AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone : 011 551 7700 Fax : 011 551 7844website : www. au.int CONFERÊNCIA DA UA DOS MINISTROS RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS MINERAIS SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA 12 16 DEZEMBORO DE 2011 ADIS ABEBA, ETIÓPIA ORIGINAL: INGLÊS CONSTRUIR UM FUTURO SUSTENTÁVEL PARA A INDÚSTRIA EXTRACTIVA DE ÁFRICA: DA VISÃO PARA ACÇÃO AIDE MÉMOIRE
I. Introdução Os minérios no solo representam riqueza potencial. O desenvolvimento mineiro proporciona a oportunidade para os trabalhadores e companhias obterem rendimentos e, numa perspectiva mais ampla, para as comunidades locais e nações se desenvolverem economicamente. Os países africanos que são dotados com recursos minerais abundantes, devem poder desenvolver esses recursos para seu próprio benefício, criando oportunidades para o emprego e para o desenvolvimento económico regional, facilitando acima de tudo, o desenvolvimento económico e social mais amplo. É igualmente evidente que mais de metade dos países no continente consideram a exploração mineira como actividade económica importante e produzem minérios para o mercado internacional. Os minerais em causa são a bauxite, o urânio, o ouro, o platino, o cobalto, os diamantes, o crómio e o manganês. Paradoxalmente, muitas economias nacionais altamente dependentes da produção e das exportações de minérios não tiveram um bom desempenho no decurso das últimas décadas. Os benefícios decorrentes do sector mineiro do continente continuaram a ser incongruentes com a sua bem conhecida riqueza mineral e, a subida vertiginosa nos preços dos produtos primários da alturarepresentou uma oportunidade única para a África melhorar o seu ritmo de crescimento económico e atacar o problema espinhoso da pobreza. Este facto foi reconhecido aquando da 1ª Conferência da UA dos Ministros responsáveis pelo Desenvolvimento dos Recursos Minerais, realizada em Outubro de 2008. O objectivo da conferência foi fazer uma reflexão em conjunto sobre alguns dos principais assuntos para o desenvolvimento do sector mineiro, tendo como referência diversos documentos de base, nomeadamente a Visão Africana para o Sector Mineiro. A Conferência adoptou a Declaração de Adis Abeba que, entre outros aspectos, comprometeu se a melhorar os quadros políticos, jurídicos, reguladores e administrativos dos recursos minerais de África e reforçar a capacidade para auditar, monitorizar, regular e melhorar os regimes de exploração dos recursos minerais e estabelecerligaçõesentre o sector mineiro com a economia doméstica. A Conferência solicitou igualmente à CUA para, em colaboração com a UNECA, o BAD, as Comunidades Económicas Regionais e todos os outros actores, formular um Plano de Acção concreto para a execução da Visão Africana para o Sector Mineiro após a sua adopção. A Declaração de Adis Abeba teve o aval da 12ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA em Adis Abeba, Etiópia, em Fevereiro de 2009, que adoptou também a Visão Africana para o Sector Mineiro. A Visão visa garantir a exploração transparente, justa e optimizada dos recursos naturais, para apoiar o crescimento sustentável alargado e o desenvolvimento socioeconómico através de ligações descendentes, ascendentes e laterais. A Visão constitui a base oficial para a formulação, pelos países africanos e pelas CERs, de novos regimes orientados para o desenvolvimento. Procura elevar a política mineira para além dos limites dos actuais regimes centrados na extracção mineira e partilha de receitas. A visão, associa a política com a procura de transformação estruturalpara as economias de África e, com base na abundância e importância dos seus minérios, propõe (ou volta a propor) uma estratégia de industrialização assente nos minérios e 1
outros recursos naturais, considerada crucial para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, erradicação da pobreza e crescimento e desenvolvimento sustentáveis no continente. A Visão deverá igualmente proporcionar ao continente um roteiro para ajudar o continente a aproveitar os seus vastos recursos naturais para obter vantagens competitivas com base nesses recursos, fomentar a transformação económica estrutural, diversificação e sociedades baseadas no conhecimento. Com base na decisão da Cimeira da UA, foi também formulado um Plano de Acção para a sua implementação. No intuito de acelerar a implementação da Visão, o Grupo Internacional de Estudo (GIE), incumbido de avaliar os regimes do sector mineiro de África, elaborou um relatório quadro, que aborda os vários aspectos dos regimes do sector mineiro de África, nomeadamente: o seu contexto histórico e as suas debilidades; o desenvolvimento de relações ascendentes e descendentes com outros sectores económicos; impactos sociais e ambientais; questões de responsabilidade social corporativa; questões de gestão tributária e de receitas; contribuição do sector na redução da pobreza através da exploração mineira artesanal e de pequena escala e, em termos gerais, as formas como as novas políticas mineiras e mais amigas do desenvolvimento podem transformar a exploração mineira num veículo para o desenvolvimento sustentável dos países africanos ricos em recursos minerais. O relatório aborda igualmente as tendências internacionais em matéria de comércio e investimento, bem como questões de procura e oferta e as suas implicações para o desenvolvimento do sector mineiro em África. O relatório em causa foi revisto por vários actores e potenciais utilizadores em três workshops de validação, com vista a melhorar a sua relevância e utilidade na reforma do sector mineiro de África. As preocupações levantadas durante os referidos workshops foram incorporadas e o relatório quadro foi concluído. O relatório deverá constituir a base para os modelos, as ferramentas, as orientações e as notas informativas apoiarem os decisores e altos responsáveis dos governos africanos envolvidos na formulação, implementação e monitorização dos regimes do sector mineiro e outros actores. II. Objectivo da Conferência O objectivo da Conferência Ministerial é reunir Ministros Africanos Responsáveis pelo Desenvolvimento dos Recursos Minerais, peritos africanos em desenvolvimento mineiro e recursos naturais, representantes das Câmaras do Sector Mineiro e de Comércio, sector privado africano, académicos, agências das NU e ONGs e outros parceiros de desenvolvimento relevantes, para abordar a implementação da Visão Africana para o Sector Mineiro, baseada no Plano de Acção formulado. Consta igualmente do plano da Conferência, a mesa redonda dos parceiros de desenvolvimento sobre o apoio à visão para o sector mineiro. O Relatório Quadro para Avaliar/Rever os Regimes Africanos do Sector Mineiro será também objecto de exame durante a Conferência. O referido relatório é o culminar da avaliação das políticas, leis e regulamentosmineiros de África, levada a cabo pelo Grupo Internacional de Estudo 2
(GIE), centrada nos Regimes Mineiros Africanos que visavam fomentar o desenvolvimento sustentável no sector. O Plano de Acção para a implementação da Visão e o relatório quadro do GIE, irão auxiliar a Conferência nas suas deliberações. III. Resultados Previstos A Conferência deverá fazer deliberações sobre o Plano de Acção para implementar a Visão Africana para o Sector Mineiro. Os resultados previstos são: Aprovar o Plano de Acção final para a implementação da Visão Africana para o Sector Mineiro; Uma maior compreensão da Visão Africana para o Sector Mineiro e das suas implicações para o desenvolvimento do sector mineiro em África; Chegar a consenso sobre as acções posteriores; Ter um relatório quadro adoptado sobre os regimes africanos do sector mineiro; Obter uma estratégia de mobilização de recursos para a implementação do Plano de Acção. IV. Data e Local A Segunda Conferência dos Ministros Responsáveis pelo Desenvolvimento dos Recursos Minerais irá ter lugar from12 a 16 de Dezembro de 2011, no Centro de Conferências da União Africana em Adis Abeba, Etiópia. V. Programa O projecto da ordem do dia da Segunda Conferência dos Ministros Responsáveis pelo Desenvolvimento dos Recursos Minerais figura como anexo I ao presente documento. VI. Organizador A Segunda Conferência da UA dos Ministros Responsáveis pelo Desenvolvimento dos Recursos Minerais é organizada conjuntamente pela Comissão da União Africana (CUA) e pela Comissão Económica para África das Nações Unidas (UNECA). VII. Participação Na Conferência, participarão Ministros Africanos e Altos Responsáveis que trabalham com o desenvolvimento dos recursos minerais sólidos e petróleo/gás e responsáveis da CUA e das CERs. Serão igualmente convidados participantes de um vasto leque de actores nomeadamente, representantes das agências das NU, sector privado africano, câmaras do sector mineiro e indústria, ONGs e OSC, BAD e o Banco Mundial. 3
Solicita se a todos os participantes/delegações que enviem as suas confirmações o mais tardar até 20November de 2011para o organizador da Conferência, utilizando os dados de contacto abaixo mencionados. Para facilitar a comunicação, solicita se que sejam providenciados os seguintes dados dos participantes: nome completo; cargo; organismo; endereço de contacto nomeadamente telefone, fax e correio electrónico. VIII. Organizaçãodo trabalho A Conferência será organizada em sessão plenária como em sessão de grupos separados. Todas as questões temáticas serão debatidas na sessão plenária e as sessões de grupos separados serão organizadas para aprofundar os debates sobre os programas dos grupos do Plano de Acção da Visão para o Sector Mineiro. São elas: Reforço das capacidades humanas e institucionais Governação do Sector Mineiro Questões ambientais e Sociais Exploração Mineira Artesanal e de Pequena Escala Acréscimo de valor e ligações económicas Sistemas de Informação Geológica e Mineira Administração Política e Regulamentos (nomeadamente cooperação e harmonização regional) Promoção de Comércio e Investimento Internacional Serão feitas apresentações sobre as conclusões do relatório quadro para salientar os desafios e as recomendações e sobre a formulação do plano de acção para a Visão Africana para o Sector Mineiro. Este último será complementado por diferentes apresentações sobre as constatações do Relatório Quadro do Grupo Internacional de Estudo e outros documentos relevantes. IX. Custos de participação As despesas com viagem, alojamento, saúde, seguro, hospitalização, perdas/danos a artigos pessoais e outras despesas a contrair pelos participantes, serão suportadas pelos seus respectivos países ou organizações. X. Planificação da Viagem A planificaçãoda viagem e a obtenção de vistos são da responsabilidade dos participantes. É aconselhável que os participantes tratem da viagem e da obtenção de vistos o mais tardar até o dia 30November de 2011. XI. Hotel Todos os delegados à Conferência, à excepção dos Ministros, devem organizar o seu próprio alojamento. Todos os hotéis em Adis Abeba estão notificados sobre a Conferência. Figura do anexo II uma lista dos hotéis e os respectivos contactos. Cada 4
participante deve fornecer aos organizadores as informações sobre a sua viagem, incluindo a data de chegada à Etiópia. XII. Contactos Mr. AyoupZaidElrashdi Senior Policy Officer for Industry African Union Commission Department of Trade and Industry P.O.Box 3243 Tel: +251 11 551 09 17 Ext. 365 Fax: +251 11 551 046 E mail: elrashdiaz@africa union.org ayoupzaid@yahoo.com Wilfred C. Lombe Chief of Infrastructure and Natural resources development section United Nations Economic Commission for Afirca P.O. Box 3001 Addis Ababa, Ethiopia Tel: +251 15 Ext. 21516 Fax: +227 20722894 Email: wlombe@uneca.org 5