Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás
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1 Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás
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3 Entendida como um espaço político, centro poderoso de decisão e de grande importância estratégica, a cidade medievo-renascentista do século XVI sofreu intervenções que permitiram a abertura de ruas e praças, edificadas dentro dos princípios da simetria e da proporção. Os ideais estéticos da Renascença defendiam o alargamento de vias, as quais deveriam confluir para construções monumentais, agora destacadas em praças ajardinadas,
4 . Em I Quattro Libri dell Architettura (1570), ANDREA PALLADIO ( ) estabeleceu as premissas de concepção tanto da arquitetura como da cidade, as quais se baseavam em uma atitude de lógica e de produção mental, estabelecendo a relação das partes e a harmonia das suas grandezas, o que foi muito bem exemplificado através do projeto de suas villas. Villa Rotonda, (1566, Vicenza).
5 Surgimento do Estado Nacional como expressão de um todo territorial, de uma integração em vez de uma soma do conjunto aditivo de cidades. A formação da Cidade Capital vinculada ao desenvolvimento da urbanística praticada pelo Barroco em tratar de forma cenográfica os espaços urbanos. Cidade Capital Capital moderna de criação Barroca onde estão associadas as sedes de poder que tudo absorviam e suscitava à grandes intervenções urbanas em cada uma das capitais que se firmavam através deste conceito.
6 A nova concepção do espaço urbano tornou-se um dos grandes triunfos da mentalidade barroca: organizar o espaço, tornando-o contínuo, estendendo os limites da grandeza, para abranger o extremamente remoto e o extremamente pequeno, finalmente, associando o espaço ao movimento e ao tempo. Uma espécie de início do que conhecemos hoje como zoneamento uso do solo. A linguagem Barroca oferecia dinâmica, movimento e drama à forma clássica estática do Renascimento, para que fosse acessível a todos, que fosse revelado de forma sedutora para as inúmeras camadas sociais.
7 Afresco da Biblioteca Vaticana mostrando o plano de Sisto V e Domenico Fontana para Roma, (INSOLERA, 1981, p. 193) Extensas avenidas cortando a preexistência medieval, os sítios arqueológicos, formando eixos perspectivos que uniriam muitas das principais basílicas cristãs, proporcionando nova legibilidade ao espaço urbano.
8 No século XVII até meados do XVIII, a arte BARROCA promoveu um prolongamento em escala do Renascimento e, embora negasse suas normas rígidas e proporções imutáveis, manteve a perspectiva como elemento primordial na concepção espacial e da valorização das vias e monumentos. (Kostof, 1991). Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi (1611-
9 A CIDADE BARROCA teve que atender às aspirações estéticas aristocráticas pela grandiloquência de suas formas expressão de poder, de ordem e de controle social e, ao mesmo tempo, aos interesses burgueses pelo seu aspecto socioeconômico. (Goitia, 2003). Place Stanilas ant. Place Royale (Séc. XVII, Nancy, França)
10 A cidade tornou-se um espetáculo para os olhos, emocionante e dinâmico que utilizava um repertório mais rico que o renascentista, composto por obeliscos, chafarizes, estátuas, colunatas e arcadas, além de grandes planimetrias, traçados radiocêntricos e ajardinamentos. Place de la Liberátion, Séc. XVII, Dijon França. François Mansart.
11 Gravura da praça San Carlo, em Torino, projetada por Carlo de Castellamonte, toda com arquitetura uniforme e as duas igrejas gêmeas emoldurando o eixo perspectivo da Via Roma projetada por Ascanio Vittozi, apenas a igreja da esquerda foi construída.
12 A primeira grande cidade européia a fazer grandes remodelações foi Roma, sob o pontificado de Nicolau V. Roma até os meados do séc. XV era uma cidade pouco importante frente a cidades italianas como Florença e Veneza, estava bastante empobrecida pela longa ausência do poder papal, desde Os papas voltam do exílio em Avignon apenas em 1420 e recuperam o pleno controle sobre a cidade apenas em A intenção de Nicolau V era de reconstruir a antiga cidade imperial transformando-a novamente na capital do mundo.
13 Os diversos planos de remodelação da cidade, de Nicolau V (c.1450) a Sisto V (c.1590), traçaram grandes eixos monumentais na cidade, mas que não foram suficientes para exterminar a malha urbana medieval, que na verdade só veio a ter perda considerável no séc. XX, com os grandes saneamentos fascistas. Bairros inteiros resistiram, como é o caso do Trastevere.- O plano de Sisto V, baseado nos grandes eixos e nos obeliscos trazidos e copiados do Egito, remodelava algumas áreas, introduzindo praças publicas monumentais, revestidas por fachadas contínuas, coroadas centralmente por fontes ornadas com grandes conjuntos alegóricos e acessadas por grandes vias axiais.
14 Roma plano de Sisto V
15 Entrada norte de Roma - Praça del Popolo e o obelisco egípcio, com a imagem de duas igrejas gêmeas com poucas características diferentes (Santa Maria de Miracoli e Santa Maria di Monte
16 Piazza del Popolo (1589/1680, Roma Itália) Carlo Rainaldi ( ).
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18 Palácio de Versailles: vista aérea do palácio e do tridente (trivium) concebida pelo Rei Luís XV ( ).
19 Principais elementos do URBANISMO BARROCO, característico da Europa dos séculos XVII e XVIII: a) Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, passando a simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes); b) Caráter monumental expresso pela busca da grandiosidade e pela criação de verdadeiras cidades-cenário, o que foi obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.
20 c) Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica simetria, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto imponente e sólido das obras além da artificialidade dos jardins; d) Paisagem concebida como construção humana, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico: proliferam eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d água. Piazza di Spagna, , Roma. Francesco de Sanctis.
21 e) Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos. Piazza di Spagna, , Roma. Francesco de Sanctis.
22 A CIDADE BARROCA foi a espacialização dos ideais do absolutismo e seu traçado centro urbano, palácio e jardim baseava-se em um conjunto de premissas teóricas e de idealização perspéctica e geométrica. O uso de eixos divergentes e convergentes era a expressão e instrumento do poder e da ordem monárquica. Até o Renascimento a arte dos jardins resumiase na apropriação pela cidade dos espaços verdes naturais, que eram cercados e domesticados. A partir do Barroco os jardins expandem-se em amplas praças e parques com desenhos
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