FÍGADO UM ÓRGÃO COM MUITAS FUNÇÕES

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Transcrição:

FÍGADO UM ÓRGÃO COM MUITAS FUNÇÕES

Armazenamento de glicose, ferro, vitaminas e outros minerais Síntese de proteínas plasmáticas (albumina, fatores de coagulação) Produção da bile para auxiliar a digestão Participação na hematopoiese e hemocarotese Filtragem de microorganismos Desintoxicação de toxinas internas e externas Conversão de amônia em uréia Filtragem de impurezas

Mas atenção... Sou um órgão que não reclama Eu não irei te avisar que estou com problemas até que eu esteja no fim da minha vida... e da sua Então... Aprenda a me proteger

Porque senão eu posso ficar doente... Causas: Álcool Medicamentos Autoimunidade

INFECÇÕES BACTERIANAS: Leptospirose Febre recorrente (Borrelia) INFECÇÕES PARASITÁRIAS: Toxoplasmose Malária Agentes infecciosos INFECÇÕES VIRAIS: Citomegalovírus Vírus Epstein-Barr Vírus da dengue Vírus da febre amarela Vírus herpes simples Vírus coxsackie B Vírus da rubéola

VÍRUS DA HEPATITE A VÍRUS DA HEPATITE B Os agentes mais comuns de hepatite viral no homem VÍRUS DA HEPATITE C

Hepatites virais Hepatite A Hepatite B Hepatite C Hepatite D Hepatite E Agente etiológico HAV HBV HCV HDV HEV Classificação (família) Picornaviridae Hepadnaviridae Flaviridae Não classificado Hepeviridae Transmissão entérica parenteral parenteral parenteral entérica Infecção crônica não sim sim sim não Vacina sim sim não não não

Hepatite A

O vírus da hepatite A (HAV) Classificação: Família Picornaviridae Gênero Hepatovirus Partículas de 27 a 32 nm Não envelopada Simetria icosaédrica

O vírus da hepatite A (HAV) Eliminação nas fezes: 10 9 partículas virais/g Um dos vírus mais estáveis no ambiente Infecciosidade mantida mesmo após processos de tratamento e desinfecção da água

Transmissão do HAV Fezes contaminadas pelo HAV mãos esgoto Suprimento de água plantações Ambientes hídricos Bivalvos homem

Tropismo do vírus da hepatite A no organismo

Aspectos clínicos da hepatite A Incubação: 15 a 50 dias (média 1 mês) Sintomas: 6 dias a 6 meses Resolução completa Tipo de infecção Assintomática (inaparente ou subclínica): >95% crianças Sintomática (anictérica ou ictérica): 70-80% adultos Desenvolvimento de sintomas depende da idade da infecção

Diagnóstico das hepatites virais 1. Diagnóstico clínico Pródromo: síndrome gripal, astenia, febre, cefaléia Fase aguda: icterícia, colúria, acolia fecal, náuseas, vômitos, hepatomegalia, dor abdominal 2. Diagnóstico bioquímico Hepatograma (ALT, AST, FA, gama GT) Hepatite aguda: A, B e C 3. Diagnóstico sorológico Pesquisa de anticorpos e antígenos (EIA) 4. Diagnóstico molecular Pesquisa do genoma viral (hibridização,pcr) Hepatite crônica: B e C 5. Diagnóstico histológico (biópsia hepática) Histopatologia e imunohistoquímica

Diagnóstico laboratorial da hepatite A Pesquisa de anticorpos: Anti-HAV IgM: infecção recente pelo HAV Anti-HAV IgG: infecção passada pelo HAV

Epidemiologia da Hepatite A estabilidade da partícula viral eliminação nas fezes, em grandes quantidades, no período de incubação infecção assintomática em crianças Condições sanitárias precárias Ampla disseminação do HAV no ambiente

Prevenção e controle da hepatite A Saneamento básico Higiene Vacinação

HEPATITES VIRAIS DE TRANSMISSÃO PARENTERAL Prof. Cláudia Lamarca Vitral

Hepatite B Duas bilhões de pessoas infectadas pelo HBV 350 milhões de portadores crônicos Infecção pelo HBV: possibilidades Cirrose e hepatite fulminante Principal fator de risco para o HCC 1-2 milhões de óbitos/ano 45% população mundial vive em áreas de alta prevalência do HBV (Áfricasub-Sahara- e Ásia) 100 vezes mais infeccioso do que o HIV

Vírus da hepatite B-HBV Classificação Família Hepadnaviridae Gênero Hepadnavirus Partículas do HBV: completa (42-47 nm) esférica (22 nm) tubular (22 nm)

Virus da Hepatite B Partícula completa (10 9 partículas/ml) Partículas incompletas (10 13 partículas/ml) Tubulares HBeAg Solúvel no sangue Esféricas

Curso clínico da hepatite B em adultos Hepatite B aguda 90% Resolução 9% 1% Hepatite fulminante Portador inativo de HBsAg Hepatite B crônica Hepatite B crônica ativa cirrose HCC

Evolução da infecção pelo HBV de acordo com a idade da infecção 100 100 80 80 60 Infecção crônica 60 40 40 20 20 0 Infecção Sintomática 0 0 meses 1-6 meses 7-12 meses 1-4 anos Adolescentes e adultos Idade da infecção

Diagnóstico sorológico da hepatite B Anticorpos específicos são formados contra todos os antígenos relacionados ao HBV. O exame deste sistema Ag-Ac, permite o acompanhamento curso da infecção

Curso sorológico da hepatite B aguda Replicação viral HBeAg Sintomas anti-hbe Dim. Infecciosidade Título Anti-HBc Total Contato Infecção corrente HBsAg Anti-HBc IgM Infecção recente anti-hbs imunidade 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100 Semanas após a exposição Marcadores sorológicos F. Aguda: HBsAg e anti-hbc IgM Imunidade ao HBV:anti-HBs

Curso sorológico da hepatite B crônica Infecção Aguda (meses) Infecção Crônica (anos) Título HBeAg anti-hbe HBsAg Anti-HBc total Anti-HBc IgM 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 Semanas após exposição Anos HBsAg: positivo por > 6 meses após início dos sintomas Interpretação Evolução para infecção crônica

Curso sorológico da hepatite B crônica Infecção Aguda (meses) Infecção Crônica (anos) Título HBeAg anti-hbe HBsAg Anti-HBc total Anti-HBc IgM 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 Semanas após exposição Anos

Diagnóstico sorológico da hepatite B HBsAg: positivo por > 6 meses após início dos sintomas Interpretação Evolução para infecção crônica

Concentração do HBV em diversos fluidos orgânicos Alta (10 8 10 9 PV/ml) Moderada (10 5 10 7 PV/ml) Baixa/Não Detectável sangue sêmen urina soro fluido vaginal fezes exsudatos de feridas saliva suor lágrima leite materno

Vias de transmissão do HBV Sexual Parenteral Perinatal Intrafamiliar

Prevenção da hepatite B Vacinação Uso de preservativo Exame no prénatal Vacinação de neonatos Sexual Parenteral Perinatal Intrafamiliar Cuidados com sangue e produtos do sangue Cuidados com objetos cortantes Vacinação de contactantes

Programa de Imunização - PNI/MS Vacinação ampla de recém nascidos desde 1998 Vacinação agora disponível para toda a população

Tratamento da Hepatite B Crônica (HBC) Suprimem a replicação do HBV, impedem a progressão a cirrose e reduzem o risco de HCC, mas normalmente não eliminam a infecção pelo HBV Drogas: interferon e análogos nucleosídicos (AN) (lamivudina, adefovir, entecavir, elbivudina, tenofovir, emtricitabina)

Hepatite C

Hepatite C 185 milhões de portadores do HCV no mundo 1/3 dos portadores crônicos possuem risco de desenvolver cirrose ou HCC Infecção silenciosa na maioria das pessoas A hepatite C crônica pode ser curada por tratamento

O Vírus da Hepatite C Classificação Família Flaviviridae Gênero Hepacivirus Partícula de 30-60 nm Envelope: glicoptns E1 e E2 (regiões hipervariáveis) RNA fs, 9600 bases

Variabilidade genética do HCV NS5B: RNA pol RNA dep: não apresenta um sistema de correção de erros Alta produção viral por dia (10 12 PV) O HCV, como outros vírus RNA, existe tipicamente como quasispécies: uma coleção de genomas relacionados mas não idênticos

História natural da hepatite C Infecção normalmente assintomática (75%) Aspecto clínico mais importante: alto índice de progressão a cronicidade (70-80%) A infecção pelo HCV não induz uma imunidade protetora. O vírus é raramente eliminado, apesar da presença de anticorpos: escape viral por mutações (região E2), natureza de quasispecies do HCV

História Natural da Infecção pelo HCV Exposição ao HCV Cura 15% Eliminação viral: resposta cel T vigorosa e persistente 85% Infecção crônica Persistência viral: resposta cel T fraca e transitória Progressão lenta (10 30 anos) Fatores hospedeiro: infecção > 40-55 anos, sexo masc., coinfecção HIV, IMC alto, esteatose hepática, álcool 20-30% Cirrose 1-4% (ano)//an HCC (Transplante)

Diagnóstico laboratorial da hepatite C Diagnóstico inicial: pesquisa de anti-hcv (ELISA) Anticorpo inicialmente detectado 8-10 semanas após a infecção Indica contato com o HCV: infecção corrente ou passada Em caso de anti-hcv reativo: pesquisa de HCV-RNA (RT-PCR) detectado desde 2 semanas após infecção permanece detectável na hepatite C crônica

Tratamento da hepatite C a partir de 2015: início de uma nova era O MS anunciou em outubro 2015 o recebimento dos novos medicamentos para o tratamento da hepatite C, pelo SUS: sufosbuvir, daclastavir e simeprevir (inibidores de NS5A/NS5B) para tratamento de 30 mil pacientes

Tratamento da hepatite C a partir de 2015: início de uma nova era Vantagens: Maior percentural de cura (~90%), Tempo reduzido de tratamento (3 meses) Terapia totalmente oral (once-daily)

Fatores de risco associados a transmissão do HCV Transmissão parenteral Transfusão ou transplante a partir de doador infectado Uso de drogas injetáveis Hemodiálise (anos de tratamento) Acidente com material pérfuro-cortante (agulhas/lancetas) Transmissão perinatal Nascimento de mãe infectada pelo HCV