ASSUNTO: ORIENTAÇÕES DISPENSA DE PROFESSORES E AUXILIARES



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JUR 009/2012 Belo Horizonte, 19 de novembro de 2012. ASSUNTO: ORIENTAÇÕES DISPENSA DE PROFESSORES E AUXILIARES NO FINAL DO ANO DE 2012 Prezado(a) Diretor(a), Com o propósito de atender às necessidades das instituições de ensino, bem como diminuir os gastos com dispensas de auxiliares de administração escolar e professores que porventura necessitarão ser realizadas no final deste ano de 2012, o SINEP/MG vem, através desta Circular, indicar, orientar e explicar alguns procedimentos necessários para efetivação mais adequada, do ponto de vista legal, bem como menos onerosa para as escolas, destas rescisões de contrato de trabalho, sempre levando em consideração as normas estabelecidas na legislação vigente no país, inclusive as Convenções Coletivas de Trabalho e seus respectivos Termos Aditivos celebrados com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais SINPRO/MG e com o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado de Minas Gerais SAAEMG. Um item a ser destacado, embora não se trate propriamente de uma novidade, é a publicação da Lei nº 12.506/2011 em 13 de outubro 2011, a tão comentada Lei do aviso prévio proporcional. Apesar de já transcorrido um ano de sua publicação, das várias lacunas em seu texto e do clamor do meio jurídico para que seja publicada regulamentação ao seu respeito, tal norma continua em vigor nos mesmos termos em que foi proferida, sem qualquer manifestação dos órgãos legislativos no sentido de sua regulamentação/alteração. Contudo, salientamos que o Poder Judiciário vem manifestando seu entendimento sobre a matéria através de suas decisões. Assim sendo, ressaltamos que nossas orientações aqui contidas, especificamente no que diz respeito ao assunto aviso prévio proporcional foram, assim como no ano passado, tomadas com base em estudos realizados pelo Departamento Jurídico do SINEP/MG, com algumas alterações de posicionamento, já encaminhadas, através da Circular JUR 007/2012 encaminhada às instituições de ensino em 12 de setembro de 2012, que agora influenciarão nas orientações acerca das dispensas a serem realizadas no final do ano. Ressalte-se também que, da mesma forma que no ano de 2011, em razão da vigência da Lei do aviso prévio proporcional, o SINEP/MG não poderá mais indicar uma data específica, considerada ideal para dispensa de empregados, uma vez que esta constatação dependerá do tempo de contratação do empregado a ser dispensado na escola, pois a duração de seu aviso e a data de seu término influenciarão nas verbas rescisórias a serem pagas. 1

Assim sendo, cada instituição deverá analisar, com base nas explicações abaixo apresentadas, qual a melhor data para rescisão do contrato de trabalho, para cada empregado a ser dispensado. I - AVISO PRÉVIO a - Duração e forma de lançamento: Nos termos do art. 487 da CLT, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deverá avisar a outra de sua resolução antecipadamente, sendo esta comunicação chamada de aviso prévio, que deverá ter um período de duração proporcional ao tempo de serviço do empregado, conforme determina a já citada Lei nº 12.506/2011. Neste sentido, a regra a ser observada é que para aqueles empregados que contem com até um ano de contratação, o aviso será sempre de 30 (trinta) dias e, a este prazo mínimo, deverão ser acrescidos 3 (três) dias para cada ano completo de duração do contrato, podendo o período do aviso atingir no máximo 90 (noventa) dias. Ressalte-se que, esta regra de acréscimo no período de duração do aviso prévio de 3 (três) dias para cada ano de serviço somente será válida para os casos de dispensa de empregados, ou seja, rescisão do contrato de trabalho motivada pelo empregador. Caso se trate de pedido de demissão, o aviso prévio continuará tendo a duração de 30 (trinta) dias. Tal informação também se refere à mudança de posição jurídica deste Sindicato, embasada em decisão judicial sobre a matéria, quanto à interpretação da citada Lei nº 12.506/2011, nos termos da também já mencionada Circular JUR 007/2012. A comunicação do aviso prévio deverá ser feita por escrito em duas vias. Caso o empregado se recuse a assinar a via do empregador, deverá este efetuar a entrega da comunicação na presença de duas testemunhas, registrando o fato no corpo do aviso. Observação: Se o empregador não comunicar o aviso prévio ao empregado, esse terá o direito de receber o salário correspondente ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço, por força do art. 487, 1º da CLT. Por sua vez, a falta do aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar o salário correspondente ao prazo respectivo, nos termos do art. 487, 2º da CLT, no entanto, ressalte-se, mais uma vez que, conforme alteração de interpretação jurídica do SINEP/MG mencionada anteriormente, a duração do aviso prévio nos casos de pedido de demissão será de 30 (trinta) dias e, portanto o desconto, porventura devido, se limitará a este período. Nos termos da Instrução Normativa SRT nº 15/2010, conforme estabelecido em seu artigo 17, quando o aviso prévio for indenizado, a data da saída ou baixa a ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS -, na página relativa ao Contrato de Trabalho, deverá ser aquela em que recair o último dia da data projetada para o aviso indenizado. Já na página de Anotações Gerais, deverá ser escrita a data de comunicação do aviso prévio. 2

Contudo, no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), a data de afastamento a ser consignada será do último dia efetivamente trabalhado. Quanto ao lançamento no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), sendo o aviso indenizado, a verba será denominada de aviso prévio indenizado e o saldo de salários será composto dos dias que antecederam a referida comunicação de dispensa. No entanto, se o período de aviso for trabalhado, deverá ser lançado como saldo de salários. b Aviso prévio trabalhado cumprimento: O empregado poderá optar por reduzir em 2 (duas) horas sua jornada de trabalho diária ou faltar ao serviço por 7 (sete) dias corridos sem prejuízo dos salários durante o cumprimento do aviso prévio, nos termos do art. 488 da CLT. No entanto, caso haja opção pelas faltas ao serviço, então nosso entendimento é que seja procedida uma regra de três para encontrar o número de dias que o empregado poderá se ausentar do trabalho de acordo com o número de dias que este terá de aviso prévio proporcional. Por exemplo: aviso prévio de 60 dias = 14 dias de faltas. Ressalte-se que, no caso de professores, por expressa disposição da cláusula 19ª, parágrafo 1º da CCT - SINPRO/MG x SINEP/MG 2011/2013, não poderá haver redução da jornada diária em 2 (duas) horas, cabendo apenas as faltas proporcionais à duração do aviso, conforme exposto acima. b.1 Evitar o aviso prévio trabalhado: Não há qualquer disposição nas normas coletivas de trabalho limitando ou impedindo o trabalho durante o aviso prévio, no entanto, entendemos que a instituição de ensino avaliar a necessidade de sua efetivação, considerando aspectos como comportamento do empregado, atividades realizadas, situação em que se deu a dispensa, etc., e, sempre que possível, priorizar o aviso prévio indenizado. II - INDENIZAÇÃO ADICIONAL (30 DIAS QUE ANTECEDEM A DATA-BASE) - Lei nº 7.238 de 29.10.1984 O empregado dispensado sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a database de sua correção salarial, terá direito ao pagamento de uma indenização adicional equivalente a um salário mensal, no valor vigente à data da comunicação da dispensa. Assim sendo, considerando a datas-base de professores e auxiliares de administração escolar em 01 de abril, caso a dispensa seja comunicada ou ainda, se data final de projeção de aviso do prévio recair no período de 02 a 31 de março, então haverá a obrigatoriedade de pagamento de mais um salário mensal, como indenização pela dispensa nos trinta dias que antecedem a data-base. 3

Lembramos que, estando o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço vigente, a escola deverá, ao analisar sobre a obrigatoriedade de pagamento da indenização adicional nesse tópico referido, levar em consideração todo o período de duração do aviso, uma vez que esta duração, seja de trinta ou mais dias, integra o contrato de trabalho do empregado para todos os efeitos. III - INDENIZAÇÕES ESPECÍFICAS PREVISTAS NAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO a - Professores a.1 - Definição de Rescisão Imotivada: (Cláusula Quinquagésima Terceira, inciso XII da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) A que não resultar de justa causa, de pedido de demissão, de término de contrato a prazo certo ou de aposentadoria e se comprovadas pelo empregador perante a Justiça do Trabalho em caso de ação trabalhista a proveniente de incompatibilidade para atividade educacional ou de motivo técnico, disciplinar, econômico e financeiro. a.2 - Garantia de Salários: (Cláusula Décima Sexta da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) Em 2012, a garantia de salários contra rescisão imotivada está prevista em dois períodos: de 1º de fevereiro a 30 de abril de 2012 e, no segundo semestre, de 1º de agosto a 28 de novembro de 2012, conforme estabelecido na cláusula 2ª, item I, alínea B do Primeiro Termo Aditivo à CCT SINPRO/MG x SINEP/MG, período 2011/2013. Observação Educação Profissional: a.2.1 - Garantia de Salários: ( 2º da Cláusula Décima Sexta da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) Ao professor da Educação Profissional a garantia de salários contra rescisão imotivada, durante o período letivo, será de acordo com a duração de cada módulo do curso profissional que ministrar aulas. a.3 - Rescisão imotivada no transcurso do ano letivo: (Cláusula Décima Oitava da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) Ocorrendo rescisão imotivada entre o início do ano letivo (1º dia de aula) e 30 de novembro, já incluído o aviso prévio, o professor fará jus a uma indenização de 1/12 do salário mensal vigente, por mês de exercício no estabelecimento de ensino durante o ano civil. 4

Observação Educação Profissional: a.3.1 - Rescisão Imotivada no Transcurso do Módulo Letivo na Educação Profissional ( 2º da Cláusula Décima Oitava, da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) Na Educação Profissional, ocorrendo a rescisão imotivada no período compreendido entre o início e o término do Módulo Letivo, já incluído o aviso prévio, o professor fará jus, além das reparações previstas em lei e neste Instrumento, a uma indenização no valor correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal vigente na data de efetivo término do vínculo empregatício, por mês trabalhado em cada semestre. a.4 - Rescisão imotivada no término do ano letivo, ou no período subsequente (Cláusula Décima Oitava, 1 o da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) Se a rescisão imotivada ocorrer no término do ano letivo ou no período subsequente ao último recesso escolar ou no período subsequente às férias, o professor terá direito ao recebimento dos salários até o dia anterior ao início do ano letivo seguinte, não sendo devida a indenização prevista no caput da Cláusula Décima Oitava, item a.3. a.5 Não pagamento da cláusula de Aviso Prévio Proporcional: (Cláusula Vigésima da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013) Conforme orientado através da Circular JUR 007/2012, consoante o fato de que o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais já manifestou entendimento no sentido de que não é necessário o pagamento cumulativo da indenização do aviso prévio proporcional previsto na Lei com os previstos nas normas coletivas de trabalho, diferentemente do que foi orientado em 2011, o SINEP/MG entende não ser mais devido pagamento desta cláusula, uma vez que a Lei nº 12.506/2011 já regulamentou, de forma mais benéfica, o direito do empregado ao aviso prévio proporcional. a.6 - Cuidado Essencial Rescisão Motivada: Sempre que a dispensa de um professor se mostrar necessária e for possível sua motivação, dentro dos critérios acima explicados, aconselha-se constar do comunicado de aviso prévio e no TRCT (campo de observações) o respectivo motivo que levou à dispensa (técnico, disciplinar, econômico, financeiro ou incompatibilidade para a atividade educacional). b - Auxiliares b.1 - Rescisões contratuais e homologação - aviso prévio (Cláusula Décima Terceira, 4º da CCT SAAEMG x SINEP/MG período 2011/2013). Esta cláusula também traz a obrigação de pagamento de indenização de 01 (um) dia de salário para cada ano de contratação do auxiliar na instituição, nos casos de rescisão imotivada (aviso prévio proporcional). No entanto, da mesma forma que descrito acima para os professores, e 5

diferentemente do que foi orientado em 2011, entendemos que não há mais obrigatoriedade de pagamento de tal indenização, tendo em vista a regulamentação legal, pela Lei nº 12.506/2011, do aviso prévio proporcional em condições mais benéficas para os auxiliares de administração escolar. IV SUGESTÃO DE DATA PARA DISPENSA E VERBAS RESCISÓRIAS A SEREM PAGAS Como acima referido, não mais nos é possível indicar uma data única e ideal para dispensa de professores e auxiliares, tendo em vista a regulamentação, através da Lei nº 12.506/2011, do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço do empregado, o que torna indispensável a análise, pela escola, caso a caso, de dispensas porventura necessárias. a - PROFESSORES a.1 - RESCISÃO MOTIVADA: durante todo o período letivo, desde que haja os motivos previstos no inciso XII da Cláusula Quinquagésima Primeira - 2ª parte, da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013. a.2 - RESCISÃO IMOTIVADA: época própria para dar o aviso prévio (trabalhado ou indenizado): Nos termos da Cláusula 16ª da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013 e da cláusula 2ª, item I, alínea B de seu Termo Aditivo, a garantia de salários, no segundo semestre de 2012, ficou estipulada no período de 1º (primeiro) de agosto a 28 (vinte e oito) de novembro de 2012. Desta forma, caso a dispensa do professor seja realizada entre 29 de novembro e 31 de dezembro, não há que se falar em pagamento da garantia de salários acima descrita. Por sua vez, a indenização prevista no caput da Cláusula Décima Oitava da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2012, qual seja, o pagamento de 1/12 (um doze avos) do salário mensal vigente, por mês de exercício no estabelecimento de ensino durante o ano civil, será devida no caso de comunicação de dispensa ocorrida até 30 de novembro de 2012. Desta forma, teremos, caso o aviso seja comunicado em novembro de 2012, além das verbas rescisórias legais e ordinariamente devidas, a obrigatoriedade de pagamento das indenizações previstas nas cláusulas acima citadas (cláusulas 16ª/17ª e 18ª, caput ). Temos então, que, sendo o aviso prévio comunicado em dezembro de 2012, estará a escola desonerada do pagamento destas duas indenizações, entretanto, poderá a escola ter que arcar com o pagamento da indenização prevista na mesma cláusula 18ª, em seu parágrafo 1º (primeiro). No entanto, o aviso dado em dezembro de 2012 trará outras implicações, conforme veremos no tópico seguinte. a.3 - DISPENSA DE PROFESSORES EM DEZEMBRO DE 2012: Considerando que cada empregado terá um aviso prévio com duração diferente, posto que, como vimos, este será proporcional ao tempo de serviço, não há mais possibilidade de se estabelecer uma regra única e ideal para o dia da 6

dispensa. No entanto, procuramos no presente tópico enumerar o máximo possível de situações, quando o aviso prévio for comunicado em dezembro, época não acobertada pela garantia de salários dos professores, conforme a já citada cláusula 16ª da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013. a.3.1 AVISO PRÉVIO QUE SE INICIA E TERMINA EM DEZEMBRO DE 2012 (AVISO DE 30 DIAS) HIPÓTESES RESTRITAS: Este caso é aplicável somente para aqueles empregados que possuam direito a apenas 30 (trinta) dias de aviso prévio (até um ano de serviço) e que laborem normalmente nos sábado, tendo em vista que, em 2012, o dia 1º (primeiro) de dezembro recairá em um sábado, sendo vedada a convocação do empregado em dia de não trabalho apenas para dispensá-lo. Nestas hipóteses, serão devidas as seguintes verbas: Principais verbas rescisórias a serem pagas aos professores dispensados em 01/12/2012, que laborem normalmente aos sábados e que possuam direito a somente trinta dias de aviso prévio (até um ano de serviço): 1. Aviso prévio indenizado ou parcialmente cumprido, de acordo com o término do ano letivo previsto no calendário escolar da instituição; 2. saldo de salários; 3. 13º salário; 4. férias; 5. abono constitucional sobre férias; 6. salário família se for o caso; 7. FGTS 8%; 8. multa de 40% + 10% ref. Contribuição Social Art. 2º Lei Complementar nº 110/01 (a partir da competência outubro/01) sobre o montante do FGTS depositado + mês rescisão; 9. liberação do FGTS depositado; 10. entrega da CD e Requerimento de Seguro Desemprego. OBSERVAÇÃO: Se o dia 1º de dezembro coincidir com o término do período letivo da sua escola, considerando o calendário escolar da instituição de ensino, as verbas rescisórias serão aquelas dispostas no item a.3.2.1 desta Circular (página 8). a.3.2 - AVISO PRÉVIO COMUNICADO EM DEZEMBRO DE 2012 COM TÉRMINO DE PROJEÇÃO NO ANO 2013: Independentemente do tempo de duração do aviso prévio, sua contagem terá início no dia seguinte à data da comunicação da dispensa e será interrompida no dia 31 de dezembro de 2012, retornando a contagem a partir do dia 1º de fevereiro de 2013. Isto se dá porque, nos termos da cláusula 19ª da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013, é proibida a dação e contagem do prazo de aviso prévio durante as férias do professor. 7

Assim sendo, motivado pela projeção do aviso prévio no mês de fevereiro, o mês de janeiro passará a integrar o tempo de serviço do empregado, o que ocasionará o acréscimo, em suas verbas rescisórias, de 1/12 (um doze avos) da remuneração mensal do empregado a titulo de 13º salário, bem como 1/12 (um doze avos) de sua remuneração a título de férias, acrescidas de 1/3 (um terço). Desta forma, havendo comunicação da dispensa em dezembro de 2012 e projeção do aviso prévio para 2013, teremos os três seguintes desdobramentos, com a obrigatoriedade de pagamento das respectivas verbas rescisórias: a.3.2.1 Aviso prévio termina até 1º de março de 2013, inclusive: Com aviso iniciando-se em dezembro e terminando até 1º de março de 2013, inclusive, teremos a obrigatoriedade de pagamento das seguintes verbas principais: 1. Aviso prévio indenizado, trabalhado ou parcialmente cumprido; 2. Saldo de salários; 3. 13º salário (acrescentar proporcionalidade de avos, referente aos meses de 2013); 4. Férias + 1/3 constitucional (acrescentar proporcionalidade de avos, referente aos meses de 2012); 5. Salário família se for o caso; 6. Indenização 1º da Cláusula Décima Oitava da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013 (salários até o dia anterior ao início do ano letivo de 2013); 7. FGTS 8%; 8. Multa de 40% + 10% ref. Contribuição Social Art. 2º Lei Complementar nº 110/01 (a partir da competência outubro/01) sobre o montante do FGTS depositado + mês da rescisão; 9. Liberação do FGTS depositado; 10. Entrega da CD e Requerimento de Seguro Desemprego. a.3.2.2 Aviso prévio termina no período de 02 a 31 de março de 2013, inclusive: Caso o aviso prévio comunicado em dezembro de 2012 termine sua projeção no período de 02 a 31 de março de 2013, inclusive, haverá a obrigatoriedade de pagamento das seguintes verbas rescisórias principais: 1. Aviso prévio indenizado, trabalhado ou parcialmente cumprido; 2. Saldo de salários; 3. 13º salário (acrescentar proporcionalidade de avos, referente aos meses de 2013); 4. Férias + 1/3 constitucional (acrescentar proporcionalidade de avos, referente aos meses de 2013); 5. Salário família se for o caso; 6. Indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 7.238, de 29.10.1984, no valor de uma remuneração mensal ( Trintídio - Ver item II desta Circular); 7. Indenização 1º da Cláusula Décima Oitava da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013 (salários até o dia anterior ao início do ano letivo de 2013); 8

8. FGTS 8%; 9. Multa de 40% + 10% ref. Contribuição Social Art. 2º Lei Complementar nº 110/01 (a partir da competência outubro/01) sobre o montante do FGTS depositado + mês da rescisão; 10. Liberação do FGTS depositado; 11. Entrega da CD e Requerimento de Seguro Desemprego. a.3.2.3 Aviso prévio termina no período de 1º a 30 de abril de 2013: O aviso, iniciado em dezembro de 2012, cuja projeção termine no período de 1º a 30 de abril de 2013, resultará no pagamento das seguintes verbas rescisórias principais: 1. Aviso prévio indenizado, trabalhado ou parcialmente cumprido; 2. Saldo de salários; 3. 13º salário (acrescentar proporcionalidade de avos, referente aos meses de 2013); 4. Férias + 1/3 constitucional (acrescentar proporcionalidade de avos, referente aos meses de 2013); 5. Salário família se for o caso; 6. Indenização 1º da Cláusula Décima Oitava da CCT SINPRO/MG x SINEP/MG período 2011/2013 (salários até o dia anterior ao início do ano letivo de 2013); 7. FGTS 8%; 8. Multa de 40% + 10% ref. Contribuição Social Art. 2º Lei Complementar nº 110/01(a partir da competência outubro/01) sobre o montante do FGTS depositado + mês da rescisão; 9. Liberação do FGTS depositado; 10. Entrega da CD e Requerimento de Seguro Desemprego. b - AUXILIARES Os auxiliares de administração escolar, em decorrência das peculiaridades de sua categoria, não possuem data específica para dispensa, podendo esta ser efetuada durante todo o ano sem maiores repercussões financeiras, diante da ausência de indenizações na respectiva Convenção Coletiva de Trabalho. No entanto, é preciso lembrar que, sendo sua data-base também o dia 1º de abril, haverá o direito ao pagamento da indenização prevista no art. 9º da Lei nº 7.238/1984 (( Trintídio - ver item II desta Circular), sempre que o aviso prévio for comunicado ou sua projeção terminar dentro dos 30 (trinta) dias que antecedem a data-base, ou seja, entre 02 e 31 de março, inclusive. OBSERVAÇÃO: Caso haja necessidade de dispensar auxiliares de administração escolar no final do ano de 2012, sem justa causa, elencamos as principais verbas rescisórias a serem pagas: 1. aviso prévio que poderá ser trabalhado ou indenizado; 2. saldo de salários; 3. 13º salário; 4. férias (proporcionais, integrais, vencidas, se tiver); 9

5. abono constitucional sobre férias; 6. salário família se for o caso; 7. FGTS 8%; 8. multa de 40% + 10% ref. Contribuição Social Art. 2º Lei Complementar nº 110/01(a partir da competência outubro/01) sobre o montante do FGTS depositado + mês rescisão; 9. Indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 7.238, de 29.10.1984, Trintídio - se for o caso; 10. liberação do FGTS depositado; 11. entrega da CD e Requerimento de Seguro Desemprego. V - PRAZOS PARA HOMOLOGAÇÃO Os prazos para homologação de rescisões de professores e auxiliares continuam as mesmas, quais sejam: a - aviso indenizado: aplica-se a regra geral (art. 477, 6º, alínea b da CLT e art. 20 da IN nº 15 do MTE de 14/07/10). Até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, no caso de ausência de aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu cumprimento. Sendo que nos termos do parágrafo único, em se tratando de aviso indenizado, se o referido prazo recair em dia não útil, o pagamento poderá ser feito no próximo dia útil. b - aviso trabalhado: aplica-se a regra geral (art. 477, 6º, alínea a da CLT). Até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato. c - aviso parcialmente trabalhado: aplica-se o art. 21 da IN nº 15 do MTE de 14/07/10. O prazo para pagamento das verbas rescisórias será de 10 (dez) dias contados a partir da dispensa do cumprimento do aviso prévio, desde que não ocorra primeiro o termo final do aviso prévio. IMPORTANTE: A inobservância dos prazos previstos neste artigo sujeitará o empregador à autuação administrativa e ao pagamento, em favor do empregado, do valor equivalente ao seu salário, corrigido monetariamente, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador tiver dado causa à mora. VI OBRIGATORIEDADE DE HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO Caso a escola não consiga homologar a rescisão no sindicato profissional, seja por não existir na localidade, ou seja, por falta de horário/data disponível, também são competentes para prestar a assistência ao empregado na rescisão do contrato de trabalho, os órgãos elencados no art. 6º da I.N. da SRT/MTE Nº 15, de 14 de julho de 2010, o qual transcrevemos abaixo: 10

Art. 6º São competentes para prestar a assistência na rescisão do contrato de trabalho: I - o sindicato profissional da categoria do local onde o empregado laborou ou a federação que represente categoria inorganizada; II o servidor público em exercício no órgão local do MTE, capacitado e cadastrado como assistente no Homolognet; e III na ausência dos órgãos citados nos incs. I e II deste artigo na localidade, o representante do Ministério Público ou o Defensor Público e, na falta ou impedimentos destes, o Juiz de Paz. VII - PRAZO PARA HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO X PRAZO PARA PAGAMENTO DE VERBAS RESCISÓRIAS Recebemos várias consultas questionando sobre a validade jurídica de se efetuar o depósito em conta bancária do empregado das verbas rescisórias, dentro dos prazos acima descritos para homologação, porém com a efetivação desta em data posterior, diante da falta de horários dos respectivos sindicatos profissionais. No entanto, sempre ressaltamos que este procedimento não deverá ser adotado, tendo em vista que o simples depósito não exime o empregador do cumprimento do prazo para homologação, ensejando o pagamento de multa prevista no parágrafo 8º do art. 477 da CLT, no valor de uma remuneração mensal do empregado. Assim sendo, ressaltamos a necessidade de se observar os prazos transcritos, efetuando-se a homologação, sendo esta obrigação acessória, a qual deve acompanhar a obrigação principal que é o pagamento das verbas rescisórias. Além disso, enquanto não for homologada a rescisão, o empregado não poderá sacar o FGTS, nem mesmo requerer o Seguro Desemprego, em caso de rescisão sem justa causa, podendo o obreiro ajuizar ação alegando tais questões e pleiteando o pagamento da multa prevista no 8º do artigo 477 da CLT, nesse sentido, é o entendimento majoritário da Justiça do Trabalho, conforme dispõe as jurisprudências transcritas abaixo: EMENTA: MENTA: MULTA DO ART. 477 DA CLT CABIMENTO DEPÓSITO BANCÁRIO NO PRAZO LEGAL HOMOLOGAÇÃO ALÉM DO PRAZO LEGAL - Não basta efetuar o pagamento das verbas rescisórias no prazo legal, se a reclamante não tem acesso à discriminação das parcelas recebidas. É por essa razão que o art. 477, 6º, da CLT fala não apenas em pagamento das verbas rescisórias, mas também no instrumento de rescisão ou recibo de quitação. Somente cumprindo a obrigação por completo é que o empregador se exime da penalidade. Não o tendo feito, correta a condenação ao pagamento da penalidade prevista no 8º do referido preceito celetista. (Processo nº 0002323-35.2011.5.03.0114 RO, TRT 3ªR, 6ª T., 03/09/2012 DOMG Rel. Jorge Berg de Mendonça) 11

EMENTA: RESCISÃO DEPÓSITO EM CONTA CORRENTE MORA- PREJUÍZO. A teor do parágrafo 4º do art. 477 da CLT, o pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, do que se infere que o prazo é comum para os dois atos. Não observado, implica a aplicação da multa do art. 477, parágrafo 8º, da CLT. Depósito em conta corrente não é forma legal de pagamento rescisório, acarretando prejuízo ao obreiro pelo não recebimento de documentos tais como TRCT, no código 01, que lhe permite o saque imediato dos depósitos fundiários. (Processo nº 00298.2005.035.03.00-8 RO, TRT 3ª R, 8ª T, 15/10/2005, DJMG, Rel. José Miguel de Campos). EMENTA: ATRASO NA HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO CONTRATUAL MULTA DO ART. 477, PARÁGRAFO 8º, DA CLT CABIMENTO A Instrução Normativa MTPS/SNT n.02, de 12.03.92, dispõe em seu artigo 5º, inciso I, que a formalização da rescisão assistida não poderá exceder ao primeiro dia útil imediato ao término do contrato, quando o aviso tiver sido cumprido em serviço. Assim, se o empregado é dispensado mediante aviso prévio trabalhado, e a formalização da rescisão contratual ocorre fora do prazo previsto na citada Instrução, a extemporaneidade da homologação atrai a aplicação da multa prevista no artigo 477, parágrafo 8º, da CLT, ainda que o pagamento das parcelas rescisórias tenha ocorrido tempestivamente. Entendimento contrário importaria a conclusão de que o empregador, depositando as verbas rescisórias no prazo legal, poderia buscar a homologação da rescisão contratual quando bem lhe aprouvesse, postergando, por exemplo, a entrega das guias GRFC, e, por conseqüência, o depósito do FGTS sobre a rescisão e a respectiva indenização de 40%. (Processo nº 00973.2004.030.03.00-6 TRT 3ª R, 1ª T, 30/03/2005, DJMG, Rel. Márcio Flávio Salem Vidigal). Continuamos à disposição para quaisquer esclarecimentos. Atenciosamente, Emiro Barbini Presidente Alessandra Nunes Gonçalves Pereira Coordenadora - Departamento Jurídico 12