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AULA 01: Princípios Orçamentários.

Transcrição:

Contabilidade Pública voltada ao edital da área comum do cargo de Analista de Finanças e Controle da CGU e para a área específica CI Turma IGEPP 2012 Dúvidas Email:giovanni_pacelli@hotmail.com 1

Edital CGU 2008 Área Comum Item do edital 1. Orçamento Público: conceitos e princípios orçamentários 2. Orçamento segundo a Constituição de 1988: Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Financeiras - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA. 3. Lei de Responsabilidade Fiscal LRF 4. Classificação econômica da Receita e da Despesa pública. 5. Conceito e estágios da Receita e da Despesa pública. 2

Edital CGU 2008 Área CI Item do edital 1. Orçamento Público: características do orçamento tradicional, do orçamento de base zero, do orçamento de desempenho e do orçamento-programa. 2. Classificação da receita e da despesa orçamentária brasileira. 3. Execução da receita e da despesa orçamentária. 4. Estrutura programática adotada no setor público brasileiro. 5. Tópicos da Lei de Responsabilidade Fiscal princípios, objetivos, e efeitos no planejamento e no processo orçamentário, regra de ouro, limites para despesa. 3

Distribuição das questões 2008 Item Tema Quantidade de questões 1 Funções clássicas 1 Princípios 1 PPA 2 2 LDO 2 LOA 1 Créditos Adicionais 1 3 LRF 2 4 Receita (Classificação) 1 Despesa (Classificação) 1 5 Despesa (estágio) 2 Receita (estágio) 1 Total 15 4

Distribuição das aulas do curso Itens do edital Orçamento Público: conceitos e princípios orçamentários. Tipos de Orçamento. Orçamento segundo a Constituição de 1988: Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Financeiras - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA. Classificação econômica da Receita. Conceitos e estágios da receita (execução). Classificação econômica da Despesa. Conceito e estágios da Despesa pública (execução). Quantidade de aulas Lei de Responsabilidade Fiscal LRF 2 Classificação Programática 1 2 2 1 2 5

Fontes de Estudo Lei 4.320/1964; Decreto Lei 200/1967; Decreto 93.872/1986; Lei 10.180/2000 (Sistemas Organizacionais) CF/1988; LC 101/00 (LRF); Lei 12.595/2012 (LOA/2012); Lei 12.465/2011 (LDO 2011 para a LOA 2012); Lei 11.593/2012 (PPA 2012-2015); MTO versão 2012; Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: Parte I 4ª edição 2011. 6

Fontes de Estudo GIACOMONI, James. Orçamento público. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2010. GIAMBIAGI, Fábio; ALÉM, Ana Cláudia. Finanças públicas: teoria e prática no Brasil. 3 ed. Rio de Janeiro: Campus editora, 2007. ALBUQUERQUE, C. M.; MEDEIROS, M. B.; SILVA, P. H. F. da. Gestão de Finanças Públicas. 2 ed. Brasília: Gestão Pública, 2008. REZENDE; Fernando. Finanças públicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2001. CRUZ, Flávio da. LRF comentada. São Paulo: Atlas, 2008; CRUZ, Flávio da. Lei 4320 comentada. São Paulo: Atlas, 2008. 7

Cuidados com o MCASP 4ª ed. Parte Descrição Prazo para adoção pelos entes Parte I Parte II Parte III Parte IV Parte V Procedimentos Contábeis Orçamentários Procedimentos Contábeis Patrimoniais Procedimentos Contábeis Específicos Plano de Contas Aplicado ao Setor Público Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Obrigatório desde 1º janeiro de 2012 Deverá ser adotada pelos entes da Federação gradualmente a partir do exercício de 2012 e integralmente até o final do exercício de 2014, salvo na existência de legislação específica emanada pelos órgãos de controle que antecipe este prazo. Deverá ser adotada pelos entes de forma obrigatória a partir de 2012. Deverão ser adotadas pelos entes, de forma facultativa, a partir de 2012 e, de forma obrigatória, a partir de 2013. Parte VI Perguntas e Respostas - Parte VII Exercício Prático - Parte VIII Demonstrativo de Estatísticas Será elaborado pela STN/MF a partir de de Finanças Públicas 2012 para a União, de 2013 para os Estados, Distrito Federal e Municípios, e de 2014 para o setor público consolidado. 8

CGU 2008; STN 2008; APO 2008 e 2010; SRF 2009; CVM 2010; SUSEP 2010; Outras. Provas selecionadas 9

Tópico 1 Princípios orçamentários; Conceitos de orçamento; Funções clássicas do orçamento. 10

Conceito de Orçamento Público É o processo e o conjunto integrado de documentos pelos quais se elaboram, se expressam e se avaliam os planos e programas de obras e encargos governamentais, com estimativa da receita e fixação da despesa de cada exercício. 11

Conceito de Orçamento Público É uma norma constitucional, expressa em uma lei de iniciativa do Poder Executivo, votada pelo Poder Legislativo, executada pelos três poderes, sendo um instrumento de gestão governamental, contínuo, dinâmico e flexível, que traduz, em termos físicos e financeiros, para determinado período, os programas de trabalho do governo, cujo ritmo de execução orçamentário deve ser ajustado ao fluxo de entrada dos recursos financeiros previstos, de modo a assegurar sua implementação. 12

Princípios orçamentários 13 Lei 4320/64 CF/88 -Unidade(Art. 2º) -Unidade(Art. 165º 5º) -Anualidade(Art.2º e 34º) -Anualidade (Art. 165º Inc III e Art. 165º 5º) -Universalidade(Art. 2º,3º e 4º) -Universalidade(Art. 165º 5º) -Unidade de caixa (Art. 56º) -Unidade de caixa (Art. 164º 3º) -Especificação (Art.5º e 15º) -Exclusividade (Art. 165º 8º) -Orçamento Bruto (Art. 6º) -Não vinculação das receitas (Art. 167º Inc IV) -Reserva Legal (Art. 84º, XXIII; Art. 68º 1º; Art 62º,I, 1º,d) MCASP 4ª edição - Parte I (2011 válido para 2012) - Publicidade; -Transparência. Giacomoni -Equilíbrio (Art. 167º Inc III) (indiretamente)

Princípios orçamentários DICAS do tópico: 1)Para cada princípio deve-se guardar as palavraschaves e as exceções. 2)Deve-se ter lido pelo menos 2 vezes o artigo que suporta o princípio. 14

Princípios orçamentários: unidade Lei 4320/64 Art. 2º A lei do orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 15

Princípios orçamentários: unidade O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento e não mais que um para cada exercício financeiro. Busca-se com esse princípio, eliminar a existência de orçamentos paralelos (fiscal, monetário e das estatais separados). Dele deriva o princípio da totalidade: OF,OSS e OI que devem ser consolidados em uma única lei (lei orçamentária anual - LOA). 16

Princípios orçamentários:unidade CF/88 Art. 165º 5º compreenderá: - A Lei Orçamentária anual I- o orçamento fiscal referente aos poderes da União,seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; II-o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III-o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. 17

Princípios orçamentários:unidade 18

Princípios orçamentários: anualidade Lei 4320/64 Art. 2º A lei do orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 19

Lei 4320/64 Princípios orçamentários:anualidade Art. 34º O exercício financeiro coincidirá com o ano civil A previsão da receita e fixação da despesa devem referir-se sempre a um período limitado de tempo. O período de vigência do orçamento denomina-se exercício financeiro. O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja de 1º de janeiro a 31 de dezembro. 20

Princípios orçamentários:anualidade CF/88 Art. 165º Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: [ ] -III os orçamentos anuais [...] 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: [ ] 21

Princípios orçamentários:anualidade Exceção ao princípio da anualidade: CF/88 Art. 167 [..] 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. Ou seja, promulgados a partir de 1º de setembro. 22

Princípios orçamentários:universalidade Lei 4320/64 Art. 2º A lei do orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 23

Princípios orçamentários:universalidade Lei 4320/64 Art. 3º A lei de orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único: Não se consideram para fins desse artigo as operações de crédito para antecipação de receitas, as emissões de papel moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. 24

Princípios orçamentários:universalidade Lei 4320/64 Art. 4º A lei de orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observando o dispositivo no artigo 2º. 25

Princípios orçamentários:universalidade CF/88 Art. 165º 5º- A LOA compreenderá: I- o orçamento fiscal referente aos poderes da União,seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; II-o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III-o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. 26

Princípios orçamentários:orçamento bruto Lei 4320/64 Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamentos pelos seus totais vedadas quaisquer reduções. 27

Questão 1 1. (Cespe/ IPEA/ 2008) Se uma receita é arrecadada pela União e parte dela é distribuída para os estados, então a União deve prever no orçamento, como receita, apenas o valor líquido. 28

Princípios orçamentários:exclusividade CF/88 Art. 165º 8º- A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Exceções ao princípio da exclusividade: -Autorização para abertura de crédito suplementar -Autorização para a contratação de operação de crédito, inclusive ARO 29

Princípios orçamentários:exclusividade 30

Qual a classificação orçamentária de Títulos da Dívida Agrária? Fonte: MTO,2012 31

Princípios orçamentários: não afetação CF/88 Art. 167º-São vedados: IV- a vinculação de receita de IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 [IR Adm Dir+A+FP Municípios; 50% ITR; 50% IPVA; 25% ICMS] e 159 [FPE e DF (21,5%)]; [ FPM 22,5%)]; [3% FNO, FNE e FCO]; [1% FPM em dezembro]; [10% IPI-Exp Estados e DF], [29% CIDE Combustível], a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para a manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado respectivamente, pelos arts. 198, 2º[saúde], 212[ensino] e 37,XXII[administração tributária], e prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no artigo 165, 8º [créditos suplementares e operações de crédito, inclusive ARO], bem como o disposto no 4º deste artigo. 32

Questões 2 e 3 2. (Cespe/IPEA/2008) Se um administrador público municipal contrai, em nome do município, uma operação de crédito por antecipação da receita, poderá vincular a receita de IPTU à operação, dando-a como garantia da dívida. 3. (Cespe/IPEA/2008) A CF prevê várias hipóteses que constituem exceções ao princípio orçamentário da nãoafetação das receitas. 33

Princípios orçamentários:não afetação Exceção a não vinculação das receitas: CF/1988 Art. 167º 4º- É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os art. 155 [ITCMD, ICMS, IPVA] e 156 [IPTU, ITBI, ISS], e dos recursos de que tratam os arts. 157 [IR Adm Dir+A+FP Estados e DF; 20% Imp. Residuais], 158 [ IR Adm Dir+A+FP Municípios; 50% ITR; 50% IPVA; 25% ICMS], e 159,I,a [FPE e DF (21,5%)] e b [ FPM (23,5%)], e II [10% IPI-Exp Estados e DF], para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. 34

Princípios orçamentários:não afetação Lei 4320/64 Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades. 35

Princípios orçamentários:não afetação Lei 101/2000 Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal. 1 o A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte: [...] II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, PODERÁ CONSISTIR NA VINCULAÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS DIRETAMENTE ARRECADADAS E PROVENIENTES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na 36 liquidação da dívida vencida.

Princípios orçamentários:não afetação CF/1988 ADCT: Desvinculação das Receitas da União Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2015, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais. 1º O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo das transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios na forma dos arts. 153, 5º [ ouro como ativo financeiro: 30% E,DF, T e 70% M];157, I [IR Adm Dir + A + FP dos E e DF];158, I [IR Adm Dir + A + FP dos M]; e II [50% ITR]; e 159, I, a [FPE e DF:21,5% IPI e IR] e b [FPM:23,5% IPI e IR]; e II [10% IPI Exp para E e DF], da Constituição, bem como a base de cálculo das destinações a que se refere o art. 159, I, c [3% IPI e IR para FNE,FNO e FCO], da 37 Constituição

Princípios orçamentários:não afetação CF/1988 ADCT: Desvinculação das Receitas da União 2 Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do salárioeducação a que se refere o 5º do art. 212 da Constituição Federal. 3 Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal, o percentual referido no caput será nulo. 38

Princípios orçamentários:equilíbrio CF/1967 Art. 66. O montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período. CF/1988 Não cita de forma expressa. MCASP Parte I (3ª edição) Esse princípio estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. Havendo reestimativa de receitas com base no excesso de arrecadação e na observação da tendência do exercício, pode ocorrer solicitação de crédito adicional. Nesse caso, para fins de atualização da previsão, devem ser considerados apenas os valores utilizados para a abertura de crédito adicional. 39

Princípios orçamentários:equilíbrio MCASP Parte I (3ª edição) Conforme o caput do artigo 3º da Lei nº 4.320/1964, a Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Assim, o equilíbrio orçamentário pode ser obtido por meio de operações de crédito. Lei 4320/64 Art. 3º A lei de orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de crédito autorizadas em lei. 40

Princípios orçamentários:equilíbrio MCASP Parte I (3ª edição) Entretanto, conforme estabelece o artigo 167, III, da Constituição Federal é vedada a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, dispositivo conhecido como regra de ouro. De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços. CF/88 Art.167º. São vedados: [...] III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 41

Princípios orçamentários:unidade de caixa Lei 4320/64 Art. 56 - O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. DEL 200/67 Art. 92 - Com o objetivo de obter maior economia operacional e racionalizar a execução da programação financeira de desembolso, o Ministério da Fazenda promoverá a unificação de recursos movimentados pelo Tesouro Nacional através de seu caixa junto ao agente financeiro da União. CF 88 Art. 164 [...] 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 42

Princípios orçamentários:especificação/ discriminação Lei 4320/64 Art. 5º- A Lei do orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins. 43

Princípios orçamentários:especificação Lei 12465/2011 (LDO) Art. 7º- Os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social discriminarão a despesa por unidade orçamentária, detalhada por categoria de programação em seu menor nível, com suas respectivas dotações, especificando a esfera orçamentária, o grupo natureza da despesa, o identificador de resultado primário, a modalidade de aplicação, o identificador de uso e a fonte de recursos. 44

Princípios orçamentários:especificação A Lei nº 4.320/64, em seu art. 15, determina que, na Lei de Orçamento, a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. Já a Portaria STN/SOF nº 163/2001, determina que, na Lei de Orçamento, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, farse-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação. Como a esfera federal trata a elaboração do orçamento, quanto ao nível de desdobramento da despesa? Em âmbito do Governo Federal o orçamento é aprovado por grupo de natureza da despesa, acrescida da informação gerencial modalidade de aplicação, sendo o elemento indicado no momento da execução da despesa. 45

Princípios orçamentários:especificação A identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas, projetos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao princípio da especificação. Por meio dessa classificação, evidencia-se como a administração pública está efetuando os gastos para atingir determinados fins. É importante destacar que, a interpretação da Lei 4.320/64, no que se refere a elemento, não é a mesma do elemento da despesa da Portaria STN/SOF nº 163/2001. 46

Questão 4 (Cespe/IPEA/2008) Enquanto não for editada nova lei sobre finanças públicas, permanecem em vigor as normas da Lei n.º 4.320/1964 que não conflitam com a CF e com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim sendo, em conformidade com aquela lei de 1964, e sobre a matéria orçamentária, julgue os próximos itens. 4. Apesar de a Lei n.º 4.320 determinar que a lei de orçamento não deve consignar dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências, na atual estrutura das leis orçamentárias verificam-se dotações destinadas ao mesmo tempo à aquisição de materiais e a pagamento de serviços de terceiros. 47

Princípios orçamentários:especificação Lei 12465/2011 (LDO) Art. 15º O Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária de 2012 com sua despesa regionalizada e, nas informações disponibilizadas em meio magnético de processamento eletrônico, apresentará detalhamento das dotações por elemento de despesa. 48

Princípios orçamentários:especificação EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO: DEL 200/67 Art. 91 - Sob a denominação de Reserva de Contingência, o Orçamento anual poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais. Lei 4320/64 Art.20º - Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas em despesas de capital. 49

Princípios orçamentários:especificação Não confundir com: LC 101/00(LRF) Art. 5º - O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: [...] 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. 50

Princípios orçamentários:especificação CF 88 Art. 167. São vedados: [...] VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 51

Questão 5 (ESAF/CGU/2008) No Brasil, para que o controle orçamentário se tornasse mais eficaz, ao longo dos anos, tornou-se necessário estabelecer alguns princípios que orientassem a elaboração e a execução do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados Princípios Orçamentários, que visam estabelecer regras para elaboração e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios Orçamentários, indique a opção correta. a) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária anual, de autorização para aumento da alíquota de contribuição social, mesmo respeitando-se o prazo de vigência previsto na Constituição. b) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de Poder deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro. c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos é incompatível com o princípio da não-afetação, definido na Constituição Federal. d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária anual deverá especificar a margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que o montante das receitas correntes será igual ao total das despesas correntes. 52

Princípios orçamentários:reserva legal CF/1988 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II orçamento. [...] 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 53

Questão 6 (IPEA 2008) No que se refere aos princípios orçamentários brasileiros e ao poder de legislar sobre orçamento, julgue os itens seguintes. 6. O poder de estabelecer normas gerais sobre orçamento restringe-se à União. 54

Princípios orçamentários: reserva legal CF/1988 Art. 62.[...] 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I-Relativa a: [...] d)planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3º. Art. 167 [...] 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. 55

Princípios orçamentários:reserva legal CF/1988 Art. 68[...] 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: [...] III- planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 56

Princípios orçamentários:reserva legal CF/1988 Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: [...] II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado 57

Princípios orçamentários:reserva legal CF/1988 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição. 58

Princípios orçamentários: publicidade Princípio básico da atividade da administração pública no regime democrático esta previsto pelo caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. 59

Princípios orçamentários: transparência Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. 60

Princípios orçamentários: programação O orçamento é a técnica de ligação entre as funções de planejamento e a gerência. Dessa forma o orçamento busca veicular a programação dos programas de trabalho do governo, isto é, os objetivos e metas perseguidos, bem como os meios necessários para tal. (GIACOMONI, 2010) 61

Questões 7, 8 e 9 (Cespe/TCU/2011) Julgue os itens que se seguem, a respeito dos princípios orçamentários. 7. O princípio orçamentário da programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. 8. Como parte integrante do processo orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade. 9. Entre as três leis ordinárias previstas pela CF para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio da especificação. 62

Tipos de Orçamentos Tipos de Orçamentos (Principais) Orçamento Tradicional Orçamento Desempenho Orçamento Programa Fonte: GIACOMONI,2010 63

Tipos de Orçamento DICAS do tópico: 1)Para cada tipo de orçamento deve-se guardar as palavras-chaves. 2)Saber os conceitos que diferenciam os tipos de orçamento uns dos outros. 64

Discussão sobre tema de discursiva em AFO: ANTAQ/2009 Cespe Administração 65

Orçamento Tradicional: Lei de Meios Origem: Inglaterra, 1822. Foco Principal: Controle político. O processo de orçamento é dissociado dos processos de planejamento e programa. O aspecto econômico tinha função secundária. As finanças públicas caracterizavam-se pela neutralidade. Destaque ao aspecto jurídico do orçamento. O controle visa avaliar: a honestidade dos agentes do governo e a legalidade no cumprimento do orçamento. Principais critérios classificatórios: unidades administrativas e por objetos/item de despesa. Decisões tomadas com base nas necessidades das unidades organizacionais. 66

Orçamento Tradicional: Conceito STN Processo orçamentário em que apenas uma dimensão do orçamento é explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Também é conhecido como Orçamento Clássico. 67

Orçamento Desempenho/Funcional Foco Principal: instrumento de administração Orientado para instrumentalizar a ação gerencial. Apresenta os propósitos e objetivos. Duas perspectivas: objeto de gastos e um programa de trabalho. Considera os custos dos programas propostos. Considera dados quantitativos que meçam realizações desempenho organizacional. Trabalho levado a efeito em cada programa. Não possui ainda a vinculação a um instrumento central de planejamento das ações de governo. Transição entre o orçamento tradicional e o orçamento programa. 68

Orçamento Desempenho: Conceito STN Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a ênfase reside no desempenho organizacional, sendo também conhecido como orçamento funcional. 69

Origens do Orçamento-Programa Sistema integrado de Planejamento, programação e Orçamento(PPBS ou SIPPO): -Década de 60,após a 2ª GGM nos EUA. -Tentativa de integrar o orçamento ao planejamento. -Concepção ambiciosa: diagnósticos e prognósticos, objetivos, análise de cursos alternativos, os programas e projetos com suas metas, os recursos a serem empregados, a indicação dos custos, bem como os esquemas de avaliação e controle. -Não prosperou: crise econômica, desconfiança política -Serviu de base para o atual orçamento-programa. 70

Orçamento Programa: Conceito STN Originalmente, sistema de planejamento, programação e orçamentação, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da década de 50, sob a denominação de PPBS (Planning Programning Budgeting System). Principais características: integração, planejamento, orçamento; quantificação de objetivos e fixação de metas; relações insumo-produto; alternativas programáticas; acompanhamento físico-financeiro; avaliação de resultados; e gerência por objetivos. 71

Origens do Orçamento Programa no Brasil Marco regulatório: DEL 200/67, apesar da Lei 4320/64 ter dado suporte para a mudança ( evidenciar os programas de trabalho de governo Art. 2º). Vinculado ao planejamento econômico e social que surge como uma necessidade de levar a prática programas anuais e planos de governo de longo prazo. 1ª LOA programada 1967, em 1966 foram feitas duas (uma LOA programada e outra não). Despesas classificadas por função, atividades e tarefas governamentais e não por objeto. 1974: União padroniza a classificação funcional programática. 72

Origens do Orçamento Programa no Brasil Lei 4320/1964 Art. 2 A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. Decreto-lei 200/1967 Art. 7º - A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos: [...] c)orçamento programa anual; [...] 73

Orçamento Programa O orçamento é elo entre o planejamento e as funções executadas da organização; Alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas; Principal critério: funcional-programático; Utilização sistêmica de indicadores; Busca controlar e avaliar a Eficácia, Eficiência e Efetividade das ações governamentais. 74

Orçamento Tradicional vs Orçamento Programa Orçamento Tradicional Processo orçamento dissociado do planejamento Alocação visa aquisição de meios Ênfase nos aspectos Contábeis Orçamento Programa Orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas Alocação visa à consecução de objetivos e metas Ênfase nos aspectos Administrativos Unidades administrativas e elementos Inexistem sistemas de acompanhamento e medição dos trabalhos e resultados Avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do orçamento Funcional-programática Utilização sistêmica de indicadores e padrões de medição dos trabalhos e resultados Avaliar a Eficiência, a Eficácia e a Efetividade das ações governamentais 75

Questão 10 (ESAF/APO/2008) Com base nas características e aspectos do orçamento tradicional e do orçamento-programa, assinale a única opção incorreta. a)no orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das despesas com o objetivo de atender às necessidades coletivas definidas no Programa de Ação do Governo. b)no orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais. c)na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e elementos. d)no orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento e medição do trabalho, assim como dos resultados. e)o orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa para execução dos planos de longo, médio e curto prazo. 76

Críticas ao Orçamento Programa Necessidade que os novos conceitos sejam de conhecimento de todos. Dificuldade em se identificar os produtos finais. Certas atividades do estado são intangíveis, seus resultados não se prestam a medições. 77

Outros Orçamentos: Conceito STN Orçamento Base Zero ou por estratégia: -Abordagem orçamentária desenvolvida nos Estados Unidos da América, pela Texas Instruments Inc., Durante o ano de 1969. Foi adotada pelo estado de Geórgia (gov. Jimmy Carter), com vistas ao ano fiscal de 1973. Principais características: análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. 78

Outros Orçamentos: Conceito STN Orçamento Incremental: -Orçamento feito através de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa. 79

Outros Orçamentos Novo orçamento desempenho (GPRA): -Government Performance and Result Act Ao invés de ter como principal medida de desempenho os produtos (outputs), possui uma nova característica de objetivos de desempenho: os resultados (outcomes); -Além disso, dá ênfase na responsabilização dos agentes: penalização para má gestão e premiação para boa gestão; -Dois componentes básicos: concepção de programa e o desenho da estrutura programática; sistemas de determinação dos custos. Fonte: GIACOMONI, 2010: 61-52 80

Questão 11 (ESAF/APO/2008) A abordagem orçamentária cujas principais características são a análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente, de modo que todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário, denomina-se: a) orçamento tradicional. b) orçamento de base zero. c) orçamento de desempenho. d) orçamento-programa. e) orçamento incremental. 81

Funções de Governo Funções de Governo (Musgrave) Função Alocativa Ajustes na alocação de recursos Função Distributiva Ajustes na distribuição de renda Função Estabilizadora Manter a estabilidade Econômica Fonte: GIACOMONI, 2010 82

Função Alocativa Governo determina o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados e calcula o nível de contribuição de cada consumidor; Produção vs Provisão Produção: energia, petroquímica, mineração, informática(bens privados, mas que podem ser produzidos pelo estado) Provisão: Educação e Saúde (bens semipúblicos/mistos/meritórios) Não são necessariamente produzidos pelo governo, mas são financiados pelo orçamento público (Giacomoni,2010) 83

Função Alocativa Bens semi-públicos: apesar de serem submetidos ao princípio da exclusão e desta forma serem explorados pelo setor privado, o fato de gerarem altos benefícios sociais e externalidades positivas justifica a produção total ou parcial destes bens pelo setor público. 84

Função Distributiva A distribuição de renda resultante dos fatores de produção e da venda dos serviços desses fatores no mercado pode não ser a desejada pela sociedade; Instrumentos: -Transferências: redistribuição direta de renda. Ex: Bolsa Família -Impostos: Ex: IR, Impostos sobre Grandes Fortunas -Subsídios: Ex: tarifas baixas para produtos da cesta básica Para Musgrave não são instrumentos de política fiscal. 85

Questão 12 12. (Cespe/IPEA/2008) As transferências, da mesma forma que os tributos, são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de transferirem recursos da iniciativa privada para o setor público. 86

Função Estabilizadora Antes acreditava-se que o mercado tinha a capacidade para auto ajustar-se ao pleno emprego da economia; A flexibilidade de preços e salários garantiria esse equilíbrio. Depois constatou-se que: -O mercado não é capaz de assegurar altos níveis de emprego, estabilidade nos preços e altas taxas de crescimento econômico. Mecanismo básico: -Ação sobre a demanda agregada 87

Função Estabilizadora Principais instrumentos: -Política Fiscal -Política Monetária Quatro objetivos principais da política fiscal: -Manutenção do elevado nível de emprego; -Estabilidade nos níveis de preços; -Equilíbrio no Balanço de Pagamentos; -Razoável taxa de crescimento econômico. 88

Política Fiscal Situação Recessiva Diretamente: Aumento nos gastos públicos em consumo e investimento Indiretamente: Redução na alíquota dos impostos Alto nível de Inflação ou excesso de demanda Diminuição dos gastos Aumento da Alíquota dos impostos 89

Situação Recessiva Redução da Taxa de Juros: crescimento da demanda agregada e da renda nacional Política Monetária Alto nível de Inflação ou excesso de demanda Aumento da Taxa de juros: Diminuição da demanda agregada 90

Questão 13 13. (Cespe/IPEA/2008) Após a Segunda Guerra Mundial, os deficits públicos excessivamente altos e a crise econômica mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton Woods e à criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto afirmar que, nessas circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de políticas públicas devia ser com a função alocativa dos governos. 91

Questão 14 14. (Cespe/TCU/2008) A teoria de finanças públicas consagra ao Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva, e estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda. 92

Questão 15 (ESAF/CGU/2008) O Orçamento é um dos principais instrumentos da política fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que não se enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas funções clássicas do orçamento. a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções elementares do Estado, como justiça e segurança. b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último principalmente nas situações em que os bens não são providos pelo setor privado. c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico. d)cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. e) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar os seus efeitos. 93

Exercícios Propostos 94