ENERGIA HIDROELÉCTRICA. António Gonçalves Henriques 1

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Transcrição:

ENERGIA HÍDRICA ANTÓNIO GONÇALVES HENRIQUES António Gonçalves Henriques 1

DIAGRAMA DE CARGAS António Gonçalves Henriques 2

DIAGRAMA DE CARGAS António Gonçalves Henriques 3

APROVEITAMENTOS HIDRO-ELÉCTRICOS EM PORTUGAL 35 médios e grandes aproveitamentos hidroeléctricos (> 10 MW), com potência instalada de cerca de 4400 MW e produção anual média de 11 TWh. 115 pequenos aproveitamentos hidroeléctricos (<= 10 MW), com potência global de cerca de 340 MW. A potência instalada em centrais hidroeléctricas corresponde a cerca de 40% do total da potência instalada no sistema electroprodutor no final de 2004. Em média, nos últimos 10 anos (1995-04), as centrais hidroeléctricas foram responsáveis pela satisfação de cerca de 30% do consumo anual de electricidade. António Gonçalves Henriques 4

CASTELO DO BODE Início de exploração: 1951 Capacidade total: 1095 hm 3 Capacidade útil: 900 hm 3 3 Grupos Francis Potência total Instalada: 139 MW Energia produzida em ano médio: 390 GWh António Gonçalves Henriques 5

ALTO RABAGÃO Início de exploração: 1964 Capacidade total: 569 hm 3 Capacidade útil: 558 hm 3 2 Grupos reversíveis Turbo-Francis Potência total Instalada: 68 MW Energia produzida em ano médio: 97 GWh António Gonçalves Henriques 6

ALTO RABAGÃO (deriv ALTO CÁVADO) Início de exploração: 1964 Capacidade total: 3,3 hm 3 Capacidade útil: 2 hm 3 António Gonçalves Henriques 7

AGUIEIRA Início de exploração: 1981 Capacidade total: 423 hm 3 Capacidade útil: 304 hm 3 2 Grupos reversíveis Turbo-Francis Potência total Instalada: 270 MW Energia produzida em ano médio: 210 GWh António Gonçalves Henriques 8

AGUIEIRA (derivação FRONHAS) Início de exploração: 1985 Capacidade total: 62,1 hm 3 Capacidade útil: 42,5 hm 3 António Gonçalves Henriques 9

AGUIEIRA (contraembalse RAIVA) Início de exploração: 1981 Capacidade total: 24,1 hm 3 Capacidade útil: 14,7 hm 3 António Gonçalves Henriques 10

ALTO LINDOSO Início de exploração: 1992 Capacidade total: 379 hm 3 Capacidade útil: 348 hm 3 2 Grupos reversíveis Turbo-Francis Potência total Instalada: 630 MW Energia produzida em ano médio: 948 GWh António Gonçalves Henriques 11

ALQUEVA Início de exploração: 2003 Capacidade total: 4150 hm 3 Capacidade útil: 3150 hm 3 3 Grupos reversíveis Turbo/Francis Potência total Instalada: 240 MW Energia produzida em ano médio: 269 GWh António Gonçalves Henriques 12

POCINHO Início de exploração: 1982 Capacidade total: 83 hm 3 Capacidade útil: 12 hm 3 3 Grupos Kaplan Potência total Instalada: 186 MW Energia produzida em ano médio: 534 GWh António Gonçalves Henriques 13

FRATEL Início de exploração: 1973 Capacidade total: 92 hm 3 Capacidade útil: 21 hm 3 2 Grupos Francis Potência total Instalada: 130 MW Energia produzida em ano médio: 347 GWh António Gonçalves Henriques 14

pahe SENHORA DE MONFORTE Início de exploração: 1993 Capacidade total: 0,087 hm 3 Capacidade útil: 0,036 hm 3 2 Grupos Francis Potência total Instalada: 10 MW Energia produzida em ano médio: 32,9 GWh António Gonçalves Henriques 15

pahe NUNES Início de exploração: 1995 Capacidade total: 0,138 hm 3 Capacidade útil: 0,098 hm 3 2 Grupos Francis Potência total Instalada: 10 MW Energia produzida em ano médio: 42 GWh António Gonçalves Henriques 16

QUOTA DA POTÊNCIA INSTALADA Durante esta década (2001-2010) a quota das grandes hídricas vai continuar a diminuir, porque a expansão do SEN continuará a ser essencialmente efectuada com grupos térmicos (CCGT) e PRE, fundamentalmente eólica. António Gonçalves Henriques 17

EVOLUÇÃO DA COMPONENTE HÍDRICA António Gonçalves Henriques 18

APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HÍDRICO Apesar do aproveitamento do potencial hídrico já ter sido iniciado há muito tempo, Portugal tem uma exploração reduzida, mesmo sendo dos países que mais importa energia primária (~ 87%). António Gonçalves Henriques 19

POTENCIALIDADES DE EXPANSÃO Em exploração (MW) Potencial por explorar (MW) Total (MW) Meta (MW) pahe e microhídrica Médios e Grandes Aproveitamentos Total de renováveis 340 760 1 100( 1 ) 450( 1 ) 4 400 2 850( 2 ) 7 300 5 000( 3 ) 5685 7 415 13 100 10 480( 1 ) ( 1 ) Cenários de Evolução Previsional da Produção em Regime Especial 2005-2025, REN ( 2 ) Direcção de Planeamento e Desenvolvimento da EDP Produção ( 3 ) metas indicativas da Política Energética Portuguesa António Gonçalves Henriques 20

EFEITOS SÓCIO-ECONÓMICOS Investimento envolvido (110 + 550) MW x 1,5 x 10 6 Euros = 1000 milhões de Euro Emprego, directo e indirecto, gerado (110 + 550) MW x 4,5 pessoas = 3 000 empregos Redução da importação de petróleo e seu custo 1700 GWh/ano x 300 ton x 7,2 = 3,7 milhões barris/ano 3,7 x 10 6 x 60 US$/barril = 200 milhões Euro/ano Redução das emissões de GEE 1,4 x 10 6 t CO 2 equiv./ano = 1,4 x 10 6 x 15 Euro/ton = 1,4 milhões ton CO 2 equiv. 21 milhões Euro/ano António Gonçalves Henriques 21

BENEFÍCIOS DA ENERGIA HÍDRICA SÓCIO- ECONÓMICOS Abastecimento de água. Regularização de caudais e controlo de cheias. Lazer e turismo. Reserva estratégica de água Redução da dependência externa (Portugal importa 86-87% 87% dos combustíveis que satisfazem as suas necessidades energéticas totais). Diminuição dos custos por emissões de GEE. Emprego de tecnologias bem conhecidas, seguras e longamente testadas. António Gonçalves Henriques 22

BENEFÍCIOS DA ENERGIA HÍDRICA SECTOR ELÉCTRICO Grande flexibilidade de exploração (resposta rápida); Apoio em situações de pico de consumo; Reserva operacional de exploração; Níveis de disponibilidade e fiabilidade muito elevados; Contribuição para a segurança de abastecimento (redução do impacto da aleatoriedade da produção eólica). António Gonçalves Henriques 23

BENEFÍCIOS DA ENERGIA HÍDRICA AMBIENTAIS Garantia de caudais de estiagem. Contribuição para o cumprimento da Directiva 2001/77/CE (energias renováveis). Contribuição para a redução de emissões de CO 2 e cumprimento do Protocolo de Quioto. (1 MW termoeléctrico - emissão anual de 2250 t de CO 2 - recuperáveis por 400 ha de floresta). Ausência de emissões gasosas de SO 2, CH 4, NO X e partículas. Inexistência de resíduos, de efeitos poluentes. Diminuição do risco inerente ao transporte marítimo e terrestre dos combustíveis fósseis utilizados em alternativa. António Gonçalves Henriques 24

IMPACTES AMBIENTAIS Fase de construção expropriações. estaleiros e frentes de obra - implantação, utilização e desactivação desmatação e desflorestação. materiais sobrantes - escolha e selagem de escombreiras; recolha de efluentes e lixos. acessos e circulação - utilização de caminhos existentes; escavações e aterros criteriosos. António Gonçalves Henriques 25

IMPACTES AMBIENTAIS Fase exploração redução da extensão do troço lótico - albufeiras regularização; exploração a fio-de-água ou com baixo índice de regularização. alteração paisagística - integração das estruturas e enterramento do circuito hidráulico. alteração do regime aluvionar (retenção de sedimentos na albufeira, erosão a jusante). alteração da qualidade da água. modificação dos habitats - passagens para peixes. alteração do regime de caudais - manutenção dos caudais reservados; adequado regime de caudais ecológicos. alteração dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos - reposição dos habitats pré-existentes; reconstituição das galerias ripícolas. eventual ruído insonorização do edifício da central. António Gonçalves Henriques 26

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS CENTROS PRODUTORES APROVEITAMENTO DO BAIXO SABOR? localizado no troço final do rio Sabor, compreende uma barragem principal e um contra-embalse, a jusante, que servirá para regularizar os caudais turbinados no escalão principal e permitir a bombagem de água do rio Douro para a albufeira principal. Data de Entrada em Serviço: 2011 Potência Total a Instalar (MW): 170 Produção Anual Liquida de Bombagem (GWh): 250 Volume Máximo (hm3): 1 090 Volume Útil -Escalão Principal (hm 3 ): 630 Investimento MEuro: 322 António Gonçalves Henriques 27

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS CENTROS PRODUTORES APROVEITAMENTO DE FOZ TUA localizado no rio Tua, afluente da margem direita do rio Douro,a cerca de 2 km a montante da foz, abrangendo concelhos dos Distritos de Bragança e Vila Real. Data de Entrada em Serviço: 2014 Potência Total a Instalar (MW): 208 Produção Anual Liquida de Bombagem (GWh): 350 Volume Máximo (hm3): 216 Volume Útil -Escalão Principal (hm 3 ): 21 Investimento MEuro: 237 António Gonçalves Henriques 28

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS CENTROS PRODUTORES Potência instalada (MW) Caudal nominal de turbinagem (m 3 /s) Capacidade útil (hm 3 ) Miranda I+II 369 735 6,4 Picote I 195 345 3,5 Bemposta I 240 420 20 REFORÇO DE POTÊNCIA Picote II 231 400 Bemposta II 178 325 António Gonçalves Henriques 29

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS CENTROS PRODUTORES O reforço do aproveitamento de Picote terá uma uma produção anual média de cerca de 244 GWh e exigirá um investimento estimado em cerca de 132 MEuro. O reforço do aproveitamento de Bemposta terá uma produção anual média de 158 GWh e exigirá um investimento de cerca de 131 MEuro. António Gonçalves Henriques 30

CONCLUSÕES Optimização do sistema produtor A exploração do potencial hídrico permite uma melhor optimização do sistema produtor português com resultados em termos da redução de custos e de emissões: a bombagem permite um maior equilíbrio no diagrama de cargas a capacidade de ponta permite reduzir a mobilização de activos de elevado custo gestão mais adequada das cascatas existentes, em particular da do Douro constitui uma reserva importante para permitir a penetração de fontes de energia renovável intermitentes, como a eólica António Gonçalves Henriques 31

CONCLUSÕES Menor dependência energética A exploração do potencial hídrico permite reduzir a dependência energética e carbónica ao exterior. Essa redução é directa, mas também indirecta, pois o parque hídrico é essencial para que se possa fazer o melhor aproveitamento possível das eólicas. A redução traduz-se não só numa factura menor ao exterior, mas também na redução da sua volatilidade ao baixar a exposição ao petróleo/câmbio. António Gonçalves Henriques 32

CONCLUSÕES Alterações climáticas Perspectiva-se se que uma das consequências das alterações climáticas possam ser durações mais longas de períodos de seca ou chuvas e de maior intensidade. Neste sentido, é vital dispor de mecanismos que permitam regularizar estes efeitos sobre os cursos de água, tanto no que se refere ao controlo de cheias, como a reservas de emergência para secas. No caso do Douro, a construção de capacidade de armazenamento desempenha um papel estratégico dado que aí se concentra uma parte importante do parque produtor português, actualmente sem capacidade de regularização e portanto muito dependente da gestão de caudais feita em Espanha. António Gonçalves Henriques 33

CONCLUSÕES Outras Constituem reservas estratégicas de água São uma mais valia interessante em termos de utilização turística São geradores de emprego, de forma mais acentuada durante a fase de construção António Gonçalves Henriques 34

ENERGIA HÍDRICA Muito Obrigado! António Gonçalves Henriques 35