Ação Sindical. Seminário realizado pela DS Campinas/Jundiaí debate as mudanças tecnológicas e relações de trabalho na RFB



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Transcrição:

EDIÇÃO Nº 16 AGOSTO/SETEMBRO DE 2013 Informativo da Delegacia Sindical Campinas/Jundiaí SINDIFISCO NACIONAL - Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil Seminário realizado pela DS Campinas/Jundiaí debate as mudanças tecnológicas e relações de trabalho na RFB As mudanças na rotina de trabalho provocadas pelo avanço da tecnologia e seus impactos nas relações de trabalho foram tema de debate promovido pela DS Campinas/Jundiaí realizado no dia 15/8, no Auditório da Delegacia da Receita Federal em Campinas. (Páginas 4, 5, 6 e 7) Pagamento por bônus de eficiência enfraquece carreiras do Fisco, diz presidente do Sinafresp Durante Seminário sobre remuneração variável realizado pela DS Ribeirão Preto no dia 23 de agosto, a Presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo, Míriam Arado, afirmou que este tipo de remuneração variável enfraquece a categoria, uma vez que ela passa a depender da boa vontade do governante para receber uma parte de seus vencimentos. A Presidente do Sinafresp alertou ainda para o fato de que os servidores que não estão atuando diretamente na fiscalização não recebem o bônus. Os Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo recebem verba variável desde 2006. (Página 3) Acesse: www.dscampinasjundiai.org.br www.auditoresfiscais.org.br PCCS - DS C/J defende fundo de solidariedade com reservas financeiras do Sindicato (Página 2) Resistência da categoria barra Resolução Anac 278 (Página 7) Eleições Sindifisco As eleições para a Diretoria Executiva Nacional (DEN) e das Delegacias Sindicais do Sindifisco Nacional, biênio 2014/2015, acontecerão nos dias 6 e 7 de novembro. Para a eleição nacional estão inscritas três chapas: Unidade e Opinião (Chapa 1), Transparência e Ação (Chapa 2) e Renovar Integração (Chapa 3). Na eleição local está inscrita a chapa Transparência e Ação (única) Acompanhe no site: www.dscampinasjundiai.org.br

2 Editorial No dia 15 de agosto, a DS Campinas/Jundiaí realizou o Seminário Receita Federal em questão: as transformações nos processos de trabalho e desafios para o Sindifisco Nacional. O evento, não por acaso, aconteceu em um momento oportuno, em que a categoria vem enfrentando grandes desafios. A implementação de conceitos da iniciativa privada, o estabelecimento de metas, entre outros, estão levando aos Auditores-Fiscais a trabalhar sob constante pressão. Na área aduaneira, existe a proposta de transferir a fiscalização da zona secundária para a Coordenação de Fiscalização, reforçando a ideologia que coloca as Aduanas como meros facilitadores do comércio internacional. Estes foram alguns temas debatidos no Seminário e que reproduzimos nesta edição. No início do mês de agosto, os Auditores-Fiscais aduaneiros foram surpreendidos com a Resolução nº 278/2013 da Anac, que os submete a revista pessoal, nas áreas alfandegadas, por agentes contratados pela Administradora do aeroporto, num flagrante desrespeito às atribuições e à precedência garantida pela Constituição. A firme resposta da categoria levou a DEN, junto com o sindicato dos Analistas Tributários, acionar o Judiciário, e conseguir uma liminar contra os efeitos desta Resolução. Porém o artigo referente à revista pessoal ainda não foi revogado da Resolução. A remuneração por bônus de eficiência, conforme vem sendo proposta pelo Grupo de Trabalho constituído inicialmente no CDS e depois com a Administração da RFB é outro tema que merece ser avaliado com atenção pela categoria. Neste sentido, ouvimos a opinião da Presidente do Sindicato dos Agentes-Fiscais de Renda do Estado de São Paulo (Sinafresp), cuja categoria recebe este tipo de remuneração desde 2006. Boa Leitura. EXPEDIENTE: AÇÃO SINDICAL é um informativo da Delegacia Sindical Campinas/ Jundiaí do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil - Sindifisco Nacional Diretoria 2012-2013: José Carlos Rossetto - Presidente Paulo Roberto Kiyoto Matsushita - Vice Presidente Paulo Gil Hölck Introíni- Secretário Geral Edison Luiz Bacci- Diretor Secretário Angela Maria Rosa - Diretora de Finanças Márcio L. Paollielo Pereira - Diretor Adjunto de Finanças Ataor José Almeida - Diretor de Assuntos Jurídicos e de Defesa Profissional Mário Issene Angelo - Diretor de Comunicações Bruno da Rocha Osório - Diretor de Estudos Técnicos Ronald Fernando de Carvalho Botelho - Diretor de Assuntos de Aposentadorias e Pensões Paulo Chinellato Carvalho - Diretor de Defesa da Justiça Fiscal e da Seguridade Social Judith Donato Ferreira de Assis e Paulo Alvim Passos- Diretores Suplentes Conselho Fiscal: Presidente - Célia Regina dos Santos Prieto. Membros titulares: Alexander Jum Takahashi e Luis Correa dos Santos. Membros suplentes - Antônio César Bueno Ferreira, Cleide Moreira Ávila e Hamilton Fioravante. Edição e Diagramação: Reginaldo Cruz - MTb 46552/SP PCCS - DS C/J defende fundo de solidariedade com reservas financeiras do Sindicato No dia 27 de junho, durante reunião com o departamento jurídico da DEN realizada na DRF em Campinas, a DS Campinas/Jundiaí apresentou uma proposta de se constituir um fundo de solidariedade para auxiliar os filiados que foram condenados ao pagamento na ação do PCCS. O CDS deliberou, em sua última reunião, sobre a criação de um Fundo com recursos da comissão de 2% que o Sindifisco Nacional receberá quando do pagamento da Ação da Correção Monetária da GEFA. Deliberou também a convocação de Assembleia restrita ao Estado de São Paulo e aos integrantes da ação do PCCS, rea -lizada no dia 4/9. Em manifesto apresentado nesta Assembleia, a Diretoria da DS Campinas/Jundiaí propôs que seja utilizada as reservas financeiras do Sindifisco Nacional, como a antecipação dos direitos na Ação da Correção Monetária da GEFA e, mesmo das receitas correntes,para constituir um fundo de solidariedade aos filiados condenados ao pagamento nesta ação. Na avaliação da DS Campinas/ Jundiaí, o Sindifisco Nacional é órgão representativo de toda a categoria e recepcionou todos os processos judiciais originados das duas Entidades representativas anteriores, e portanto, não há legitimidade em uma discussão segmentada no âmbito do Estado de São Paulo. O manifesto destaca ainda que a solidariedade é um dos princípios organizadores do Sindicato e os transtornos vividos pelos atingidos pela ação do PCCS demanda e providências imediatas da DEN para todas as conseqüências coletivas e individuais.

3 Pagamento por bônus de eficiência enfraquece carreiras do Fisco, diz presidente do Sinafresp A remuneração por verba variável enfraquece a categoria porque ela passa a depender da boa vontade do governante para receber uma parte de seus vencimentos. Isso não é condizente com uma carreira forte como a dos agentes do Fisco. A afirmação é da Presidente do Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Sinafresp), Miriam Arado, durante seminário sobre remuneração variável realizado pela DS Ribeirão Preto no dia 23 de agosto. Miriam relatou a experiência dos Agentes Fiscais paulistas, que desde 2006 recebem parte de sua remuneração na forma de bônus. Na época nos foi apresentado como um estímulo ao trabalho, com o discurso de que nós já cumpríamos as metas e seríamos remunerados por isso, relatou. O problema, ressaltou Miriam, é que as metas são definidas de forma dúbia e geram incertezas sobre os ganhos. O índice de arrecadação a ser atingido é objeto de negociação a cada três meses. Ao contrário de que nos foi prometido, temos que convencer o Secretário da Fazenda, a área técnica da Secretaria e a Casa Civil do Governo do Estado que cumprimos as metas, informa. Outro ponto destacado pela sindicalista é que esta forma de remuneração tem gerado divisão na categoria, uma vez que as metas são institucionais e os colegas acabam pressionando um ao outro para cumprimento das metas, que, em sua avaliação, deteriora o ambiente de trabalho. A Presidente do Sinafresp alertou ainda para o fato de que os servidores que não estiverem atuando diretamente na fiscalização não recebem o bônus. Quando o agente entra em férias, licença médica ou até mesmo é afastado da fiscalização para trabalhar no júri, que é obrigatório, ele não recebe a bonificação, alerta. Quanto à paridade com os aposentados, ela afirmou que hoje é feito o pagamento da bonificação, porém não há nenhuma segurança jurídica para que continue sendo efetuado. Os aposentados recebem integralmente porque ninguém, ainda, questionou na Justiça. Não existe nada expresso que garanta o pagamento de bonificação aos aposentados, observou. As políticas de refinanciamento e parcelamento de Autos-de-infração, além de cobranças judiciais também são objeto de negociação para decidir se entram ou não como meta atingida. Como exemplo, Miriam relatou que no mês de junho passado, um quarto da arrecadação foi fruto de cobrança da Procuradoria do Estado. Portanto ainda não foi definido o que entra na contagem das metas. Para ter uma ideia, ainda não sabemos qual o valor do bônus do segundo trimestre, informou. Além da insegurança quanto ao recebimento, Miriam Arado ressalta que a remuneração extra, vinculada ao desempenho, dificulta a mobilização da categoria e a torna refém do governo. Em 2010 fizemos uma operação padrão e foi muito difícil mobilizar a categoria, pois a maioria tinha medo de não atingir a meta e perder a verba extra, comentou. De acordo com a Presidente do Sinafresp, há uma estratégia do Governo de sufocar a categoria do ponto de vista salarial, criando condições para oferecer parcela variável vinculado ao desempenho como alternativa. Ao invés de fazer a correção devida, o governo congela os valores do subsídio e oferece como saída uma parcela remuneratória. Os ganhos defasados e a necessidade financeira imediata levam a categoria a aceitar esse tipo de proposta, analisou. De acordo com Miriam Arado, após cinco anos de implementação do pagamento por resultados, a experiência dos Agentes Fiscais do Estado de São Paulo não foi positiva. Não foi uma vitória. A implementação foi complicada. A tendência é se apropriar da parcela variável como remuneração e tornar-se dependente dela, alertou. Como vamos lutar e fazer mobilizações com a categoria fragilizada e dependente do Governo para incrementar a remuneração? refletiu. A Presidente do Sinafresp destacou ainda a importância da independência das carreiras do Fisco para a sociedade. A Constituição diz que a administração tributária é essencial e que seus servidores são essenciais ao Estado. Submeter essa atividade à ingerência do governante de turno é uma forma de usurpar a função do Estado, alertou Miriam Arado.

4 Seminário realizado pela DS Campinas/Jundiaí debate as mudanças tecnológicas e relações de trabalho na RFB As mudanças na rotina de trabalho provocadas pelo avanço da tecnologia e seus impactos nas relações de trabalho foram tema de Seminário promovido pela DS Campinas/Jundiaí, realizado no dia 15/8, no Auditório da Delegacia da Receita Federal em Campinas. Na abertura do evento o presidente da DS Campinas/Jundiaí, José Carlos Rossetto, chamou atenção para as transformações nos processos de trabalho que vêm ocorrendo na Receita Federal nos últimos anos, com a tecnologia ocupando cada vez mais espaços. Em que pese a importância do avanço tecnológico, não podemos esquecer a necessidade da presença humana no trabalho. O objetivo deste Seminário é fomentar essa discussão, afirmou. O primeiro palestrante do evento foi o presidente da DS Belo Horizonte, Luiz Sergio Soares. Ele destacou que a modernidade é boa se for para aperfeiçoar e facilitar os processos de trabalho. Entretanto, criticou o que chama de novidade pela novidade. Ele citou entre os impactos negativos da aplicação indiscriminada de novos processos de trabalho o teletrabalho e a educação a distancia, o que, em sua visão, apesar das conveniências em termos de deslocamento e flexibilidade de horário, aumenta o isolamento dos trabalhadores e, com isso, a perda da troca de experiências em serviço. Para o palestrante, no caso da Receita Federal, a diminuição de pessoal agrava a situação. Outro problema levantado por Luiz Sérgio é que o trabalho isolado leva ao individualismo, aumenta a possibilidade de imposição de metas e é terreno fértil para Avanço tecnológico é importante, mas não deve substituir contato humano o assédio moral. Com o aumento da carga de trabalho, também aumenta o número de horas trabalhadas, sem descanso, e consequentemente, aumenta risco de erro, de cair na Corregedoria, de adoecer, alertou. Nos processos atuais, conforme o palestrante, o grande trabalho é descobrir qual é a legislação aplicável. Hoje temos a figura do fiscal generalista, que tem que ver tudo e assim não vai ver nada. Ele vai evitar aquilo que não estiver seguro, analisa. Luiz Sérgio também destacou a perda de autonomia e desprestígio da atividade de fiscalização externa. Mataram a fiscalização previdenciária e agora querem acabar com as inspetorias (aduaneiras), observou. Por outro lado, o palestrante destacou aspectos positivos da modernização, como a superação de processos arcaicos que comprometiam a qualidade da fiscalização. Neste ponto, ele cita o Siscomex como exemplo de modernização da Aduana. As novidades tecnológicas são apresentadas como maravilhas, porém é papel do Sindicato dizer que os avanços tecnológicos são importantes, mas há problemas e a forma como é implementada é alvo de disputa, discursou.

5 Pressão por metas leva trabalhadores a adoecer A segunda palestrante do evento foi a diretora da DS Rio de Janeiro, Vera Tereza Balieiro Anastácio Costa. Ela destacou que, conforme dados apresentados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no Fórum sobre Saúde Mental da Administração Pública, as constantes pressões por mais produção e eficiência têm sido as principais causas de adoecimento dos trabalhadores. De acordo com a palestrante, com os avanços da tecnologia havia a expectativa de melhorar as condições de trabalho e do combate à desigualdade. Porém, avalia, ocorreu o inverso. Existe tecnologia e produção suficiente de alimentos no mundo, entretanto milhões ainda passam fome, exemplificou. Na reorganização do trabalho, relatou Vera, houve maior precarização das condições de trabalho, redução salarial e restrição de benefícios. Com o processo de globalização houve segmentação da produção, com o capital migrando para locais onde há menor custo de produção e baixos salários. Novos conceitos de administração e gerencialismo na RFB O último palestrante da parte da manhã foi o Auditor-Fiscal Marcelo Lettieri. Ele abordou os novos conceitos que vêm sendo aplicados na administração pública, a que se denomina neogerencialismo, ou seja, a introdução de princípios de mercado e da lógica concorrencial competição e foco em resultados. É um argumento muito bom, quem não quer ser eficiente?, provocou. Entretanto, destacou Lettieri, essas reformas vieram dentro da discussão do modelo de Estado com as seguintes premissas: diminuição do aparelho do Estado que, no entanto, não diminuiu o Estado, só diminui direitos sociais, ou seja, o Estado tem sua função deslocada para servir ao capital, ressaltou; desregulamentação; controle/ ajuste fiscal e privatização. Conforme o palestrante, dentro dos conceitos da chamada Nova Administração Pública (NAP), os administradores públicos são vistos como empreendedores. Há a importação de conceitos empresariais, como o estabelecimento de metas a serem alcançadas; terceirização, com o repasse de serviços públicos a ONGs ou Organizações Sociais (OS) e, principalmente, avaliação de desempenho. No Brasil, observou Lettieri, a NAP foi base da Reforma Administrativa realizada pelo então Ministro da Administração, Luiz Carlos Bresser Pereira, durante o governo FHC. Neste modelo, as metas passam a ser um fim em si mesmo. O último estágio deste modelo é o pagamento por desempenho: se não atinge a meta, não recebe afirmou. Marcelo Lettieri também destacou o conceito de Balanced Scorecard (media ponderada, em tradução livre do inglês), método de avaliação de desempenho que vem sendo adotado no serviço público, inclusive na Receita Federal. Neste método, o objetivo é o desempenho, com estabelecimento de metas individuais e/ou de equipes, atrelando-se a remuneração e a realocação de recursos ao cumprimento dessas metas. Na avaliação do palestrante, a aplicação destes mecanismos de gestão afetam segurança funcional e reduzem o compromisso com interesse público. A essência do modelo gerencial é separar gerentes de executores divisão do corpo funcional. Não existe a opção de alternância. Os gerentes detêm atribuições legais do órgão. Atribuição do órgão indica que é responsável pela realização das tarefas com eficiência. Onde foi aplicado houve redução de salários, pois o conceito é fazer mais com menos, ou seja, redução de custo, explica. Lettieri também chamou atenção para o conjunto de medidas que retiram atribuições dos Auditores- Fiscais e vêm sendo adotadas continuamente, sem resistência da atual direção do Sindifisco Nacional.

6 Brasil avançou na última década apesar de contradições, diz pesquisador do Cesit No período da tarde a primeira palestra foi do professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) Anselmo Luiz dos Santos. Ele abordou os cenários da política econômica externa e interna na última década. Para ele, as mudanças no cenário internacional no inicio deste século, com aumento do preço de commodities, criaram um cenário favorável para os países em desenvolvimento, como o Brasil. No cenário interno, ele destacou a manutenção da estabilidade econômica, com a inflação controlada, e o aumento do investimento público. Neste período, observou o palestrante, houve importantes avanços sociais e econômicos, como a quase erradicação da miséria extrema, recuperação do valor do salário mínimo e aumento no nível de emprego o que diminuiu a pressão sobre salário e gerou melhores condições de trabalho. Anselmo observou ainda que neste período também houve uma mudança estrutural com a diminuição do ritmo de crescimento da população e redução da População Economicamente Ativa (PEA). Por outro lado, aponta, esse período de crescimento econômico, aconteceu com contradições econômicas. Apesar dos avanços, o país ficou defasado em termos de desenvolvimento industrial e tecnológico, fruto do longo período em que não houve crescimento econômico, principalmente entre as duas últimas décadas do século passado. Conjuntura O palestrante destacou ainda que dívida pública brasileira responde por 60% do PIB. O país não tem sistema de financiamento privado, não tem pesquisa privada, só o setor público financia estas atividades. Para entrar no capitalismo competitivo, têm que baixar juros, ter financiamento, mas ninguém investe com juros de 13%. Como vamos ocupar mercado com dólar excessivamente baixo? Quem produz assim? Ainda tem a infraestrutura precária, tributação e juros altíssimos, observou. Para Anselmo, além de câmbio e juros em patamares controlados, tem que haver estratégia para atrair indústria para desenvolver tecnologia. Esses são desafios para o país se transformar do ponto de vista da estrutura, da produção material. Tem que desenvolver as questões materiais e transferir parte da riqueza aos trabalhadores comentou. Na avaliação do palestrante, o momento atual é de desaceleração do crescimento. Os governos Lula e Dilma não conseguiram destravar estrutura. Ninguém mais sabe fazer projeto no Brasil. Tem dinheiro e não tem gente para desenvolver projetos básicos, analisou. Aduana O seminário foi encerrado com a palestra do Auditor-Fiscal Dão Real Pereira dos Santos, que abordou o controle aduaneiro e o fluxo do comércio internacional. Ele analisa que para o mercado o fato de a Receita Federal estar vinculada à fiscalização aduaneira é um problema, pois o objetivo é tirar o fluxo de bens da ordem tributária. Dão destacou que, com a onda de globalização da economia, houve desnacionalização das empresas e o mundo passou a ser o país do mercado. Com isso, os países ricos se livram da produção suja, levando-a para países que têm legislações permissivas ou controle aduaneiro fraco. Em 30 anos, o comércio internacional aumentou seu fluxo em cinco vezes e o PIB mundial apenas duplicou. Portanto, o que se pulveriza são partes do processo de produção, o que gera intensificação do comércio internacional exemplificou. Essa nova configuração do ambiente internacional faz com que as transações comerciais passem a ocorrer por dentro das companhias, que neste processo se fundiram, concentrando a produção mundial nas mãos de poucas corporações. Assim, empresas do mesmo grupo intensificam o comercio internacional. Com isso, o comércio internacional tem como objetivo não mais a transferência de bens, mas a forma de transferência financeira. A empresa escolhe onde vai produzir e onde vai pagar impostos, transferindo sua sede para onde não tem tributação sobre renda. Grandes corporações não pagam mais que 5% de IR, relatou. Dão Real observou que com a globalização tornou-se necessário para o mercado criar condições

para que o fluxo das mercadorias não se interrompa, pois se dificultar o comércio há perda de lucratividade. Por isso há pressão sobre a fluidez do comercio. É preciso que os Estados criem condições para que as portas (Aduanas) fiquem permanentemente abertas ilustrou. Na opinião do palestrante, as grandes corporações agem iguais piratas saqueiam os países e vão embora. Em geral, não pagam impostos e geram passivos sociais e ambientais. Isto ocorre com indústrias internacionalizadas, que fazem governos e Estados reféns. Qualquer pressão por alguma regulação, o capital ameaça ou vai embora, comentou. Segundo o palestrante, no ano 2001, dentro da lógica do processo de globalização, na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) construiu-se a ideologia de que as aduanas devem ser facilitadoras do comércio internacional. Após os atentados de 11 de setembro, as Aduanas passaram a assumir o compromisso de garantir segurança e facilitação para o comercio internacional. A erosão da base de tributação das grandes empresas passou a ser alvo das aduanas e tributos internos. De outro lado, forças do comércio na OMC (Organização Mundial do Comércio) articulam acordo internacional de facilitação, na forma de lei, e as adunas ficam vinculadas à obrigação de facilitar o comércio. Esse acordo de facilitação tem sido motivo de reclamações de mais de 200 entidades que assinaram manifesto para não ser aprovado o acordo, por vários motivos, entre eles: 1. Vai subordinar governos, os programas de desenvolvimento O mundo é a pátria do mercado de cada país, que não poderão influir no fluxo de comercio, o que é ruim para os países que não se desenvolveram; 2. É pautado pela ótica do setor privado e impõe privatização dos portos, dos serviços aduaneiros e precarização dos salários e das relações e condições de trabalho. Dão Real destacou ainda a atuação do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) que propõe que Aduana não pode ter preocupação fiscal e defende a desvinculação com a Receita Federal, na contramão da tendência internacional. Para construir um sistema aduaneiro 7 abrangente, único, capaz de enxergar o comércio internacional como um todo, é fundamental que permaneça em um eixo único. O comércio internacional deve ser observado sob a ótica do Estado, como instrumento de transferência de mercadorias e o que representa esta operação em efeitos fiscais, tributários, sanitários e de segurança, discursou. Por fim, destacou Dão Real, a proposta de alteração do Regimento Interno da Receita Federal para retirar a fiscalização da zona secundária e colocar na lógica da Cofis (Coordenação de Fiscalização) têm por objetivo priorizar a arrecadação. Só se preservou a área aduaneira porque foi um eixo único. Ao torná-la um eixo marginal da fiscalização, a tendência é que desapareça. Desonerar a zona primaria da questão tributária e transferi-la para o Ministério da Indústria e Comercio (MDIC) abre caminho para a privatização da Aduana, alertou. Resistência da categoria barra artigo da Resolução 278 da Anac No dia 16 de agosto o juiz da 22ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, Francisco Neves da Cunha, concedeu liminar em ação proposta pelo Sindifisco Nacional e pelo Sindireceita eximindo Auditores-Fiscais e Analistas Tributários de serem submetidos à revista prevista na Resolução Anac nº 278/13. Esta decisão, embora provisória, é uma vitória da categoria, que em nenhum momento admitiu ser submetida a essa revista, que contraria as prerrogativas e a precedência nas áreas aduaneiras garantidas pela Constituição. No dia 29 de agosto, os Auditores-Fiscais entregaram ao Secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto, a Carta aprovada na Plenária Nacional Aduaneira, na qual expressam como inaceitáveis diversas medidas, algumas em gestação no âmbito da RFB, outras publicadas por órgãos estranhos à Aduana, que afetam profundamente a função de controle do comércio exterior pela Receita Federal e o exercício da atividade fiscal. (Leia a íntegra da carta em http://www.auditoresfiscais.org.br/nacional/?area=ver_noticia&id=154)

8 Palestra no INSS em Jundiaí discute Previdência Social e desoneração da folha O Vice-Presidente da DS Campinas/Jundiaí, Paulo Matsushita, fez uma palestra sobre financiamento da Previdência Social e a desoneração da folha de pagamentos, no dia 29/8, para o Conselho Municipal de Previdência Social, na sede do INSS em Jundiaí. Matsushita fez uma análise histórica das políticas de assistência social no Brasil até se chegar ao conceito de Seguridade Social, definida pela Constituição de 1988. Ele também apresentou dados comparativos de gastos sociais no Brasil com outros países que compõem a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ressaltando o baixo percentual do PIB (Produto Interno Bruto) historicamente investido pelo Brasil - perpetuando assim uma das sociedades mais desiguais do mundo. O palestrante mostrou ainda dados dos programas sociais recentes de redução da pobreza, como o Bolsa-Família e comparou com os da Previdência Social, que é de fato a a grande política de redistribuição de renda. Para Matsushita, a política de desoneração da folha de pagamentos, que vem sendo adotada pelo Governo Federal com o discurso de recuperar a competitividade da indústria brasileira, não cumpre com seu objetivo e ainda compromete seriamente as contas da Previdência Social, uma vez que desonera as empresas da Previdência contribuição patronal (20% sobre a folha de pagamentos), substituindo por um percentual de 1% a 2% sobre a receita bruta. Conforme dados apresentados na palestra, que o palestrante obteve pela via da Lei de Acesso à Informação, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra, segundo informação das próprias empresas, que não houve alteração significativa no faturamento, na exportação, nos investimentos e na geração de empregos após a desoneração da folha. Para o palestrante, as razões da falta de competitividade da indústria brasileira não têm relação com a previdência e com os custos do trabalho. O trabalhador brasileiro tem um dos custos mais baixos do mundo, observou. Para Matsushita, a desoneração da folha de pagamentos representa a continuidade de iniciativas que desfiguram a Seguridade Social, não atende aos objetivos de geração de empregos, não tem reflexos sobre os investimentos privados. O estímulo econômico deve ser objeto do Orçamento Fiscal, e não do Orçamento da Seguridade Social, concluiu. DELEGACIA SINDICAL CAMPINAS/ JUNDIAÍ DO SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES - FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL SINDIFISCO NACIONAL AV. JESUINO MARCONDES MACHADO, Nº 969 - CHÁCARA DA BARRA CEP 13092-001 - Fone (19) 3294-3662 CAMPINAS /SP www.dscampinasjundiai.org.br / http://dscampinas.blogspot.com delegaciasindical@sindifisconacionalcampinas.org.br Sugestão de Leitura Retire a máscara dos principais inimigos da sociedade justa e descubra seus diversos mecanismos de proteção e ocultamento. Conheça a Bolsa-Rico, que transfere recursos públicos para milionários rentistas, saiba por que o sistema tributário, altamente regressivo, é moldado para privilegiar o capital e facilitar a apropriação privada da riqueza, faça um tour pelos paraísos fiscais e examine legislações que favorecem práticas criminosas. Explore essas e outras artimanhas pouco conhecidas da realidade brasileira que nos permitem compreender as contradições que marcam o país, sexta potência econômica do planeta, mas ocupando uma vexatória posição entre os dez países com maior desigualdade social. Organizadores: Antonio David Catani Marcelo Ramos de Oliveira Ed. Tomo Editorial Disponível para leitura na sede da DS Campinas/Jundiaí IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT