3/15/2012. Referências para próxima aula (interferência das pl. daninhas. Cuscuta parasitando planta ornamental. - Parasitas (fanerógamas):

Documentos relacionados
Referências para próxima aula (interferência das pl. daninhas

2. MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS

10/03/ MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS. Referências para próxima aula (interferência das pl. daninhas

2. MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS

10. Sobrevivência. Sementes e Órgãos de Propagação Vegetativa. - Característica de sobrevivência das pl. daninhas anuais.

Banco de sementes. Evitar novas introduções de sementes ( chuva de sementes ):

9/6/2011. Conceito Principal: Manejo de banco de sementes em áreas de reforma/expansão da cana-de-açúcar.

19/11/ :32 1

Classificação e Mecanismos de Sobrevivência e Disseminação das Plantas Daninhas. Prof. Dr. Pedro J. Christoffoleti

Manejo de plantas daninhas na cultura de cana-de-açúcar

Referências para próxima aula (banco de sementes)

Referências para próxima aula (banco de sementes)

22/02/2014. Referências para próxima aula (banco de sementes)

Manejo de Plantas Daninhas. Saul Carvalho

Weber Geraldo Valério Sócio Diretor PLANEJAMENTO DO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS XXX CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS

BANCO DE SEMENTES. INSTITUTO AGRONÔMICO/PG Tecnologia da Produção Agrícola/Manejo e Biologia de Plantas Daninhas/AZANIA(2018)

Curso de graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA MATOLOGIA. Origem e evolução de plantas daninhas

Referências para próxima aula (banco de sementes)

Aspectos Gerais do Controle Químico de Plantas Daninhas

MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS (MIPD)

Referências próxima aula Métodos de controle de plantas daninhas

Referências próxima aula Métodos de controle de plantas daninhas

Controle de Plantas Daninhas em Cana-de-açúcar

1 Anônimo. Estudos fitossociológicos em comunidades infestantes de agroecossistemas. 9p. S.D.

Referências para próxima aula (banco de sementes)

Referências para próxima aula (controle biológico, químico e equipamentos de aplicação de herbicidas)

Manejo das plantas daninhas Cana-de-açucar. Herbishow Maio 2014 R.sanomya

Tipos de propagação de plantas. Propagação de plantas. Propagação sexuada ou seminífera. Agricultura geral. Vantagens da propagação sexuada

SISTEMÁTICA DE MONOCOTILEDÔNEAS. Prática - 1ª Semana

Interferência e Métodos de Plantas Daninhas

Interferência das plantas daninhas em cana Estratégias de manejo. Tendência utilizadas pelos fornecedores.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS APODI. Prof.ª M. Sc. Hélida Campos de Mesquita.

Agricultura geral. de plantas. UFCG Campus Pombal

Biologia de Plantas Daninhas

Material didático do Prof. Leonardo Bianco de Carvalho UNESP - Câmpus de Jaboticabal MATOLOGIA. Disseminação e Sobrevivência

13/07/ Introdução. Finalidade do Manejo das Plantas Daninhas em cana-de-açúcar:

UM PROGRAMA COMPLETO PARA CONTROLAR AS DANINHAS RESISTENTES.

3/6/2012. Plantas Daninhas. Referências para próxima aula (banco de sementes) Cultura suscetível. Banco de sementes. Condições favoráveis

MANEJO DE CORDA-DE-VIOLA EM CANA-DE-AÇÚCAR

Novos conceitos de manejo de plantas daninhas na cultura do feijoeiro

O que é Interferência???

CARACTERIZAÇÃO DO BANCO DE SEMENTES DE ÁREAS SOB SISTEMAS DE PREPARO DE SOLOS EM DOURADOS, MS 1

Banco de Dissemínulos. MSc. Renata Santos Doutoranda em Agronomia (Produção Vegetal)

IMPERIAL ESTAÇÃO AGRONÔMICA 1887

Fonte:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Campus Luiz de Queiroz

SISTEMÁTICA DE MONOCOTILEDONEAS

3 MI s: Um Desafio Crescente. Weber G. Valério Sócio Diretor. Seminário sobre Controle de Plantas Daninhas 13º HERBISHOW

MANEJO DE BUVA (Conyza spp.) E DE AZEVÉM (Lolium multiflorum) RESISTENTES AO GLIFOSATO

ECOLOGIA DE PLANTAS DANINHAS

SUPRESSÃO DE PLANTAS DANINHAS EM SISTEMAS INTEGRADOS DE CULTIVO COM MILHO SAFRINHA

Identificação de Espécies de Plantas Daninhas

Rottboellia exaltata (capim-camalote), Momordica charantia (melão-de-são-caetano) e Mucuna spp. (mucuna-preta)

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO

Inovação no manejo de plantas daninhas RUDOLF WOCH

Aulas práticas e Herbários Sistemática das monocotiledôneas

USO DA ESCALA BBCH MODIFICADA PARA DESCRIÇÃO DOS ESTÁDIOS DE CRESCIMENTO DAS ESPÉCIES DE PLANTAS DANINHAS MONO- E DICOTILEDÔNEAS

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM PERDA DE SENSIBILIDADE AO GLYPHOSATE NA CULTURA DO MILHO RR

GRAU DE INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS

Amaranthus palmeri: novo desafio para a agricultura do Brasil.

Cultura da Cana de açúcar. Profª Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim

Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do Café Fundamentos Técnicos

Aspectos de Forma em Plantas Forrageiras

Resistência de plantas daninhas à herbicidas. no Brasil e no mundo

RESPOSTA DE DOSES DE INDAZIFLAM 500 SC NO CONTROLE DAS PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS INFESTANTES DOS CAFEZAIS.

Desinfestacão é tudo que pode ser feito antes do plantio da cana e que contribui para redução do potencial de infestação após o plantio da cana

DESSECAÇÃO Preparando a semeadura. Mauro Antônio Rizzardi 1

Curso on-line de Aperfeiçoamento em Agricultura Orgânica Prof. Silvio Penteado Aula 14 MANEJO DAS ERVAS INVASORAS

Material didático do Prof. Leonardo Bianco de Carvalho UNESP - Câmpus de Jaboticabal MATOLOGIA. Introdução à Matologia (conceito e importância)

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA SUCESSÃO SOJA-MILHO SAFRINHA

A Cultura da Cana-de-Açúcar

Cultura da Cana-de-açúcar. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim

BOLETIM TÉCNICO IHARA O MÁXIMO CONTROLE DAS GRAMÍNEAS EM SUAS MÃOS

O manejo da matéria orgânica esta adequado visando a sustentabilidade dos sistemas de produção? Julio Franchini Henrique Debiasi

Aula 1 Plantas daninhas: biologia, competição e prejuízos no agronegócio! 5

EFICÁCIA DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO

Controle Cultural. Antonio Mendes de Oliveira Neto, Gizelly Santos, Michel Alex Raimondi, Denis Fernando Biffe e Fabiano Aparecido Rios

COLONIÃO UMA AMEAÇA A PRODUTIVIDA DE RODRIGO NAIME CONSULTOR DE DESENVOLVIMENTO DE MERCADO

9. CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

Fonte:

"Estratégias de manejo de plantas

BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS E HERBICIDAS COMO FATOR DE SELEÇÃO

Biologia de Plantas Daninhas

MANEJO DE AZEVÉM RESISTENTE A GLYPHOSATE SEMEANDO O FUTURO

Aula: Métodos de controle de plantas daninhas

Aula: Métodos de controle de plantas daninhas

da soja (Glycine max (L). Merrill) Histórico

Manejo de Plantas Daninhas para a Cultura de Milho

RESPOSTA DE DUAS POPULAÇÕES DE Rottboellia exaltata A HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA

Sistema Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária em Mato Grosso do Sul

Eng. Agr. Ederson A. Civardi. Bonito MS 2014

Controle Plantas daninhas em Girassol. Elifas Nunes de Alcântara

Plantio do amendoim forrageiro

Sistemas de Cultivo e Rotação de Culturas para o Algodoeiro do Oeste da Bahia. Julio Cesar Bogiani Pesquisador da Embrapa Algodão

Comportamento de Herbicidas em Áreas de Palhada e Plantio Direto

Controle de Plantas Daninhas em Sistemas Integrados

INTERFERÊNCIA DA PALHADA NA DINÂMICA DE PLANTAS DANINHAS EM CANA-DE-ACÚCAR

Resultados experimentais do herbicida Front

Estratégias para o Manejo de Plantas Daninhas durante todo o ciclo da Cana-de-açúcar

Transcrição:

Referências para próxima aula (interferência das pl. daninhas Referência 7 - Pires, F.R.; Menezes, C.C.E.; Procópio, S.O.; Barroso, A.L.L.; Menezes, J.F.S.; Leonardo L.M.; Souza J.P.G.; Viera, A.B.; Zanatta, J.F. Potencial competitivo de cultivares de soja em relação às plantas daninhas. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 23, n. 4, p. 575-581, 2005. Referência 8 - Paulo, E.M.; Kasai, F.S.; Cavichioli, J.C. Efeitos dos períodos de competição do mato na cultura do amendoim: II safra das águas. Bragantia, Campinas, v. 60, n. 1, p. 27-33, 2001. Referência 9 - Jacob, U.S.; Fleck, N.G. Avaliação do potencial alelopático de genótipos de aveia no início do ciclo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 1, p. 11-19, 2000. - Parasitas (fanerógamas): - 3000 spp - 17 famílias - plantas daninhas - 8 famílias importantes - Parasitas da parte aérea: - erva de passarinho - cipó-chumbo (cuscuta) - Parasitas do sistema radicular: - Striga - (erva de bruxa) (Striga spp) - Orobanche (Orobanche spp) Cuscuta parasitando planta ornamental 1

Cuscuta parasitando a cultura da cebola 2

Orobanche Planta hospedeira Planta hospedeira Orobanque parasitando a cultura do tomate Semente Striga parasitando uma planta de milho Orobanque parasitando a cultura de ervilha 3

2. MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS 2.1. Sementes - Característica de sobrevivência das pl. daninhas anuais. Produção média de sementes de plantas daninhas/planta: 109 espécies anuais - 20.833 sementes/planta 19 espécies bianuais - 26.600 sementes/planta 61 espécies perenes - 16.626 sementes/planta Wilson (1988) Características das sementes de nove espécies de plantas daninhas Plantas daninhas Sementes produzidas/planta Sementes/kg Capim arroz 7.160 714.928 Cuscuta 16.000 1.291.418 Erva de Sta. Maria 72.450 1.429852 Tiriricão 2.450 5.267.910 Aveia brava 250 57.128 Caruru 117.400 2.633.944 Beldroega 52.300 3.033.025 Capim carrapicho 1.100 148.280 Picão preto 3.450 331.310 2.3. Dormência das sementes no solo - Dispersão das sementes no tempo Toole & Brown (1946) estudaram 107 spp: Anos enterradas Sementes viáveis que germinaram 1 ano 71 espécies germinaram 6 anos 68 espécies germinaram 10 anos 57 espécies germinaram 20 anos 57 espécies germinaram 30 anos 44 espécies germinaram 38 anos 36 espécies germinaram 4

a. Tipos de dormência - Primária dormência antes da liberação da planta mãe - Secundária ocorre em função das condições climáticas Polimorfismo somático Sementes de Quenopódio (Chenopodium album) b. Causas da dormência - Interna (inerente ou propriamente dita) - Impermeabilidade dos tegumentos - Polimorfismo somático - Imaturidade do embrião - Polimorfismo genético - Inibidores bioquímicos Cor da semente Preta Espessura do Tegumento ( ) 60 Tamanho da semente 1,13-1,33 % na planta 97 resposta à quebra de dormência sim - Externa (ambiental ou quiescência) - Temperatura e umidade - Luz: Kienzel - estudou 964 spp pl. selvagens - 674 favorecida pela luz - 258 inibidas pela luz - 32 indiferentes luz Marrom 16 1,55-1,59 3 não Dormência/quebra de dormência de sementes pela luz solar fitocromos (P 660 e P 710 ) Efeito do sombreamento pela palhada sobre a germinação/emergência das plantas daninhas em áreas de plantio direto Luz solar rica em 660 nm P 660 Ambiente sombreado Luz rica em 710 nm P 710 Semente dormente Escuro Germinação da semente Ω = P660 P660 + P710 Fotoblástica positiva Ω próximo de zero Fotoblástica negativa Ω próximo de um 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 19 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 20 5

Efeito do sombreamento pela palhada sobre a germinação/emergência das plantas daninhas em áreas de colheita de cana-de-açúcar sem queima ( cana-crua ) Espécie de planta daninha adaptada em área com palhada de cana-de-açúcar Buva 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 21 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 22 Espécie de planta daninha adaptada em área com palhada de cana-de-açúcar Espécie de planta daninha adaptada em área com palhada de cana-de-açúcar Amendoim-bravo Corda-de-viola 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 23 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 24 6

Adaptação da corda-de-viola em áreas de palhada Relação entre palha e presença de plantas daninhas (Alves, 2007) 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 25 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 26 Relação entre palha e presença de plantas daninhas 2.4. Reprodução assexuada propagação vegetativa Aplicação do herbicida Meristema apical Rebento Rizomas 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 27 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 28 7

2.4. Reprodução assexuada propagação vegetativa 2.4. Reprodução assexuada propagação vegetativa Grama-seda Cynodon dactylon - Rizomas - Estolões ou estolhos ou corredores caules aéreos crescem na superfície do solo produzem raízes adventícias Ex. grama-seda, capim-fino, etc. Sementes caules subterrâneas nós e entrenós curtos folhas rudimentares Ex. capim massambará, tiririca, etc. Capim-massambará Sorghum halepense estolões 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 29 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 30 - Tubérculos porção terminal do rizoma intumescimento tuberoso do rizoma gemas axilares com dominância apical Ex. tiririca - Bulbos gema subterrânea modificada caules e folhas modificadas com reserva Ex. alho-bravo e trevo Grama-seda - Cynodon dactylon 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 31 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 32 8

- Raízes gemíferas (Xilopódio) 2.5. Emergência das plântulas -raízes longas e horizontais com gemas Ex. leiteiro e assa-peixe - Caules -Rebrota à partir de caule recortado -Perenes simples Ex. guanxuma, dente-de-leão - Conhecimento das partes da plântula que absorvem os herbicidas aplicados no solo. - Profundidade de emergência é responsável pela seletividade a herbicidas 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 33 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 34 Estrutura de uma plântula de gramínea Banco de sementes "Reservatório de sementes e órgãos de reprodução vegetativa viáveis, porém dormentes, presentes no solo ou restos vegetais" Superfície do solo Região de absorção de herbicidas aplicados ao solo mesocótilo raízes do nó de transição raiz primária seminal e definitiva Varia de 300 milhões a 3,5 bilhões de sementes/ha Quantidade de sementes no banco de sementes Agroecossistema Sementes/m 2 Várzea 22.313 Área de rotação de culturas 6.768 Pomar de citrus (coroa) 3.595 Pastagem 529 06/03/2009 pjchrist@esalq.usp.br 35 Carmona (1995) 9

DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS Média populacional de plantas daninhas/m 2 20.000 sememtes/m 2 x (0,5 a 1,0%) = 100 a 200 plantas/m 2 adaptado de Harper, 1977, citado por Braccini (2001) DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS Plântula Dispersão das sementes Predação adaptado de Harper, 1977, citado por Braccini (2001) adaptado de Harper, 1977, citado por Braccini (2001) 10

DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS Período de recrutamento das sementes de plantas daninhas Plantas daninhas Primavera Verão F M A M J J Outono Inverno A S O N D J adaptado de Harper, 1977, citado por Braccini (2001) DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS 11

Sementes viáveis remanescentes (%) 3/15/2012 DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS Fatores que afetam a longevidade das sementes de plantas daninhas Número de sementes de plantas daninhas viáveis depois de 5 anos de solo cultivado x solo sem distúrbio, sem reposição de sementes no solo Espécie de planta daninha Cultivo Profundidade de enterrio Condições ambientais Solo sem distúrbio Solo cultivado Profundidade de enterrio das sementes (polegadas) 12

Viabilidade (%) 3/15/2012 Longevidade de Aegilops cylindrica no solo em função do regime de chuvas durante o período de entressafra (região semi-árida dos EUA) 558,8 mm de chuva 254 mm de chuva 80 a 90% das plantas daninhas emergidas (flora emergente) em uma cultura são oriundas do recrutamento das sementes produzidas na ano anterior Fonte: Thil & Young Anos Moss (1980) Plantio direto em trigo Como reduzir o banco de sementes na entresafra? Rotação de cultura com sorgo Culturas de coberturas Herbicidas pós-emergentes não seletivos Preparo mecânico do solo Rotação de cultivos Herbicidas residuais de pré-plantio 13

Área de pousio enriquecimento do banco de sementes Destruição química da vegetação em área de expansão do canavial Capim-braquiária (planta daninha perene) Manejo da vegetação pós-plantio de milho Área de reforma de cana-de-açúcar destruição de soqueiras e banco de sementes de plantas perenes (grama-seda e tiririca) EPSP Sítio de ação sintase do herbicida glyphosate herbicida na enzima glifosato EPSP gli96 Glifosato 14

EPSP sintase herbicida glifosato Efeito do cultivo primário na distribuição vertical de sementes no solo em áreas de trigo orgânico Profundidade do solo (cm) gli96 Shikimato-3-fosfato Glifosato Arado aiveca Arado de disco Efeito da profundidade e tempo de enterrio das sementes sobre a longevidade das sementes da plantas daninha Kochia scoparia Rotação de culturas Tempo de enterrio Profundidade de enterrio (cm) Sistema de meiose em cana-de-açúcar Número de meses % do número de sementes inicial remanecentes 15

Variância das amostragens 3/15/2012 Efeito da rotação na infestação de plantas daninhas Redução do banco de sementes através da trifluralina aplicada em pré-plantio das culturas Necessidade de incorporação ao solo até 6 h após Áreas com alta infestação de gramíneas, principalmente capim colonião e capim-braquiária (redução do banco de sementes) Linhas de estudo do banco de sementes: Quantificação do banco de sementes existente Monitoramento da dinâmica populacional Modelagem de predição da infestação de plantas daninhas em áreas agrícolas O efeito de número de amostras coletadas aleatoriamente em duas áreas sobre a variância das amostragens 1,8 1,4 1,0 Número mínimo de amostras: ± 60 amostras 0,6 0,2 100 200 300 400 500 Número total de amostras Quantificação do banco de sementes Benoit et al. 1989 16

MÉTODO DE SEPARAÇÃO FÍSICA DAS SEMENTES DO SOLO Flotação K 2 CO 3 Coleta das amostras Secagem das sementes Soprador Secagem ao ar Passagem em peneiras de 10 MESH Filtragem do sobrenadante Centrifugação: 15 minutos Identificação e contagem das sementes 100 g solo + 200 ml solução de K 2 CO 3 Agitação: 30 minutos Passagem em peneiras de 10 MESH Centrifugação: 15 minutos 100 g solo + 200 ml de solução K 2 CO 3 Identificação e contagem das sementes 17

germinação (%) 3/15/2012 LEVANTAMENTO DO BANCO DE SEMENTES ATRAVÉS DA GERMINAÇÃO DIRETA DE SEMENTES EM CASA-DE-VEGETAÇÃO Planta florescida f Modelagem da dinâmica populacional das plantas daninhas Planta adulta c C Plântula e Sementes no solo - S t e Sementes no solo S (t + 1) Densidade do banco de sementes de duas espécies de plantas daninhas (sementes/amostra de 100 g de solo) Tratamentos Capim-marmelada (Skora Neto, 2001) Capim-colchão 1992 1998 1992 1998 P.C. sem ressemeadura 111 b 66 b 0 b 33 b P.D. sem ressemeadura 22 b 33 b 0 b 0 b P.C. com ressemeadura 5000 a 6022 a 244 ab 267 b P.D. com ressemeadura 8467 a 5211 a 1533 a 666 b P.C. com herbicida (pós+jd) 177 b 89 b 133 ab 21033 a P.D. com herbicida (pós+jd) 244 b 100 b 89 b 645 b Coeficiente de variação (CV%) 29 26 79 70 P.C. = plantio convencional P.D. = plantio direto Ressemeadura = infestação tardia de planta daninha JD = aplicação de herbicida em jato dirigido Padrões de recrutamento do banco de sementes (emergência) Germinação simultânea quase simultânea Germinação Contínua Caruru - 95% de germinação em 8 dias 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 8 dias dias após germinação da primeira semente Brachiaria decumbens, 85% de germinação em 25 dias 25 dias 18

Classificação dos tipos de banco de sementes Transitório (tipos I e II) I efêmero de verão II efêmero de inverno Permanente (tipos III e IV) III de curto prazo IV de longo prazo BANCO PERMANENTE DE CURTO PRAZO (Dias-Filho, 1999) Verônica salsa-da-praia Anos após serem enterradas Espécies 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 17...% germinação... Echinocloa crusgalli 17 3 58 39 42 31 9 14 4 4 2 0 Setori veticillata 74 73 33 34 38 22 22 26 33 6 10 0 Digitaria sanguinalis 12 79 45 42 43 12 1 12 2 0 0 0 Xanthium strumanium 10 60 59 51 65 33 37 41 15 21 0 0 Datura stramonium 93 93 93 94 96 89 88 82 92 78 95 90 Amaranthus reflexus 66 69 38 40 40 37 9 2 6 5 7 1 Rumex crispus 76 92 93 85 70 74 94 84 91 22 73 61 Taraxacum officinale 2 12 5 10 1 1 2 4 0 0 0 0 Figueira-do-inferno BANCO PERMANENTE DE LONGO PRAZO (Burnside et al.,1996) Datura stramonium - 90% das sementes germinaram após 17 anos Impacto do manejo de plantas daninhas sobre o banco de sementes Sistemas de cultivo: composição do banco de sementes distribuição vertical do banco de sementes densidade do banco de sementes Rotação de culturas rotação soja/milho - metade do banco de sementes do que milho como monocultura Forcella & Lindstron (1988) 19

Controle de plantas daninhas antes do plantio - Anuais Superfície do solo Afeta Rotação de culturas - Densidade do Banco de sementes - Interferência alelopática - Distúrbios no solo - Irregularidade de estratégias de manejo Arado de aiveca Arado de disco Plantio direto Densidade do banco de sementes (Schreiber, 1992). Diversidade de plantas daninhas (Stevenson et al., 1997) Efeito a longo prazo do cultivo na profundidade das sementes no solo Objetivo do manejo de plantas daninhas: Evitar a dominância de poucas plantas daninhas nocivas em determinada área (Doucet et al., 1999) Uso de herbicidas e banco de sementes: Três anos de uso de atrazina + três anos de cultivo mecânico aumentou 25 vezes o banco de sementes em relação a seis anos de atrazina Schweizer & Zimdahl, 1984) Quanto maior o banco de sementes, menor a eficácia dos métodos de controle: metolachlor em milho: 75% de controle quando a infestação anterior era alta de gramíneas (750 pl/m 2 ) 95% de controle quando a infestação anterior era baixa de gramíneas (8 pl/m2) Hartzler & Roth (1993) Nós jamais deveríamos ter esperado tanto tempo... Agora as plantas daninhas já estão dominando. 20