis (L.) N. E. Br.) 20. Bananilha (Hedychium gardnerianum Sheppard ex Ker Gawl) 21. Bons-dias (Ipomoea indica (Burm. fil.) Merr.) 22. Botão-de-oiro (Cotula australis (Sieber ex Spreg.) Hook. fil.) 23. Brinco-de-princesa (Fuchsia corymbiflora) 24. Brinco-de-princesa (Fuchsia magellanicase) 25. Cana-vieira (Arundo donax L.) 26. Cardo (Cirsium vulgare (Savi) Ten.) 27. Carqueja (Ulex europaeus L.) 28. Carqueja-miúda (Ulex minor Roth) 29. Chagas (Tropaeolum majus L.)

PÁGINA 5 30. Coroas-de-henrique (Agapanthus praecox Willd. subsp. orientalis (F. M. Leight) F. M. Leight) 31. Corriola-de-balões (Cardiospermum grandiflorum Sw.) 32. Corriola-de-seda (Araujia sericifera Brot.) 33. Crassula (Crassula multicava Lem.) 34. Erva-da-fortuna (Tradescantia fluminensis Vell.) 35. Erva-das-abelhas (Salpichroa origanifolia (Lam.) Thell.) 36. Espadana (Phormium tenax J. R. Forst. & G. Forst.) 37. Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.) 38. Falso-plátano (Acer pseudoplatanus) 39. Feto (Cyrtomium falcatum (L. fil.) C. Presl) 40. Feto-arbório (Cyathea cooperi (Hook. ex F. Mueel.) Domin) 41. Feto-faca (Nephrolepis cordifolia (l.) C. Presl) 42. Floricos ou Teresinhas (Erigeron Karvinskianus DC.) 43. Giesta (Cytisus scoparius L. Link) 44. Giesta (Cytisus striatus (Hill) Rothm.) 45. Incenseiro (Pittosporum undulatum Vent.) 46. Inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott) 47. Lantana (Lantana camara L.) 48. Malva (Pelargonium inquinans (L.) L'Hér. ex Ait.) 49. Maracujá-banana (Passiflora molissima (Kunth) L.H. Bailey) 50. Mombrécia (Crocosmia x crocosmiiflora (Lemoine) N. E. Br.) 51. Morango-de-lagartixa (Duchesnea indica (Andr.) Focke) Brinco-de-princesa (Fuchsia magellanicase) Inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott) Maracujá-banana (Passiflora molissima (Kunth) L.H. Bailey)

PÁGINA 6 Novelos (Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.) Carrapateira ou Rícino (Ricinus communis L.) 52. Novelos ou Hortênsia (Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser.) 53. Papoila-da-Califórnia (Eschscholzia californica Champ.) 54. Piteira (Agave americana L.), 55. Rícino ou Carrapateira (Ricinus communis L.) 56. Silvado (Rubus ulmifolius Schott) 57. Soleirolia (Soleirolia soleirolli (Req.) Dandy) 58. Tabaibeira (Opuntia tuna (L.) Mill.) 59. Tabaqueira (Solanum mauritianum Scop.) 60. Tabaqueira-azul ou Nicociana (Nicotiana glauca Graham) 61. Tasmeirinha-de-correr (Delairea odorata Lem.) 62. Tomate (Solanum lycopersicum L. var. lycopersicum) 63. Urze-de-jardim (Leptospermum scoparium J. R. Forst. & G. Forst.) 64. Vinagreira (Phytolacca americana L.) Tabaqueira (Solanum mauritianum Scop.) Silvado (Rubus ulmifolius Schott) Erva-da-fortuna (Tradescantia fluminensis Vell.) Mombrécia (Crocosmia x crocosmiiflora (Lemoine) N. E. Br.)

PÁGINA 7 Assente em trabalhos científicos, os vigilantes da natureza fazem o patrulhamento diário da floresta para, entre outras tarefas, detetarem núcleos de plantas invasoras que depois são erradicados com o apoio de várias entidades, destacando-se os soldados do Exército Português, o Centro de Atividades Ocupacionais do Funchal, jovens de Machico e de Ponta Delgada e algumas Juntas de Freguesia. O combate às plantas invasoras consta da intervenção rápida e eficaz nas zonas menos afetadas dentro da floresta Laurissilva de forma a evitar situações incontroláveis e irreversíveis, recorrendo a meios mecânicos e químicos: arrancam-se rizomas e trepadeiras, cortam-se árvores e faz-se o tratamento químico das touças. Nos espaços resultantes da erradicação das plantas invasoras procede-se à reflorestação com flora indígena. A Fundação Berardo tem disponibilizado plantas autóctones para a reflorestação. Com o apoio da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a maior parte dos materiais vegetais recolhido nos locais de intervenção é utilizado na compostagem e alguns são enterrados ou colocados em mangas. Há avanços significativos na erradicação de núcleos de plantas invasoras no Chão da Ribeira, na Fajã da Nogueira, no Seixal, em Boaventura, na Ribeira da Janela e em S. Vicente, entre outros. Coroas-de-henrique (Agapanthus praecox Willd. subsp. Orientalis, F. M. Leight) Espadana (Phormium tenax J. R. Forst. & G. Forst.) Tabaibeira (Opuntia tuna (L.) Mill.) Chagas (Tropaeolum majus L.)