Competição de cultivares de alface em Jataí-GO Pedro Vitor Schumacher 1 ; José Hortêncio Mota 1 ; Jony Eishi Yuri 2 ; Geraldo Milanez de Resende 2 1

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TÍTULO: INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS E DE BANDEJAS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE.

Transcrição:

Competição de cultivares de alface em Jataí-GO Pedro Vitor Schumacher 1 ; José Hortêncio Mota 1 ; Jony Eishi Yuri 2 ; Geraldo Milanez de Resende 2 1 UFG-Campus Jataí. Cx Postal 3, 75801-615 Jataí - GO, pedro_schumacher@hotmail.com; 2 hortenciomota@terra.com.br. Embrapa Semiárido, Cx Postal 23, 56302-970 Petrolina - PE, jony.yuri@cpatsa.embrapa.br; gmilanez@cpatsa.embrapa.br RESUMO A alface é a hortaliça folhosa mais consumida no Brasil, sendo uma cultura tipicamente de regiões de inverno e sensível às condições de verão com elevada temperatura e precipitação. Com o objetivo de identificar cultivares de alfaces mais produtivas em Jataí-GO, instalou-se um experimento no período de abril a maio de 2011. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso compreendendo seis cultivares (Elisa, Lavínia, Sophia, Vanda, Veneranda e Vera) e quatro repetições. Foram avaliadas as características: massa fresca e seca, altura e diâmetro de planta. As características massa fresca, massa seca e altura apresentaram efeito significativo entre os tratamentos. A massa fresca por planta variou de 187,87 a 297,05 g planta -1 sendo que o maior rendimento foi apresentado pela cultivar Veneranda, seguido das cultivares Sophia e Lavínia. Para massa seca as cultivares Sophia, Veneranda e Lavínia apresentaram os maiores rendimentos com 23,24, 23,22 e 19,36 g planta -1, respectivamente. Em relação à altura de plantas, a cultivar Sophia foi a que apresentou o melhor desempenho com 28,39 cm de altura. Verificou-se que as cultivares Veneranda, Lavínia e Sophia foram as que melhor se adaptaram a região de Jataí-GO. PALAVRAS-CHAVE: Lactuca sativa L., produtividade, massa fresca de planta. ABSTRACT Lettuce cultivars competition in Jataí, Goiás State, Brazil. The lettuce is the leafy crop more consumed in Brazil, being a culture typically of regions of winter and sensitive to the conditions of spring with high temperature and precipitation. This study was developed in the period April to May 2011, with the objective of identifying lettuce cultivars more productive in Jataí-GO. The experimental design was a randomized complete block with six cultivars (Elisa, Lavínia, Sophia, Vanda, Veneranda and Vera) and four repetitions. The characteristics: fresh and dry masses, height and diameter of plant were evaluated. The fresh and dry masses and height showed significant effect between treatments. The fresh mass per plant ranged from 187.87 to 297.05 g plant -1. The highest yield was presented by Veneranda, Sophia and Lavínia cultivars. For dry mass Veneranda, Sophia and Lavínia cultivars had the highest yields with 23.24, 23.22 and 19.36 g plant -1, respectively. The cultivars Veneranda, Lavínia and Sophia were those that better adapted to the region of Jataí-GO Keywords: Lactuca sativa L., productivity, fresh mass of plant A alface (Lactuca sativa L.) é uma planta originária da Ásia que foi introduzida no Brasil pelos portugueses no século XVI, sendo a hortaliça folhosa de maior consumo no Brasil (CEAGESP, 2012). No ano de 2006, a produção brasileira de alface foi 525.602 Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 2727

t, cujo valor da produção foi estimado em R$ 440.055.000,00 (IBGE, 2006). Na comercialização da alface o grupo crespa constitui 70% do mercado, sendo que o grupo americana e lisa detêm 15% e 10%, respectivamente, enquanto outras (vermelha, mimosa, romana) correspondem a 5% do mercado (Sala & Costa, 2005). Esta cultura tem grande importância para os paulistanos, o qual consome quase dois quilos de alface por ano e 40% dos seus gastos totais com hortaliças, são destinados à compra da alface (CEAGESP, 2012). Quanto aos seus valores nutricionais, a alface apresenta elevados teores de vitaminas e sais minerais, além de baixo teor de caloria (Katayama, 1993), sendo que na medicina popular seu consumo está associado a efeitos calmantes (CEAGESP, 2012). A alface é uma planta com elevado teor de fibras vegetais, sendo assim seu consumo é recomendado para as pessoas que querem fazer regime alimentar, atentando que seu consumo em excesso pode provocar leve diarreia. Por tratar-se de uma hortaliça de inverno, o cultivo da alface no período de verão favorece a incidência de doenças e a ocorrência de desequilíbrios nutricionais. Assim um dos desafios da cultura está em selecionar cultivares que apresentem elevada produtividade, com qualidade comercial, baixa suscetibilidade ao pendoamento precoce e tolerância à queima dos bordos das folhas internas, uma desordem fisiológica provocada pela deficiência de cálcio (Yuri et al., 2004). A avaliação de cultivares de alface é uma ferramenta importante para a recomendação desta cultura nos diferentes locais, uma vez que diferentes materiais podem responder de maneira diferencial, alcançando melhores índices de produtividade em um ensaio comparativo. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento produtivo de seis cultivares de alface condições de Jataí-GO. MATERIAL DE MÉTODOS O experimento foi conduzido durante os meses de abril a maio de 2011 na área experimental do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás, localizado a 17º53 S e 52º43 W, e 670 m de altitude, no município de Jataí. O município está situado na microrregião do sudoeste Goiano, com temperatura média anual de 22 ºC e precipitação média anual variando de 1.650 a 1.800 mm. O solo da área do experimento é um Latossolo Roxo distrófico, textura arenosa (Mariano & Scopel, 2001). A análise do solo Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 2728

onde foi instalado o experimento apresentou as seguintes características químicas: ph = 5,1 em CaCl 2 ; P = 8,4 mg dm -3 ; K = 93 mg dm -3 ; Ca 2+ = 2,5 cmolc dm -3 ; Mg 2+ = 0,7 cmolc dm -3 ; Al 3+ = 0,07 cmolc dm -3 ; H + Al = 5,2 cmolc dm -3 e MO = 35 g dm -3 ; areia 405 g dm -3 ; silte 75 g dm -3 ; e argila de 520 g dm -3. Como adubação de base, em cada parcela, foi utilizado 195 g de NPK 4-14-8 e 1,13 kg de esterco de gado. As características do esterco de gado utilizado foram: N=(%) 1,77; P 2 O 5 (%) 0,85; K 2 O=(%) 1,21; carbono orgânico(%) 30,75. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso compreendendo seis cultivares: Elisa (grupo solta lisa), Lavínia (grupo mimosa), Sophia (grupo romana), Vanda (grupo solta crespa), Veneranda (grupo solta crespa) e Vera (grupo solta crespa). Foram utilizadas quatro repetições. As parcelas constaram de uma fileira de 1,5 m de comprimento com 24 plantas por parcela, utilizando o espaçamento de 30 cm entre plantas e 30 cm entre fileiras. As cultivares foram semeadas em bandeja de poliestireno de 200 células preenchidas com substrato comercial Bioplant. Na instalação do experimento o solo foi arado, gradeado e, em seguida, convencionado os canteiros, sendo que durante o desenvolvimento da cultura não foi necessário aplicar produtos fitossanitários. Foram colhidas as 6 plantas centrais de cada parcela, sendo que o restante da parcela foi considerada como bordadura, as plantas colhidas foram avaliadas quanto: massa fresca e seca (g planta -1 ), altura (cm) e diâmetro (cm). Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico SISVAR (Ferreira, 2008). RESULTADOS E DISCUSSÃO Houve diferença estatística para as características massa fresca e seca e altura de planta (Tabela 1). A massa fresca por planta variou de 187,87 a 297,05 g planta -1 (Tabela 1), sendo que o maior rendimento foi obtido pela cultivar Veneranda (297,05 g planta -1 ), seguido das cultivares Sophia (256,08 g planta -1 ) e Lavínia (251,33 g planta -1 ). A avaliação de 14 cultivares de alface do grupo crespa em Cárceres-MT obteve produção de massa fresca de 58; 58,47 e 66,7 g planta -1 para as cultivares Vera, Veneranda e Vanda, respectivamente (Santos et al., 2009). O desempenho de cultivares Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 2729

de alface tipo crespa sob diferentes telas de sombreamento no período de inverno em Cáceres- MT, foi de 303,5 e 320,1 g planta -1 de massa fresca, para as cultivares Vera e Veneranda, respectivamente (Seabra Júnior et al., 2010). Verifica-se que a massa fresca comercial da alface, associado ao seu valor de comercialização, estão entre os principais parâmetros que influem na escolha desta hortaliça pelo consumidor, assim sendo as cultivares que apresentarem maior massa fresca são as preferidas pelo consumidor. Para massa seca, as cultivares Sophia e Veneranda apresentaram as maiores médias com 23,24 e 23,22 g planta -1 respectivamente, se diferindo estatisticamente apenas das cultivares Elisa Vanda e Vera. No que se refere à altura de plantas, a cultivar Sophia foi a que apresentou o melhor desempenho com 28,39 cm de altura. Não houve diferença entre diâmetro de plantas, ou seja, todas as cultivares apresentaram boa cobertura do solo, o que é desejável uma vez que a maior cobertura do solo propicia a manutenção da umidade do solo, evitando o crescimento de plantas daninhas. Em função dos resultados obtidos neste estudo, pode-se concluir que as cultivares Lavínia, Sophia, e Veneranda foram as que melhor se adaptaram a região de Jataí-GO. REFERÊNCIAS CEAGESP. 2012. Disponível em: http://www.ceagesp.gov.br/produtos/produtos/alface. Acesso em: 16 abr. 2012. FERREIRA DF. 2008. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium 6: 36-41. IBGE. 2006. Censo agropecuário - 1996. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=818&z=p&o=2&i=p<. Acesso em: 5 abr. 2012. KATAYAMA M. 1993. Nutrição e adubação de alface, chicória e almeirão. In: SIMPÓSIO SOBRE NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE HORTALIÇAS. Anais... Piracicaba: POTAFOS. p. 141-148. MARIANO ZF; SCOPEL I. 2001. Períodos de deficiências e excedentes hídricos na região de Jataí-GO. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROMETEOROLOGIA, 12. Anais... Fortaleza: SBA. p. 333-34. MEIRELLES JCS. 1998. Classificação de alface. São Paulo: Horti & Fruti. (Folders). Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 2730

PEREIRA AJ; BLANK AF; ALVARENGA MAR; SOUZA RJ. 2002. Aplicação de fontes e doses de cálcio na produção e qualidade de frutos de melão. Horticultura Brasileira, 20: 428-431. SALA FC; COSTA CP. 2005. 'Piraroxa': Cultivar de alface crespa de cor vermelha intensa. Horticultura Brasileira 23: 158-159. SANTOS CL; SEABRA JÚNIOR S; GADUM DE LALLA, J.; THEODORO, VCA; NESPOLI, A. 2009. Desempenho de cultivares de alface tipo crespa sob altas temperaturas. Horticultura Brasileira 27: S3157-S3162. SEABRA JÚNIOR S; SOUZA SBS; NEVES LG.; THEODORO VCA; NUNES MCM; NASCIMENTO AS; RAMPAZZO R; LUZ AO; LEÃO LL. 2010. Desempenho de cultivares de alface tipo crespa sob diferentes telas de sombreamento no período de inverno. Horticultura Brasileira 28: S252-S259. YURI JE; MOTA JH; RESENDE GM; SOUZA RJ; RODRIGUES JÚNIOR JC. 2004. Desempenho de cultivares de alface tipo americana em cultivo de outono no sul de Minas Gerais. Ciência e Agrotecnologia 28: 282-28 Tabela 1. Massa fresca, massa seca, altura e diâmetro de cultivares de alface. [Fresh and dry mass, height and diameter of lettuce cultivars] Jataí-GO, 2011. Cultivares Características avaliadas* MF (g planta - ¹) MS (g planta - ¹) Altura (cm) Diâmetro (cm) Elisa 187,87b 16,42b 15,17d 29,27a Lavínia 251,33ab 19,36ab 17,24bc 33,11a Sophia 256,08ab 23,24a 28,39a 34,21a Vanda 196,50b 16,70b 15,13d 30,46a Veneranda 297,05a 23,22a 17,50b 31,92a Vera 201,36b 17,50b 15,32cd 28,92a C.V. (%) 13,17 10,89 4,63 8,05 * Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si na coluna, a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 2731