Infraestrutura Econômica e Desenvolvimento: Transportes, Energia e TICs Fabiano Mezadre Pompermayer Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, Inovação, Produção e Infraestrutura IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Vitória, 27 de julho de 2010
O QUE É INFRAESTRUTURA ECONÔMICA? Classificação IPEA para Infraestruturas: ECONÔMICA SOCIAL E URBANA Infraestrutura que habilita e amplia a atividade produtiva Transporte regional Energia TICs: Tecnologias de Informação e Comunicação Infraestrutura para o bem estar das famílias; Transporte e mobilidade urbana Saneamento básico Habitação 2
Energia fontes e usos luigy Fontes Usos 3
MODOS DE TRANPORTE REGIONAL Custo da Via Custo do Veículo Custo Operacional Flexibilidade/ Rapidez RODOVIÁRIO FERROVIÁRIO AQUAVIÁRIO AÉREO 4
BENEFÍCIOS DAS TICs Telefonia Comunicação entre pessoas Reduz necessidade de deslocamentos Acesso ao setor produtivo Acesso a Internet Aumenta produtividade e competitividade Reduz custo de comunicação Reduz custos de transação Transmissão de voz, dados e vídeo Novas possibilidades de negócio 5
Importância da Infraestrutura para o desenvolvimento CUSTO Insumo para diversas atividades produtivas Reduz custo de produção brasileiros Reduz custos de importação e exportação Aumenta a competitividade das empresas brasileiras Quando o custo aumenta, restringe o crescimento econômico Choque do petróleo Exportação da soja do CO CAPACIDADE A infraestrutura deve estar pronta antes do crescimento da produção Pontos críticos: Energia elétrica Portos Aeroportos Baixa capacidade pode aumentar os custos: Ferrovias X Rodovias Hidrelétricas X Termelétricas 6
Infraestrutura Econômica e Monopólios Naturais Custo Características de Monopólios Naturais: Alto investimento inicial Custos marginais decrescentes Ganhos de escala Para a sociedade, é mais barato se apenas uma firma fornecer tais serviços Mas esta firma poderia cobrar preços elevados, reduzindo a oferta Necessidade de intervenção estatal: Operando diretamente Estabelecendo limites para o operador privado Volume 7
Matriz Energética X Transportes X Meio Ambiente Objetivos do Perfil da Matriz Energética de um país: Econômicos Energia como vetor de desenvolvimento econômico Sociais Energia colocada no mesmo nível de serviços como infraestrutura de provisão de água, saneamento, transportes, saúde pública Estratégicos Energia como fator de segurança nacional Ambientais Energia como problema ambiental a ser enfrentado 8
Comparação matrizes energéticas brasileira e mundial 2006 Biomassa Hidráulica Nuclear Carvão Mineral Fontes Renováveis Gás Natural Petróleo Fonte: Balanço Energético Nacional 9
Evolução das fontes de energia brasileiras 10 3 tep Outros Produtos da cana Lenha e Carvão Vegetal Fontes Renováveis 45,9% (2007) Hidráulica Carvão Mineral Gás Natural Petróleo Fonte: Balanço Energético Nacional 10
Consumo de energia por setor 10 3 tep Indústria 58% renovável Transportes 15% renovável Agro-pecuário Comercial Público Residencial Prod. energia Não energético Fonte: Balanço Energético Nacional 11
Eletricidade origem e mudanças no estilo de vida Thoma Edison 1879 Lâmpada elétrica Werner vom Siemens 1886 Gerador elétrico 12
Geração, Transmissão e Distribuição O sistema de abastecimento de energia elétrica se divide em: Geração Transmissão Distribuição 13
Matriz de geração elétrica brasileira 2007 Fontes Renováveis: Brasil: 89% Mundo: 18% Fonte: ANEEL 14
Geração Hidráulico Dependência das Chuvas Sazonalidade da Geração Hidrelétrica Natural Média (12 meses) Sul é insuficiente para suprir a entressafra dos demais sistemas Necessário complementar com outras fontes Fonte: ANEEL 15
Necessidade de sistema integrado e com redundâncias Geração Consumo Hidroelétricas Eólicas Bio-cana Gás Natural Oferta depende da produção de petróleo Não estocável Térmicas Óleo combustível e carvão Em stand-by, cobrindo faltas Sistema interligando unidades geradoras, sistemas de transmissão, e redes de distribuição Gestão dos reservatórios hidrelétricos e acionamento de térmicas de reserva 16
Eletricidade a partir de energia eólica e biomassa Atual Projetado [MW] Potencial Energético Equivale a mais de 2 vezes o consumo de petróleo no Brasil Menos de 20% aproveitado Fonte: ANEEL, Plano Nacional de Energia 2030 17
Petróleo e Gás Natural PRODUÇÃO E CONSUMO 2007 (10 6 tep) Oferta primária Consumo Petróleo Não energético 89,2 Produção Gás natural 100% Refino Eletricidade Res, Agro, Serv Industrial Importação Produção Perdas 22,7 11% Transporte Transportes Fonte: Balanço Energético Nacional 18
O que muda com o pré-sal? Bilhões bep Pré-sal potencial Reservas Pré-sal concedido Reservas provadas Milhões tep/ ano Exportação Produção e Consumo Consumo Produção Consumo Fonte: MME, Balanço Energético Nacional 19
A renda extra do pré-sal e o Fundo Social Exportação de petróleo e derivados $$$$ Fundo Social $$ Juros e rendimentos Objetivos do Fundo Social Perpetuar renda do petróleo para gerações futuras Garantir receita constante Evitar entrada excessiva de dólares Evitar que outros produtos nacionais deixem de ser competitivos no mercado internacional Preparar nação para quando o petróleo acabar: Combate à pobreza, educação de qualidade e inovação científica e tecnológica 20
Pressões ambientais crescentes Aumento da frota mundial de carros em mais de 400 milhões de veículos até 2015 Efeitos do aquecimento global podem ser dramáticos sobre o planeta Redução de consumo? Consumo mais eficiente? Fontes renováveis? Captura de carbono? 21
Consumo de energia por setor 22
O problema dos transportes Fonte de energia Petróleo Álcool Tecnologia de motores de combustão interna favorece o álcool como substituto do petróleo E os motores a diesel? Transporte de carga Mercado brasileiro concentrado na costa. Por que não usa mais navios? Mais ferrovias para produtos de exportação Transporte urbano Desincentivo ao transporte individual Melhorar e ampliar oferta de transporte público 23
A ineficiência no transporte urbano brasileiro Restringir o uso do carro Estacionamento pago Rodízio Pedágio urbano Impostos sobre propriedade e sobre combustíveis Melhorar transporte público Corredores de ônibus Metrôs e trens urbanos VLTs Anel viário Retirar caminhões das cidades 24
Fontes de energia alternativa para o transporte Desafios Melhorar eficiência dos motores flex Ampliar produção de álcool Adequar preços e subsídios para motores a diesel Biodiesel Álcool (diretamente) Custo, tamanho e autonomia das baterias dos veículos elétricos E a eletricidade será gerada como? 25
Veículos elétricos Vantagens Desafios Atende a grande parte dos deslocamentos individuais, que são de curtas distâncias Permitem a utilização de qualquer fonte de energia Tem melhor eficiência energética que veículos com MCI, reduzindo a emissão de GEE, mesmo se usar fontes não renováveis Aposta dos EUA, UE e Japão para reativar indústria Custo elevado das baterias Baixa autonomia Veículos pequenos Consumidor prefere veículo versátil Necessidade de infraestrutura Pontos de recarga Postos de troca de bateria Geração e transmissão Smart Grids Emissões na geração 26
Etanol para transporte Vantagens Desafios Combustível renovável MCI a etanol é tecnologia similar aos MCIs existentes Veículos podem ser de qualquer tamanho, viável até para caminhões Tecnologias flex-fuel reduzem dependência de oferta Oferta mundial concentrada Potencial disputa por terras para produção de alimentos Para utilização em veículos a diesel, autonomia é reduzida Custos de produção Produção viável para preço de petróleo também elevados 27
Opções para o Etanol Complementares aos veículos elétricos Posição do Brasil Aumentar oferta mundial Produção em outros países Etanol de 2 a geração Geração elétrica Termelétricas a biomassa Adaptação de térmicas a óleo Automóveis de grande porte Vans, caminhonetes, SUVs Veículos híbridos Transporte público Ônibus a etanol Adaptação do motor diesel Transporte de carga Caminhões a etanol Adaptação do motor diesel 28
O transporte regional de carga ferrovias 5.680 km de novas ferrovias em construção 4.970 km em estudo 29
Por que não se usa mais a cabotagem? Rotas de cabotagem Desafios Aumentar oferta de navios Aumentar frequência de viagens Reduzir custos portuários Aumentar oferta de contêineres 30
Questões em aberto Pré-sal x Etanol? Hidrelétricas x Ambiente x Nuclear? Redução/Eficiência de Consumo x Aumento de Geração x Ambiente 31
OBRIGADO! Fabiano Mezadre Pompermayer E-mail: fabiano.pompermayer@ipea.gov.br
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Tópicos Energia fontes e usos (figuras) Os objetivos de um país da definição do perfil de sua matriz energética Comparações entre a matriz energética brasileira e a mundial (tentar USA e China) Eletricidade Origens e as mudanças no estilo de vida Geração, Transporte e Distribuição Monopólio (quase) natural e necessidade de intervenção estatal Matriz de geração elétrica (fontes e distribuição de oferta no país) A complementação entre fontes renováveis e não renováveis Interligação do sistema Recentes avanços nas fontes renováveis (eólicas e biomassa) Petróleo e Gás Natural Utilizações: transporte, energia (indústria e eletricidade) e petroquímica O que muda com o pré-sal? E a distribuição das rendas do petróleo? Pressões sobre as emissões de CO 2 Eficiência energética no consumo: transporte Fontes renováveis CCS Captura e estocagem do carbono 34
Dependência externa de energia 10 3 tep Consumo 16,7 milhões tep Carvão mineral e coque Gás Natural Urânio Eletricidade Produção Fonte: Balanço Energético Nacional 35
Descentralização das rendas do petróleo Descentralização à brasileira : 60% dos royalties e participações especiais são distribuídos para Estados e municípios, mas são hiper-concentrados espacialmente. % dos royalties e PE dos municípios Fonte: ANP 36
Importações e Exportações de Energia - 2007 10 6 tep Importação Outros Nafta Óleo diesel Eletricidade Urânio Gás Natural Carvão mineral Petróleo Petróleo Fonte: Balanço Energético Nacional Exportação Óleo combustível Gasolina Álcool Outros 37
Geração de energia elétrica custos 38
Potencial de energia eólica Maior potencial Fonte: EPE 39
Potencial de energia solar Fonte: ANEEL 40
Potencial Hidráulico Brasileiro Cuidados ambientais crescentes Fonte: Balanço Energético Nacional 41