UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS UFPB/CCA

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Transcrição:

TRABALHANDO EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL I EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE AREIA/PB: UMA EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Bruno Ferreira da Silva (1) ; Lidiane Alves Soares (2) ; Tatiana Ferreira de Lima Brito (3) ; Rildo de Oliveira Fernandes (4) ; Ana Cristina Silva Daxenberger (5) UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS UFPB/CCA brunoufpb10.1@gmail.com Resumo: O tema educação ambiental surge a partir da grande preocupação do homem com os aspectos ambientais, devido a grandes desastres naturais que têm acarretado impactos no ambiente nas últimas décadas. E assim buscando um melhor aprendizado e interação das crianças com o meio ambiente, recursos naturais, movendo ações em que as crianças venham distinguir o certo e o errado sobre as questões ambientais que hoje vivenciamos e/ou para que possam desenvolver e trabalhar suas atitudes para que futuramente tornem-se cidadãos conscientes respeitando o meio. Tais atividades nascem a partir das ações de estágio supervisionado de alunos graduandos na Licenciatura em Ciências Biológicas, da Universidade Federal da Paraíba, campus II. As ações desenvolvidas se deram por meio de aulas em que optamos pelo trabalho em grupo, para que pudessem aprender uns com os outros e que unidos seriam capazes de tomar determinada decisão e ajudar uns aos outros. Através da educação ambiental que, inserida na escola, iniciará a conscientização, e ao se trabalhar esse tema junto à educação, estará contribuindo para formação de cidadãos responsáveis pelos seus atos, e capazes de tomarem decisões em relação ao futuro do planeta. Devemos trabalhar a educação ambiental de forma permanente para que haja o aprendizado e a valorização da área, para que os alunos aprendam a lidar com resíduos sólidos, lixo, as questões ambientais, a coleta seletiva, reciclagem, entre outras formas de se trabalhar a Educação Ambiental, formando assim cidadãos e cidadãs críticos e capazes de lhe dar com os problemas ambientais. Palavras Chave: Ensino; Tema transversal; Reciclagem; Atividades lúdicas.

INTRODUÇÃO A educação ambiental é um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais (UNESCO, 1997). O tema educação ambiental surge a partir da grande preocupação do homem com os aspectos ambientais, devido a grandes desastres naturais que têm acarretado impactos no ambiente nas últimas décadas. A principal função quanto a essa conscientização é expor a importância e a responsabilidade que cada cidadão tem sobre o meio ambiente, educar a população a usar nossos recursos de maneira sustentável (FERRARO JUNIOR et al., 2005). O rápido crescimento da educação ambiental, nas instituições de ensino aparece nos resultados do Censo Escolar publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quando, a partir de 2001, incluiu uma questão: a escola faz educação ambiental?. Os dados de 2004 indicaram a universalização da educação ambiental no ensino fundamental, com um expressivo número de escolas 94,95% que declaram ter educação ambiental de alguma forma, por inserção temática no currículo, ou em projetos ou, até mesmo, uma minoria, em disciplina específica. Em termos do atendimento, existiam em 2001 cerca de 25,3 milhões de crianças com acesso à educação ambiental, sendo que, em 2004, esse total subiu para 32,3 milhões (BRASILIA, 2007). Apresentar reflexões sobre a questão ambiental encontrando no dia-a-dia dos alunos despertando para uma maior preocupação com o meio ambiente é extremamente importante. Segundo Effting (2007) a escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies.

Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital. Segundo Dias (1992), sabemos que a maioria dos nossos problemas ambientais tem suas raízes em fatores socioeconômicos, políticos e culturais, e que não podem ser previstos ou resolvidos por meios puramente tecnológicos. Daí vem à necessidade de se trabalha a Educação Ambiental como os alunos, com o propósito de conscientizar e ajudá-los a se tornarem cidadãos ecologicamente corretos. A conscientização sobre a necessidade de conservação e defesa do meio ambiente para presentes e futuras gerações é incontestável. Seguindo o pensamento de (CUBA, 2011): o trabalho sobre educação ambiental desenvolvido nas escolas é um componente essencial, necessário e de caráter emergencial, pois sabese que a maior parte dos desequilíbrios ecológicos está relacionada a condutas humanas impróprias impulsionadas por apelos consumistas que geram desperdício, e ao uso impulsivo dos bens da natureza, a saber, os solos, as águas e as florestas sem se pensar nas gerações futuras. Assim, enfrentamos um momento de mudança. A escola é um espaço privilegiado à formação de cidadãos e ao desenvolvimento de valores que influenciem na aquisição de atitudes adequadas quanto ao consumo e descarte de resíduos, porém, como destaca Sauvé (2005), os educadores ainda não conseguem intervir de modo acentuado na educação ambiental, uma vez que não levam em conta as múltiplas facetas da nossa relação com o ambiente. Essas múltiplas facetas correspondem a modos diversos e complementares de aprender sobre o ambiente. Nesse sentido cabe destacar que a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a corresponsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento o desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o que, no dizer de Tamaio (2000, p. 65), se converte em mais uma ferramenta de mediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e

interesses de grupos sociais para a construção das transformações desejadas. Nesse contexto, segundo Reigota (1998), a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. Para Pádua e Tabanez (1998), a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básica para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente, a educação insere-se na própria teia da aprendizagem e assume um papel estratégico nesse processo, e, parafraseando Reigota (1998), podemos dizer que: [...] a educação ambiental na escola ou fora dela continuará a ser uma concepção radical de educação, não porque prefere ser a tendência rebelde do pensamento educacional contemporâneo, mas sim porque nossa época e nossa herança histórica e ecológica exigem alternativas radicais, justas e pacíficas. (ibiden, p.43) Este trabalho tem por objetivo mostrar uma experiência com o ensino da Educação Ambiental com os alunos do Ensino fundamental I, de uma escola pública na cidade de Areia, Estado da Paraíba, ainda nas séries iniciais. Sabemos que discutir hoje a educação ambiental nas escolas é essencial para o conhecimento, aprendizado e socialização dos alunos, pois trabalham as questões ambientais através dinâmicas, práticas e ações para a preservação do meio ambiente; visando uma melhor responsabilidade das novas gerações. E assim buscando um melhor aprendizado e interação das crianças com o meio ambiente, recursos naturais, movendo ações em que as crianças venham distinguir o certo e o errado sobre as questões ambientais que hoje vivenciamos e/ou para que possam desenvolver e trabalhar suas atitudes para que futuramente tornem-se cidadãos conscientes respeitando o meio. Tais atividades nascem a partir das ações de estágio supervisionado de alunos graduandos na Licenciatura em Ciências Biológicas, da Universidade Federal da Paraíba, campus II. (83) METODOLOGIA 3322.3222

As ações desenvolvidas se deram por meio de aulas em que optamos pelo trabalho em grupo, para que pudessem aprender uns com os outros e que unidos seriam capazes de tomar determinada decisão e ajudar uns aos outros. Na primeira aula iniciamos com uma pequena introdução sobre os temas a serem estudados, entre eles: o lixo, a importância da reciclagem, coleta seletiva e o meio ambiente. Ao todo, foram ministradas três aulas: na primeira repassamos para os alunos os conceitos de cada assunto a serem discutidos, com o auxílio do livro didático, porém não focamos apenas no livro, usamos também o data show para mostrar imagens e forma de se trabalhar os assuntos e a forma de se trabalhar com o lixo, depois de explicar e ver com eles o assunto. Em seguida foi entregue uma atividade de sondagem para avaliar o conhecimento dos alunos referente à temática, pedimos aos alunos que na próxima aula eles levassem revistas sem uso e tesoura (sem ponta). Ao iniciar a segunda aula e como foi pedido no dia anterior aos alunos que trouxessem material para a realização de uma atividade, pedimos aos alunos que trouxeram e dispomos de maneira que todos pudessem utilizar uns os dos outros, nós estagiários também íamos levar materiais caso os alunos não levassem para que não ficássemos sem atividade. Foi pedido que os alunos trabalhassem não apenas com seus grupos, mas também com os demais, para que assim houvesse interação entre todos. Após a disponibilização do material aos membros dos grupos, entregamos a cada equipe uma cartolina, para que juntos montassem um cartaz que eles expressassem o sentido de educação ambiental, o que pensavam a respeito e o que conheciam até então; eles poderiam usar imagens, desenhos, frases ou palavras e ao final seria apresentado para os demais colegas de sala, chegando o final da aula, cada grupo apresentou seu cartaz dizendo o que aprendeu com a aula e expondo seus trabalhos. Terceira e última aula foi realizada uma revisão da aula anterior para fixação melhor do assunto, dando sequência com uma introdução e continuação abordando o tema a ser estudado Coleta Seletiva do Lixo. Já divididos em grupos, os alunos foram convidados a irem até a mesa do professor para manipularem o lixo selecionado e transportado para a sala de aula. Vale ressaltar que todos os materiais expostos para os alunos foram higienizados anteriormente e que eram de fácil acesso para que pudessem ver que de um simples objeto usando a imaginação podemos transformá-lo em um novo objeto. A proposta tinha como objetivo, construir um objeto lúdico a partir do lixo reciclado e

discutir sobre a responsabilidade social de cada individuo sobre a produção do lixo. Então, os alunos escolheram alguns materiais para sua prática e em grupo usaram sua criatividade para montar um brinquedo qualquer ou objeto a partir do lixo reciclável. Ao término da aula apresentaram seus objetos, finalizando com uma apresentação sobre a importância da reciclagem para nossas vidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante as aulas podemos perceber o grande interesse dos alunos em participar das mesmas, utilizamos de formas e metodologias que fizessem com que todos participassem das aulas, interagindo sempre com os estagiários, durante as três aulas. Os alunos pediam para responder alguma pergunta que fazíamos, alguns estavam animados, eufóricos, outros envergonhados de ter que ir a frente apresentar sua produção dos cartazes e a fabricação dos objetos com o material reciclável. Durante a confecção dos materiais, eles estavam nervosos, sorridentes, agitados, confiantes e a cada minuto gostavam mais da proposta pedagógica, principalmente, por poderem ver os resultados de sua construção (por poderem ver os resultados de sua construção o objeto reciclado). A todo o momento, os estagiários monitoravam e davam assistência aos grupos; e eles perguntavam, riam, chamavam. E finalmente com o material finalizado eles estampavam a felicidade de ter finalizado seu brinquedo. Assim a Educação Ambiental deve ter um caráter de fomento à participação ativa dos indivíduos e da coletividade, mas precisa-se ter a vontade individual bem aguçada para que se consiga uma participação da sociedade na solução para os problemas ambientais visto que mais que um dever, é um direito assegurado na Constituição Federal que estabelece no inciso VI do 1º do seu art. 225, como competência do poder público, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. O dever do Estado, entretanto não exime a responsabilidade individual e coletiva; em referência ao direito ao meio ambiente equilibrado, o mesmo artigo constitucional diz que se impõe ao poder público e a coletividade o dever de defendêla e preservá-la às presentes e futuras gerações (BRASIL, 2000).

Figura I: Alunos construindo cartazes referentes à sua concepção do que ser educação Ambiental. Figura II: momento de apresentação dos objetos feitos pelos alunos a partir da reciclagem.

Fonte: acervo pessoal dos autores Através da educação ambiental que, inserida na escola, iniciará a conscientização, e ao se trabalhar esse tema junto à educação, estará contribuindo para formação de cidadãos responsáveis pelos seus atos, e capazes de tomarem decisões em relação ao futuro do planeta. Nesse aspecto efeito uma abordagem no que diz respeito a educação ambiental escolar com a visão de Penteado (2001), (Rodrigues, 2006 apud Penteado, 2001, P.16). A escola é, sem sombra de dúvida, o local ideal para se promover este processo. As disciplinas escolares são recursos didáticos através dos quais os conhecimentos científicos de que a sociedade já dispõe são colocados ao alcance dos alunos. As aulas são o espaço ideal de trabalho como conhecimento e onde se desencadeiam experiência e vivencias formadoras de consciência mais vigorosas porque alimentadas no saber. De acordo com Segura (2001), a educação ambiental representa um instrumento fundamental para uma possível alteração do modelo de degradação ambiental vigente. As práticas educativas relacionadas à questão podem assumir função transformadora, o que faz os indivíduos depois de conscientizados, se tornarem em objetos essenciais para a promoção do desenvolvimento sustentável. Essas experiências contribuíram muito para os estagiários da Licenciatura em Ciências Biológicas, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sobretudo, pela possibilidade de exercitarem a ação docente, e interagirem com os alunos do ensino fundamental. Para eles, esta prática lhes permitiu compreender e sentir sobre a importância de estar em sala de aula colocando em prática os fundamentos teóricos apreendidos durante as suas formações, agregando muito mais conhecimento e prática e metodologias para que possam utilizar e trabalhar com os alunos, tornando as aulas mais dinâmicas e divertidas, deixando de lado a monotonia, e sabendo que será a partir dessa mediação entre o professor e o aluno que nasceram os futuros frutos para que eles comecem a plantar a semente do agora e futuramente colher os frutos que estão por vir. É a partir dessa concepção de necessidade de adquirir conhecimento e consciência no que diz respeito ao meio ambiente à sua volta que o educador ambiental se destaca como mediador e coordenador na implantação de ações pedagógicas voltadas para educação ambiental, viabilizando a formação de responsabilidade individual e coletiva na escola, contribuindo e até mesmo

promovendo a transformação e construção da sociedade consciente e responsável pelo meio em que vive (PESTANA, 2007). CONCLUSÕES Conclui-se que é de extrema importância trabalhar a educação ambiental nas séries iniciais para as crianças do ensino fundamental I, pelo fato de serem uma fase em que os educandos estão curiosos e aptos a buscarem novos conhecimentos, novas formas de ver o mundo e compreenderem conscientemente sobre suas responsabilidades sociais ao seu redor. Vale ressaltar que o estágio supervisionado é obrigatório e deve ser cumprido conforme a legislação especifica para a licenciatura e nunca pode estar desvinculado das necessidades reais do publico que será trabalho. Neste sentido, podemos afirmar que a atividade relatada neste artigo, tornou-se de extrema valia para os futuros professores, por estarem praticando uma ação reflexiva sobre a educação ambiental. É sabido que nas escolas nem sempre se tem nos quadros de professores, profissionais na área da Biologia, educação ambiental, esses trabalhos são feitos por professores que buscam trabalhar com o pouco conhecimento que se tem na área, e dai a necessidade da formação continuada do professor. Os temas que são trabalhados são superficiais, trabalhando de forma interdisciplinar, mas devemos trabalhar a educação ambiental de forma permanente para que haja o aprendizado e a valorização da área, para que os alunos aprendam a lidar com resíduos sólidos, lixo, as questões ambientais, a coleta seletiva, reciclagem, entre outras formas de se trabalhar a Educação Ambiental, formando assim cidadãos e cidadãs críticos e capazes de lhe dar com os problemas ambientais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e das outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 jul. 2000. CUBA, M. Educação ambiental nas escolas. Educação, Cultura e Comunicação, v. 1, n. 2, 2011.

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