ANÁLISE DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF): APLICAÇÃO DE UM CHECK-LIST EM DOIS FRIGORÍFICOS NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO-PE.

Documentos relacionados
AVALICAÇÃO DAS CONDICÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIALIZADORES DE VEGETAIS NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DO MUNÍCIPIO DE APUCARANA, PR

APLICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO COMO REQUISITO DE SEGURANÇA ALIMENTAR EM UM SUPERMERCADO, NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA 1

Elaboração de POPs e Manual de Boas Práticas de Fabricação em um supermercado no município de Viçosa 1

Manual de Boas Práticas de Fabricação. Alda Tâmara Nutricionista CRN Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2016

Pilar: Empresa (Rotina)

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA FORNECEDORES DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE PRODUTOS ORIUNDOS DA AGRICULTURA FAMILIAR DE FRANCISCO BELTRÃO - PR

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

Pilar: Empresa (Gestão - Condições físicas) AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) OBS

Como elaborar um MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (1ª PARTE)

Implementação das Boas Práticas de Fabricação

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E POPs. Profª Me. Tatiane da Silva Poló

Palavras chave: boas práticas, contaminação, segurança alimentar, RDC 216

R D C N º A N V I S A

VERIFICAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NOS LATICÍNIOS DO SERTÃO DE ALAGOAS

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL DE PESCADO Produtos Frescos e Congelados

Vigilância Sanitária de Alimentos. Fronteiras - PAF

LEGISLAÇÃO E DOCUMENTOS TÉCNICOS APLICADOS ÀS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA AGROINDÚSTRIAS

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO ARMAZENAMENTO À SECO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS DO SETOR SUPERMERCADISTA DE SANTA MARIA RS

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM PANIFICADORA DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE E MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS. Profa. Simone de Carvalho Balian Depto Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal - VPS?

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E FÍSICO-ESTRUTURAIS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DE UM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA 1

AULAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE QUALIDADE DE ALIMENTOS Estudo de caso dos estabelecimentos de alimentação RESUMO

DIAGNÓSTICO HIGIÊNICO-SANITÁRIO DE PROPRIEDADES LEITEIRAS AVALIADAS NO MUNICÍPIO DE BANANEIRAS-PB

III JORNADA Científica e Tecnológica do OESTE BAIANO. Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 19 a 22 de outubro de 2010, Barreiras Bahia

SEGURANÇA ALIMENTAR PARA OS PEQUENOS NEGÓCIOS

Check-list das Boas Práticas de Fabricação (BPF) de panificadoras do município de Bom Jesus do Itabapoana - RJ

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS - ª REGIÃO. Nutricionista Entrevistado(a) Nome CRN- RT / QT

TREINAMENTO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NO PROCESSAMETO MÍNIMO DE FRUTAS E HORTALIAS. Apresentação: Pôster

Aspectos Legais dos Produtos Artesanais no Estado do Pará

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO DA CIDADE DE DOURADOS-MS

IMPORTÂNCIA E APLICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NAS FÁBRICAS DE RAÇÕES

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM UM RESTAURANTE DE COLETIVIDADE DO INTERIOR DO CEARÁ

Boas Práticas de Higiene no manuseio de Alimentos visando a obtenção de alimentos seguros

Nutricionista Entrevistado(a) Estatutário [ ] Celetista [ ] Contratado [ ] Concursado Celetista [ ] Outro [ ] CRN-

Passos na Investigação de Surtos em Alimentos: Uma Nova Prática?

Check-list das Boas Práticas de Fabricação (BPF) de panificadoras do município de Bom Jesus do Itabapoana - RJ

PAC. Programas de Autocontrole

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM UM RESTAURANTE A KG E SELF SERVICE EM CUIABÁ- MT

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) EM ESTABELECIMENTOS PRODUTORES DE MEL

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS NA CADEIA PRODUTIVA DE ÁGUAS ENVASADAS

Nutricionista Entrevistado(a) CRN- RT / QT. Sim [ ] Não [ ] Nome: Cargo: Nutricionista? Sim [ ] Não[ ] NA [ ] Sim [ ] Não [ ] Local: Local

APLICAÇÃO DO CHECK LIST DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NAS PANIFICADORAS DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ-AP

AVALIAÇÃO DE RÓTULOS DE DIFERENTES MARCAS DE LEITE EM PÓ INTEGRAL COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE GARANHUNS - PE. Apresentação: Pôster

SERVIÇO DE INSPEÇÃO DO PARANÁ/PRODUTOS DE. Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal - GIPOA

1 OBJETIVO 2 APLICAÇÃO 3 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 5 TERMINOLOGIA 6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE INSPEÇÃO

RESOLUÇÃO N 10, DE 22 DE MAIO DE 2003

Serviço de Inspeção Federal em Santa Catarina

Roteiro de inspeção interna - Bares e Lanchonetes

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE RESTAURANTES COMERCIAIS DA CIDADE DE ROLIM DE MOURA RO.

3/5/2010. Prof. Jean Berg / UFERSA 9. Prof. Jean Berg 12 / UFERSA. IPOA/Veterinária. IPOA/Veterinária. IPOA/Veterinária.

23/04/2014. Legislação Nacional e Internacional

Industria Legal e Segurança Alimentar. DIVISA Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia

ELABORAÇÃO PRELIMINAR DE UM MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS PARA AS CANTINAS DE ALIMENTAÇÃO DO CAMPUS I DA UFPB

Doutoranda: Carolina de Gouveia Mendes

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Nutrição INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

Palavras-chave: Alimentos seguros; PPHO; BPF. Categoria/área de pesquisa: Nível superior; Área de Ciências Agrárias.

CHECK LIST DE VERIFICAÇÃO DAS GRANJAS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DA SAÚDE AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

IT INSTRUÇÃO DE TRABALHO COMBATE A FRAUDES DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL. Data de Vigência: 01/08/2016. Carla Fernanda Sandri Rafael Dal RI Segatto

1 OBJETIVO 2 APLICAÇÃO 3 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 5 TERMINOLOGIA 6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE INSPEÇÃO

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 3 de 25/01/2015. Acesse a publicação na íntegra

Eliane Maria Ferrarezzo Márcia Valéria Massa Cavaletto Rafael Cérgoli Roberto Melle P. Junior INSTALAÇÕES CIVIS PARA COZINHAS INDUSTRIAIS

6) Desenvolvimento das etapas para elaboração e implantação do plano de APPCC

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO, LOCALIZADOS NA REGIÃO DO MEIO-OESTE CATARINENSE.

NUTRIÇÃO E HOTELARIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O CUMPRIMENTO DE BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HOTELEIRAS

AVALIAÇÕES DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE RESTAURANTES UNIVERSITÁRIOS DA CIDADE DE PETROLINA-PE

Anais do V Simpósio de Engenharia de Produção - SIMEP ISSN:

IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DO ESTABELECIMENTO IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO. Resultados

Avaliação da aplicação das boas práticas de fabricação em uma unidade de alimentação e nutrição hospitalar

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) EM UMA INDÚSTRIA DE ÁGUA MINERAL. Apresentação: Comunicação Oral. Júlio César Pinheiro Santos 1

A - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

A evolução da RDC 47/2013

revoga: Portaria nº 379, de 26 de abril de 1999 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 266, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

O PAPEL DA ANVISA NA ALIMENTOS NO BRASIL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO CAMPUS CUIABÁ - BELA VISTA DEPARTAMENTO DE ENSINO ALINE CARREIRA RODRIGUES

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá

Ana Lúcia de Freitas Saccol, Lize Stangarlin, Luisa Helena Hecktheuer, Neila Richards

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS EM CANTINA UNIVERSITÁRIA 1 EVALUATION OF GOOD PRACTICES AT THE UNIVERSITY CANTEEN

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL DE PESCADO

ROTEIRO DE VISITA NAS ESCOLAS CAE DO MUNICÍPIO DE

EVOLUÇÃO DO PROGRAMA OVOS RS

Boas Práticas em food trucks: uma parceria que deu certo. Profa. Dra. Lize Stangarlin-Fiori

ANÁLISE DE CHECK-LIST APLICADO EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE HOSPITAIS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB

Manual de Ambiente Refrigerado Boas práticas para conservação de alimentos

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS EM LANCHONETE UNIVERSITÁRIA, CUIABÁ - MT

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS ESCOLA DE NUTRIÇÃO

BASES CIENTÍFICAS NA TOMADA DE DECISÃO

- PROGRAMA - PPHO- Procedimento Padrão de Higiene. Operacional. 1º Módulo.

Roteiro de Inspeção para Indústrias Conforme Resolução RDC nº 275/2002

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS EM RESTAURANTES DO MUNICÍPIO DE MIRANORTE - TO GOOD PRATICES EVALUATION IN RESTAURANTS OF THE MIRANORTE CITY - TO

SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL (SIM)

Ambiência: Localização e Área Física

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

Aplicação das Boas Práticas de Fabricação em Panificadora Curraisnovense - Rio Grande do Norte

Relatório de Atividades

Padaria - elaboração de massas de pães salgados e doces, pães congelados atendendo à legislação vigente DANIELE LEAL

AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE SORVETES DE NITERÓI-RJ, BRASIL

Transcrição:

ANÁLISE DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF): APLICAÇÃO DE UM CHECK-LIST EM DOIS FRIGORÍFICOS NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO-PE. Apresentação: Pôster Gabriela Araujo de Oliveira Maia 1 ; Clemilson Elpidio da Silva 2 ; Djalma Vitorino Costa 1. INTRODUÇÃO filho 2 ; Iolanda Severo de Lima 4 ; Luciana Façanha Marque 5. As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são um conjunto de normas empregadas em produtos, processos, serviços e edificações, visando a promoção e a certificação da qualidade e da segurança do alimento. No Brasil, as BPF são legalmente regidas pelas Portarias 1428/93-MS [5] e 326/97- SVS/MS [7]. A qualidade da matéria-prima, a arquitetura dos equipamentos e das instalações, as condições higiênicas do ambiente de trabalho, as técnicas de manipulação dos alimentos, a saúde dos funcionários são fatores importantes a serem considerados na produção de alimentos seguros e de qualidade, devendo, portanto, serem considerados nas BPF. A demanda da produção de alimentos de origem animal tem aumentado proporcionalmente com o escoamento dos produtos dos mercados consumidores. Para que estes produtos cheguem ao 1 Tecnologia em alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus salgueiro, gabryella_maia@hotmail.com 2 Tecnologia em alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus salgueiro. clemilsonelpidio@gmail.com 3 Tecnologia em alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus salgueiro. Djalma.viturino@vitoria.ifpe.edu.br 4 Tecnologia em alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus salgueiro. Iolanda.sl@hotmail.com 5 Profa. Dra. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus salgueiro. marques.luciana@gmail.com

consumidor final com suas características físicas, químicas e microbiológicas dentro dos padrões higiênico-sanitários, é primordial a utilização da cadeia de frio que compreende desde a produção, estocagem, o transporte e a distribuição dos alimentos (BERNARDES, 2010) Entre os objetivos da Gestão da qualidade se destacam o desenvolvimento dos colaboradores a autodisciplina e sua participação na busca por melhorias no sistema produtivo, com enfoque na qualidade dos alimentos (OPRIME; MENDES; PIMENTA, 2011). 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação ABIA (2015), as vendas da indústria para o setor avançaram 12,4% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2014 ano em que o segmento registrou alta de 13,6% e faturou R$132,5 bilhões. Para a Associação Brasileira de Empresas de Refeições Coletivas ABERC (2015), a estimativa do número de refeições a serem servidas para o ano de 2015, é 12,6 milhões de refeições/dia. A necessidade de estabelecer critérios e práticas norteando a qualidade nos serviços de alimentação, fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, estabelecer no ano de 2002 e 2004, respectivamente, a Resolução de Diretoria Colegiada nº 275 de 21 de outubro de 2002, que dispõe o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos (BRASIL, 2002) e a Resolução de Diretoria Colegiada nº 216 de 15 de setembro de 2004, que dispõe o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação (BRASIL, 2004). 3. METODOLOGIA Trata-se de um método de pesquisa Qualitativa, Quantitativa com avaliação experimental descritiva. Para a realização da coleta de dados e, posteriormente, para o diagnóstico, foi utilizada a técnica de pesquisa de estudo de campo caracterizado pela formulação da maioria das perguntas previstas e elaboradas antecipadamente. Para a sua execução foi realizada a aplicação de uma lista de verificação (check-list) adaptado a partir da Lista de Verificação de Boas Práticas de Fabricação em estabelecimentos Produtores/ Industrializados de alimentos da RDC nº 275, de 21 de Outubro de 2002 da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (BRASIL, 2002) para os setores pesquisados. Foram observados os itens: Edificação e Instalações; Equipamentos, móveis e utensílios, Manipuladores; Produção e Transporte de Alimentos e documentação. 3.1 Edificação e Instalações Verificou-se a área externa, acesso, área interna, piso, teto, paredes e divisórias, portas e janelas, instalações sanitárias para funcionários e visitantes, lavatórios, iluminação e rede elétrica, ventilação, climatização e higienização, controle integrado de pragas, abastecimento de água, manejo de resíduos, esgotamento sanitário e leiaute. 3.2 Equipamentos, móveis e utensílios Verificou-se equipamentos da linha de produção bem como seu estado de conservação, contato da superfície com o alimento e o estado de conservação e funcionamento. 3.2 Manipuladores Observou-se vestiários, hábitos higiênicos, estado de saúde, programa de controle de saúde, uso de EPI s, programas de capacitação e supervisão. 3.4 Produção e Transporte do Alimento Foram avaliados matéria-prima, ingredientes e embalagens, fluxo de produção, rotulagem e armazenamento, controle de qualidade e transporte do produto final. 3.5 Documentação Analisou-se manual de boas práticas, procedimento operacional padronizado e programas de auto controle. 4. Resultados E Discussões Dos 163 itens avaliados, como pode-se observar no Gráfico 1, constatou-se 82% de SIM, 10% de NÃO e 19% de NÃO SE APLICA. De acordo com os resultados expostos o frigorífico de

Suínos, fica classificado o Grupo II, pois apresenta 82% de itens em conformidade, no Gráfico 2, constatou-se 76% SIM, 20% NÃO e 4% de NÃO SE APLICA. Conforme o Gráfico II os resultados do frigorífico de bovinos está classificado também no Grupo II, pois apresenta 76% de conformidade. Esses fatos podem ser considerados razoáveis, pois precisam de poucas adequações. 120% 120% 82% 80% 80% 60% 60% 40% 40% 20% 10% 8% 20% 0% 0% 76% 20% 4% Gráfico 1: Resultado geral do check list, aplicado em frigorífico de suínos. Gráfico 2: Resultado geral do check list, aplicado em frigorífico de bovinos O check list aplicado foi formado de diversos questionamentos, divididos em 5 eixos. Onde cada eixo era composto de três possibilidades de resposta: SIM, NÂO OU NÂO SE APLICA. Os resultados dos itens avaliados, por eixo, da lista de verificação, estão apresentados na tabela 1 e 2. Tabela 1: Check list para avaliação em frigorífico de suínos EIXO ITENS SIM % NÃO % NA % Edificações e Instalações 78 62 79% 13 16% 4 5% Equipamentos, Móveis e 21 21 0 0 Utensílios Manipuladores 13 9 69% 3 23% 1 8% Produtos e transporte do 33 23 70% 0 10 30% alimento Documentação 18 18 0 0 Tabela 2: Check list para avaliação de frigorífico de bovinos EIXO ITENS SIM % NÃO % NA % Edificações e Instalações 78 53 68% 21 27% 4 5%

Equipamentos, Móveis e Utensílios 2 1 18 90% 2 10% 0 Manipuladores 13 11 78% 3 22% 0 Produtos e transporte do 33 29 87% 1 3% 3 10% alimento Documentação 18 12 67% 6 33% 0 Com estes resultados o estabelecimento encontra-se no grupo II, seguindo a tabela da resolução RDC 275\2002 da ANVISA. Diante destes resultados foi proposto um plano de ação visando mudanças e melhorias. 5. Conclusões Após a realização do diagnóstico nos frigorífico, foi possível constatar que as empresas classificam-se no grupo II. Neste sentido, ainda há espaço de melhorias através de uma fiscalização mais rígida, pois se observa falta de comprometimento ou falta de conhecimento nos requisitos higiênico sanitários e qualidade. 6. Referências Bibliográficas ANVISA - Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC N º 275, de 21 de outubro de 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO ABIA ABIA debateu sobre tendências e inovação no 8º Congresso Internacional de Food Service, 2015. Disponível em: http://www.abia.org.br/vs/vs_conteudo.aspx?id=298. Acesso em: 29 de outubro de 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC n. 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/. Acesso em: 07 de novembro de 2015. BRASIL. Circular N. 176 de 16 de maio de 2005. Modificação das Instruções para a verificação do PPHO, encaminhados pela Circular Nº 201/97 DCI/DIPOA e aplicação dos procedimentos de verificação dos Elementos de Inspeção previstos na Circular Nº 175/2005 CGPE/DIPOA. OPRIME, P,C. MENDES, G.H.S.; PIMENTA, M.L. Fatores Críticos para a Melhoria Contínua em Abatedouros Brasileiras. Produção, v.21, n,1, p 1-13, jan/mar 2011.

SILVA, A. V.; SILVA, K. R. A.; BESERRA, M. L. S. Conhecimentos do controle higiênico-sanitário na manipulação de alimentos em domicílios: revisão bibliográfica. Nutri Gerais. v. 6, n. 10. p. 918-932 fev./jul. 2012.