A sociabilidade profissional dos jornalistas e as redes sociodigitais



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Transcrição:

Sobre jornalismo About journalism Sur le journalisme Periódico Científico Internacional http://www.surlejournalisme.com Chamada de trabalhos A sociabilidade profissional dos jornalistas e as redes sociodigitais Data da publicação da chamada: 15 de setembro de 2013 Data de encerramento da chamada : 15 de março de 2014 Coordenadores: Javier Díaz Noci, Valérie Jeanne-Perrier, Nikos Smyrnaios javier.diaz@upf.edu valerie.jeanne-perrier@celsa.paris-sorbonne.fr smyrnaios@free.fr Desde que a pesquisa passou a se interessar pela prática profissional dos jornalistas, o uso de ferramentas vinculadas às redes de computadores vem tendo um lugar central nesse tipo de investigação. De fato, seja no caso do Minitel (Jouët, 1987) ou dos primórdios da web (Pelissier e Romain, 1998, Rebillard, 1999, Damian et al., 2002, Gonçalves, 2003), essas técnicas sempre desempenharam um papel importante no processo de coleta de notícias e nas relações da mídia com os públicos e fontes, bem como na socialização dos jornalistas e no relacionamento entre profissionais. Doravante, uma nova família de ferramentas na web parece estar chamando a atenção dos observadores: as redes sociais (ou sociodigitais), cujos representantes mais emblemáticos são dois serviços norte-americanos, o Facebook e o Twiter. Mais do que desempenhar um papel na produção (Poell e Borra, 2011) e na difusão de conteúdos noticiosos (Yang e Leskovec 2011, Messner et al., 2011, Rieder e Smyrnaios, 2012), as redes sociodigitais se constituem, na verdade, em suportes de sociabilidade profissional dos jornalistas: são espaços de visibilidade; permitem a constituição de uma agenda de contatos; a construção de relações com as fontes e com os públicos; o estabelecimento de uma especialidade profissional; e a gestão de injunções gerenciais. De fato, o uso atualmente das redes sociais integra o cotidiano do jornalismo É isso que mostram vários estudos realizados na França (Mercier, 2012, Jeanne-Perrier, 2012, Pélissier e Diallo, 2013), na Europa, (Cision, 2012, Commission européenne, 2012), nos Estados Unidos (Armstrong e Gao, 2010, na Australia (Bruns, 2012) e no Brasil (Recuero, 2009). Alguns serviços como o Twitter são, de certa forma, percebidos como ferramentas profissionais, enquanto outros, como o Facebook, são utilizados sobretudo como espaços de sociabilidade. De acordo com esses trabalhos, a utilização das redes sociodigitais no cotidiano dos jornalistas é múltipla. Elas permitem: monitorar informações na internet, encontrar ideias sobre possíveis pautas, acessar fontes de informações, promover o trabalho de um jornalista e se comunicar com 1

os leitores e com os colegas de profissão. A evolução global do jornalismo contemporâneo na Europa e nos Estados Unidos também remete à intensificação do uso das redes sociais. O considerável aumento do número de free lancers nos últimos anos acaba privilegiando jornalistas que dependem diretamente de sua notoriedade profissional para poder trabalhar (Pilmis, 2010). Serviços como Twitter, Facebook ou LinkedIn constituem para eles um bom meio de estabelecer uma agenda de contatos e de demonstrar uma suposta competência profissional para os empregadores potenciais e para os pares. A mesma tendência afeta ainda uma população de trabalhadores autônomos, composta de consultores, comunicadores e especialistas, frequentemente antigos jornalistas, bem como técnicos de informática e de web que gravitam em torno dos meios de comunicação e que estão em contato permanente com jornalistas, incluindo os jornalistas online (Christopherson, 2004). O sucesso desses profissionais depende diretamente da visibilidade do trabalho deles, e também da sua própria visibilidade pessoal, adquirida na internet. Ao integrar tal lógica, esse grupo passa a investir nas redes sociais buscando uma visibilidade que poderia ser qualificada, em parte, como estratégica. Esse imperativo de visibilidade (Aubert e Haroche, 2011), reforçado pelo uso intensivo de redes sociodigitais cujo o objetivo é o de constituir uma notoriedade e uma audiência "pessoal", também revela questões éticas importantes (Domenget, 2012), que podem ser particularmente contundentes no caso dos jornalistas. As redes sociais servem igualmente como suporte para o exercício de algo relativamente novo e complicado para os jornalistas: a explicação e a auto-justificação diante do público (Datchary, 2010). Se isso acontecia principalmente no âmbito dos sites de informação e nos espaços previstos para esse tipo de prática (os comentários, os blogs, etc.), existe a possibilidade de que isso poderia transbordar para espaços mais ou menos institucionalizados como os perfis e páginas pessoais dos jornalistas. Enfim, a tendência dos jornalistas de misturar atividade profissional e vida social no âmbito das redes sociais gera frequentemente tensões entre, de um lado, as diretrizes das empresas de comunicação, preocupadas com a boa imagem de suas organizações e, de outro, dos jornalistas que defendem o princípio da liberdade de expressão na web. Se as injunções gerenciais buscam subordinar o uso das redes sociodigitais à promoção das próprias empresas midiáticas, os jornalistas, por sua vez, resistem a isso e tentam negociar espaços individuais de liberdade. Twitter e Facebook tornam-se, assim, novos campos onde se disputa uma relação de força histórica em torno da questão da autonomia jornalística (Lemieux, 2010). Nesse contexto de mobilização em torno de um ampla coleção de dispositivos, as contribuições para a revista podem explorar sobretudo os seguintes eixos: - Os discursos profissionais; como as marcas das "redes sociais" pretendem acompanhar as práticas profissionais dos jornalistas? Quais são as relações estabelecidas pelos jornalistas em seus discursos de apropriação, em torno do uso de uma ou mais redes sociais em suas rotinas, em termos de cooperação com os pares, fontes e públicos? Quais são as reações das instâncias representativas da profissão e das chefias sobre as recomendações, apreciações, ou mesmo injunções sobre a incorporação desses dispositivos no processo de regulação e de cooperação realizados no âmbito da produção midiática? O estabelecimento de normas específicas em cada veículo, pedindo o uso responsável das redes sociodigitais, seria um indício de ruptura de referenciais profissionais coletivos em torno da auto-regulação feita por meio dos discursos éticos e deontológicos - e que conduziria, portanto, à sociabilidades mais fragmentadas? 2

- - Os usos: como as redes sociodigitais se integram às práticas cotidianas dos jornalistas? Em que medida elas participam do processo de coleta da informação de constituição de um caderno de fontes? Qual é papel delas na construção das relações com as fontes? Em que medida elas se constituem em suportes de socialização profissional e de tomada de consciência em torno do pertencimento a uma coletividade (p.e. a dos webjornalistas)? Os atores: quais são os atores e locais de disseminação da socialização de uma prática jornalística vinculada às redes sociais? Os consultores, as instituições de ensino superior, as redações são locais de formalização de imaginários e de prescrições de uso que podem ser submetidas a uma análise e a um questionamento. Quais são os atores que incentivam a circulação desses imaginários e com quais trajetórias e objetivos profissionais? Como os jornalistas utilizam as redes sociais como ferramentas de colaboração que ultrapassam as fronteiras da redação tradicional? Qualquer outra proposição, relacionada a esses três eixos e que descreva a evolução dos sites de redes sociais e os seus usos nas práticas jornalísticas, será examinada Os textos podem ser redigidos em português, inglês, francês ou espanhol. Por favor, confirmar o interesse em colaborar com este dossiê, propondo um resumo de duas páginas sobre o artigo até 15 de novembro de 2013, para: javier.diaz@upf.edu valerie.jeanne-perrier@celsa.paris-sorbonne.fr smyrnaios@free.fr Submissão (textos de 30 a 50 mil caracteres, com espaço, notas e bibliografia), até o dia 15 de março de 2014 : http://surlejournalisme.com/rev/index.php/slj/author/submit/1 Processo de avaliação cega pelos pares. Os artigos propostos devem conter um referencial teórico, uma metodologia de pesquisa e um material de análise. Bibliografia Aubert N., Haroche C., (org.), Les Tyrannies de la visibilité. Être visible pour exister?, Paris, Érès, 2011. Armstrong C. L., Gao F., 2010, «Now Tweet This», Electronic News 4, nᵒ. 4, p. 218-235. Boczkowski P. J., 2001, «The developpment and Use of Online Newspapers : What research tells us and what we might want to know», in Livingstone S., Lievrouw L. (dir.), The Handbook of New Media, Sage Publications, London, p.270-286. Bruns A., 2012, «Journalists and twitter: How Australian news organisations adapt to a new medium» Media International Australia, Incorporating Culture & Policy, No. 144, p. 97-107. Cision Europe, Canterbury Christ Church University, 2012, Social Journalism Study: Perceptions and Use of Social Media Among Journalists in the UK. Commission européenne, 2012, Les journalistes et les médias sociaux dans l'ue. Christopherson S., 2004, «The Divergent Worlds of New Media: How Policy Shapes Work in the Creative Economy», Review of Policy Research, vol. 21, n 4, p. 543 58. Damian B., Ringoot R., Thierry D., Ruellan D. (org.s), Inform@tion.local, le paysage médiatique régional à l ère électronique, L Harmattan, Paris, 2001. Datchary C., 2010, «Ce que le Web 2.0 fait à l autonomie journalistique. L expérience Médiapart», in C. Lemieux, (org.), La subjectivité journalistique, Editions de l'ehess, 2010, p. 123-142. Domenget J-C., 2012, «De l impératif de visibilité aux enjeux éthiques. Les usages de Twitter par des professionnels du Web», in S. Proulx, M. Millette, L. Heaton (orgs.), Médias sociaux : enjeux pour la communication, Québec, PUQ, p. 217-232. Gonçalves E, M., 2003, O ciberespaço como fonte para os jornalistas, Calandra, Salvador. 3

Hermida A., 2010, «From TV to Twitter: How ambient news became ambient journalism», M/C Journal, 13 (2) May. Jeanne-Perrier V., 2012, Agrandir et quitter le nid du local : l'usage de Twitter par les journalistes dans des rédactions de médias régionaux, Sciences de la société, Nº. 84-85, p. 193-211. Lemieux C., 2010, (org.), La subjectivité journalistique, Editions de l'ehess. Mercier A., 2012, «Twitter l'actualité : usages et réseautage», Communication au colloque, Vers un néojournalisme? Redéfinition, extension ou reconfiguration d une profession, Bruxelles. Messner M., Linke M., Eford A., 2011, «Shoveling tweets: An analysis of the microblogging engagement of traditional news organizations», International Symposium on Online Journalism in Austin, TX. Pélissier N., Romain N., 1998, Les rédactions de presse écrite à l heure d Internet - Vers une nouvelle médiation journalistique?, Actes du 11 Congrès national des Sciences de l information et de la communication, p. 115-123. Pélissier N., Diallo M. D., «Le journalisme est-il soluble dans Twitter? Enquête sur le choc de deux médiacultures», in Gallezot G., Pélissier N., Twitter, un monde en tout petit?, L'Harmattan, p.163-178. Pilmis O., 2010, «Fonder l attractivité d activités indignes. La critique artiste au secours des pigistes», in C. Lemieux, (org.), La subjectivité journalistique, Editions de l'ehess, p. 169-185. Rebillard F., 1999, La presse multimédia. Etude de la constitution d une spécialité médiatique dans la presse écrite à l'heure de sa diversification sur les nouveaux supports électroniques, Thèse en Sciences de l Information et de la Communication, Université Lumière Lyon 2. Recuero R., 2009, «Redes Sociais na Internet, Difusão de Informação e Jornalismo: Elementos para discussão», in D Soster, F. Firmino (orgs.), Metamorfoses jornalísticas 2: a reconfiguração da forma, UNISC, Santa Cruz do Sul. Rieder B., Smyrnaios N., 2012, «Pluralisme et infomédiation sociale de l actualité: le cas de Twitter», Réseaux no 176, p. 107-141. Yang J., Leskovec J., 2011, «Patterns of temporal variation in online media», Proceedings of the fourth ACM international conference on Web search and data mining, New York, NY, p. 177 186. Poell T., Borra E., 2012, «Twitter, YouTube, and Flickr as Platforms of Alternative Journalism: The Social Media Account of the 2010 Toronto G20 Protests», Journalism, vol. 13 no. 6, p. 695-713. 4

A revista Sobre jornalismo About Journalism Sur le journalisme...é um local de encontro de diferentes tradições e interesse de pesquisa de realidades históricas distintas. Os estudos em jornalismo têm se estruturado a partir de epistemologias, de abordagens e de metodologias que moldam as produções científicas nacionais e os contextos lingüísticos. A Revista garante a repercussão das práticas e dos resultados das produções científicas nacionais a partir de um posicionamento marcadamente internacional. Em um contexto de mundialização e de homogeneização relativa dos sistemas midiáticos e das práticas jornalísticas, o periódico Sobre o Jornalismo traz um olhar sobre as convergências e resistências das culturas jornalísticas e científicas. A revista é um espaço dedicado à ciência. Conduzida por um comitê editorial (de quatro editores) encarregado de facilitar essas trocas, conta com o trabalho coletivo de conselhos científicos compostos de pesquisadores europeus, latino-americanos e norte-americanos. Os membros desses conselhos são personalidades reconhecidas pela qualidade de suas pesquisas e pelo olhar internacional e interdisciplinar sobre os trabalhos realizados no campo do jornalismo. A revista é serve como trampolin para a publicação de trabalhos inovadores, de olhares transdisciplinares e de pesquisas produzidas por estudantes de pós-graduação. Publicada em versão impressa e on-line, será constituída de dossiês temáticos em torno de problematizações precisas, com o objetivo de difundir resultados originais do ponto de vista teórico e/ou metodológico. Resultados de pesquisas de mestrado, relatórios de estudos científicos, notas de campo e de corpus também encontram espaço de difusão na revista. O periódico é um espaço de encontro de demandas, olhares e de pesquisadores que encontram na publicação um local estímulo á produção científica. O primeiro número da revista será publicado em janeiro de 2012. Editores : François Demers (Université Laval, Canada), Florence Le Cam (Université Libre de Bruxelles, Belgique), Fabio Pereira (Universidade de Brasília, Brasil), Denis Ruellan (Université de Rennes 1, France). Membros dos conselhos científicos: Jean de Bonville (Université Laval, Canada) Jean Charron (Université Laval, Canada) Rogério Christofoletti (Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil) João Canavilhas (Universidade da Beira Interior, Portugal) Béatrice Damian-Gaillard (Université de Rennes 1, France) Javier Díaz-Noci (Universidad Pompeu Fabra, España) Kênia Beatriz Ferreira Maia (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil) Mike Gasher (Concordia University, Canada) Gilles Gauthier (Université Laval, Canada) Valérie Jeanne-Perrier (Université Paris-Sorbonne, France) Éric Lagneau (docteur, France) Zelia Leal Adghirni (Universidade de Brasília, Brasil) Sandrine Lévêque (Université de la Sorbonne, France) Claudia Mellado Ruiz (Universidad de Santiago, Chile) Viviane de Melo Resende (Universidade de Brasília, Brasil) Erik Neveu (IEP de Rennes, France) Véronique Nguyên-Duy (Université Laval, Canada) Greg Nielsen (Concordia University, Canada) María Laura Pardo (Universidad de Buenos Aires, Argentina) Dione Oliveira Moura (Universidade de Brasília, Brasil) Mauro Pereira Porto (Tulane University, USA) Guillaume Pinson (Université Laval, Canada) Franck Rebillard (Université Paris 3, France) Rémy Rieffel (Université Paris 2, France) Roselyne Ringoot (IEP de Rennes, France) Eugénie Saïtta (Université de Rennes 1, France) Pedro Santander Molina (Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, Chile) Lia Seixas (Universidade Federal da Bahia, Brasil) Jean-François Têtu (IEP de Lyon, France) Annelise Touboul (Université de Lyon 2, France) Jean-Michel Utard (Université de Strasbourg, France) Adeline Wrona (Université Paris- Sorbonne, France) http://surlejournalisme.com/rev 5