ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

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1 APROVEITAMENTO HIDROELÉCTRICO DO FRIDÃO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL CAPÍTULO II OBJECTIVOS E JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO 1. OBJECTIVOS E JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO Portugal é um dos países da União Europeia com maior potencial hídrico por explorar e com maior dependência energética do exterior, daí que o Governo Português tenha definido objectivos de aumento da potência hidroeléctrica instalada, incentivando a realização de um conjunto de investimentos em aproveitamentos hidroeléctricos. Para esse efeito lançou o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), na sequência de uma avaliação ambiental estratégica. Esta avaliação ambiental estratégica definiu as prioridades para os investimentos a realizar em aproveitamentos hidroeléctricos no período até 2020 com a finalidade de atingir uma capacidade instalada hidroeléctrica superior a 7000 MW, objectivo da política energética do Governo (Ministério da Economia e Inovação, 2007 Uma política de energia com ambição). De entre os aproveitamentos seleccionados para o cumprimento dessas metas encontrase o Aproveitamento Hidroeléctrico do Fridão (AHF). 1.1 Enquadramento do Projecto nas Políticas e Programas Nacionais O aumento de capacidade instalada em aproveitamentos hidroeléctricos, representa um elevado contributo para os diversos compromissos internacionais que Portugal assumiu, nomeadamente no que se refere às exigências de limitação dos Gases com Efeito de Estufa (GEE) no quadro da participação da União Europeia no Protocolo de Quioto, e também às metas consideradas na Directiva Europeia relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis. O PNBEPH tem também como objectivo mais geral contribuir para essas metas de produção de energia com origem em fontes renováveis. II - 1

2 A nova Directiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho aponta para um objectivo de aumentar para 20% a quota de energia proveniente de fontes renováveis, no consumo energético global da União Europeia até Este objectivo europeu foi repartido de forma diferenciada pelos Estados Membros, cabendo a Portugal em termos da participação dessas fontes no consumo final de energia, passar dos 20,5% verificados em 2005 para 31% a atingir em No âmbito da aplicação desta Directiva terá de se definir um Plano de Acção Nacional, detalhando como se prevê atingir esse nível através dos três sectores intervenientes, que são o aquecimento e arrefecimento, os transportes e a electricidade. Neste último, espera-se que as renováveis representem 60% do mix em 2020, sendo o principal instrumento de cumprimento do objectivo nacional, difícil de atingir sem uma aposta clara na produção de energia hidroeléctrica. No caso do protocolo de Quioto, Portugal está obrigado a limitar o aumento das suas emissões de gases com efeito de estufa em 27%, no período até 2012, relativamente aos valores de emissão de Neste âmbito o actual governo português estabeleceu mesmo objectivos ainda mais ambiciosos, elevando a meta no sector eléctrico duma contribuição de 39% para uma contribuição de 45% do consumo bruto de electricidade a partir de fontes renováveis em Os objectivos da nova directiva estão alinhados com este compromisso e poderão mesmo vir a ser essenciais num eventual comprimento de um futuro acordo sucessor de Quioto. A utilização das energias renováveis assume também particular importância pela redução da dependência nacional nas necessidades de combustíveis fósseis, para produção de energia Aumento da Capacidade de Produção de Electricidade com Base em Recursos Endógenos e Renováveis Este aumento necessário da produção de electricidade a partir de fontes de energia renovável será conseguido principalmente através de centrais hidroeléctricas e parques eólicos, que pela maior maturidade tecnológica que já atingiram em relação a outras fontes de energia, e pela disponibilidade do recurso existente, são as únicas a permitir um crescimento adequado, porque as outras fontes não têm actualmente dimensão nem competitividade suficientes que lhes permitam atingir uma quota de produção significativa a curto/médio prazo. O valor de 7000 MW, já referido, corresponde à utilização de 70% do potencial disponível em Portugal e obrigaria à instalação, até 2020, de 2050 MW de nova capacidade hidroeléctrica. II - 2

3 Neste enquadramento, o Governo definiu prioridades a partir da Avaliação Ambiental Estratégica que conduziu ao Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), já referida, que se pode considerar como um plano estratégico nacional para investimentos em aproveitamentos hidroeléctricos. Foram incumbidos pelo Governo para realizar esta análise de prioridades de investimentos, o INAG Instituto da Água, a Direcção Geral de Energia e Geologia e a REN - Redes Energéticas Nacionais. Posteriormente, em 2008 foram lançados concursos pelo Estado visando a atribuição da concessão para a concepção, construção e exploração de 10 projectos hidroeléctricos definidos como de realização prioritária no âmbito do PNBEPH. Como resultado dos concursos lançados estão actualmente em desenvolvimento 8 projectos hidroeléctricos que totalizam uma potência a instalar de cerca de MW, valor significativamente superior ao valor de base de MW apresentado no PNBEPH, para os mesmos 8 projectos, que à partida garantiriam que se atingia a meta proposta. Como se pode constatar do quadro abaixo, tendo em conta que os aproveitamentos hidroeléctricos já em fase de implantação totalizam cerca de 940 MW, seria necessário considerar ainda mais cerca de 1110 MW em novos aproveitamentos, para atingir os 7000 MW. A leitura do quadro a seguir apresentado evidencia que há condições objectivas para que esta meta possa não só ser alcançada como mesmo ultrapassada. Potência em turbinamento Potência em Bombagem Potência instalada no final de MW MW Picote II Bemposta II Alqueva II Baixo Sabor Ribeiradio / Ermida 246MW 191 MW 256 MW 171 MW 78 MW 942 MW 430 MW Novos aproveitamentos (PNBEPH) MW MW Reforços de potência da bacia do Cávado 1265 MW MW Total em MW MW Como se pode verificar há um aumento de potência a instalar nos aproveitamentos do PNBEPH, resultante de opções dos promotores aquando da apresentação das suas propostas nos concursos das concessões e de posteriores optimizações em fase de anteprojecto, que traduz de alguma forma o reconhecimento que o mercado eléctrico no futuro será mais volátil e incerto do que o actual, em parte devido ao aumento da componente eólica, pelo que será cada vez mais necessário dispor de potência de ponta com grande flexibilidade de actuação. II - 3

4 Assim com os valores apresentados pelos promotores, em vez do objectivo de 7000 MW instalados em 2020, atingir-se-ão cerca de 8000 MW, onde está incluído o valor associado ao AHF, caso todos os projectos se venham a concretizar, a que acresce ainda a potência associada a projectos de reforço de potência na Bacia do Cávado que a EDP Gestão da Produção de Energia S.A. (EDP Produção) está a levar a cabo, que conduz uma potência hidroeléctrica provável em 2020 de cerca de 9300 MW Redução das Importações de Combustíveis Fósseis O nosso país está dependente da importação de combustíveis fósseis, que têm tido uma grande volatilidade de preços nos mercados internacionais, e também da importação de outras formas de energia, o que contribui negativamente para o défice externo. A potência instalada neste aproveitamento poderá evitar um número significativo de horas de funcionamento de centrais termoeléctricas, tendo portanto um impacto significativo na redução das importações de combustíveis fósseis. Consideramos que a contribuição de nova potência instalada de origem hídrica substitui a proveniente de grupos de ciclo combinado a gás natural e admitimos que este novo aproveitamento do Fridão produzirá cerca de 295 GWh/ano, para a solução de NPA 160, ou cerca de 315 GWh/ano, para a solução de NPA 165, o que se pode considerar equivalente a uma redução de importação de gás natural de cerca 46 ou 49 milhões de m 3 N/ano, respectivamente (com base no consumo unitário de uma central termoeléctrica de ciclo combinado de referência de 157 m 3 N/MWh) Redução de Emissões de CO 2 Existe uma grande preocupação, a nível europeu, com as Alterações Climáticas que estão nomeadamente associadas às emissões de gases com efeito de estufa. A nível nacional as políticas que estão a ser levadas a cabo têm como objectivo a adequação ambiental dos sistemas energéticos de forma a garantir a redução da intensidade carbónica no PIB. Um aproveitamento hidroeléctrico, enquanto produtor de energia, conseguirá uma redução de emissões a nível nacional por dois efeitos complementares, o directo pela via da sua produção própria e o indirecto associado ao acréscimo potencial de energia eólica com as características de grande variabilidade que esta forma de produção, também isenta de emissões, tem. Consideramos que o efeito de redução de emissões, neste caso só pelo efeito da produção própria, é conseguido pela substituição de uma central de ciclo combinado de referência, com uma emissão de 335 g de CO 2 por kwh produzido. A produção desta central, para o factor de emissão referido atrás, evitará a emissão de perto de 99 ou 106 mil toneladas de CO 2 anuais, conforme a solução a considerar seja de NPA 160 ou 165, respectivamente. II - 4

5 1.1.4 Enquadramento do Fridão no PNBEPH O AHF foi um dos projectos analisados no âmbito do PNBEPH. Recorde-se que a Avaliação Ambiental Estratégica do PNBEPH considerou 4 opções estratégicas: Opção A maximização da potência hidroeléctrica instalada e produção de energia; Opção B Optimização do potencial hídrico da bacia hidrográfica; Opção C Conflitos/condicionantes ambientais; Opção D Ponderação Energética, socioeconómica e ambiental. Foi esta última opção estratégica a que acabou por se concluir que se apresentava como globalmente mais favorável e a prevalecer na selecção final. Importa referir que os factores ambientais e de sustentabilidade analisados no PNBEPH para cada uma das opções estratégicas foram a biodiversidade, a população, a saúde humana, a fauna, a flora, o solo, a água, o ar, os factores climáticos, os bens materiais, o património cultural e a paisagem. A avaliação ambiental das 4 opções do PNBEPH foi conduzida através da metodologia SWOT (pontos fortes / pontos fracos / oportunidades / ameaças), caracterizando-se a situação actual relativa aos factores anteriormente mencionados, bem como uma cenarização relativa à tendência evolutiva desses factores, incluindo a não concretização do PNBEPH. Assim, na ordenação de mérito dos 25 aproveitamentos analisados, da qual veio a resultar a escolha de 10, relativamente a cada uma das opções estratégicas consideradas, o AHF surgiu na opção estratégica A em 2º lugar, na opção B em 11º lugar, na opção C em 9º lugar e na opção estratégica D em 5º. Como foi esta última a opção que prevaleceu, como já referido, o AHF foi um dos 10 projectos seleccionados. 1.2 Interesse para o Sistema Eléctrico Flutuações de Carga A concretização de mais este projecto terá efeitos benéficos para o sistema eléctrico português, tanto mais que a potência instalada de 237 MW é bastante significativa para um aproveitamento deste tipo, o que permitirá atingir níveis de segurança de abastecimento acrescidos com algum significado. A energia eléctrica colocada na rede eléctrica nacional, em cada momento, deve satisfazer a procura de energia determinada pelos consumidores, sob pena de não haver um adequado funcionamento e de ocorrerem rupturas no fornecimento susceptíveis de ocasionar perdas económicas importantes, ou até colocar problemas de segurança a diversos níveis. II - 5

6 É indispensável que haja uma adequação contínua e instantânea da oferta de energia às flutuações da procura. Só assim se consegue um satisfatório nível da qualidade do serviço prestado aos clientes, aos quais a energia é fornecida, com reduzidas variações de tensão e falhas de alimentação. Uma das características principais da energia hidroeléctrica é a grande capacidade de resposta rápida a subidas e descidas de carga, adaptando-se praticamente de forma instantânea às diferentes situações de rede e de consumo. Estes atributos, apelidados de serviços dinâmicos, têm uma importância acrescida em sistemas electroprodutores com um peso significativo da componente termoeléctrica, dada a grande inércia das centrais desta última componente. Esta central, pelo nível de potência instalada, introduz na rede uma reserva operacional com algum significado para os picos de consumo ou para uma perda inesperada de produção de outro meio, seja ele térmico ou eólico, este por diminuição brusca de vento. Estas duas componentes aliadas à normal elevada disponibilidade e fiabilidade das centrais hidroeléctricas transformam-nas num factor importantíssimo e num garante da segurança de abastecimento do sistema eléctrico nacional Aumento de Consumos Apesar de ser assumidamente uma prioridade nacional e da EDP o objectivo de intensificar a implementação de medidas de economia de energia do lado da procura, o que é certo é que o consumo de electricidade têm vindo a crescer em Portugal, a taxas ainda muito significativas quando comparadas com as de outros países europeus (a taxa média anual de crescimento do consumo de electricidade em Portugal entre 2000 e 2007 foi de cerca de 4%). É expectável que continuem a crescer, até porque se prevê a tendência para a electrificação na área dos transportes, se bem que possamos admitir que a taxas menores, com especial ênfase nos anos mais próximos devido à crise internacional, porque os consumos per-capita portugueses são ainda bastante inferiores aos de outros países da União Europeia com idênticas condições climáticas e temos que admitir um quadro de convergência para os mesmos níveis de conforto e de utilização de electricidade. Assim este aumento de consumos tem que ser compensado com maior potência instalada. Mesmo admitindo que se viesse a verificar uma estagnação de crescimento, manter-se-ia o interesse de aumento da produção com base endógena e renovável para que o país possa cumprir os compromissos ambientais, económicos e de segurança referidos noutros pontos. Não sendo possível que este aumento seja na totalidade conseguido com novas centrais hídricas e eólicas, temos que garantir pelo menos que em percentagem se consiga um crescimento de produção renovável superior ao de outras tecnologias, portanto com uma taxa superior à taxa de aumento de consumo. A potência do AHF terá assim uma contribuição importante nesta relação. II - 6

7 1.2.3 Garantia da Segurança de Abastecimento Um dos objectivos da política energética nacional é o de garantir a segurança de abastecimento de energia, quer actuando na cadeia da oferta quer na da procura de energia. No primeiro caso procurando diversificar os recursos primários a utilizar e respectivas origens e no segundo promovendo medidas de eficiência energética. Assim o aproveitamento hidroeléctrico agora em causa contribui para que nesse mix de produção necessário, a energia hidroeléctrica tenha uma taxa de crescimento que continue a garantir o equilíbrio de fontes que se pretende e que permita contribuir para o objectivo, atrás referido, das renováveis representarem 60% do mix em Interesse do Projecto para a Estratégia da EDP O Aproveitamento Hidroeléctrico de Fridão insere-se na estratégia da EDP, alinhada com a nacional, de crescimento da capacidade de produção com base em fontes de energia renovável, nomeadamente a produção hidroeléctrica. Este aumento de capacidade de produção por esta via vai também permitir cumprir um outro objectivo da empresa de incorporação no seu parque produtor de centros electroprodutores eficientes e não emissores de CO 2, de forma a reduzir o valor médio dessa emissão. Para a viabilização deste investimento, com a rentabilidade definida pelo Grupo EDP, a empresa conta ainda com as condições actuais e as expectáveis do mercado eléctrico no que diz respeito ao pagamento dos serviços de reserva operacional prestados por este tipo de central, quer de potência quer de reserva dinâmica. Com esses pressupostos o investimento neste aproveitamento terá a garantia de retorno a longo prazo, mas dentro do seu período de vida útil. 1.4 Interesses Regionais e Locais É também do interesse nacional a redução dos impactes negativos a nível local e regional, assim como a maximização dos impactes positivos definidos neste EIA noutro capítulo. Para além disso, podem apontar-se como outros objectivos a introdução de outros benefícios, nomeadamente, a constituição de uma reserva de água que pode servir para abastecimento de populações, para rega e para o combate a incêndios florestais, pela facilidade de acesso à água da albufeira. Esta reserva é sempre garante de usos alternativos em períodos de estiagem prolongada ou de acidentes ambientais graves. II - 7

8 A criação do Plano de Água é também sempre potenciadora do lazer e dos usos ambientais. Neste aspecto realce-se o potencial de melhoria da qualidade de água a jusante. O projecto apresentado com uma segunda barragem a jusante, permitirá, para além de fazer a regularização para jusante dos caudais turbinados pelo Escalão Principal, garantir valores mínimos de caudal (caudal ecológico) durante todo o ano, mesmo quando a afluência for nula. O PNBEPH já admitia, como tendo enquadramento a nível do projecto ou do procedimento de impacte ambiental, a possibilidade de execução de um pequeno açude a jusante da barragem. Por outro lado, no que diz respeito a acessibilidades, para além do melhoramento de alguns acessos associados às necessidades da obra, vão também ser criadas duas novas ligações entre as margens do Tâmega sobre os coroamentos das duas barragens que compõem o projecto. Outro efeito sempre positivo que uma obra destas acarreta é o do aumento do emprego. Sabendo-se que usualmente o número de postos de trabalho indirectos que uma obra destas cria é de cerca do triplo dos directos que se espera venha a atingir um número máximo de 1000 trabalhadores, no pico da obra em Este aproveitamento do Fridão, em conjunto com outros previstos para este afluente do Douro, permitirá fazer alguma regularização de caudais, problema com que se debate o sistema electroprodutor do Douro pela reduzida capacidade de armazenamento do troço principal. 1.5 Conclusões Resumindo os principais aspectos que justificam o interesse do projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico do Fridão: Aumento da capacidade de produção nacional com origem em fontes de energia renováveis e endógenas; Redução das emissões de CO 2, por substituição de outras formas de produção emissoras de gases com efeito de estufa; Redução das importações de combustíveis fósseis; Melhoria da fiabilidade e da segurança do sistema eléctrico português, com implicações nos níveis de garantia da segurança de abastecimento; Garantia de retorno do investimento a longo prazo; Criação de uma reserva de água com os benefícios que lhe estão associados. II - 8

9 2. ANTECEDENTES DO PROJECTO Em Outubro de 2007 o Governo Português apresentou o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), com o objectivo de identificar prioridades para os investimentos a realizar em grandes aproveitamentos hidroeléctricos no horizonte Para a realização deste programa os Ministros da Economia e Inovação e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional incumbiram o Instituto da Água (INAG, I.P) e a Direcção Geral de Energia e Geologia, com o apoio da Rede Energética Nacional, da elaboração do projecto e respectivo relatório ambiental. Realizado um inventário de sítios para a realização dos Aproveitamentos Hidroeléctricos foram identificados 25 locais com potencial de implantação. Para a avaliação e selecção final dos aproveitamentos foi realizada uma avaliação ambiental estratégica utilizando quatro opções estratégicas, tendo a selecção final sido feita a partir da opção estratégica Ponderação energética, socioeconómica e ambiental, para avaliação da valia global dos aproveitamentos. Desta avaliação ambiental estratégica resultou a selecção de 10 aproveitamentos: Padroselos, Daivões, Vidago, Gouvães, e Fridão, na bacia do Tâmega, Foz Tua, no rio Tua, Pinhosão, na bacia do Vouga, Girabolhos, na bacia do Mondego e Alvito e Almourol, na bacia do Tejo. Foram lançados posteriormente quatro concursos públicos para a atribuição de concessões de captação de água para produção de energia hidroeléctrica e concepção, construção, exploração e conservação de obras públicas das respectivas infra-estruturas hidráulicas, O quarto e último concurso foi o relativo aos aproveitamentos hidroeléctricos de Fridão, Alvito e Almourol, com propostas a apresentar até 16 de Julho de 2008, com um valor mínimo para atribuição da concessão de 70 M. A EDP Produção ganhou o concurso com uma proposta global de 231,7 M, apenas para os aproveitamentos de Fridão e Alvito. Foi o único concorrente a integrar na sua proposta o Alvito, não tendo nenhum concorrente apresentado proposta com Almourol. A EDP Produção foi notificada da atribuição da adjudicação provisória da concessão em 5 de Setembro de Em 4 de Setembro de 2008 é publicado o Decreto-lei n.º 182/2008 que estabelece o regime de implementação do PNBEPH. Em 17 de Dezembro de 2008 é assinado entre o Estado Português, representado pelos Srs. Ministros de Estado e das Finanças, da Economia e Inovação e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e a EDP Produção o contrato de implementação do PNBEPH para a concepção, construção, exploração e conservação de obras públicas das respectivas infra-estruturas hidráulicas dos aproveitamentos hidroeléctricos do Fridão e Alvito atribuídas por concurso público. II - 9

10 De acordo com o previsto neste contrato e com a proposta apresentada, a EDP Produção tem que apresentar à entidade licenciadora o anteprojecto e o estudo de Impacte Ambiental do aproveitamento do Fridão até 17 de Setembro de A entidade licenciadora deste projecto é, de acordo com o Decreto-lei nº391-a/2007, de 21 de Dezembro, que altera o DL nº226-a/2007, de 31 de Maio, o Instituto da Água, I.P. (INAG) por se tratar da atribuição de um título de utilização relativo a um aproveitamento integrado no PNBEPH. A Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental será a Agência Portuguesa de Ambiente (APA). 3. AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PROJECTO COM OS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL Para o desenvolvimento do actual projecto foi verificada a conformidade com os instrumentos de gestão territorial em vigor: Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNOPT) aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro e rectificadas pelas Declarações de Rectificação n.º 80-A/2007, de 7 de Setembro e n.º 103-A/2007, de 2 de Novembro; Plano Rodoviário Nacional (PRN), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 222/98, de 17 de Julho com as alterações introduzidas pela Lei n.º 98/99, de 26 de Junho e Decreto-Lei n.º 182/2003, de 16 de Agosto; Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) do Tâmega, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 41/2007, de 10 de Abril; Plano da Bacia Hidrográfica (PBH) do Douro, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.º 19/2001, de 10 de Dezembro e rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 21-G/2001, de 31 de Dezembro; Plano Director Municipal (PDM) de Amarante 20/04/1996 e 10/05/1997, Resolução de Conselho de Ministros n.º 165/97, de 29 de Setembro de 1997, alterado em 06/03/2003, pelo Despacho 100/2003; Plano Director Municipal (PDM) de Cabeceiras de Basto 27/11/2008, Edital n.º 1244/2008, de 15 de Dezembro de 2008; Plano Director Municipal (PDM) de Celorico de Basto 31/05/1994, Resolução de Conselho de Ministros n.º 85/94, de 20 de Setembro de 1994, alterado a 16/05/2001, pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 50/2001; Plano Director Municipal (PDM) de Mondim de Basto 02/12/1994, Resolução de Conselho de Ministros n.º 36/95, de 21 de Abril de 1995; Plano Director Municipal (PDM) de Ribeira de Pena 18/07/1994, Resolução de Conselho de Ministros n.º 1/95 de 11 de Janeiro de 1995, alterado em 25/06/1999, pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 63/99. II - 10

11 De referir ainda que o Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte encontra-se em elaboração pela CCDR Norte. Da análise dos instrumentos em vigor, cuja avaliação e contexto de aplicação se discriminam no ponto 13 do Capítulo IV do EIA, não se identificam aspectos que constituam um impedimento à implantação do Aproveitamento Hidroeléctrico do Fridão, estando aliás o âmbito da sua acção assumido nas estratégias de desenvolvimento de âmbito nacional e regional. É o caso do Plano Nacional de Politica de Ordenamento do Território, onde se refere nas estratégias gerais a necessidade de se aproveitarem os recursos endógenos, para a produção de energia com base em fontes renováveis e diminuir a dependência do país da importação de energia, sobretudo com origem em combustíveis fósseis. Nos objectivos mais sectoriais é referido a necessidade de se aproveitar as reservas de água existentes na bacia do rio Douro, em especial nos seus afluentes, situação que é depois reflectida no Plano de Bacia Hidrográfica do Douro. No caso dos PDM s dos concelhos abrangidos e atendendo aos antecedentes da barragem do Fridão, nomeadamente com estudos já desenvolvidos desde à larga data, o concelho de Celorico de Basto, onde se localiza o Escalão Principal, assim como o de Cabeceiras de Basto, têm a albufeira prevista nas suas cartas de ordenamento. Relativamente aos restantes instrumentos de gestão do território em vigor na zona, Plano Rodoviário Nacional e Plano Regional de Ordenamento Florestal do Tâmega, correspondem a planos com um âmbito de intervenção sectorial muito especializado, incidindo as suas orientações sobre o recurso ou tema a que se referem (infraestruturas rodoviárias ou floresta), tendo, no entanto, sido considerados no desenvolvimento do EIA. II - 11

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