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Transcrição:

BuscaLegis.ccj.ufsc.br Direitos básicos do Consumidor Tatiana Leite Guerra Dominoni* 1. Arcabouço protetivo mínimo de direitos consumeristas. O Direito das Relações de Consumo cria um feixe de direitos elementares voltados ao equilíbrio da relação consumerista. Não se deve entender como um rol taxativo dos direitos consumeristas, mas como um arcabouço mínimo voltados ao consumidor, como forma de reconhecimento acerca do princípio da vulnerabilidade. 2. O CDC. Disciplinamento: CDC, arts. 6º e 7º - Dos Direitos Básicos do Consumidor 3. Direitos básicos. São direitos básicos do consumidor: a) Proteção a vida, saúde e segurança ;

Art. 6º, I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; O consumo carrega um risco intrínseco a sua própria natureza. Haverá uma variabilidade do risco que cada produto e serviço acarretam no momento de seu consumo. No entanto, existem produtos que são perigosos para as pessoas. Razão pela qual, o risco de consumo deve ser posto de forma clara às pessoas, a fim de preservar a sua integridade física. Ex.: Postos de gasolina que são obrigados a colocar em local visível informação sobre a nocividade e periculosidade dos produtos ali comercializados (Portaria nº 116, de 05/07/2000, da ANP). b) Direito a educação consumerista (Art. 6º, II): A harmonização das relações de consumo passa necessariamente por uma educação consumerista. Consumidores e fornecedores devem ser educados, para que saibam como exercer os seus direitos e cumprir suas obrigações. Deve-se empreender um trabalho de educação desde a escola (com crianças e adolescentes). Enxergamos a questão da educação consumerista como prisma da própria cidadania. c) Direito a liberdade de escolha (Art. 6º, II): A decisão do pacto de consumo cabe ao consumidor. E esta deve ser realizada livremente sem qualquer interferência de quem quer que seja, ademais deve haver o fomento de oferta para a multiplicação de opções de contratação.

d) Direito a informação adequada e clara (Art. 6º, III): A informação é fundamental na relação de consumo como forma de efetividade do princípio da transparência. Deve haver uma amplitude de dados sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; e) Direito a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva (Art. 6º, IV): Este direito deriva do anterior, e também corresponde a busca da efetivação de uam relação de consumo transparente. O consumidor deverá ser informado pelo fornecedor, de forma correta e verdadeira, sobre tudo que diga respeito a determinado produto ou serviço. É proibido a publicidade (propaganda) abusiva (erro de modo) e enganosa (falta de veracidade, inexatidão); f) Direito a proteção contra métodos comerciais coercitivos ou desleais (Art. 6º, IV): No universo dos métodos comerciais coercitivos ou desleais estão tanto os contra consumidores, como os contra concorrentes. Os primeiros causam dano direto aos consumidores. Os últimos causa dano indireto, uma vez que o foco direto é o concorrente. O Direito das relações de consumo se aproxima neste último ponto do direito concorrencial. Práticas Abusivas:

- VENDA CASADA: não se pode expor à venda produto ou serviço, cuja negociação dependa da compra de outro produto ou serviço (art. 39, I, CDC). - LIMITE DE VENDA: é proibido ao fornecedor limitar a quantidade do produto ou serviço a ser adquirido (art. 39, I, CDC). - RECUSA DE FORNECIMENTO: não pode o fornecedor recusar a venda do produto (se tiver em estoque) ou a prestação de serviço (ao qual esteja habilitado). Ex. um taxista não pode negar o fornecimento do serviço ao tomar conhecimento da pequena distância da corrida (art. 39, II, CDC). - FORNECIMENTO NÃO SOLICITADO: o produto ou serviço só poderá ser fornecido, havendo solicitação prévia. Não sendo cumprida esta regra, deve-se aplicar a regra prevista no Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, segundo a qual, em caso de fornecimento de produto ou serviço sem que haja prévia solicitação do consumidor, deve considerar como amostra grátis (ver art. 39, único, CDC). Significa que o consumidor não terá qualquer obrigação quanto ao pagamento. - EXECUÇÃO DE SERVIÇO SEM PRÉVIA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO E AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO CONSUMIDOR: para que haja a prestação do serviço, deve ser apresentado previamente o orçamento ao consumidor pelo fornecedor. Somente após a autorização expressa do consumidor, é que o fornecedor estará legitimado a realizar o serviço. Se este procedimento não for cumprido, o serviço realizado pelo fornecedor pode ser entendido como amostra grátis (ver art. 39, único do CDC). - DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS SOBRE O CONSUMIDOR: nenhum fornecedor pode divulgar informação negativa (depreciativa) relativa ao consumidor, quanto a ato relativo ao exercício do seu direito. Quando se trata de ato praticado pelo consumidor que extrapola o exercício dos seus direitos, neste caso poderá o fornecedor repassar as informações.

- ELEVAÇÃO DE PREÇO SEM JUSTA CAUSA: ainda que não haja tabelamento de preços, não pode o fornecedor de produtos e serviços elevar os preços, sem que haja uma explicação justa para tal. - INEXISTÊNCIA DE PRAZO PARA O FORNECEDOR: em todo contrato de consumo, o prazo para o cumprimento da obrigação pelo fornecedor do produto ou serviço deve ser expresso claramente. g) Direito a proteção contratual (Art. 6º, V): PROTEÇÃO CONTRATUAL o direito do consumidor possui normas de ordem pública e interesse social, tendo força cogente. Mesmo assinando um contrato de livre escolha que contenha obrigações abusivas o consumidor deverá ser protegido. REVISÃO CONTRATUAL: art. 6º, V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; ONEROSIDADE EXCESSIVA; DIREITO A IGUALDADE NAS CONTRATAÇÕES (Art. 6º, II); Cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços (Art. 6º, IV);

h) Direito a efetiva recomposição de danos (Art. 6º, VI): Art. 6º, VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; - É a reparação financeira por danos materiais e morais causados por produtos ou serviços. Qualquer dano (material ou moral) ocorrido, ou que teve possibilidade de ocorrer, atingindo fisicamente e/ou psicologicamente o consumidor, este poderá promover uma ação, a fim de receber uma indenização. VII): i) Direito de acesso ao órgãos estatais de defesa dos interesses consumeristas (Art. 6º, Art. 6º, VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; j) Direito de falicitação da defesa dos direitos consumeristas (Art. 6º, VIII): INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

há casos em que o consumidor, ao ingressar com uma ação judicial, não precisará provar os fatos que alegar, desde as suas circunstâncias demonstrem que o dano tenha ocorrido em condições normais de uso do produto. k) Direito a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral (Art. 6º, X). À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS os serviços públicos devem ser prestados de forma adequada e eficaz. Isso quer dizer que os serviços de transporte coletivo, luz, energia e telefonia, ainda que fornecidos por particulares, há uma concessão do poder público para tal. Por isso devem ser eficazes e adequados. Desta forma, se uma empresa de ônibus, por exemplo, tem os seus veículos em precárias condições, o consumidor pode reclamar ao Ministério Público. 4. Da amplitude do rol de direitos descritos no art. 6º do CDC. CDC - Art. 7 Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. 5. Outros direitos. - Acesso ao consumo:

RECUSA DE FORNECIMENTO: não pode o fornecedor recusar a venda do produto (se tiver em estoque) ou a prestação de serviço (ao qual esteja habilitado). Ex. um taxista não pode negar o fornecimento do serviço ao tomar conhecimento da pequena distância da corrida (art. 39, II, CDC). - A SER OUVIDO - Os interesses dos consumidores devem ser levados em conta pelos governos no planejamento e execução das políticas econômicas; - A UM MEIO AMBIENTE SAUDÁVEL - Defesa contra produtos ou serviços que ameaçem o equilíbrio ecológico, a fim de melhorá-lo agora e preservá-lo para o futuro; - À REFLEXÃO todo contrato de venda de produto ou serviço deve ser apresentado antes da realização do negócio, para que a pessoa possa refletir sobre os seus direitos e deveres. Assim, o negócio realizado por telefone,venda a domicílio, o consumidor tem um prazo de sete dias para desistir da compra efetivada; *Estudante do 10º período de direito tatianadominoni@hotmail.com Disponível em: < http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=693&idareasel=3&seeart=ye s >. Acesso em: 25 set. 2007.