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Transcrição:

Pequenas e Médias Empresas na Argentina Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios No caso argentino, a Lei PYME - Lei das pequenas e médias empresas, Lei nº 24.467/95, estabelece que uma autoridade de aplicação, no caso a Secretaria de La Pequeña y Mediana Empresa (Sepyme), seria a responsável por definir as características das empresas que serão consideradas pequenas e médias, observando as peculiaridades de cada região do país e os diversos setores da economia em que atuam. Em 2000, foi aprovada uma nova legislação criando um fundo que incluía as microempresas. Dessa forma, a Sepyme regulamentou a condição para micro, pequena e média empresa, tendo como base a média das vendas anuais dos três últimos exercícios, respeitando as diferenças por setor conforme quadro a seguir. A definição também inclui uma variável qualitativa que determina que estas empresas sejam independentes de grandes empresas: Tamanho/Setor Microempresa Pequena Empresa Média Empresa Tipo 1 Média Empresa Tipo 2 Quadro nº. 1 - Classificação de Micro, Pequena e Média Empresa na Argentina Agropecuária $ 3.000.000 (US$ 196.979) $ 19.000.000 (US$ 1.247.538) $ 145.000.000 (US$ 9.520.685) $ 230.000.000 (US$ 15.101.777) Indústria e Mineração $ 10.500.000 (US$ 689.428) $ 64.000.000 (US$ 4.202.233) $ 520.000.000 (US$ 34.143.148) $ 760.000.000 (US$ 49.901.524) Comércio Serviços Construção $ 12.500.000 (US$ 820.748) $ 75.000.000 (US$ 4.924.492) $ 630.000.000 (US$ 41.365.737) $ 90.000.000 (US$ 5.909.391) Fonte: SSEPyMEyMdP nº 147/2006 Conversão: $1 - US$ 0,065 Banco Central do Brasil / Maio de 2017 $ 3.500.000 (US$ 229.809) $ 21.000.000 (US$ 1.378.857) $ 175.000.000 (US$ 11.490.482) $ 250.000.000 (US$ 16.414.975) $ 4.700.000 (US$ 308.601) $ 30.000.000 (US$ 1.969.797) $ 240.000.000 (US$ 15.758.376) $ 360.000.000 (US$ 23.637.564) A Sepyme atualmente é chamada de Subsecretaria de Pequena e Média Empresa e Desenvolvimento Regional e é a instância vinculada ao Ministério da Indústria Argentina responsável pelo apoio às empresas de pequeno porte no país. Entre as principais linhas de ação da SEPYME, destacam-se a capacitação empresarial, diagnósticos e planos de ação para melhorar a gestão e a competitividade, o acesso a crédito e a formação de grupos associativos de empresas, além de fomento a aglomerados e articulação de cadeias de valor. A SEPYME também opera o Fundo de Garantia para Pequenas Empresas (FOGAPYME ), que tem como objetivo a consolidação do Sistema de Sociedades de Garantia Recíproca (SGR) e os fundos de garantia existentes na Argentina. De forma complementar, esta Secretaria gerencia programa destinado ao fortalecimento descentralizado de uma plataforma institucional de instrumentos de política pública de apoio às micro, pequenas e médias empresas em todas as regiões do país.

A Secretaria é organizada em duas subsecretarias que articulam e implementam seus programas: a Subsecretaria de Política e Gestão da Pequena e Média Empresa e do Desenvolvimento Regional, e a Subsecretaria de Promoção do Financiamento da Pequena e Média Empresa. Atividade Empreendedora e Ambiente de Negócios A Argentina possui alto potencial empreendedor, no entanto, este potencial é retido por fatores como instabilidade política, institucional e econômica somados à falta de apoio do governo nacional. O comportamento empreendedor dos argentinos é cíclico, seguindo as expectativas da economia. Desde o ano 2000, houve uma evolução desse comportamento que perpassou por várias crises políticas e econômicas. Observa-se, entretanto, que a atividade empresarial na Argentina aumentou a partir de 2003. Em termos de empreendedorismo inicial, a taxa de startups cresceu quase 40% desde 2001. Além desse fator, demonstrando uma consolidação do ecossistema empreendedor, a taxa de novos empresários mais do que duplicou na última década, atingindo o pico em 2009-2010. Seguindo a tendência mundial, o empreendedorismo das mulheres mais do que duplicou desde 2000. O número de empreendedores que estão começando um negócio como forma de alcançar uma oportunidade está crescendo, embora sua contraparte, baseada em começar um negócio por necessidade, ainda desempenha um papel significativo. Em 2013, 51% dos empresários na Argentina iniciaram um negócio por oportunidade e para aumentar sua renda ou a independência; 28% o fizeram porque não têm outra opção para o trabalho. Os empresários argentinos acreditam que possuem habilidades e conhecimentos necessários para iniciar novos empreendimentos, no entanto, há um sentimento crescente entre a população de que faltam oportunidades para o empreendedorismo, devido à crise econômica e política. Em termos de aspiração empreendedora, os empresários da Argentina são inovadores, em que pese ainda existam características conservadoras, quando se trata de quantos empregos os empreendedores esperam criar e quanto eles esperam que seu negócio seja voltado para um público mundial, dado o contexto econômico e político. Em 2013, 14,4% da população adulta na Argentina estava envolvida em empreendedorismo, enquanto que 9,6% já possuí ou gerencia um negócio estabelecido. O empresário argentino típico é geralmente do sexo masculino, entre 25 e 44 anos de idade, e com escolaridade de nível superior. A maioria das startups está nos setores de varejo, agricultura e serviços profissionais. Quase dois terços dos empreendedores são motivados pela oportunidade, sendo o restante motivado pela necessidade. Esta proporção varia dependendo de qual fase do ciclo econômico da Argentina é medido. Facilidades e restrições

Especialistas consideram a política do governo o principal fator negativo que afeta o empreendedorismo na Argentina, seguido pelos mercados financeiros. Em particular, a falta de capital de risco e regras claras de direito, os encargos regulatórios e um ambiente político e econômico difícil representam grandes desafios aos empresários. O mau estado do ambiente de negócios, em geral, se reflete na posição da Argentina, no ranking do Banco Mundial Doing Business (N 126 em 2013). Em 2013, 41% dos adultos na Argentina viam boas oportunidades para iniciar um negócio; 23% deles seriam desencorajados de fazê-lo por medo do fracasso. De acordo com os mesmos especialistas, os principais fatores que influenciaram positivamente o empreendedorismo na Argentina foram a abertura do mercado, as normas culturais e sociais, a infraestrutura física, os serviços profissionais e de educação. A capacitação no setor de empreendedorismo na Argentina são iniciativas privadas lideradas por ONGs, universidades, os investidores anjo, corporações e algumas são inciativas de governos locais. As ações promovidas por estes colaboradores geraram um ecossistema forte e dinâmico, que apoia e estimula a atividade empreendedora. Iniciativas de apoio ao empreendedorismo Os governos começaram a trabalhar em iniciativas de nível nacional e local com diferentes graus de intensidade. Por intermédio da Secretaria PYME, o governo nacional tem desenvolvido diversos programas para incentivar novos empreendimentos, mas o sucesso tem sido limitado. Estes incluem Innovar, FONSOFT, Fontar, Pacc e Capital Semilla. A nível local, o governo da cidade de Buenos Aires foi um pioneiro, com os primeiros programas de co-investimento para os empresários, e de incubação para design e tecnologia. Estes incluem o Desenvolvimento do Empreendedor, Buenos Aires Empreende, Incuba e Baitec. Desde 2011, dois aceleradores privados com foco em tecnologia foram fundados em Buenos Aires: Wayra (Telefónica) e NTXP Labs. Além disso, programas de colaboração interessantes, como NAVES La Pampa, Incutex em Córdoba demonstram como o ecossistema empreendedor argentino está crescendo. Tendências ao longo do tempo Na Argentina, observa-se certa correlação entre a taxa de estágio inicial de Atividade Empreendedora (TEA) e antecipação de crise. Em 2000 e 2001, a Argentina sofreu uma crise econômica e política profunda, que foi acompanhada por um aumento na atividade empresarial orientada por necessidade. Mesmo antes da crise econômica mundial, no final de 2008, a Argentina estava no meio de uma crise econômica interna devido a problemas políticos. Isso refletiu nas taxas TEA de 2007 e 2008, e por um aumento no percentual de empresários orientados por necessidade. Em 2009, quase 50% de todos os empreendedores em estágio inicial estavam começando um negócio devido a ter nenhuma outra opção para o trabalho.

Recentemente, a Argentina entrou em um novo período de crise, no qual a taxa TEA, na verdade, começou a refletir com um ano de antecedência. Podemos dizer que a atividade empresarial na Argentina é fortemente afetada por mudanças políticas e econômicas e, de certa forma, antecipa a crise. Desafios para o futuro O principal desafio da Argentina é a implementação de políticas públicas eficazes e programas que irão desenvolver uma melhor estrutura para os empresários e que permitam, dessa forma, o crescimento das empresas. O desenvolvimento de regras claras para as empresas e a estabilização econômica deve ser priorizado para aumentar o crescimento econômico e de emprego por meio do empreendedorismo. Algumas tendências interessantes positivas: A consolidação de um ecossistema empreendedor; Existe a prevalência do empreendedorismo orientado para oportunidade sobre o empreendedorismo orientado para necessidade; e O surgimento de empreendedores de alto impacto como modelos de sucesso. No início dos anos 2000, o conceito de "espírito empresarial" era desconhecido para a maioria da população e pouco se ouviu falar sobre empreendedores de sucesso, além de não existir a mínima noção de conceitos de empreendedorismo em escolas e faculdades. Dessa forma, o empreendedorismo não era considerado um fator-chave para o desenvolvimento econômico e social. Hoje, há uma atividade crescente entre universidades, ONGs, instituições privadas e governos locais para o desenvolvimento e promoção do empreendedorismo por meio da educação, o investimento e as políticas públicas. Apesar dos desafios que enfrenta, o empreendedorismo nunca foi tão vital para a economia do que é hoje, na Argentina. Atualmente, na Argentina, há 603 mil PMEs (10% são industriais), das quais mais de 229 mil foram criadas na última década, que representam 60% do emprego e 45% das vendas totais. As pequenas empresas contribuem com aproximadamente 40% do PIB e empregam 70% da força de trabalho do país. Fontes: http://m.gemconsortium.org/entrepreneurship/argentina/ http://www.industria.gob.ar/pt/pymes/ http://www.cepal.org/brasil/noticias/noticias/7/12547/r139liahasenclever.pdf http://www.observatoriopyme.org.ar/project/evolucion-reciente-situacion-actual-y-desafios-para-2014-2012-2013/ http://www.pymes.org.ar/sitio/modules.php?name=news&file=categories&op=newindex&catid=9