PENTATEUCO. (Também conhecido por Lei ou Torá)



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Transcrição:

ANTIGO TESTAMENTO

PENTATEUCO (Também conhecido por Lei ou Torá)

Pentateuco Pentateuco significa cinco rolos, do grego penta, cinco, e teuchos, rolos. É formado pelos cinco primeiros livros do Antigo Testamento: Gênesis (livro das origens), Êxodo (livro da saída do Egito), Levítico (livro dos levitas, sacerdotes da tribo de Levi), Números (livro dos recenseamentos do povo de Israel), e Deuteronômio (livro da segunda lei). Deus nos mostra seu plano para a humanidade: quer nos salvar do pecado e unir-se a nós em amizade sincera. Início da revelação de Deus ao povo escolhido (povo de Israel). A última redação do Pentateuco apoiou-se nas tradições de quatro grupos de pessoas, que se relacionavam com Deus de diferentes maneiras: 1) Tradição javista: chama Deus de Javé ao longo do manuscrito e é representada por J. Inicia-se nos séculos IX e VIII a.c. no sul da Palestina. Salienta a proximidade de Deus com a humanidade e O apresenta atuando e reagindo como pessoa humana.

Pentateuco 2) Tradição eloísta: dá a Deus o nome de Elohim e se representa com um E. Inicia-se ao mesmo tempo que a javista, na qual foi integrada nas proximidades de 715 a.c. Surge no reino do norte ou reino de Israel e fala do profetismo, da força moral e do perigo da idolatria. Mostra Deus que fala em sonhos e com símbolos como a sarça. 3) Tradição deuteronomista: tem um estilo insistente e se representa com um D. Foi escrita no século VII a.c. Insiste na ação de Deus e na necessidade de uma resposta pessoal e comunitária. Baseia-se nas tradições anteriores; começa no final do reino, quando o reino do Norte caiu em poder da Assíria, e o povo parecia esquecer sua fidelidade à aliança do Sinai. 4) Tradição sacerdotal: se representa com um P e mostra Deus distante e majestoso. Escreve-se ao regressar do exílio, no século VI a.c. Israel já não era uma nação independente e concentrava sua identidade no templo. Dá grande importância aos ritos do culto e às funções dos sacerdotes. Cada tradição nos leva a conhecer diversos aspectos de Deus e todos são valiosos, fortalecem nossa fé nele e nos revelam seu amor salvador.

Pentateuco Observações Os judeus reconhecem o Pentateuco como a Torá, do hebraico que significa ensinamento ou instrução, e o consideram a Lei. Antigamente se pensava que Moisés era o autor do Pentateuco, pois foi um líder legislador e juiz grandioso. Na realidade, os cinco livros foram escritos centenas de anos depois de sua morte. O Gênesis e o Êxodo apresentam as histórias e os nomes que melhor conhecemos do Antigo Testamento. O Gênesis relata as histórias de Adão e Eva, Noé e o dilúvio; Abraão e Sara; José e seus irmãos. O Êxodo fala de Moisés e da sarça ardente; do faraó do Egito; da passagem do Mar Vermelho e dos Dez Mandamentos. O Pentateuco apresenta narrações e leis: o Gênesis contém histórias; o Levítico e o Deuteronômio contêm muitas leis; o Êxodo e Números contêm tanto narrações como leis.

LIVROS HISTÓRICOS Shemah, ouve

Livros históricos Narram a história do povo de Israel e baseiam-se em crônicas ou anais históricos, mas não dão uma visão científica da história, e sim uma perspectiva de fé. É uma história sagrada na qual os historiadores são teólogos que descobrem a presença salvadora de Deus nos acontecimentos diários. Abrangem pouco mais de um milênio. São os mais numerosos do Antigo Testamento e podem se distinguir em quatro grupos, dois dos primeiros com um enfoque teológico muito claro: 1) História deuteronômica (Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis): chama-se assim porque destes livros saiu o Deuteronômio. São um canto à justiça de Deus e um chamado à conversão e à esperança; escritos na perspectiva do exílio (séc. VI a.c.), quando Jerusalém e o templo estavam destruídos e a terra prometida invadida. Enfatizam a aliança com Deus, assinalam a infidelidade do povo como razão do exílio e da queda da monarquia, e apresentam Deus sempre fiel ao seu povo.

Livros históricos 2) História cronística (1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias): não são só uma recopilação de arquivos e tradições, mas revisam a história para legitimar os ofícios para o culto instituídos por Davi. Repetem alguns relatos e acrescentam outros, matizando as tensões para animar os reconstrutores. Salientam a infidelidade ao culto no templo em lugar da aliança no Sinai e mostram um desejo crescente da vinda do Messias. Esdras e Neemias descrevem o regresso do exílio e a reconstrução da nação (séc. IV a.c.). 3) História dos Macabeus (1 e 2 Macabeus): são duas versões diferentes da resistência judaica e da rebelião macabaica diante da dominação grega e da imposição da cultura helenística, no segundo século antes de Cristo. 4) Histórias exemplares (Rute, Tobias, Judite e Ester): os quatro livros se inspiram nos relatos patriarcais e narram episódios concretos, em lugar de um transcorrer histórico. São ficções literárias, cuja finalidade é ensinar, exortar e fortalecer a fé do povo em tempos difíceis.

Livros históricos Observações Seus autores estão muito longe de entender Deus como Jesus o revelou, séculos mais tarde. Os livros 1 e 2 Crônicas abrangem o mesmo período histórico que os livros 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Tobias, Judite e Ester têm como propósito reforçar a fidelidade às leis de Deus em tempos difíceis. O livro de Rute originalmente não era um dos livros históricos. Foi integrado a eles depois. Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus e algumas partes de Ester não estão em todas as traduções do Antigo Testamento, e nem mesmo em muitas Bíblias protestantes.

LIVROS SAPIENCIAIS E POÉTICOS

Livros sapienciais e poéticos Nos livros sapienciais encontram-se dois tipos principais de sabedoria; ambas tratam de assuntos da vida diária, mas em distintas perspectivas. A sabedoria popular procura guiar a conduta do povo com diferentes tipos de conselhos, ao passo que a sabedoria monárquica tem por objeto guiar o comportamento dos reis e das pessoas que exerciam ofícios na corte. A sabedoria bíblica provém de quatro fontes: a revelação de Deus; a experiência pessoal e coletiva refletida; a tradição transmitida de pais para filhos e de geração em geração; e as novas ideias provenientes do intercâmbio cultural. Embora muitos livros bíblicos tenham elementos de sabedoria, os livros propriamente sapienciais são Jó, Provérbios, Eclesiastes, Sabedoria e Eclesiástico. Caracterizam-se por: a) centralizar a vida à luz da criação do ser humano, à imagem e semelhança de Deus, e desenvolver todas as suas capacidades; b) ser o âmbito privilegiado para apresentar a revelação de Deus a seu povo; c) explorar os mistérios da vida, do sofrimento e da morte; d) descobrir e compartilhar lições morais e práticas para a vida diária; e) refletir sobre o tema do prêmio e do castigo divino.

Livros sapienciais e poéticos Consideram-se livros poéticos os Salmos e o Cântico dos Cânticos. O livro dos Salmos contém grande variedade de hinos religiosos, a maioria, escritos para o culto. O Cântico dos Cânticos é um poema de amor. A poesia hebraica emprega uma linguagem simbólica própria de toda a literatura poética, mas carregada de forte conteúdo teológico. Podemos distinguir cantos de trabalho, cantos de banquete, cantos de amor, cantos de bodas, cantos de brincadeira, sátiras ou poemas irônicos, elegias ou cânticos de lamentação, cantos de vitória, fábulas.

Livros sapienciais e poéticos A sabedoria de Salomão alcançou tal reputação que lhe atribuíram quatro livros: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Eclesiástico. Sabedoria foi escrito em grego e Eclesiástico foi acrescentado posteriormente, na tradução da Bíblia para o grego. Sabedoria e Provérbios apresentam a sabedoria como uma pessoa e a identificam com a divindade. Jó e Eclesiastes desafiam a sabedoria tradicional sobre o sofrimento como castigo divino, mas o verdadeiro significado do sofrimento se encontra no mistério pascal de Jesus. O livro dos Salmos é o livro que se cita mais vezes no Novo Testamento e o que mais se usa na liturgia da Igreja. A poesia do Antigo Testamento influiu fortemente nos escritores do Novo Testamento e foi muito apreciada ao longo dos séculos, pois sua grande riqueza e sensibilidade expressam aspectos fundamentais da humanidade e permitem obter um grande fruto espiritual.

LIVROS PROFÉTICOS

Livros proféticos Os profetas nos comunicam o que Deus nos quer dizer. Os profetas da Bíblia eram pessoas únicas e valentes, que transmitiram o que Deus queria comunicar ao antigo povo de Israel, denunciaram os pecados e anunciaram a salvação. Um profeta é uma pessoa às vezes uma comunidade que fala da parte de Deus. O papel dos profetas continua vivo e sua mensagem é relevante para nós, se soubermos interpretá-la e aplicá-la à nossa realidade. A Bíblia divide os livros proféticos em maiores e menores, pelo tamanho de sua obra e não pela importância de sua mensagem. Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel são os profetas maiores ou mais longos. Sua mensagem é conhecida como profecia ou oráculo, usam muitos símbolos e metáforas e escrevem em variados gêneros literários. Enfatizam a aliança com Deus, sua fidelidade e a necessidade de guiar sua conduta de acordo com a Lei. Denunciam a infidelidade a Deus, que o ofende, fere as pessoas e destrói o povo, advertindo-os do castigo se não se converterem. Estimulam a conversão e dão esperança de uma vida nova, exortam a acolher a misericórdia de Deus e a responder a seu amor.

Livros proféticos Os pecados que os profetas denunciaram com mais intensidade são: a idolatria, os falsos profetas e o culto hipócrita vazio de boas obras (sistema religioso); as injustiças sociais dos governantes que oprimiam seu povo sem compaixão, em lugar de cuidar dele segundo o coração de Deus (sistema político); a exploração e maquinações dos ricos e dos comerciantes que reduziam o povo simples à pobreza e à miséria (sistema econômico); as injustiças de juízes e tribunais que se deixavam corromper pelos poderosos e impunham castigos desproporcionados aos pobres (sistema judicial). É importante reconhecer que Deus continua mandando profetas ao longo da história para nos recordar seu amor e chamar-nos à conversão. De fato, todos os cristão são chamados desde o Batismo a ser sacerdotes, profetas e pastores. Cumprimos nossa missão de profetas quando anunciamos Jesus e convidamos as pessoas a segui-lo fielmente e responder ao amor de Deus.

Livros proféticos Observações As histórias e a mensagem dos profetas que não escreveram, Samuel, Natã, Elias e Eliseu, se encontram nos livros históricos 1 e 2 Samuel, e 1 e 2 Reis. Os profetas que escreveram além de pregar se conhecem como profetas clássicos, e são os que se apresentam nesta seção. Os profetas que pregaram e escreveram antes do exílio são: Oseias, Amós, Jeremias, Primeiro Isaías, Abdias, Miqueias, Naum, Habacuc e Sofonias. Os profetas que acompanharam o povo durante o exílio na Babilônia são: Ezequiel e o Segundo Isaías. Os profetas que apoiaram o povo na etapa posterior ao exílio são: Joel, Ageu, Zacarias, Malaquias, Terceiro Isaías e Baruc. Sete dos profetas falam da chegada do dia do Senhor, quando Deus julgará as ações de cada pessoa no fim dos tempos.