Piazza Navona (1648/57, Roma) Gianlorenzo Bernini ( )

Documentos relacionados
Cidade Barroca. Antonio Castelnou

Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

Pontificia Universidade Católica de Goiás Escola de Artes e Arquitetura Arq/Urb

Pontificia Universidade Católica de Goiás Escola de Artes e Arquitetura Arq/Urb

S C.F.

Cidade e Natureza Capitalismo mercantilista fábricas crescimento orgânico


S C.F.

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

ÁGORAS GREGAS FÓRUNS ROMANOS PIAZZE ITALIANAS PLACES ROYALES FRANCESAS PLAZAS MAYORES ESPANHOLAS SQUARES INGLESAS

História da Habitação e Mobiliário. Antonio Castelnou AULA 07

S C.F.

Fortalecimento do poder dos reis

S C.F.

Teoria e História do Urbanismo 1. Profa. Noemi Yolan Nagy Fritsch

PAISAGISMO. Antonio Castelnou

2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

6. AS CIDADES DO RENASCIMENTO

ENGENHARIA BARROCA ICCC1. André Vieira, Alexsandro S. Nunes, Matheus Rafael. Verônica Freitas

S C.F.

S C.F.

BARROCO PROFESSORA: GEORGIANA E G SOUSA 3º ANO E. M.

Metrô DE. Resumo do projeto para os estudantes

S C.F.

S C.F.

A Criação de Espaços Particulares. Paisagem, Lotes e Tecidos Urbanos

Arquitetura Barroca. Fundação Armando Alvares Penteado FAAP

S C.F.

S C.F.

S C.F.

ANDRÉ LE NÔTRE VISITA CULTURAL A FRANÇA DE 4 A 7 DE JULHO 2019 PARA O INFINITO

Características gerais

S C.F.

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

Piacenza. (Emilia-Romagna, Itália)

Plano de Paris. Universidade Federal do Paraná Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação 20º EVINCI Outubro Antonella Arcoverde Gobbo

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO Ficha de avaliação 03 de História A. 10º Ano Turma D Professor: Renato Albuquerque. 8.junho.

O Renascimento fora da Itália

APLICAÇÃO DO ARCO DE OGIVA LANCEOLADA NA ARQUITETURA DE JUIZ DE FORA: IGREJA METODISTA CENTRAL 1

Cúpulas Douradas / 10 dias 2018

Sinfonia Russa / 8 dias 2019

O Renascimento na Itália. Lilian Rodrigues

Itália Monumental 09 DIAS / 08 NOITES - SAÍDAS 27/05 À 09/09 SERVIÇOS INCLUSOS:

Imóveis de prestígio em Paris

S C.F.

RENASCIMENTO e MANEIRISMO

S C.F.

S C.F.

S C.F.

S C.F.

S C.F.

Profa. Dra. Deusa Maria R. Boaventura. Projeto 1 A FORMA DA CIDADE E OS SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS.

S C.F.

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO Ficha de avaliação 03 de História A. 10º Ano Turma C Professor: Renato Albuquerque. 8.junho.

PARIS VALE DO LOIRE BORDEAUX TOULOUSE

ANÁLISE DO PROJETO DE SÉRGIO BERNARDES PARA O PARC DE LA VILLETTE

PHD2537 PAISAGENS DOS RIOS URBANOS. Guilherme Peev dos Santos Paulo José Schiavon Ara Rodrigo de Aquino Said Farah Solly Exman Kleingesinds

LE CORBUSIER Conceitos, importância e principais obras

S C.F.

HTAU II Aula 3 - Donato Bramante e Leonardo da Vinci

Paisagismo CONCEITOS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA

PAISAGISMO EM PERNAMBUCO INTRODUZINDO UM ROTEIRO PARA REFLEXÃO...

Recuperação Final de História Caderno 2: páginas: 23 a 34 Caderno 3 : páginas: 3 a 18. Profª Ms. Ariane Pereira

S C.F.

Identificação do Monumento: Palácio Real de Queluz. Outra designação: Palácio Nacional de Queluz. Data: Século XVII; 1751 c.1800

S C.F.

ESCOLA SECUNDÁRIA ARTÍSTICA DE SOARES DOS REIS PLANIFICAÇÃO ANUAL DE HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES - 11.º ANO ANO LECTIVO DE 2010/2011

Artes visuais AULA 3 Barroco, Rococó e Neoclassicismo

S C.F.

S C.F.

S C.F.

Vila Viçosa oferece a quem a visita um espólio de cultura, arte e beleza com os seus monumentos, solares, igrejas e museus. Nos Roteiros Turísticos

Alfredo Volpi. Volpi morreu em 1988, em São Paulo.

Revista da Graduação

NEOCLASSICISMO. Prof. Nunes

S C.F.

A CIDADE DE BRUXELAS SÉC.XV-XVI

METODOLOGIA DE ANÁLISE DE PROJETO

VIVA O DIA DE UM PRÍNCIPE NO DOMAINE DE CHANTILLY

Slow Tour Itália Bella. Faça da sua viagem para a Europa uma experiência única!

Art Nouveau significa arte nova; Rompimento com as tradições; Surgiu em 1895, mas teve seu apogeu em 1900.

Europa. História / Maria Goretti CONTEÚDO DO BIMESTRE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TÓPICOS DO CONTEÚDO CONTEÚDO DO BIMESTRE. Absolutismo

Foto: Bandeiras do Luxembourg e da Comunidade Européia. Clicar

Técnico Design Interior

REDUÇÃO. Moradia V4 situada no topo da colina c/ piscina, ténis, vista mar e panorâmica, e anexo, perto de Albufeira VILLA EM PADERNE

BARROCO PINTURA Caravaggio Andrea Pozzo

S C.F.

Uma nova visão de mundo

Mini Circuito Europa Estilo: Desde Roma à Paris

ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO

S C.F.

TORNEIO GOLF & LA DOLCE VITA 2018

História B: Aula 10. Europa no Século XIX.

S C.F.

Artes visuais AULA 3 Barroco, Rococó e Neoclassicismo

Prof. Hélder Pereira

Nome: João Lucas, Danilo, Bruno, Lucas e Paulo nº12, 6, 4, 18 e 23 9ºB PROFESSORA: Margarete. TEMA: Arquitetura e o mercado de trabalho

Transcrição:

Piazza Navona (1648/57, Roma) Gianlorenzo Bernini (1598-1680) GIANLORENZO BERNINI (1598-1680) realizou uma série de trabalhos e praças barrocas em Roma, entre as quais a Piazza Navona (1648/61) e a Piazza di San Pietro (1656/67), esta situada no Vaticano. Destacaram-se também a Piazza del Popolo (1589/1690), completada por CARLO RAINALDI (1611-91), e a Piazza di Spagna (1690/1720), com a scalinata de FRANCESCO DE SANCTIS (1693-1731).

Piazza di San Pietro (1656/67, Vaticano) Gianlorenzo Bernini (1598-1680)

Cidade de Torino (Turim) (Piemonte, Itália) No século XVII, as duas capitais dos Estados italianos mais importantes da época Torino e Napoli também passaram por grandes reformas barrocas. TORINO (Turim), a capital dos duques de Savóia, ainda mantinha o traçado romano em tabuleiro quando sofreu três ampliações sucessivas, as quais respeitaram a retícula e anexaram espaços elegantes e a arquitetura inventiva de GUARINO GUARINI (1624-83):

1a. Ampliação (1620) feita por Carlo di Castellamonte (1560-1641) para o Duque Carlo Emanuele I di Savoia (1562-1630): a cidade chegou a 100 hectares e 25.000 habitantes; 2a. Ampliação (1673) feita por Amedeo di Castellamonte (1610-83) para o rei Carlo Emanuele II (1634-75): a área amplia-se para 160 he. e a população para 40.000 pessoas (o castelo foi isolado ao centro de uma grande praça); 3a. Ampliação (1714) feita por Filippo Juvara (1678-1736) para o rei Vittorio Amadeo II (1666-1732): a superfície passou a ser de 180 he. e a população cerca de 60.000 habitantes. Cidade de Torino (Turim) (Piemonte, Itália)

Cidade de Napoli (Nápoles) (Campania, Itália) NAPOLI (Nápoles, Naples), capital do vice-reino espanhol, situada na região de Campania, tornou-se a cidade italiana mais populosa do século XVII, cujo centro medieval conservou seu traçado reticular greco-romano e as ruas retilíneas do século XVI.

Carlo di Borboni (1716-88) Reggia di Caserta (1752, Napoli) Como Estado independente entre 1734 e 1759, sob Carlo di Borboni (1716-88) e com 300.000 habitantes, NAPOLI empreendeu um ambicioso rearranjo: Modernização do porto e ordenação de ruas suburbanas, além da construção de novos edifícios públicos, como a Tribuna della Salute e o Albergo dei Poveri; Realização das grandiosas villas de Capodimonte (1743) e de Caserta (1752), segundo desenho barroco de LUIGI VANVITELLI (1700-73). Reggia di Capodimonte (1743, Napoli Campania)

Barroco francês Na França do século XVII, o BARROCO encontrou sua máxima expressão, ao mesmo tempo em que a nascente burguesia vinha requerer novas tipologias arquitetônicas, como a do hôtel particulier: um palácio residencial urbano, constituído por um pátio delimitado pelas alas que se dispõem em relação ao espaço exterior. Hôtel des Invalides (1671/76, Paris) Libéral Bruand (1625-97)

De SALOMON DE BROSSE (1571-1626), o primeiro exemplo de hôtel parisiense foi o Palais du Luxembourg (1615/31), composto por uma implantação axial em que se insere o corpo central, com alas baixas que delimitam o pátio de honra. Palais du Luxembourg (1615/31, Paris França)

Château de Vaux-le-Viconte (1656/60, Mélum França) Louis Le Vau (1612-70) Tanto o palácio urbano francês (hôtel) como a villa (château) tendiam para uma síntese compositiva, fixando-se em uma geometria em ferradura e expressando a vontade de planificar territórios cada vez mais vastos, situados em lugares interpostos entre os aglomerados habitacionais e a natureza. Château de Maisons-Lafitte (1642/50, Paris França) François Mansart (1598-1666)

No século XVII, Le Grand Siècle, amadureceram os preceitos do JARDIM FRANCÊS, caracterizado pela rígida distribuição axial, além do uso da simetria relativa, das proporções matemáticas e das perspectivas grandiosas. Demonstrando o poder do homem sobre a natureza, expressava a prosperidade e inflexibilidade social na França de Louis XIV (1638-1715), Le Roi-Soleil. Loire Paris Fontenaibleau Blois Chenonceaux Garonne Seine Chambord Rhône Residences Royales

Jardin du Palais de Versailles (1668/85) André Le Nôtre (1613-1700) O JARDIM BARROCO estabelecia-se como uma paisagem completa, simétrica e regular, na qual os edifícios eram vistos como cenários e a natureza trabalhada como massas compactas e artificiais. Os cursos d água eram canalizados, os percursos pré-estabelecidos e todo o desenho dominado por relvados e alamedas, canteiros floridos, chafarizes, colunatas e estátuas. Jardin du Château de Chantilly (1663)

Jardin du Château de Vaux-le-Viconte (1656/60, Mélum França) O apogeu da expressão conceitual da paisagem barroca encontra-se em ANDRÉ LE NÔTRE (1613-1700), responsável pela criação das regras para o paisagismo dos espaços circundantes dos palácios do período, iniciados pelo parque do Château de Vaux-le-Viconte (1656/60), casa do superintendente das Finanças, Nicolas Fouquet (1615-80).

Segundo LE NÔTRE, os jardins franceses deveriam ser compostos por: Traçados retilíneos e radiocêntricos compostos por caminhos e arruamentos de cascalhos para o tráfego de cavalos e carruagens; Amplos revaldos, alamedas, cercas-vivas, trepadeiras e canteiros formando desenhos geométricos e bordaduras curvilíneas, separados de bosques; Criação de cursos d água (canais e lagos artificiais), assim como perspectivas que destacassem as fachadas arquitetônicas, os portões de acesso e os elementos decorativos em profusão. André Le Nôtre (1613-1700) Jardin de Villandry

Jardin du Palais de Versailles (1668/85) A obra-prima de LE NÔTRE foi o esquema paisagístico do Palais de Versailles (1662/70), feito em continuidade compositiva com a arquitetura barroca proposta pelos arquitetos LOUIS LE VAU (1612-70) e JULES HARDOIN-MANSART (1646-1708). Jardin du Château de Fontainebleau (1680/99) André Le Nôtre (1613-1700)

Palais de Versailles (1662/70) L. Le Vau (1612-70) e J. Hardoin-Mansart (1646-1708) Situado numa planície pantanosa próxima a Paris, VERSAILLES caracteriza-se pela sua grandiosidade: de um grande canal em forma de cruz (1,5 x 3 km), irradia-se um leque de dez ruas que avançam como raios no bosque compacto à sua volta. O complexo, em que viviam cerca de 20.000 pessoas, possui mais de 1.400 fontes distribuídas regularmente.

Jardin du Palais de Versailles (1668/85) André Le Nôtre (1613-1700) PARIS e VERSAILLES foram dois organismos complementares, que revelavam as possibilidades e os limites do poder absolutista entre os séculos XVII e XVIII na França: exemplificam o ideal estético barroco, mas demonstram a dificuldade deste ser levado a todo conjunto urbano, o qual se manteve como mosaico de parques e edifícios monumentais. 8 5 7 1 2 3 1 Cour de Marble 5 Bosquet de la Reine 2 Cour Royale 6 Bassin de Neptune 3 Chapelle 7 Grand canal 4 Petit Trianon 8 Grand Parc 6 4

Planta da cidade de Rennes Em meados do século XVIII, também se destacaram na França as experiências barrocas de Rennes e de Nancy. Capital regional da Bretanha desde 1532, a cidade de RENNES sofreu um incêndio de seis dias em 1720, o que destruiu sua parte medieval, mas possibilitou um plano de remodelação barroca e traçado reticulado, empreendido por JACQUES-ANGES GABRIEL (1698-1728).

Place de l Hémicycle Place Stanislas NANCY, a capital histórica da Lorena, recebeu um plano em 1750 que produziu um dos conjuntos barrocos mais harmoniosos em escala urbana da Europa, ligando duas praças a Place Stanislas e o Place de l Hémicycle por uma avenida arborizada, que por si mesmo representa outra praça: a Place de la Carrière. Place de la Carrière Place Stanislas (Place Royale) Place de la Carrière (Nancy, França)