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Cacildo Baptista Palhares Júnior: advogado em Araçatuba (SP) Questões comentadas de Direito Penal da prova objetiva do concurso de 2009 para Defensor do Pará 21. Para formação do nexo de causalidade, no sistema legal brasileiro, a superveniência de causa relativamente independente (A) exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, imputandose os fatos anteriores a quem os praticou. (B) exclui a imputação quando em concurso com outra concausa produz o resultado, atenuando-se a responsabilidade do autor pelo fato anterior. (C) exclui a imputação quando produz o resultado com restrição da responsabilidade de quem praticou o fato subjacente ao limite de sua responsabilidade material. (D) exclui parcialmente a imputação, tornando os autores responsáveis pelo fato subjacente no limite de suas responsabilidades. (E) não exclui a imputação do resultado superveniente. Consta do artigo 13 do Código Penal: Relação de causalidade Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Superveniência de causa relativamente independente 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

(...) Alternativa a. 22. A previsibilidade do resultado mais grave do crime na hipótese de concurso de pessoas, quando um dos agentes quis participar de crime menos grave conduz, em relação a esse, à (A) aplicação da pena prevista para o resultado do crime na exata medida de sua culpabilidade. (B) diminuição da pena de 1/6 a 1/3 por se tratar de participação de menor importância qualquer que seja o resultado. (C) aplicação da pena prevista para o crime de que queria participar. (D) aplicação da pena prevista para o crime de que queria participar, aumentada até a metade. (E) diminuição da pena de 1/6 a 1/3 por se tratar de participação de menor importância desde que o resultado possa lhe ser imputado a título de culpa. Dispõe o artigo 29, 2º, do Código Penal: Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (...) 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lheá aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Artigo com redação determinada na Lei nº 7.209, de 11.7.1984, DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data de publicação) Alternativa d.

23. As penas restritivas de direitos, postas em relação às penas privativas de liberdade, no sistema adotado pelo Código Penal brasileiro são (A) autônomas e aplicam-se cumulativamente quando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado indicarem que essa cumulação seja necessária para prevenir e reprimir o crime. (B) subsidiárias e substitutivas pelo tempo da pena aplicada não superior a 6 anos de reclusão para os crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. (C) autônomas e substitutivas qualquer que seja a pena aplicada para os crimes culposos. (D) autônomas e substitutivas pelo tempo da pena aplicada não superior a 4 anos de reclusão. (E) subsidiárias e de aplicação cumulativa para os crimes culposos punidos com pena de reclusão até 4 anos. Dispõe o artigo 44, I, do Código Penal: Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo. Alternativa c. 24. A prescrição da pretensão executória do Estado (A) regula-se pela pena aplicada ao crime, aumentada de um sexto para os condenados reincidentes em crime doloso. (B) não pode ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denúncia ou da queixa. (C) regula-se pela pena cominada ao crime, diminuída de metade se o condenado for menor de 21 anos de idade na data do fato ou maior de 70 anos na data da sentença.

(D) tem por termo inicial o do início do cumprimento efetivo da pena privativa de liberdade imposta, ressalvados os casos de detração. (E) regula-se pela pena aplicada e pode ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denúncia ou da queixa. (A) Incorreta, conforme artigo 110, 1º, do Código Penal: Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada. 2º A prescrição, de que trata o parágrafo anterior, pode ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denúncia ou da queixa. (Artigo com redação determinada na Lei nº 7.209, de 11.7.1984, DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data de publicação) (B) Incorreta, de acordo com o artigo 110, 2º, do Código Penal. (C) Incorreta, porque não é a pena cominada ao crime que é diminuída de metade, mas sim o prazo de prescrição, pelo que dispõe o artigo 115 do Código Penal: Redução dos prazos de prescrição Art. 115. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de vinte e um anos, ou, na data da sentença, maior de setenta anos. (Artigo com redação determinada na Lei nº 7.209, de 11.7.1984, DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data de publicação) (D) Incorreta. Diz o artigo 112 do Código Penal:

Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível Art. 112. No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. (Artigo com redação determinada na Lei nº 7.209, de 11.7.1984, DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data de publicação) (E) Correta, conforme artigo 110, 1º e 2º, do Código Penal. Alternativa e. 25. O crime previsto no art. 129, 3º do Código Penal lesão corporal seguida de morte preterdoloso, por excelência, (A) exige para sua caracterização que fique demonstrado que o agente não quis o resultado obtido com sua ação ou que esse lhe fosse imprevisível. (B) insere-se na categoria dos delitos qualificados pelo resultado e, portanto, não admite a forma tentada. (C) é punível ainda que a morte seja fruto do acaso ou imprevisível. (D) a assunção do risco do resultado exige a verificação da relação de causalidade formal e a imputabilidade plena do agente nas circunstâncias para a complementação do tipo penal. (E) é forma privilegiada de homicídio e por isso sujeito à jurisdição do Tribunal do Júri por se tratar de espécie de crime doloso contra a vida. Dispõe o artigo 129, 3º, do Código Penal: Lesão corporal seguida de morte 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos. (A) Incorreta. É necessária a previsibilidade do resultado, pela aplicação do teor do artigo 19 do Código Penal: (B) Correta. Agravação pelo resultado Art. 19. Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente. (Artigo com redação determinada na Lei nº 7.209, de 11.7.1984, DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data de publicação) (C) Incorreta. Vide resposta à alternativa a. (D) Incorreta. Há necessidade de verificação da relação de causalidade, ou seja, comprovação de que a morte resultou direta ou indiretamente da lesão. (E) Incorreta. Não houve dolo em relação à morte. Alternativa b. 26. Tício ingressa em uma joalheria com o braço direito imobilizado. Escolhe um colar e não consegue preencher o cheque. Pede ao proprietário que de próprio punho escreva um bilhete num cartão da loja com os seguintes dizeres: Querida, por favor entregue ao portador a importância de R$ 2.000,00 em dinheiro. Com esse cartão escrito pelo joalheiro, Tício pede ao seu motorista que vá ao endereço (da esposa do joalheiro) e volte com o dinheiro. A esposa do joalheiro recebe um cartão da joalheria, com a caligrafia de seu marido e entrega ao motorista de Tício a importância solicitada. Esse retorna à joalheria, o entrega a Tício que compra a jóia com o dinheiro do próprio joalheiro. A tipicidade desse crime corresponde (A) estelionato. (B) furto qualificado pela fraude. (C) furto simples.

(D) apropriação indébita. (E) roubo. Diz o caput do artigo 171 do Código Penal: Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento: O furto qualificado pela fraude é referido no artigo 155, 4º, II, do Código Penal: Furto qualificado 4º A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: (Caput do parágrafo alterado para adequar-se ao disposto no art. 2º da Lei nº 7.209, de 11.7.1984, DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data da publicação) (...) II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; No furto com fraude, há subtração. No estelionato, há entrega espontânea da coisa pela vítima. Trata-se, portanto, de estelionato. Alternativa a. 27. A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento determinado pelo art. 75 do Código Penal (A) é considerada para a concessão livramento condicional. (B) é considerada para o cálculo da prescrição da pretensão executória em caso de evasão do sentenciado.

(C) não é considerada para a concessão de progressão ao regime mais favorável na execução da pena. (D) não deve ser considerada porque este artigo foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e não há limite para o cumprimento de pena privativa de liberdade. (E) obriga o cumprimento integral em regime fechado da pena unificada independentemente do total das penas aplicadas. A unificação refere-se somente à pena. Alternativa c. 28. O constrangimento com intuito de obter favorecimento sexual que caracteriza o crime de assédio sexual (art. 216-A, do Código Penal) (A) não pode ter como vítima o homem. (B) é qualificado se praticado pelo pai contra vítima menor de 14 anos. (C) absorve a eventual violência de natureza leve utilizada em seu cometimento. (D) pressupõe a condição de superioridade hierárquica ou ascendência inerente ao exercício de emprego, cargo ou função. (E) é indiferente ao consentimento da vítima para caracterização do crime. Alternativa d, conforme o artigo 216-A do Código Penal. 29. O agente que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu relacionamento, para juntos consumirem (A) não pratica crime de natureza alguma. (B) pode ter a pena reduzida de 1/3 a 2/3 desde que primário e de bons antecedentes.

(C) equipara-se para todos os efeitos a quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo para consumo pessoal a droga. (D) equipara-se a quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo para entregar a droga a consumo, ainda qjue gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. (E) está sujeito a aplicação de pena de detenção de 6 meses a 1 ano, pagamento de 700 a 1.500 diasmulta, sem prejuízo de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso. Diz o artigo 33, 3º, da Lei 11.343/06: 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. Esse dispositivo faz referência ao artigo 28 da mesma lei: Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Alternativa e. 30. Para os efeitos do Código Penal em relação ao Estatuto do Idoso (A) prevalecerá sempre a idade de 60 anos seja para o réu, seja para a vítima a sujeição aos efeitos determinados pelo Código sempre que se referir a circunstância modificável em função da idade.

(B) variam os efeitos conforme a idade estabelecida em dispositivos do Código Penal, pois uns foram alterados pelo Estatuto do Idoso e outros não. (C) prevalecerá sempre a idade de 70 anos seja para o réu, seja para a vítima a sujeição aos efeitos determinados pelo Código sempre que se referir a circunstância modificável em função da idade. (D) prevalecerá sempre a idade de 65 anos seja para o réu, seja para a vítima a sujeição aos efeitos determinados pelo Código sempre que se referir a circunstância modificável em função da idade. (E) consideram-se revogados no Código Penal todas as disposições anteriores que não contemplarem o novo conceito de idoso estabelecido pelo Estatuto. O conceito de idoso difere conforme dispositivos do Código Penal. No artigo 61, II, h, alterado pela Estatuto de Idoso, Lei 10.741/03, é definida circunstância agravante se o crime for cometido contra maior de sessenta anos. Outros dispositivos não foram alterados pelo Estatuto de Idoso. No artigo 65, I, há atenuação da pena se na data da sentença o réu for maior de setenta anos. No artigo 115 o prazo prescricional é reduzido pela metade se o réu for, na data da sentença, maior de setenta anos. Então, variam os efeitos conforme a idade estabelecida em dispositivos do Código Penal, pois uns foram alterados pelo Estatuto do Idoso e outros não. Alternativa b.