Como Prevenir o Suicídio? Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.com.br
Profissionais da Saúde Será que um dia atenderei um paciente com ideação suicida? O que eu devo fazer? Será que minha conduta foi adequada? Devo ou não devo compartilhar a situação? E se o que eu fizer aumentar as chances do paciente cometer suicídio? Todo profissional deve estar preparado para estas situações!
Suicídio em Números Questão de Saúde Pública No Brasil, por hora: Morre uma pessoa por suicídio Três tentam se matar, sem sucesso No mundo: A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio A cada 3 segundos uma pessoa tenta o suicídio (Ministério da Saúde) (ABP)
Suicídio em Números 2020 aumento de 50% de mortes por suicídio 1 suicídio impacta a vida de 6 outras pessoas (ABP) Segunda maior causa de morte entre jovens de 15-29 anos (WHO, 2015)
Fatores de Risco Tentativa anterior Impulsividade em momento de crise (tentativa de encontrar a paz, um fim para aos tormentos) Econômica Relacionamento Luto Estresse Dor crônica Doenças Traumas Violências (WHO, 2015)
Fatores de Risco Transtornos Mentais Esquizofrenia Depressão Dependência Química Transtornos de Personalidade Grupos vulneráveis LGBT Imigrantes e refugiados Indígenas População carcerária (WHO, 2015)
Sentimentos e Pensamentos Fonte: Ministério da Saúde, 2006
Sinais da Ideação Suicida Inabilidade Social relevante Mudanças no humor e comportamento Manifestação súbita do desejo de organizar documentos, testamento, terminar afazeres pessoais, escrever e-mails ou cartas com orientações e despedidas Falam sobre o desejo de morrer (pedido de ajuda) (WHO,2015)
Métodos Utilizados Formas mais comuns: Ingestão de pesticidas (30%) Arma de fogo Enforcamento (WHO,2015)
Prevenção ao Suicídio Na maioria das vezes é possível prevenir Informação é o melhor caminho (população precisa saber o que fazer) (CVV)
Postura da Equipe Proporcionar ambiente calmo e acolhedor Ouvir atentamente, com calma Expressar empatia Expressar respeito por opiniões e valores Conversar honestamente Demonstrar preocupação, cuidado e afeto Focar nos sentimentos do paciente (Ministério da Saúde, 2006)
Postura da Equipe Não ficar chocado, muito emocionado Não banalizar, nem tratar como algo secundário Não dizer que tudo vai ficar bem Não julgar e moralizar Não dar falsas garantias e nem jurar segredo! (Ministério da Saúde, 2006)
Esclarecimentos Falar sobre o suicídio não aumenta o risco Comumente a pessoa avisa sobre o suicídio As pessoas com ideação suicida precisam ser protegidas, não há livre arbítrio nesta situação Não é fato que uma vez suicida, sempre suicida Mesmo que a pessoa esteja determinada, intervenções são necessárias e muitas vezes efetivas
Avaliação Avaliação do Risco de Suicídio (chegar gradualmente até a pergunta) Você se sente triste? Você sente que ninguém se preocupa com você? Você sente que a vida não vale mais a pena ser vivida? Você sente como se estivesse cometendo suicídio?
Avaliação Investigar se já existe um plano elaborado para o suicídio e se já tem o meio para se matar Descobrir se a pessoa determinou uma data Avaliar o grau de gravidade (baixo risco, risco moderado, alto risco)
Avaliação Avaliação de Transtornos Mentais Avaliação do estado mental Investigar os fatores de risco e de proteção
Manejo Multidisciplinar Oferecer apoio emocional Focalizar nas forças positivas da pessoa Trabalhar ambivalência, oferecer alternativas ao suicídio Fazer um contrato de não cometer o suicídio sem falar com a equipe antes ou em determinado período
Manejo Multidisciplinar Elaborar projeto terapêutico individual Acionar a rede de apoio e fazer psicoeducação Nunca deixá-la sozinha sem supervisão Retirar meios de cometer suicídio
Manejo Multidisciplinar Gravidade leve e moderada: negociar com sinceridade, explique claramente as condutas pedir autorização do paciente para todas as medidas a serem tomadas Grave: esgotada todas as tentativas de convencimento para internação voluntária, pedir ajuda da família, pois uma internação involuntária poderá ser necessária. (Ministério da Saúde, 2006)
Manejo Multidisciplinar Encaminhamentos: explicar a razão do encaminhamento marcar a consulta no serviço esclarecer que não o está abandonando solicitar contra-referência do atendimento mantenha contato periódico
Psicoeducação Onde Procurar Ajuda? CVV - Centro de Valorização da Vida Telefone: 141 http://www.cvv.org.br/ Agendar consulta com Médico Psiquiatra SUS: UBS, CAPS, Serviços de Urgência e Pronto Atendimento. Pode ser necessária a Internação
Psicoeducação para Familiares e Amigos Ações Imediatas Acolher e ouvir Não julgar e expressar empatia Não se desesperar, demostrar aceitação da dor e respeito Não comparar com alguém que estava pior e superou Falar sobre a questão (buscar um local adequado para a conversa, e dar o tempo necessário) (WHO, 2000)
Psicoeducação para Familiares e Amigos Demonstrar sua preocupação, cuidado e afeto Evitar isolamento e manter rede de apoio Buscar ajuda médica Facilitar tratamento de saúde mental Seguir orientações da equipe de saúde Restringir acesso à métodos para suicídio (como armas e medicamentos) (WHO, 2000)
Referências http://www.cvv.org.br/ http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/suicideprevent/en/ http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/131056/1/9789241564779_eng.pdf? ua=1&ua=1 http://www.abp.org.br/download/psqdebates_7_janeiro_fevereiro_ light.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.pdf
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