Piazza Navona (1648/57, Roma) Gianlorenzo Bernini (1598-1680) GIANLORENZO BERNINI (1598-1680) realizou uma série de trabalhos e praças barrocas em Roma, entre as quais a Piazza Navona (1648/61) e a Piazza di San Pietro (1656/67), esta situada no Vaticano. Destacaram-se também a Piazza del Popolo (1589/1690), completada por CARLO RAINALDI (1611-91), e a Piazza di Spagna (1690/1720), com a scalinata de FRANCESCO DE SANCTIS (1693-1731).
Piazza di San Pietro (1656/67, Vaticano) Gianlorenzo Bernini (1598-1680)
Cidade de Torino (Turim) (Piemonte, Itália) No século XVII, as duas capitais dos Estados italianos mais importantes da época Torino e Napoli também passaram por grandes reformas barrocas. TORINO (Turim), a capital dos duques de Savóia, ainda mantinha o traçado romano em tabuleiro quando sofreu três ampliações sucessivas, as quais respeitaram a retícula e anexaram espaços elegantes e a arquitetura inventiva de GUARINO GUARINI (1624-83):
1a. Ampliação (1620) feita por Carlo di Castellamonte (1560-1641) para o Duque Carlo Emanuele I di Savoia (1562-1630): a cidade chegou a 100 hectares e 25.000 habitantes; 2a. Ampliação (1673) feita por Amedeo di Castellamonte (1610-83) para o rei Carlo Emanuele II (1634-75): a área amplia-se para 160 he. e a população para 40.000 pessoas (o castelo foi isolado ao centro de uma grande praça); 3a. Ampliação (1714) feita por Filippo Juvara (1678-1736) para o rei Vittorio Amadeo II (1666-1732): a superfície passou a ser de 180 he. e a população cerca de 60.000 habitantes. Cidade de Torino (Turim) (Piemonte, Itália)
Cidade de Napoli (Nápoles) (Campania, Itália) NAPOLI (Nápoles, Naples), capital do vice-reino espanhol, situada na região de Campania, tornou-se a cidade italiana mais populosa do século XVII, cujo centro medieval conservou seu traçado reticular greco-romano e as ruas retilíneas do século XVI.
Carlo di Borboni (1716-88) Reggia di Caserta (1752, Napoli) Como Estado independente entre 1734 e 1759, sob Carlo di Borboni (1716-88) e com 300.000 habitantes, NAPOLI empreendeu um ambicioso rearranjo: Modernização do porto e ordenação de ruas suburbanas, além da construção de novos edifícios públicos, como a Tribuna della Salute e o Albergo dei Poveri; Realização das grandiosas villas de Capodimonte (1743) e de Caserta (1752), segundo desenho barroco de LUIGI VANVITELLI (1700-73). Reggia di Capodimonte (1743, Napoli Campania)
Barroco francês Na França do século XVII, o BARROCO encontrou sua máxima expressão, ao mesmo tempo em que a nascente burguesia vinha requerer novas tipologias arquitetônicas, como a do hôtel particulier: um palácio residencial urbano, constituído por um pátio delimitado pelas alas que se dispõem em relação ao espaço exterior. Hôtel des Invalides (1671/76, Paris) Libéral Bruand (1625-97)
De SALOMON DE BROSSE (1571-1626), o primeiro exemplo de hôtel parisiense foi o Palais du Luxembourg (1615/31), composto por uma implantação axial em que se insere o corpo central, com alas baixas que delimitam o pátio de honra. Palais du Luxembourg (1615/31, Paris França)
Château de Vaux-le-Viconte (1656/60, Mélum França) Louis Le Vau (1612-70) Tanto o palácio urbano francês (hôtel) como a villa (château) tendiam para uma síntese compositiva, fixando-se em uma geometria em ferradura e expressando a vontade de planificar territórios cada vez mais vastos, situados em lugares interpostos entre os aglomerados habitacionais e a natureza. Château de Maisons-Lafitte (1642/50, Paris França) François Mansart (1598-1666)
No século XVII, Le Grand Siècle, amadureceram os preceitos do JARDIM FRANCÊS, caracterizado pela rígida distribuição axial, além do uso da simetria relativa, das proporções matemáticas e das perspectivas grandiosas. Demonstrando o poder do homem sobre a natureza, expressava a prosperidade e inflexibilidade social na França de Louis XIV (1638-1715), Le Roi-Soleil. Loire Paris Fontenaibleau Blois Chenonceaux Garonne Seine Chambord Rhône Residences Royales
Jardin du Palais de Versailles (1668/85) André Le Nôtre (1613-1700) O JARDIM BARROCO estabelecia-se como uma paisagem completa, simétrica e regular, na qual os edifícios eram vistos como cenários e a natureza trabalhada como massas compactas e artificiais. Os cursos d água eram canalizados, os percursos pré-estabelecidos e todo o desenho dominado por relvados e alamedas, canteiros floridos, chafarizes, colunatas e estátuas. Jardin du Château de Chantilly (1663)
Jardin du Château de Vaux-le-Viconte (1656/60, Mélum França) O apogeu da expressão conceitual da paisagem barroca encontra-se em ANDRÉ LE NÔTRE (1613-1700), responsável pela criação das regras para o paisagismo dos espaços circundantes dos palácios do período, iniciados pelo parque do Château de Vaux-le-Viconte (1656/60), casa do superintendente das Finanças, Nicolas Fouquet (1615-80).
Segundo LE NÔTRE, os jardins franceses deveriam ser compostos por: Traçados retilíneos e radiocêntricos compostos por caminhos e arruamentos de cascalhos para o tráfego de cavalos e carruagens; Amplos revaldos, alamedas, cercas-vivas, trepadeiras e canteiros formando desenhos geométricos e bordaduras curvilíneas, separados de bosques; Criação de cursos d água (canais e lagos artificiais), assim como perspectivas que destacassem as fachadas arquitetônicas, os portões de acesso e os elementos decorativos em profusão. André Le Nôtre (1613-1700) Jardin de Villandry
Jardin du Palais de Versailles (1668/85) A obra-prima de LE NÔTRE foi o esquema paisagístico do Palais de Versailles (1662/70), feito em continuidade compositiva com a arquitetura barroca proposta pelos arquitetos LOUIS LE VAU (1612-70) e JULES HARDOIN-MANSART (1646-1708). Jardin du Château de Fontainebleau (1680/99) André Le Nôtre (1613-1700)
Palais de Versailles (1662/70) L. Le Vau (1612-70) e J. Hardoin-Mansart (1646-1708) Situado numa planície pantanosa próxima a Paris, VERSAILLES caracteriza-se pela sua grandiosidade: de um grande canal em forma de cruz (1,5 x 3 km), irradia-se um leque de dez ruas que avançam como raios no bosque compacto à sua volta. O complexo, em que viviam cerca de 20.000 pessoas, possui mais de 1.400 fontes distribuídas regularmente.
Jardin du Palais de Versailles (1668/85) André Le Nôtre (1613-1700) PARIS e VERSAILLES foram dois organismos complementares, que revelavam as possibilidades e os limites do poder absolutista entre os séculos XVII e XVIII na França: exemplificam o ideal estético barroco, mas demonstram a dificuldade deste ser levado a todo conjunto urbano, o qual se manteve como mosaico de parques e edifícios monumentais. 8 5 7 1 2 3 1 Cour de Marble 5 Bosquet de la Reine 2 Cour Royale 6 Bassin de Neptune 3 Chapelle 7 Grand canal 4 Petit Trianon 8 Grand Parc 6 4
Planta da cidade de Rennes Em meados do século XVIII, também se destacaram na França as experiências barrocas de Rennes e de Nancy. Capital regional da Bretanha desde 1532, a cidade de RENNES sofreu um incêndio de seis dias em 1720, o que destruiu sua parte medieval, mas possibilitou um plano de remodelação barroca e traçado reticulado, empreendido por JACQUES-ANGES GABRIEL (1698-1728).
Place de l Hémicycle Place Stanislas NANCY, a capital histórica da Lorena, recebeu um plano em 1750 que produziu um dos conjuntos barrocos mais harmoniosos em escala urbana da Europa, ligando duas praças a Place Stanislas e o Place de l Hémicycle por uma avenida arborizada, que por si mesmo representa outra praça: a Place de la Carrière. Place de la Carrière Place Stanislas (Place Royale) Place de la Carrière (Nancy, França)